quarta-feira, 9 de março de 2016

Duplo ânimo; desanimador

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Acabe, o rei pusilânime cercava-se de falsos profetas que o bajulavam e evitava Micaías, Profeta do Senhor, pois, “nunca fala bem de mim” dizia. Bem, o Vate o advertira que seria inglória aquela batalha, com a morte do rei. Invés de se dar por avisado e não ir à peleja, usou uma estratégia para burlar À Palavra de Deus. Jeosafá, rei de Judá, lutaria em trajes reais, ele, disfarçado de soldado comum. Se, um rei morreria na luta, antes ele do eu, pensou.

Deus advertira da morte de certa pessoa, não de alguma veste, de modo que, sua “esperteza” não funcionou. Mas, o que quero apreciar agora é a duplicidade de coração, vício que assoma de suas atitudes. Não queria ouvir ao profeta, mas, no fundo, temia sua mensagem. Todo ser arbitrário pode decidir crer, ou, duvidar de algo; mas, não pode fazer duas coisas excludentes ao mesmo tempo, se, goza de alguma sanidade psicológica.

Duplicidade é o tema de Tiago, vejamos: “O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.” 1;8  “Sede cumpridores da palavra, não, somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” 1;22 “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial, água doce e amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.” 3;10 a 12 “Chegai-vos a Deus, ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” 4;8 etc.

O jovem rico que sentiu-se atraído por Jesus, mas, trazia em sua alma o apego material foi testado nisso e reprovado. Não que devamos vender o que possuímos e darmos aos pobres, embora, tenhamos que socorrer aos necessitados; porém, O Salvador demandou isso para mostrar onde estava, seu coração. Nossa hipocrisia é tão grande que somos capazes de enganar a nós mesmos. Há mentirosos contumazes que parecem acreditar nas próprias mentiras. O país está cheio deles, na política, sobretudo.

O Senhor não deseja “decisões” nebulosas, como Acabe que acreditava duvidando. Falando a uma multidão que O buscara por interesses desafiou-a, a comer Sua Carne e beber Seu Sangue; a galera foi debandando à “dureza” do discurso; nem se deram ao trabalho de perguntar o sentido das estranhas palavras. O Salvador não se preocupou em ser “legal” contar uma piada para manter audiência, nada. Depois que todos se foram, exceto os doze, perguntou se, também eles queriam “dar no pé”.

É fácil filosofar sobre a preferência da qualidade à quantidade; mas, viver isso na prática são outros quinhentos. Para O Senhor é assim. Ou, nosso coração é Dele, ou não é; não existe espaço intermediário. Que cada um que deixe patente sua escolha: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

No Desafio do Carmelo Elias denunciou também a duplicidade de um povo que oscilava entre O Criador e Baal. Tendo O Senhor feito cair fogo do céu, o povo decidiu: “Só O Senhor É Deus”! Mas, no dia seguinte, muitos estavam em perseguição ao Profeta, a mando de Jezabel. Não é fé a ação do que professa uma coisa e faz outra. É auto engano.

Como Acabe, as pessoas tendem a trocar roupas apenas, invés de mudarem de atitude. A fé triunfa às circunstâncias, não, cambia ao sabor delas. Deparei com um post no Facebook onde alguém dizia que a Bíblia cairia em descrédito, pois, teria sido encontrado o “Evangelho de Barnabé” que desmentiria os demais.

Que gente sem noção! A Bíblia, cujo Canon, passou por vários concílios, foi alvo de perseguições, destruição, cruzou incólume à ponte do tempo, transformando, salvando milhares de vidas, seria, de repente, lançada ao descrédito por um papireco apócrifo que surgiu num limbo qualquer??

Comentei que alguns pensam ser Deus, como o rei do jogo de xadrez que, devidamente cercado, xeque-mate. O que pensam esses imbecis do Eterno? O que pensam da fé? A única descoberta que pode mudar alguma coisa é, justo, a fé em Deus, por meio daqueles que ainda a desconhecem. Transporta da morte para a vida. O resto, é mais do mesmo; mudam as vestes, não o condenado à morte.


