quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Deus Está Ultrapassado?

"Levanta-te! Vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que te digo.” Jon 3;2

Um recall no ministério de Jonas; depois de hospedado por três noites no “Baleia’s Resort” arrependeu-se de sua fuga e se dispôs a pregar. O Senhor, invés de acrescer algo novo ao sabor dos acontecimentos mandou pregar a mesma mensagem; era a segunda chance para o profeta, não, segunda opinião de Deus.

Deixando por ora o arauto de Nínive olhemos para esse aspecto, a constância Divina em Suas decisões.

Platão dizia que os filósofos eram o meio termo entre sábio e ignorante. Esse – dizia - não filosofa porque sente-se seguro na ignorância; aquele, o sábio, não o faz porque não precisa. Sendo a filosofia uma busca pela sabedoria, quem já a possui não carece. Nesse molde apenas O Criador se encaixa.

Nós somos uma mescla de verdade e mentira, erros e acertos; opiniões que adiante carecemos refazer; pois, os fatos mostram que estavam erradas. Voltar atrás, muitas vezes é saudável; mostra evolução no processo de crescimento psicológico e espiritual.

Certa vez o rei moabita Balaque requisitou os serviços espirituais de Balaão. Ofereceu-lhe grandes somas para que fizesse suas mandingas; amaldiçoasse ao povo hebreu. Ele orou ao Senhor e a resposta foi que não tentasse aquilo, pois, tratava-se de um povo sob a proteção Divina.

Mas, estimulado pelo aumento do “cachê” insistiu uma e duas noites mais, tentando fazer o Senhor mudar de ideia e permitir uma amaldiçoadazinha básica em troca de tão vultosa oferta.

Vendo a teimosia do mercenário O Eterno disse: Vai. Mas, no caminho teve o espantoso episódio da mula recusando-se a ir; depois falando com ele, até que, enfim, o ganancioso suicida viu o Anjo do Senhor com espada nas mãos.

Assim acontece conosco quando desobedecemos. Fazemos-nos piores que os animais, marchamos por interesses doentios ao encontro da morte. O supra-sumo da ironia: Um que era profeta, portanto, apto a falar por Deus aos homens, sendo protegido por um “profeta” quadrúpede.

O Misericordioso Senhor o deixou ir, mas, não para anunciar uma segunda opinião; Dissera que aquele era um povo bendito, assim, só o poderia abençoar. “Deus não é homem para que minta; nem, filho do homem, para que se arrependa; porventura diria e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado; eu não posso revogar.” Núm 23;19 e 20

O Eterno É a Sabedoria; portanto, Suas decisões não carecem emendas. Se, faz alguns arranjos temporais como o sacerdócio levítico, o faz para nos ensinar e suprir nossa incapacidade de entender plenamente o mundo espiritual; então, Sua revelação progressiva, mediante tipos proféticos, ou, “sombras dos bens futuros” se alinha com nossa incapacidade, não, com um aperfeiçoamento de quem É Perfeito.

“Jesus Cristo é o mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8 “Toda a boa dádiva todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” Tg 1;17

Judas diz que Balaão amou o prêmio da injustiça; Ora, qualquer que faz o mesmo, opõe-se à Palavra de Deus anda por caminho semelhante; igualmente se perde no final. Acharmos que a Palavra está obsoleta, precisa ser modernizada, reinterpretada à luz da sociedade atual equivale a nivelar Deus conosco; estaria Ele, como nós, aprendendo.

Porém, Ele pretende certa diferença: “Porque meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, são os meus caminhos mais altos que os vossos, e, meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9

Logo, os “teólogos liberais” que pretendem uma teologia “inclusiva” contrariando À Palavra dada não estão “aperfeiçoado” Deus; antes, blasfemando atribuindo-lhE estatura humana. “Onde tu estavas quando eu fundava a Terra”? Perguntou a Jó. A mesma questão cabe a esses.

