Mostrando postagens com marcador ventos de doutrina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ventos de doutrina. Mostrar todas as postagens

domingo, 22 de dezembro de 2019

Idades Espirituais


A Palavra de Deus apresenta a conversão como sendo um novo nascimento.

Isso não é mera alegoria, se dá, de fato e é indispensável à salvação; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 Primeiro ensina que sem o nascimento espiritual ninguém pode ver o Reino; isso explica a “visão” dos ateus; depois, que sem os mesmos predicados não se pode entrar. Isso deixa patente a inutilidade de tanta religiosidade sem Cristo.

Pedro aconselha aos que passaram por isso: “Desejai ardentemente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.” (I Ped 2; 2)

Paulo por sua vez, observa uma mudança de estágio: “Quando eu era menino falava como menino, pensava e discorria como menino; mas, quando me tornei adulto deixei as coisas de menino.” (I Cor 13; 11)

Já em Hebreus, encontramos a maturidade espiritual como alvo, com o “efeito colateral” do discernimento: “O alimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto o mal.” (Heb 5; 14)

Vemos então, nos textos supra, o recém-nascido, o menino e o varão perfeito. Isso posto resulta uma questão: Como é possível identificar a idade espiritual de alguém? Não deriva, como a vida natural, do tempo decorrido; contudo, fica evidente pelo crescimento alcançado.

Diferente da vida física que é mensurada pelos ciclos naturais, o viver espiritual se pode aferir pela liberdade de consciência e entendimento que, cada um atinge em Deus.

O recém-nascido vive a anomia, ausência de lei; seu agir se dá de maneira meramente instintiva; daí carece ser conduzido. Como o cego que O Senhor levou pela mão para fora da aldeia e o curou, os iniciantes precisam ser também conduzidos de igual modo.

O adolescente espiritual atinge o que pode chamar de heteronomia; (hetero do grego, outro) onde as suas ações são pautadas pelas aparências; daí, o que outros vão pensar conta mais do que o que Deus quer.

O jovem atinge o que se pode denominar socionomia; uma lei social. Uma espécie de ética de grupo; consciente que as implicações dos seus atos se refletem sobre todo o âmbito no qual se insere, vive um estágio de maior responsabilidade que o menino e o adolescente.

O homem maduro, o dito “varão perfeito”, chega à autonomia. Não em relação a Deus, mas em relação aos humanos apreços; não vive a sua maneira, tampouco, sem lei; não age para agradar os outros ou por mera conveniência coletiva; antes, sua consciência em Deus, a escala de valores morais do Espírito expressas na Palavra pautam o seu viver, mesmo que, eventualmente, contrarie opiniões circunstantes.

Aí reside a meta de Deus, no novo pacto; Ele estabeleceu funções várias, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes levados ao redor por ventos de doutrinas...” Ef 4;12 a 14

E o Novo Testamento, diferente de um conjunto de leis a se observar tem como alvo a intimidade espiritual e o conhecimento de Deus. “Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Nas suas mentes imprimirei minhas leis, também sobre os corações as inscreverei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo. E não ensinará jamais, cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão…” (Heb 8; 10 e 11)

Contrário, pois, a um mero exercício ritual, um teatro de aparências, ou rigor legalista, o anelo de Deus é a purificação de nossas consciências no Espírito, porque, “O Sangue de Cristo que pelo Espírito Eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo.” (Heb 9; 14)

Tal purificação é vital; sem ela corremos o risco de nos perdermos como adverte Paulo escrevendo a Timóteo; “Conservando a fé e a boa consciência, a qual, alguns rejeitando fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Afinal, o que parecemos ante os outros, pode formar uma imagem, nem sempre verdadeira; o que somos perante Deus, porém, identifica um caráter e direciona a uma eternidade.

“Preocupe-se mais com sua consciência que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é; sua reputação, o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.” (Bob Marley)

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Moleza de Cana

“... Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?” Mat 11;7

Figura usada pelo Senhor para tipificar pessoas que estão a todo o momento mudando de opinião. Canas agitadas pelo vento.

Será que a firmeza em si é uma qualidade? Oponentes do Senhor, malgrado, centenas de argumentos mostrando-os, hipócritas, desalinhados das Escrituras, não obstante isso, digo, seguiram firmes em suas convicções, tanto Fariseus, quanto, Saduceus.

Então, a firmeza é uma coisa boa tão somente quando, estamos firmados na verdade. “Uma coisa boa não é boa, fora do seu lugar.” (Spurgeon) Davi cantou: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, (pecado, mentiras) pôs os meus pés sobre uma rocha, (Verdade) firmou meus passos.” Sal 40;2

A resiliência no erro é um derivado do fanatismo; longe de ser virtude é apenas um traço indelével de coração endurecido. A força do conhecimento é maleável, flexível na etapa de aquisição; depois, passada à prática, consolida-se. “O homem sábio é forte; o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5 Como, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” nosso “sábio” não carece ser um mestre, mas, um que discerne bem, a qual Mestre seguir.