Quem crê, a surgirem “provas” contra Deus, as reduz a pó; quem espera tal surgimento, mesmo professando fé, duvida. Sabe que está indo pra morte, mas, escolhe desobedecer.  

sábado, 5 de março de 2016

O "Nepotismo" Divino

Sucedeu, que, no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho; eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; produzira flores, brotara renovos, dera amêndoas.” Núm 17;8

Durante o Êxodo, Moisés fora acusado de “nepotismo”; empregar parentes em cargos de honra, uma vez que, Aarão, seu irmão, e seus filhos foram escolhidos para administrarem o sacerdócio. Para os oponentes, não se tratava de escolha Divina, mas, de abuso de poder.


Moisés apresentou o caso Ao Senhor que o ordenara, e, foi instruído a que todos os líderes colocassem seus cajados perante a Arca por uma noite; aquele que florescesse, seria o escolhido. Na verdade, como vemos no texto, O Eterno fez melhor que isso; invés de produzir flores, simplesmente, fez a Vara de Aarão produzir frutos, amêndoas, confirmando Sua escolha.


Esse incidente foi evocado pelo Santo quando da chamada de Jeremias, para deixar patente que, O Eterno se responsabiliza por Suas escolhas: “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? Eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre minha palavra para cumpri-la.” Jr 1;11 e 12

Entretanto, meu foco, não é a chamada da tribo Levita para o sacerdócio, antes, um aspecto doentio da alma humana caída; por que tantos se “voluntariam” para o poder, a honra, e não, para o serviço?

Ora, O Salvador ensinou que, quem quiser ser o maior deve se fazer serviçal de todos. Em dado momento falou de si mesmo como sendo o menor no Reino dos céus, Sua posição voluntária; para depois ser visto como Maior, Sua posição Real: “Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas, aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mat 11;11

Há um provérbio hebraico que diz: “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue quem foge dela”; assim, precisamente, se deu com O Salvador que sujeitou-se a ser tratado como o mais indigno dos homens; hoje, tem “O Nome que É Sobre Todo O Nome”.

Paulo lançou mão de Seu exemplo para ensinar aos Seus seguidores: “Não atente cada um para o que é seu, mas, cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, antes, esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente, lhe deu um nome que é sobre todo o nome;” Fp 2;4 a 9

Claro que é saudável a valorização da honra, bom nome, reputação; mas, se, “Diante da honra vai a humildade”, como ensina A Palavra, é, justo, o esvaziamento de nossas pretensões naturais que dá azo a que O Eterno nos honre, fazendo-nos, como a morta vara de Aarão, florescer, frutificar. A escolha pode parecer humana, num primeiro momento, como em Moisés, mas, aos que chama, O Senhor se encarrega de testificar.

De Levi, não obstantes eventuais imperfeições, testificou de uma resposta aceitável ao Divino Propósito, disse: “Minha aliança com ele foi de vida e paz; lhas dei para que temesse; então, temeu-me, assombrou-se por causa do meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, a iniquidade não se achou nos seus lábios; andou comigo em paz, retidão, da iniquidade converteu a muitos.” Mal 2;5 e 6

Há diferença entre Escola de Profetas, e escolha de Profetas. Aquela deriva de iniciativa humana; essa, Divina. Os da Escola se viram às voltas com um machado emprestado que caíra no rio; Eliseu, o da escolha, o fez flutuar; os da Escola queriam buscar Elias após seu arrebatamento, apegados ao Homem; o da escolha, se apegou a ele antes, reconhecendo Deus na Sua vida e desejando dons superiores.