Ontem deparei com posts imbecis dizendo que estamos voltando à Idade Média, porque o STF permitiu o ensino religioso confessional nos colégios, mesmo que, facultativo. Para esses “modernistas” ensinar A Palavra de Deus é coisa da Idade das Trevas.

Contudo, expor “arte” que promove zoofilia, homossexualismo, pedofilia, aí é um neo-iluminismo cultural. Se, O Santo fosse “aperfeiçoado” aos moldes desses tornar-se-ia igual ao diabo.

Jonas reconsiderou sua rebeldia, voltou atrás, salvou-se e a todos que lhe deram ouvidos.

Arrependimento, contudo, numa geração que se orgulha de dizer: “Só me arrependo do que não fiz” parece distante, infelizmente. Não foi a mula, mas, o mais sábio dos homens que falou desse tempo: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Comunismo; o Câncer do Progresso

“Não seguirás a multidão para fazeres o mal; numa demanda não falarás tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem, ao pobre favorecerás na sua demanda.” Êx 23;2 e 3

Temos nesse breve apanhado alguns problemas com as diretrizes Divinas, e os governos humanos. A maioria não tem, necessariamente, razão; nem, ser pobre é uma espécie de mérito, ou, atenuante em direção à qual se pode entortar o direito.

Se, é vero que o Senhor denuncia como culpados aos exploradores do suor alheio, também é que, Ele prescreve o direito à propriedade; o socorro devido aos pobres sempre será iniciativa pessoal de quem ouve Ao Senhor, nunca, um sistema político que, a pretexto de justiça social cometa injustiças contra posses alheias.

Por um lado é certo que a Igreja iniciante teve seu momento, “comunista”: “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam; ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas, todas as coisas eram comuns.” Atos 4;32

Porém, essa postura não derivara de tentarem criar um sistema que perdurasse por séculos; antes, tratava-se de uma empolgação pontual, pois, pensavam que Cristo voltaria ainda nos seus dias.

Frustrada essa expectativa estavam em vias de apostatar da fé quando uma epístola lhes foi endereçada; “Porque também vos compadecestes das minhas prisões, com alegria permitistes o espólio dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente. Não rejeiteis vossa confiança que tem grande e avultado galardão.” Heb 10;34 e 35

Nas demais epístolas, sobretudo, II aos Coríntios, encontramos Paulo fazendo coletas na Acaia, Macedônia, para socorrer aos “Irmãos pobres da Judeia”. Aquele fervor inicial onde abriram mão até dos bens, acabou se revelando danoso, fazendo-os pobres; pois, uma coisa é sermos solícitos, socorrermos aos necessitados segundo nossas posses; outra, sermos imprudentes, darmos irresponsavelmente tudo para a igreja; depois, nos tornarmos um peso que a comunidade deve levar; algo assim nunca foi plano Divino. Portanto, a pretensão de um “comunismo cristão” é falaciosa.

Ademais, os mentores do comunismo eram mais que ateus, eram ateístas; Marx dizia que a “Religião é o ópio do povo”; ou seja: Uma droga.

Alguns fazem distinção entre Engels, Marx, Trotski, etc, como se fossem mesmo relevantes; ora, que importa se ruanos, alazãos, tordilhos, gateados, quando, são todos cavalos?

Na verdade, de qualquer corrente que seja o comunismo nunca passou de uma coisa bela nos livros, que a realidade insiste em negar. Na hora das palavras grita-se pró Cuba, Venezuela, e chamam as ditaduras de lá de democracia. Mas, na hora do turismo, dos intercâmbios escolares, ou, até morar no estrangeiro, aí pensam sempre nos malditos impérios capitalistas.

Gente rica como Chico Buarque, Caetano Veloso, José de Abreu, Wagner Moura, pra falar só de artistas, são todos “socialistas”, contudo, alguém já viu unzinho só “comunizando” seus bens? Não.

Repartir o alheio é muito fácil; mas, dar exemplo com os próprios bens, que, os faria idôneos, coerentes, isso eles não conseguem. Temos aí mais uma discrepância com os ensinos de Cristo que diz que devemos tratar ao próximo como gostaríamos de ser tratados. Assim, servindo hipocrisia engajada ao próximo o que deveríamos colher?

