Mostrando postagens com marcador vida ou morte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vida ou morte. Mostrar todas as postagens

domingo, 12 de julho de 2020

Liberdade dá Medo


“Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Um pensador atento (mas não muito) acharia nesse breve texto uma contradição sobre liberdade.

Jesus condicionou seu surgimento à permanência em Sua Palavra (doutrina); mas, não é uma doutrina uma espécie de cercado, que restringe a ela, ações de quem a adota?

Como alguém poderia ser livre e restrito, ao mesmo tempo? Teria que pular a cerca?

Talvez tenhamos um conceito errôneo de liberdade; O que O Salvador tinha em mente não era segundo o prisma vulgar.

Mesmo que, libertação faça parte da proposta, o que Ele colocou em relevo foi o “conhecimento da verdade”, não a posse irrestrita da liberdade.

Embora, quando da atrevida proposta autonomista do Éden, “vós mesmos sabereis o bem e o mal”, pareça a um leitor desatento que o inimigo estaria facultando liberdade a um preso, na verdade, estava rompendo uma amizade pela mentira e escravizando uma espécie, pela falsidade. “O perverso instiga contenda, e o intrigante separa os maiores amigos.” Prov 16;28

Embora, em muitos contextos pontuais sejamos desafiados a fazer escolhas, em nenhum verso da Bíblia, o mais livre de nós é apresentado como desfrutando de liberdade sem limites, para fazer indefinidamente o que quiser.

Sempre um par de escolhas antagônicas; ambas, consequentes; “Céus e Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e tua descendência”. Deut 30;19

Ouso dizer que liberdade irrestrita nem O Todo Poderoso goza; uma vez que diz: “Eu velo sobre minha Palavra para a cumprir”; assim, Ele se faz “Refém” da Própria Integridade, “Servo” das Próprias Palavras empenhadas. “Deus não pode mentir...” “Se formos infiéis Ele permanece fiel, pois não pode negar a si mesmo.” Até o Altíssimo, pois, tem limites.

Mais ou menos como no jogo de xadrez, de acordo com a importância e função, cada peça desfruta a “liberdade” pra determinados movimentos; somos livres no âmbito de um propósito maior; para nos movermos dentro de determinados caminhos, conforme as regras do jogo.

Se, a liberdade deriva do conhecimento da verdade, necessária a conclusão que o que aprisiona aos seres humanos caídos é a mentira.

Quando O Salvador propõe a liberdade nesse contexto, apenas está como diz em Hebreus, “desfazendo as obras do Diabo”, pois, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Se, na autonomia proposta o inimigo libertou aos humanos da “Tirania” Divina, por quê ainda precisa ferir seus olhos de cegueira para que não entendam o chamado à reconciliação? Não deveriam se sentir confortáveis, finalmente, livres?

Na verdade nenhuma pessoa psicologicamente sadia escolherá seu mal; digo, sabendo que é mesmo estritamente, mal. Sempre precisará travestir suas escolhas, por doentias que sejam, com o matiz de algum bem; quem criou a “máquina” não a “formatou” para que escolhesse o mal. Ela não funciona assim.

Daí, os cegados pelo carcereiro mor transfigurado de libertador, aceitam novos rótulos segundo ele; mesmo cometendo as maiores atrocidades, sempre haverá um “bem” que as justifique.

Então os tiranos tiranizam em nome da “democracia”; os censores não nos querem tolher direito a opinar, mas “proteger”; os que não toleram o contraditório não são intolerantes mas, contra as “Fake News”. Onde será que já li algo assim?

“Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce e do doce, amargo!” Is 5;20

Normalmente o bem, filosófico é sufocado pelos apelos do bom sensual; noutras palavras; os homens preferem o mais agradável, ao mais proveitoso; e ao sabor do momento de seres finitos, o mal pode fazer pose de bem, camuflando a condenação com as vestes da facilidade, ou de esconderijo à “agressão” da Luz. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19

Notemos que no gládio entre trevas e luz os homens inda podiam fazer escolhas. Não poder escolher à Luz libertadora em vistas da afeição pelo mal prova que, invés de libertar prisioneiros o inimigo gerou viciados suicidas, apenas.