Não que haja Profetas como antes; porém, os que Deus Escolhe cumprem um ministério profético, à medida que, por obediência falam somente, Segundo Deus. “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor, quem não profetizará?” Amós 3;8

Tencionar para si algo diverso da Vontade Divina, como fez Uzias, invés de honra, acaba em lepra. O profeta não busca sua honra, antes, fala como Davi: “Saberão que há Deus em Israel”; De um assim Deus testifica, como fez com Ezequiel: “...saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33;33


A bem da verdade, Deus comete certo “nepotismo”; Só faz florescerem e frutificarem, Seus filhos, os demais, não passam de varas sem vida.

A "defesa" do Lula

Depois de ouvido pela PF, Lula foi ao diretório do PT, onde, “deu entrevista”, na verdade, falou o que quis em sua defesa, não facultando à imprensa que fizesse perguntas.


Disse, entre outras coisas, que muitos que por aí estão nem haviam nascido quando dona Marisa com onze anos já trabalhava como doméstica, de modo que, merecia respeito. Bem, a figura usada serve apenas para mostrar a idade dela, superior à de muitos. Se, é certo que os mais velhos merecem respeito, também é, que, quando ela comandou as reformas milionárias no Triplex e no sítio, usando dinheiro de corrupção desrespeitou toda a nação brasileira; respeito se oferece para receber. Idade por si só não é credencial. Ruy Barbosa dizia: “Não se impressione com os cabelos brancos, os canalhas também envelhecem.” É o caso dele, aliás.


Uma vez mais atacou a justiça e a imprensa invés de defender-se do que está sendo acusado. Disse que lutou pela liberdade de imprensa, mas, suponho que a “liberdade” que defende é a de elogiar ele e seu partido. Veículos como Globo, Veja, e Época que denunciam mal feitos, não deveriam usufruir liberdade, ao que parece.


Falou com a cara de pau costumeira que a imprensa está preocupada com um barco de quatro mil, e pedalinhos de dois mil que Marisa comprou para os netos. A ideia é que, para quem dispõe os bens dele, tais coisas são ridículas, como se, esse fosse o ponto. Ninguém duvidou que tivesse meios para comprar tais coisas, a pergunta sempre foi outra: Se, o sítio não é dele, como afirma, por que essas coisas dele estão por lá? Essa é a pergunta da qual fugiu, fingindo abordar.


Uma vez mais, tentou transformar caso de polícia em caso de política seu truque usual. Não está sendo investigado por que é corrupto, ladrão, antes, porque enriqueceu aos pobres deste país, e as elites não suportam isso. Seu “pobrema” é ser bom, não, desonesto.


Resta saber quem são as tais elites. Serão as maiores empreiteiras? Os empresários beneficiados pelo “Bolsa BNDS”? Os coronéis de sempre da política? Todos esses estão do lado dele. Quem são essas malditas elites que tanto mal fazem ao país? A oposição? Que nada, temos uns senis políticos, brochas cívicos, inúteis. São movimentos espontâneos como o Revoltados Online, o Brasil Livre, o Vem pra Rua, gente nova sem partido político, mas, cansada da roubalheira, que se opõem.


Disse que se sentiu preso, e que não precisava nada daquilo, pois, bastaria convocar que iria a Curitiba, Brasília, ou, onde fosse. Convenientemente “esqueceu” que fugiu via chicanas, de duas convocações do Ministério Público de São Paulo, de modo que sua disponibilidade só serve para discursos safados, mentirosos; da Lei, foge quando pode.


Sempre se coloca como se fosse um poder rival, aos que o investigam, não, como um cidadão qualquer que deve prestar contas à Lei quando necessário. É um ex presidente? Sim, de modo que, deve ser tratado respeitosamente por isso, mas, ele mesmo testificou que os policiais foram muito respeitosos, gentis, queria mais o quê?


Enfim, falou, falou, acusou, acusou, e não se defendeu de nada. Além dos, mais de 50 milhões, mal explicados, terá ainda que se ver com a delação de Delcídio, que trouxe à luz muito esterco pretérito.