Conheci e convivi com muitos “socialistas” que vociferavam contra a “exploração opressora” dos patrões, até se tornarem também, empregadores; aí, seus discursos silenciaram.

Se há salários injustos, e há, devemos lutar para que isso seja corrigido. Porém, ensinar desde o colégio que a sociedade é uma eterna luta de classes, de oprimidos e opressores é canalhice, fomento de mais miséria ainda. Pobres, remediados e ricos coexistem, são interdependentes; de uma relação harmônica entre eles, um produzindo, outro empregando, depende o progresso da sociedade, a riqueza da nação.

Ora, se abolirmos os patrões, restará ao Estado esse papel; teríamos que estatizar todos os meios de produção, e, nossa experiência mostra que, quanto mais Estado, mais corrupção. Estatais geralmente prestam serviço de péssima qualidade, uma vez que não é a produtividade que preserva seus empregos, mas, a estabilidade; quase nunca se fiscaliza nada; o resultado, serviços pífios, empobrecimento.

Então, o dia que “socialistas” começarem dividindo o seu, e forem, por razões de turismo, cultura, prioritariamente passear em países comunistas invés de tirarem selfies na Disney, ou morar em Paris, aí, começarei a respeitar suas ideias. Enquanto for apenas esse amontoado de hipocrisia, de teoria bonita e prática corrupta poupem meus ouvidos.

Aristóteles muito antes do comunismo existir, já o combatia, pois, dizia: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

E Margareth Thatcher foi precisa ao diagnosticar o fim da coisa: “O problema do comunismo, - disse – é que um dia o dinheiro dos outros acaba.”

terça-feira, 26 de setembro de 2017

A Ingratidão dos Fracos

“O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes, se esqueceu dele.” Gên 40;23
Dois serviçais da Corte de Faraó que estiveram presos junto com José sonharam algo que o hebreu interpretou para ambos; depois, rogou ao de final feliz, que se lembrasse dele, uma vez saído da prisão, pois, José estava preso sem culpa.

Porém, livre e restituído ao seu posto, o copeiro real esqueceu por completo daquele que o ajudara em suas angústias. Pagou o bem com o mal; invés de reconhecimento, ingratidão.

Jesus ensinou que mais ama quem mais reconhece o valor do bem, recebido; sua gratidão o coloca sempre em “rota de colisão” com o perdão Divino. “Por isso te digo que seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas, aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.’ Luc 7;47 Isso sobre uma pecadora que lhe beijava os pés, enquanto seu anfitrião fariseu, sequer, o ósculo dera.

Noutra parte ensinou sobre a gratidão a Deus por termos sido perdoados, salvos, como elemento a nos constranger a perdoar aos que falham conosco também. “...Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como tive misericórdia de ti? Indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, suas ofensas.” Mat 18;32 a 35

Sábios orientais ensinam que devemos escrever as ofensas recebidas na areia; os benefícios, na rocha. Contudo, muitas vezes fazemos o contrário. Ruminamos nossas mágoas indefinidamente, enquanto esquecemos nossos benfeitores. Ora, mágoa é um câncer que só faz mal a quem possui; muitas vezes o alvo de nosso ódio, sequer tem conhecimento dele.

Então, o perdão, além de desfazer uma das obras favoritas do Inimigo, o ódio, ainda propicia saúde ao seu agente. Como ele é um fruto da gratidão que devemos Ao Salvador, chegamos a uma conclusão necessária que a gratidão é medicinal às nossas almas.

Seu lado oposto, porém, esteriliza os corações que poderiam florir em gestos de bondade. “O coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma.” Muslah-Al-Din Saadi

Usando essa mesma figura a Epístola aos Hebreus demandou melhores frutos daqueles que deveriam ser gratos ao Senhor pelo Inefável Resgate; “Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada. Porém, de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, coisas que acompanham a salvação...” Heb 6;7 a 9

Assim, um cristão ingrato é uma impossibilidade; como um quadrado redondo. A ingratidão é filha do egoísmo, de um que se ocupa de si mesmo acima de tudo; ora, a premissa inicial do cristianismo, é: “Negue a si mesmo”.