Qual preso vagabundo que prefere a “bóia” do presídio a trabalhar, assim, os pecadores preferem a prisão da mentira às renúncias de pecados para conhecer a verdade.

A cruz é uma “prisão” provisória aos que serão eternamente livres; os que preferem ser peões do rei das trevas sucumbirão com ele, quando do Xeque Mate.

domingo, 26 de novembro de 2017

A Bênção da Vida

“... Mestre, a figueira que tu amaldiçoaste secou.” Mc 11;21

Além da figueira, esse incidente serve para voos mais altos. O poder do Senhor para abençoar ou, amaldiçoar, dar vida, ou, morte, não se restringe a um arbusto frutífero. No tocante aos humanos, no entanto, Seu interesse é vivificar, abençoar; amaldiçoada está a Terra desde a queda. “Maldita é a Terra por tua causa” disse O Senhor a Adão.

Então, como veio “buscar e salvar o que se havia perdido”, seu intento é restaurar a vida. “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, os vivifica, também, o Filho vivifica àqueles que quer.” Jo 5;21

Alguns divergem, mas, a coisa sempre é condicionada a uma humana escolha. Desde Moisés, quando o escopo era a vida terrena; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte; bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

Ou, em Cristo, no prisma do novo nascimento. “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

O dom da vida está atrelado à humana resposta, aos que ouvirem A Palavra de Deus, o que, sabemos, excede em muito ao mero escutar; demanda sujeição; só os que assim agem, ouvem, deveras.

Uma coisa leviana que já ouvi muitas vezes: “Deus é amor, Ele não vai condenar ninguém.” De certa forma não vai mesmo; já o fez. A Bíblia é categórica: A Terra foi amaldiçoada pela presença do pecado; não há um justo sequer; conversão é passar da morte para a vida, logo, sem ela, estão todos mortos; portanto, não se trata de Deus vai fazer isso ou aquilo. Antes, de que em Sua inaudita misericórdia deu tempo para que os mortos vão a Cristo para terem vida, senão, sua funesta sina de vasos da Ira permanece; “Porque Deus enviou Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas, para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; quem não crê já está condenado, porquanto, não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” Jo 3;17 e 18

Parece muito simples que a salvação esteja atrelada apenas a crer; entretanto, o crer veraz não é uma abstração intelectual, simplesmente. Como Tiago ensina; a “fé sem obras é morta”, ou seja: Se, não atuo de modo coerente com minha fé sou apenas um hipócrita enganado, devaneando passar da morte para a vida com auxílio de uma “ajudadora” igualmente morta.

Paulo denunciou uns assim; “Confessam que conhecem a Deus, mas, negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

Antes que alguém imagine que estou postulando salvação pelas obras, que seria uma heresia, estou colocando-as como “acessórios” indispensáveis, necessários onde a fé salvífica verdadeiramente brotou; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;8 a 10

O fato de a fé ser um dom de Deus tira qualquer pretensão de mérito nosso, mas, O Espírito Santo pode ser resistido, entristecido, de modo que, os dons Divinos nem sempre são recebidos, necessariamente.

Se, a figueira amaldiçoada não teve escolha, morreu inapelavelmente, nós temos; podemos recusar a Graça Divina, ou, nela nos refugiarmos. É próprio do amor que as coisas sejam voluntárias. A Graça Divina propicia a possibilidade dos mortos escolherem a vida, ao ouvirem e acederem a Sua voz.

No entanto, mesmo os que ouvem podem retroceder como adverte Pedro; “Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;” II Ped 2;21

Tais são chamados de “duplamente mortos”, pois, tendo em Cristo escapado da morte para a vida, pela apostasia, pouco a pouco voltaram às sombras da morte deixando o “Esconderijo do Altíssimo.”

Em suma, isso é bem mais sério que o insosso, “aceite Jesus” que tanto se ouve; o mundo está condenado, como Sodoma e Gomorra, onde uma minoria será tirada do juízo iminente. A advertência é igual: “Escapa por tua vida”!

Quando a Trombeta do Juízo soar, nada valerão os mais enfáticos apelos, as mais eloquentes declarações de fé, as mais expressivas renúncias. O tempo da misericórdia terá passado. Contudo, resta alguma areia na ampulheta; e, como bem disse John Kennedy, “O telhado consertamos em dias de tempo bom”. Mãos a obra!