Dizer que ele é mero mentiroso e vingativo não cola. Antes de ser pego era Líder do Governo no Senado; ademais, a delação premiada só paga seu “prêmio” se o delator fornecer elementos que permitam comprovar a veracidade das acusações, de modo que, escapar disso não é tão simples assim.


Mas, incendiou os imbecis úteis que chama de militância, e os sindicalistas superfaturados pra botarem as mangas de fora numa resistência como se fosse o PT, não ele, que estivesse sob acusação. Os baderneiros profissionais “causando” nas ruas serão seus “argumentos” de defesa?. A irresponsabilidade de açodar microcéfalos apaixonados, vândalos de aluguel ainda fará correr sangue inocente; se isso acontecer, o “mérito” será dele.


Por fim, fez uso de seu jeito favorito de falar, a metáfora. Disse que acertaram a paulada no rabo da jararaca, invés da cabeça, de modo que só a deixaram mas braba. Agora se dispõe a viajar pelo país reerguendo o PT. Bravata, só fala para plateias amestradas, ou, como hoje, em microfones domesticados pelo monólogo. Não encara a Imprensa independente, nem o povo que não se vista de vermelho, a esmagadora maioria. O Titanic afundando, e ele segue o show de humor.



De qualquer modo, se sobreviver à Aletheia, a etapa 24 da Lava Jato, tudo indica que não sobreviverá à 25. A “Operação Paulada na cabeça” porá fim aos desmandos do fanfarrão, quem viver, verá; aplaudirá.

quinta-feira, 3 de março de 2016

A Estrela Continua??

Os fragmentos já conhecidos da delação de Delcidio Amaral são bombásticos, arrasadores. Desde o início das denúncias envolvendo gente graúda do PT, pessoas mais esclarecidas insistiam em pautar que era caso de polícia, não, de política.

Mas, a defesa que sempre recorreu a fumaça invés de fatos seguia sua cantilena de que a coisa era mera intriga política, ora, da “Imprensa Golpista”, ora, da “Elite de olhos azuis”, ou da “direita reacionária.” Nunca foram denunciados por ímprobos, ladrões, etc. antes, sempre pelos seus “méritos”, pois, a “zelite” estariam incomodadas ao ver pobres andando de avião, ou, pelo sucesso do “Bolsa Família”, pelos 36 milhões que foram pra classe média, etc.

Ademais, diziam, em seu governo não se varria a sujeira para debaixo do tapete. ( agora que Delcídio levantou o dito cujo, entendemos por que; não cabe mais ) Pau de dá em Chico dá em Francisco” vociferou o pulha do Rodrigo Janot, quando candidato à PGR. Agora, na função, pau que dá em Eduardo Cunha, o canalha desafeto do Governo, não dá em Dilma, nem em Calheiros. As investigações são seletivas, blindando uns e assediando outros, conforme o interesse da rubra fanfarra.

Mais; “mais honesto dos brasileiros” foge das oitivas judiciais como o canhoto da cruz. Enrolado com o Triplex o Sítio, as vendas de medidas provisórias em troca de “pixuleco”, as “Palestras” milionárias das quais, em vão se busca indícios; recorre a manobras, chicanas, para evadir-se a depor. O único homem honesto que existe, que tem medo da verdade.

Falando nela, criou um site nomeado, “A bem da verdade”, para nele, desfazer as “intrigas da imprensa” e as maldades das redes sociais que o “caluniam”. A verdade seria o que fosse lá publicado, o resto, mentira. Essa é a ideia de defesa dessa escumalha. Dizer o contrário do que a acusação diz, negar os fatos, ignorar os indícios, as provas; quem gritar mais alto leva.

Quando ele fala na TV, uma panela vazia e uma concha para a “música” e, está feito. Lá no famigerado site basta noções de higiene mental e a coisa se resolve.

Onde estão os bravos guerreiros da mortadela para bradar: “Não vai ter golpe, não vai ter golpe!? A coisa ferveu tanto que vai ser difícil cooptar imbecis úteis, ou, canalhas de aluguel além da reduzida alcateia que garante uma aprovação de 5%.