Pois, se, para efeito de ingresso as boas obras nada valem, é pela fé no Senhor que Redimiu, uma vez inseridos no Corpo de Cristo, eventual deserto de boas obras matará de sede a fé.

Por isso, na oração ensinada pelo Senhor, somos instados a pedir perdão a Ele, na mesma proporção que nos atrevemos a perdoar; “perdoa nossas faltas assim como perdoamos...”

A rigor, a gratidão é um “revide,” portanto, uma dívida; e somos chamados a amar, que é algo muito mais sublime que uma troca de afeições. 

Amar é correr riscos expor-se à ingratidão; dar-se sem esperar recompensas, senão, de Deus. “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam; orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” Mat 5;44 a 46

Deus avivou a memória do copeiro ingrato, no tempo oportuno; e, aquele que tinha sido uma decepção para José tornou-se instrumento nas mãos do Eterno, quando Ele quis exaltar Seu Servo. Então, deixemos nossas ingratidões sofridas nas mãos Dele; Seja caso de vingança com o injusto, ou, recompensa ao injustiçado, no Seu tempo, fará justiça, “O Juiz de toda Terra” como disse Abraão.

A vileza e a ingratidão estão sempre dispostas
A vitimarem as pessoas mais bondosas
Por isso é que ser bondoso neste mundo
Não é para os fracos, é para os fortes!”
Augusto Branco

E nós podemos sempre ser gratos, mesmo sofrendo ingratidões; pois, Cristo nos fortalece.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Cruzado de Direita

“Não fique em cima do muro nas questões Políticas. Vá para a Direita ou para a Esquerda. Defenda os ricos ou defenda os menos favorecidos.” Saulo Dias dos Santos

Essa loquacidade fácil e frívola, que não resiste a um embate intelectual contra dois neurônios tem sido a máxima usada pela esquerda.

Ou, sou um “coxinha”, defensor dos ricos, ou, um cara esclarecido, politizado alinhado aos pobres. Eles, claro, são libertários anti-imperialistas, progressistas.

Pois bem, estamos nos estertores do quarto mandato esquerdista, 16 anos seguidos; Temer que o conclui era vice deles; qual a situação dos mais pobres como resultado? 14 milhões de desempregados, energia e gasolina cada vez mais caras, inflação, Risco Brasil no teto, rombo impagável na previdência, BNDS, Caixa, Petrobrás, Fundos de Pensão... Melhorou??

Os banqueiros e empreiteiras foram reduzidos em seus lucros para melhor distribuição de renda? Não. Estão cada dia mais ricos. Então começo rejeitando-os, não por que sou contra os pobres, mas, porque detesto mentira, engano, empulhação.

Porém, o lado econômico empalidece se os olharmos pelo aspecto dos valores; aborto, descriminação das drogas, direitos humanos aos bandidos antes, que, às famílias de policiais, ideologia de gênero, achincalhe dos símbolos cristãos, promoção do homossexualismo como na famigerada exposição do Santander; aliás, não deveriam estar combatendo ao imperialismo econômico do quarto maior banco do mundo, invés de estar de mãos dadas? Esperar coerência deles é o mesmo que esperar um vampiro doar sangue.

Agora, Campinas aprovou o projeto “Escola Sem partido” a fúria da minoria esquerdista era quase incontrolável no ambiente legislativo. Palavras de ordem como “Nazista, Fascista, reacionários, alienados” empurrões e quase partindo para as vias de fato, porque, a vontade majoritária prevaleceu.