Não bastasse a roubalheira escancarada, temos a desfaçatez, a incompetência. Dilma, no auge da crise acenou em cortar uma dezena dos inúteis ministérios, mas, passou-se um tempão, e nada, tudo mentira. No sábado último, no Chile disse que não governava para o PT, mas, para todos os brasileiros. Outra mentira oficial. Na segunda, a serviço do PT, demitiu o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, pois, Lula estaria descontente com a pouca influência dele em deter as investigações da Lava Jato.

Pior, foi nomeado para seu posto um promotor de justiça, o que a constituição não permite, portanto, será deposto tão logo seja pleiteado isso, se, por acaso, a Constituição ainda vale alguma coisa sobre essas terras tupiniquins.

A única falha “moral” entre eles é se deixar apanhar, o resto poooode! Delcidio foi preso? Problema dele, o PT não se responsabiliza; João Santana e esposa também? “O PT não tem marqueteiro” afirmou Rui Falcão. Essa é a noção de decência dessa gentalha que nos governa.

Já há material farto para uns quatro impeachments, e caso houvesse noções de vergonha, decência, umas duas ou três renúncias de mandato, e nada, a “Estrela continua”.

Ora, mesmo que, lograssem safar-se de todo arsenal de acusações gravíssimas que lhes pesa, essa gente nunca mais contará com o respeito da opinião pública. Salvo eleições fraudadas, não ganham mais cargos executivos.

Mas, o estrago feito à nação é tal, que mera destituição de seus cargos fica mui aquém da justiça. Precisam sofrer arresto de bens e prisões duríssimas esses assassinos de sonhos, ladrões de esperança, de boa fé, além dos bilhões de dólares, claro.

Estamos no limar de fatos sísmicos; ou, renúncia ainda que tardia da Presidente; impeachment, meio duvidoso com o Congresso que temos; ou, coisa pior, se, a tigrada do “Companheiro Stédile” o General de saliva resolver botar fogo no circo.

Que decepção!! O Partido que se fez depositário das esperanças de um povo, apodrecer vergonhosamente dessa forma. É tanto fato sórdido, tanta corrupção que fica difícil escrever mantendo o fio da meada; “cada enxadada uma minhoca” como diria Reinaldo Azevedo.


Então, se antes, quando a fumaça era mais densa se dizia que, só havia duas razões para defender o PT; ignorância, ou, falta de caráter, agora, com tanta sujeira assomando, a ignorância não faz mais sentido, resta uma razão apenas...

Deus é dos pobres, ou, dos ricos?

“No dia da prosperidade goza do bem; no dia da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecles 7;14

Duas correntes antagônicas vicejam no cristianismo professo, sobre a relação dos cristãos com posses materiais. De um lado, a “Teologia da Libertação”, cuja libertação seria das condições sociais adversas, uma espécie de marxismo com viés espiritual, onde seria lícito certa expropriação dos mais abastados em favor dos economicamente desvalidos.

De outro, a “Teologia da Prosperidade” advogando que o alvo Divino é que tenhamos vida com abundância; sendo, a miséria, as privações, maldições do inimigo, atestados de ignorância espiritual, falta de fé. Quem está certo? Deus fez mesmo opção pelos pobres, ou, mostra Seu Poder enriquecendo aos que O servem? Bem, me vi forçado a colocar ambas as “Teologias” entre aspas, pois, as vejo erradas, à luz da Bíblia.

Teologia, numa abordagem simples trata de Deus, Seu Ser, Sua Palavra, Seu relacionamento com Anjos e homens. O conhecimento de Deus, eventual serviço a Ele, segundo O Salvador, seria atinente à vida. “E a vida eterna é esta: que te conheçam por único Deus verdadeiro, e Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17;3

Noutra parte O Senhor disse: “Acautelai-vos da avareza, pois, a vida de qualquer um não consiste na abundância do que possui.” Assim, se, o conhecimento de Deus na Face de Jesus traz vida, e essa, não consiste na abundância de bens, a vida com abundância deve ser relida. Abundância de paz, salvação, dons espirituais, amor, comunhão, tempo, dado que, eterna...