Essa é a “democracia” que eles conhecem. As pessoas “livres” para concordar com eles, senão, baixam o nível. Como na China, Cuba, Coréia do Norte, Venezuela; um partido só, e quem discordar tem o direito de ser assassinado. Aí, sou contra a esquerda porque sou a favor da liberdade de credo, consciência, escolha, sexual, sem nenhuma imposição de partido, nada tendo a ver com defender ricos, mas, defender valores.

Eles não sabem jogar o jogo político com as regras da democracia, alternância de poder. Ninguém, exceto eles sabe governar, ou, tem alguma contribuição a dar pelo país. As mesmas reformas, trabalhista e previdenciária defendidas quando eram governo, agora, dizem que são ilegítimas. Ora, podem ser discutidas, alteradas, emendadas, mas, são necessárias, sobretudo, pelos rombos que eles mesmos fizeram.

Escolas públicas são mantidas com nossos impostos, e, se a imensa maioria é pela liberdade de consciência, como pagaria ainda sabendo que elas, invés da salutar difusão de conhecimento estão sendo usadas para doutrinação ideológica, para formar zumbis partidários, não, cidadãos?

Sendo os liberais, ampla maioria, geram mais recursos; portanto, não teriam também direito de ensinar o anti comunismo nas escolas, uma vez que assim pensam, e estão pagando? Seria uma questão de justiça. Como ficariam as cabeças dos alunos?

Assim, não sou contra a esquerda por ser rico, nem amigo de ricos; mas, por prezar ainda os valores como, justiça, que eles desconhecem.

Mas, eles são contra o imperialismo, são libertários; é mesmo? Contra o imperialismo liberal; mas, o que era a extinta União Soviética senão, um império comunista? Qual o sonho do Foro de São Paulo, senão, comunizar todos os países da América Latina formando a sonhada “Pátria Grande” um império pra se opor aos Estados Unidos?

São anti-imperialistas se o império não for deles; seu alvo, poder; inclusão social é só uma música bonita para ninar incautos.

Sou contra a esquerda também, pois, pela deslavada hipocrisia, sem-vergonhice obscena que marca sua caminhada.

O liberalismo capitalista tem seus problemas, injustiças, corrupção, exploração... Mas, o empreendedorismo e a meritocracia vigente ensejam o enriquecimento das nações, que melhora a vida para ricos e pobres, vide, EUA, Canadá, Austrália, Alemanha, Suécia, Dinamarca, etc.

Tem qualidades como, alternância de poder, democracia verdadeira, liberdade de consciência, de crença, respeito ao direito de propriedade, Estado mínimo que por si só diminui a corrupção, valorização da polícia, etc.

São coisas basilares, não abdicamos delas para resolver os problemas, antes, na vigência desses valores e instituições que os males podem e deve ser combatidos.

Alguns mal informados chegam a fazer Cristo um comunista porque mandou termos cuidado dos pobres, socorrê-los. Mandou fazermos isso com nossos bens, não com alheios como o comunismo pretende.

Quem quiser fazer isso à vontade. Agora ficar à beira da piscina tomando uísque importado enquanto filosofa sobre dividir a renda alheia é coisa de canalhas.

São tão desapegados os “defensores dos pobres” mas, seus líderes enriquecem com a velocidade da luz; seus passos insistem em negar suas palavras; contudo, o alienado sou eu, claro!

A Rapidez Lenta

“...eu irei como guia pouco a pouco, conforme o passo do gado que vai adiante de mim...” Gên 33;14

O temido encontro de Jacó com Esaú, onde os desejos de vingança desse tinham arrefecido já; encarou seu irmão em paz e o convidou para que fosse com ele, ao que o pastor demonstrou cuidado em não forçar a marcha do rebanho, dizendo que seguiria no ritmo do gado.

Embora tivessem a mesma idade, eram gêmeos, não é difícil imaginar que havia acentuadas diferenças físicas entre o pastor, de lenta locomoção e um caçador e guerreiro como Esaú acostumado a mover-se com agilidade. Seria como comparar um atleta com um executivo; óbvio que suas marchas eram diferentes.

Esaú liderava quatrocentos guerreiros; Jacó, rebanhos, mulheres e crianças.

Essa diferença figura, de certa forma, as discrepâncias entre nossos anseios e a realidade. Os sonhos são atléticos, “marombados,” velozes como Esaú; porém, a realidade é soturna, monótona, anda no passo de um gado moroso como a marcha de Jacó.

Contudo, na jornada espiritual não conta pontos quem chega primeiro; antes, quem atinge o alvo no tempo de Deus.


Nossas almas, malgrado, a promessa de vida eterna atuam como se tivessem pouco tempo; o anseio por felicidade, broto de uma raiz emocional, suplanta, não raro, a submissão ao processo necessário para nosso aperfeiçoamento, a escolha racional.

Noutras palavras: Não queremos nos preparar para as bênçãos; ansiamos que elas estejam preparadas para nós.

Pedro ensina que, “O Senhor não retarda Sua Promessa, ainda que muitos a têm por tardia”; assim, o mesmo fenômeno é visto de modo diferente por perspectivas diferentes. Para os discípulos era urgente que O Senhor fosse em socorro a Lázaro que estava enfermo; para Ele faltavam quatro dias ainda. Ante a visão humana, se ele morresse já era; para O Salvador era desejável que assim fosse; queria revelar O Poder de Deus sobre a morte.

Então, quando O Santo nos nega o “lógico” não o faz por ter deixado de nos amar; tem coisas melhores reservadas, para se manifestarem no devido tempo. “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, não, de mal; para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, ireis, orareis a mim e vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo vosso coração.” Jr 29;11 a 13

A coisa certa no tempo errado pode deixar de ser certa também. Imaginemos um remédio forte, tarja preta, que, deva ser tomado um comprimido por dia durante uma semana e o paciente resolva tomá-los todos de uma vez apressando o “tratamento”; o risco é morrer de overdose.

Assim, o Senhor me dar bens, antes de implantar em meu ser a devida têmpera para resistir aos riscos que o mau uso deles me traria; pode me fazer mais mal que bem, tal bênção. A Palavra é categórica: “A bênção do Senhor enriquece e não traz consigo dores.” Prov 10;22 “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; Ele se levantará para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos os que nele esperam.” Is 30;18

Embora essas citações tenham lá seus liames contextuais, são nuances do trato de Deus com o homem; como Ele não muda, parece lícito e necessário relacionar isso a nós também.

Zacarias e Isabel, mesmo justos e honrados eram avançados em idade e sem filhos, coisa que na cultura hebraica era tido por opróbrio, vergonha, quando não, maldição. Entretanto, no tempo do Eterno lhes coube a honra de gerar o maior de todos os profetas, João Batista.

Quantas vezes seus corações frágeis como os nossos foram tentados a duvidar da Bondade Divina? Afinal, desejavam algo lícito, normal, um filho; contudo, seu desejo secava no deserto do tempo.

Porém, para O Senhor que tira água da rocha, fazer rios no deserto é coisa fácil. “Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo. A terra seca se tornará em lagos, a terra sedenta em mananciais de águas; nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos.” Is 35;6 e 7

Então, invés de nossas orações serem meras reivindicações tentando abreviar o tempo de Deus, sejam, antes, pedidos de sabedoria para melhor haurirmos as lições que necessitamos nessa escola. Quanto mais rápido crescermos, mais nos aproximaremos dos bens que O Senhor reservou para nossos dias de adultos.

Um coração cordato, submisso, andando “no passo do gado” chega antes ao Objetivo Divino pra nós, a Estatura de Cristo, o “Manso e Humilde”. O Bom Pastor não busca por atletas, mas, ovelhas.

domingo, 24 de setembro de 2017

Os Meninos Velhos

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, feito homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

O mau proceder no exercício dos dons espirituais; as “coisas de menino” a que Paulo se referia; identificara os tais, divorciados do amor, portanto, inúteis. Porém, deixando isso, consideremos quais os insumos necessários ao crescimento espiritual.