Por outro lado, os da “Libertação” usam textos como: “Bem aventurados os pobres de espírito; porque deles é o Reino dos Céus!” Ora, basta uma leitura honesta para ver que nada tem com coisas materiais. Pobres de espírito quer dizer pessoas humildes, que reconhecem carências espirituais. Mesmo Nicodemos, Príncipe do Templo foi de noite a Jesus reconhecendo suas necessidades. Ademais, aos pobres de espírito, foi acenado o Reino dos Céus, não, a prosperidade na Terra.

Opositores da fé dizem, em sua diatribe, que, cada um interpreta a Bíblia como quer. Em parte têm razão; mas, não significa isso, que, seja ela um Livro ambíguo que abona qualquer escolha. Uma interpretação honesta, observada a devida hermenêutica sempre patenteará a Vontade Divina, malgrado, choque-se com nossos mais caros anseios.

Certo que, em dado momento Jesus mandou mensageiros de João Batista dizerem a ele dos milagres que viram, e, que aos pobres era anunciado o Evangelho. Isso não significa opção pelos pobres, mas, inclusão. Pregou muitas vezes no Templo ante os grandes, foi rejeitado; entre os pobres, onde era aceito, fazia Seus milagres e ensinava Sua doutrina. Nem por isso rejeitou Zaqueu, José de Arimateia, Jairo, ou, o próprio Nicodemos, que eram ricos.

Jeremias, o profeta, certa vez fez o curso inverso. Rejeitado entre o povo comum decidiu que deveria pregar à elite; deu no mesmo, a rebeldia era geral. “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres, loucos, não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas, estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;4 e 5

O texto que deu azo a esse raciocínio ensina nos movermos em ambas as situações; prosperidade e adversidade. “...aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, também, ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto, ter fartura, quanto, ter fome; tanto, ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;12 e 13

O sentido da vida não é prosperarmos materialmente, construirmos impérios, antes, reencontrarmos o caminho de casa rumo ao Reino que já está preparado. “De um só sangue fez todos homens, para habitar sobre toda a face da terra... para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;26 e 27

Apesar de antagônicas as duas correntes têm muito em comum. O nexo que os assemelha se pode resumir em três palavras: Aversão ao trabalho. Os da “Libertação” tencionam que “Deus” tire dos ricos e lhes dê, invés de irem a luta; os da “Prosperidade”, que O Santo abra portas via ofertas, “sacrifícios” mandingas várias ensinadas pelos mercenários, invés de arregaçarem as mangas, pedirem saúde para trabalhar, apenas.

Salomão tem um conselho a ambas as correntes “Teológicas”, pois: “Vão ter com as formigas, preguiçosos!”


Concluindo: Deus é dos pobres, ou, dos ricos? Deixemos Ele responder: “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6

quarta-feira, 2 de março de 2016

A Vereda dos Justos

“Temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” II Ped 1;19 e 20

Depois de asseverar que não falava sobre as Virtudes de Cristo segundo fábulas humanas, antes, fora testemunha tendo andado com O senhor, ouvido no monte, a Voz do Céu que o confirmou, Pedro aconselhou a investigarem as profecias, para nelas, serem iluminados. Essa busca faria a “Estrela da alva” aparecer nos corações dos que, isso fizessem. A mesma Palavra interpreta que a Estrela É O Senhor.

Desse modo, o que Pedro estava dizendo era: Estudem a Palavra profética sem parcialidades, deixem O Espírito Santo, O autor, vos conduzir, e encontrareis a Cristo. Na verdade, O Salvador dissera algo assim aos seus oponentes; “Examinais as Escrituras porque pensais ter nelas a Vida Eterna, e são elas que de mim testificam.”

Acontece que A Palavra de Deus, dada Sua origem, é como um livro selado aos descrentes, e, luz aos fiéis. Quando diz que não é de particular interpretação, tanto se refere a interpretes em particular, quanto ao texto, desmembrado do todo. Por exemplo: Miqueias profetizara que O Messias nasceria em Belém. Os que rejeitavam ao Senhor, o faziam, entre outros argumentos, pela vileza da Sua Terra de origem, a Galileia.

Contudo, o texto de Miqueias fala do nascimento. O que alude ao início de Seu ministério não menciona Belém, antes, justo, a mal afamada Galileia. Ouçamos: “Mas, a terra, que foi angustiada, não será entenebrecida; envileceu nos primeiros tempos, a terra de Zebulom, e a terra de Naftali; mas, nos últimos tempos a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, na Galileia das nações. O povo que andava em trevas, viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” Is 9;1 e 2

Assim, se tivessem ficado firmes à Palavra dos profetas como uma luz no escuro, invés de dados a interpretações parciais, teriam visto na origem galileia do Salvador uma Divina credencial, antes que, motivo de rejeição. Invés da luz da Palavra, confiavam na tradição. “Examina e verás, que, da Galileia nenhum profeta surgiu”. Disseram certa vez.

Dessas parcialidades naturais nascem heresias, seitas e aberrações várias, de gente que, invés de se entregar ao Espírito Santo em busca de luz, tira faíscas das pedras da própria ignorância e acende as chamas da carnal compreensão.  

Salomão ensinou que a Sabedoria de Deus não é incondicional; antes, demanda retidão do receptor: “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade” Prov 2;7 

Entendamos a vereda que nos leva à Luz. Só os retos, ( justos ) a recebem; “Não há um justo sequer.” Mas, quem recebe Ao Senhor é justificado, nasce de novo, da água e do Espírito; já pode entrar, pode ver o Reino dos Céus. Assim, para ver, alguém, a Jesus, carece primeiro crer; “Bem aventurados os que não viram e creram.”

Então, seria insano alguém sair em busca de ossos de invertebrados; igualmente, desejar obter luz espiritual sem auxílio do Espírito Santo. “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Nós não recebemos o espírito do mundo, mas, o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana; com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e, de ninguém é discernido.” I Cor 2;11 a 15

O espírito do mundo nas vidas de homens carnais tem produzido veras enciclopédias de estudos escatológicos; cheia está a WEB de “profetas” das últimas coisas. Temos anticristos para todos os gostos, nos ensinos de gente que desconhece a Cristo.

Os que se firmam na Palavra, porém, têm uma relação harmoniosa com o Espírito Santo, uma compreensão “natural” e progressiva do sobrenatural; saberão o que carecem, na hora oportuna, não serão surpreendidos. “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

“A vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” Prov 4; 18

terça-feira, 1 de março de 2016

Aborto; uma visão cristã

“Antes que te formasse no ventre te conheci, antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.” Jr 1;5 “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; no teu livro todas estas coisas foram escritas...” Sal 139;16

Parece que, dados os textos acima, para Deus é irrelevante a discussão de quando começa vida, uma vez que, tanto pode conhece-la, ainda informe, quanto, escolher alguém para determinada missão como fez com Jeremias.

Para determinados seguimentos feministas, evocar argumentos teológicos é algo nefasto, mui feio, mais que assassinar um incapaz, dado que, somos um Estado laico. Assim, segundo seu raciocínio, a defesa da vida deve ser só um ranço religioso.

Entretanto, malgrado isso, há pessoas que, se dizendo cristãs abraçam à ideia, e para essas, que acham que a Bíblia tem relevância, Deus conta, para essas, digo, direciono minha breve reflexão, tencionando trazer alguma contribuição.