O Salvador não comissionou apenas para pregar o Evangelho; antes, disse: “Fazei discípulos”; Logo, dos salvos se requer algo mais que crer, simplesmente; que aprendam as razões da esperança, como disse Pedro; ou, entendam a teor da sua fé.

Acontece que, temos “outro Evangelho”, ou seja: O mesmo, transtornado por mercenários. Se, são meros interesseiros materiais no conteúdo de suas mensagens, por que seriam altruístas, espirituais, pastorais na forma? Digo; se, miram dinheiro apenas, tudo que precisam é convencer seus manipulados a desembolsá-lo, por que perderiam tempo ensinando?

Desse modo, não se furtam a oferecer de modo imediato, pontual, algo que depende de um processo longo. “Receba hoje tua vitória! Tua vida nunca mais será a mesma, Deus entrou com providências hoje, receba!” São alguns bordões de gente leviana, inconsequente, travestida de obreiros.

O Salvador não era tão veloz assim; “Vinde a mim... tomai meu jugo... aprendei de mim...” Dizia. Claro que, para alguém ser discipulado carece que tenha se convertido de fato; senão, o labor do mestre será inútil como tentar verter lobos em herbívoros.

Ainda assim, convertidos, não crescem quando são preguiçosos em assimilar o ensino; se fazem resilientes ao novo, ao conhecimento; fecham-se em limitações bitoladas, fanáticas, dando ao emocional a prioridade em lugar do racional. “Eu gosto assim, aprendi assim, nem tente me mudar”; já ouvi tanto isso de gente que carece desesperadamente crescer um pouco.

Caso semelhante foi identificado em crentes hebreus: “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não, de sólido mantimento.” Heb 5;12 Tendo “idade” para ser mestres ainda eram meninos.

Estudar não é uma coisa agradável, mas, são preciosos os frutos que produz. Entre eles, um discernimento tal, que deixa os hereges falando sozinhos, invés de segui-los. O mesmo Paulo disse noutra parte que o ensino era “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo erro dos homens que com astúcia enganam...” Ef 4;14

Ora, precioso é sinônimo de alto valor, preço; e preço, sinônimo de custo. Querer de modo imediato e sem custo, coisas que demandam tempo e esforço seria anelar que a semente nasça e frutifique no mesmo dia.

Nos anos 50 a indústria farmacêutica descobriu uma droga chamada Talidomida, que, entre outras coisas acabava com o enjoo durante a gestação; foi um achado para as mulheres. Porém, mais tarde se descobriu que interferia na formação dos membros dos fetos que nasciam com defeitos nos mesmos e até, faltando braços, pernas; quando médicos japoneses identificaram que era a droga que causava aquilo, havia mais de dez mil crianças atingidas.

Assim, na inocente intenção de encontrar alívio para um desconforto eventual, as mães eram levadas ao encontro de males muito maiores.

De modo semelhante, a igreja atual tem tomado a droga do comodismo, da negligência no ensino; esse “alívio” de trabalho tem ensejado a má formação dos membros; uma geração de mutilados espirituais, que, não é capaz de andar sem algum engenho acessório; shows carnais, luzes, fumaça colorida, fama, fetiches, charlatanismo, idolatria de cantores e obreiros, como se, a Presença Bendita do Senhor não bastasse.

O estudo parece pesado no princípio, à medida que nos exercitamos nele se torna natural. “Se como a prata a buscares (a sabedoria) como a tesouros escondidos procurares, então entenderás o temor do Senhor, acharás o conhecimento de Deus... quando a sabedoria entrar no teu coração o conhecimento será agradável à tua alma.” Prov 2;4, 5, e 10

Quantos por cento dos crentes atuais leram a Bíblia de capa a capa? Cinco? Lendo entenderam? Duvido. No entanto todos eles colocam em algum lugar, geladeira, carro, “O Senhor é O Meu Pastor.” Embora não estejam muito aí, para o que O Pastor Falou. Depois tornam-se alimento de lobos e não sabem por que.