O melhor argumento que ouvi sobre sua causa é de que, “toda mulher tem direito a dispor do seu corpo como desejar.” Ora, isso é pacífico, indiscutível, tanto para mulheres, quanto homens, homossexuais; uma vez que, Deus nos fez arbitrários, e assim permanecemos.

Homens e anjos habitam o âmbito da possibilidade; claro que, o direito a fazer escolhas traz anexo o dever de assumirmos as consequências.

Animais e plantas, os demais seres vivos, são devedores à necessidade; reféns da reprodução mecânica, incapazes de escolher. Assim, homens e anjos podem viver piedosamente segundo Deus; ou, alheios aos reclames do Santo, endeusando às próprias vontades. Há precedentes de ambas as hipóteses em ambos os seres.

Animais e plantas, contudo, nascem, crescem, vivem, reproduzem e morrem, sem escolha. O feijão não pode decidir virar ervilha, tampouco, um pato tornar-se galo. Não que as escolhas dos seres pra elas dotados os façam outra espécie, estritamente; mas, aos anjos que escolheram a rebelião, fez demônios; aos humanos que escolhem o pecado, inimigos de Deus, privados da vida eterna.

Certo pensador disse que somos “condenados à liberdade”; desse modo, querendo ou não, acabamos optando a todo momento. Opções são sementes que lançamos; mais dia, menos dia, depararemos com seu fruto multiplicado.

Até pessoas simples com mera experiência de vida privadas de estudo dizem com acerto, que meu direito termina onde começa o de meu semelhante. Mais ou menos como um semáforo que, quando verde em determinada direção, está vermelho nas demais; cada um avança a seu tempo; o exercício do direito concomitante ao dever que, disciplina e bem ordena a vida urbana. Abstraídas as peculiaridades, esse exemplo pode se aplicar a todas as áreas do convívio social.

Quando acontece um acidente, é mui frequente, as autoridades investigam as causas para ver quem é, e como arcará com as consequências, o culpado. Assim, todo o motorista tem direito a dispor de seu carro, ir e vir, pelas ruas que desejar, desde que, observe as regras de trânsito estabelecidas. Não se faculta a ninguém andar na contramão, cruzar sinal vermelho, por exemplo, exceto alguns veículos que lidam com emergências.

Acontece, voltando ao tema, que a mulher grávida não lida mais estritamente com seu corpo. Traz em si a consequência de uma escolha, cuja culpa pode ter sido dela apenas, dela e do parceiro; ( só do parceiro, em casos de estupro, que merece apreço à parte )  de modo que, seu direito a dispor de seu corpo como quiser, cessou temporariamente, desde que, permitiu que novo corpo começasse a ser gerado. Acendeu o sinal vermelho. Passou a trazer em si um ser incapaz, indefeso, cujo único “defeito” é não ter vivido ainda tempo suficiente para se defender por seus próprios meios.

Quem advoga como lícito o aborto, violência de um ser mais forte contra um indefeso, com qual argumento condenaria à pedofilia, por exemplo? No fundo, é a mesma coisa, “atenuada” pelo fato que não gera morte, exceto, eventualmente.

Ademais, 50% dos fetos são mulheres; qualquer máxima que apregoe direitos de “toda mulher”, há de incluir essas ainda indefesas, se, de fato, é atinente a todas.

Ora numa sociedade esclarecida como hoje, é tão simples não conceber, que é uma grande irresponsabilidade lidar com gravidezes acidentais, como tanto ocorre. A ideia parece ser: Me comporto como quiser, bebo, me drogo, “solto a franga”, mas se surgir um “efeito colateral”, o Estado deve resolver, francamente. Um filho deve ser um projeto alicerçado em amor, não um acidente irresponsável!

Cristo nos ensina a não fazermos a outrem o que não desejamos;bem, não desejo em hipótese alguma, que um ser infinitamente mais forte que eu, me mate como uma peste, e me descarte como um lixo.  

É fácil sermos a favor do aborto depois de termos nascido.”

Keitarou Tanara