Nosso país nunca esteve tão imbecilizado como agora; basta ver as produções “artísticas” da moda; lixo. Mas, os cristãos são chamados à sabedoria; não descansemos enquanto não tivermos conseguido.

O adulto espiritual não é identificado pelo tempo; antes, pelo paladar, discernimento, valores; “o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.” Heb 5;14

sábado, 23 de setembro de 2017

O Santo e o Profano

“Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras.” Jo 10;19

O supra-sumo da Obra para muitos incautos seria que todos os “cristãos” se unissem a despeito de haver entre eles diferenças doutrinárias graves; se, todos falassem a mesma língua estaria tudo bem. O chamado Ecumenismo, que, malgrado, seja rebelião velada contra O Propósito do Santo fingiria ser o cumprimento.

Inda que pareça alentador aos embaçados olhos humanos, ante O Eterno é um motim; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam os governos consultam juntamente contra o Senhor, contra o seu ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas?” Sal 2;1 a 3

A unanimidade humanista contra o Desejo Divino foi tentada em Babel. O Criador confundiu-lhes para dispersá-los disso.

Hoje, o oba-oba sem noção é tal, que nem parece haver distinção entre o que fala de Deus, e outro, por meio do qual, Deus Fala; aquele expõe opiniões, propensões sobre o que acredita ser o mundo espiritual; esse, entrega-se ao Senhor; é mero canal por meio do qual, A Palavra Dele flui. Um bom aferidor é notar quanto há de Bíblia nos escritos, ou, nas falas de cada um.

Vemos acima que as Palavras de Jesus causavam divisão, invés de, ensejar uma união “ecumênica”. Ora, o que é o discernimento de espíritos, se, não, a capacidade de fazer divisão entre verdadeiro e falso?

Mais; disse que Sua vinda causaria divisões até em famílias; “Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não vos digo, antes, dissensão; porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, dois contra três. O pai estará dividido contra o filho, o filho contra o pai; a mãe contra a filha, a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, a nora contra sua sogra.” Luc 12;51 a 53

Aqui caem por terra as pretensões das igrejas “inclusivas” que obram por “canonizar’ toda sorte de perversões uma vez que, Deus ama a todos. Ora, antes de tudo Deus ama a si próprio, de modo tal que não nega Seus princípios, entre os quais, amor à justiça e ódio pelo pecado. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7 E, “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2;13

Assim sendo, não apenas faz separação entre santo e profano, como espera que Seus servos sejam vozes atuantes com o mesmo fim. “Mediu pelos quatro lados; e havia um muro em redor, de quinhentas canas de comprimento, quinhentas de largura; para fazer separação entre o santo e o profano... a meu povo ensinarão distinguir entre o santo e o profano; o farão discernir entre impuro e puro.” Ez 42;20 e 44;23

Portanto, a Obra de Deus genuína não é uma aglomeração de ímpios tendo números como mais importantes que essência; antes, um desafio à separação dos que anelam ser regenerados e chamados outra vez de filhos. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?

Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Ele disse: Neles habitarei, entre eles andarei; serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso, saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor, Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18


Assim chegamos também a uma divisão bem nítida entre verdadeiro e falso profeta; aquele é sisudo, grave, bíblico, divisor, medicinal; esse é cordato, inclusivo, unificador, carnal, ecumênico e assassino.

Como diz no Gênesis que Deus fez separação entre luz e trevas, também é assim no aspecto espiritual; “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13;12

O Salmo primeiro mostra dois aspectos necessários da separação; Não apenas uma rejeição ao conselho dos ímpios, ao caminho dos pecadores ou, a roda dos escarnecedores; Mais do que não se misturar com essa gentalha, como diria Dona Florinda, ter sede de Deus, Sua Palavra; nela meditar dia e noite.

Tanto a Palavra de Cristo pregada causa divisões; quanto, meditada insta-nos a separação das práticas reprováveis diante de Deus. Quem não consegue ver isso ainda dorme na noite espiritual. A esses, o necessário grito: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14