Daí, a necessidade do ensino; Pois, é justo o conhecimento da verdade que nos aproxima da estatura desejada; “... o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus; homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;12 e 13

Será o crescimento espiritual que nos legará firmeza com propósito; afastando da sina de “cana agitada pelo vento.” “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia agem fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” Vs 14 e 15

Paulo equacionou o amor à maturidade espiritual; tanto que, depois de alistar a inutilidade de todos os dons sem amor atribuiu tais lapsos, aos tempos de meninice espiritual; “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

Contudo, o amor também é uma coisa boa que fica mal, fora do seu lugar. Onde a cadeira é do ódio o amor não deve assentar; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais que aos teus companheiros.” Sal 45;7

Entre os muitos predicados desse nobre está dito que, “Não folga com a injustiça, antes, com a verdade.” I Cor 13;6 Entretanto, vivemos dias de aversão à Verdade, que, o simples mencionar porções dela é presto equacionado com “discurso do ódio”; embora, a Palavra ensine que, “Deus é Amor”.

Essa geração psicologicamente mimada, moralmente apodrecida perverte o sentido das palavras ao sabor das suas preferências. Assim, amor passa ser um sentimento amoral; amor ao errado deve fazer vistas grossas ao erro; advertir dos riscos do pecado soa intromissão.

É O Amor Divino que nos adverte dos riscos da perdição; uma vez que O Criador “deu corda” aos relógios e deixou andar; nos fez arbitrários, não pode mais interferir em nossas escolhas, apenas, advertir das consequências.

Primeiro convém pensarmos no logro das aparências; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Cientes disso, optarmos pela direção de Um, que não é vitimado pelas vistas; “Confia no Senhor de todo o teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Se, o que evita de sermos abalados por ventos de doutrinas é a edificação, essa não se dá alheia à nossa participação. Carecemos diligência para ouvir e praticar À Palavra, sob pena de nos tornarmos apenas meninos velhos como se deu com alguns; “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;11 e 12

Firmeza é algo bom; tratando-se dos caminhos do Senhor, indispensável. Mas, antes carecemos ser maleáveis, ensináveis, obedientes. Há muitos orgulhosos da própria ignorância, cegos, que se jactam: “sempre fui assim; não vou mudar”.

Ora, aos ventos do engano, também recuso mudar; mas, há certo “Vento” Bendito que nos muda de mortos para vivos; “O vento assopra onde quer; ouves a sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8

sábado, 2 de dezembro de 2017

A pequena grande estatura

“Até que todos cheguem à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina...” Ef 4;13 e 14

Quando Paulo alude à Estatura de Cristo como alvo, de certa forma soa-nos a missão impossível. E, essencialmente é. Nenhum de nós, o mais santo dos homens que já viveu, vive, ou, viverá atingirá tal esplendor.

Contudo, a “perfeição” desejada é antes, funcional que essencial; ou seja, mesmo que fiquemos a anos-luz do Ser, do Senhor, Ele É Criador, nós, criaturas podemos agir como Ele agiria em termos de maturidade, diante de eventuais embates; heresias, sobretudo. “... não sejamos mais meninos inconstantes levados em roda por todo vento de doutrina...”

A Epístola aos hebreus cobrou daqueles, exatamente, essa “perfeição”; maturidade espiritual, discernimento. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos ensine os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não, de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas, o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.” Heb 5;12 a 14

Invés de, decidir sobre o bem e o mal, discernir a ambos; identificá-los mesmo quando se acham camuflados. Coisa que Paulo declarou impossível aos homens naturais, e, “natural” aos espirituais. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Se, pois, em antítese à perfeição colocou “meninos inconstantes”, óbvio que sua ideia é mesmo a maturidade espiritual. Quando escreveu seu célebre texto sobre o amor, equacionou a vaidade frívola dos dons em si e disputas parciais com meninice; por fim, evocou seu próprio crescimento como uma sutil exortação a que o imitassem; “Quando eu era menino falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

Por que o homem natural não consegue ver espiritualmente? Duas razões concorrem; um lapso e uma barreira. Após a queda todos resultaram espiritualmente mortos, daí, “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 Além disso, “...o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho...” II Cor 4;4

Entretanto, mesmo os renascidos por sonolentos, omissos, podem ser enganados pelos ministros de Satanás transfigurados em ministros de justiça. Desgraçadamente essa geração “fast food” não tem paladar para a Palavra de Deus; é presa fácil dos enganadores, pois, a identificação do falso requer conhecimento do verdadeiro.

O “cristianismo” de muitos se limita a compartilhar e dar seus améns às “orações poderosas” que circulam; porém, conhecer À Palavra do Todo Poderoso, por ela, Sua Vontade, aí são poucos. Os ministros da moda desafiam os incautos a fazer grandes sacrifícios como prova de fé; quanto maiore$ o$ $acrifício$, mais fé. Ora a Palavra de Deus é categórica: Deus não quer isso; antes, deseja ser conhecido, amado. “Pois desejo misericórdia, não, sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos.” Os 6;6

Por isso, Pedro desafiou aos nascituros que tivessem apetite pelo seio materno; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

Muitos devaneiam em vestir roupas novas sem tomar banho; querem o exercício dos dons espirituais, sem se deixar ser purificado pela ação do Espírito. A primeira mudança se requer em nós, nosso caráter, para sermos capacitados pela Sabedoria Divina a ajudar outros; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;7

Em outras palavras: Só receberemos autoridade espiritual após sermos devidamente exercitados na submissão; “Estando prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” II Cor 10;6

Enfim, a Estatura de Cristo de nós requerida nada tem com grandeza; antes, com maturidade, humildade. “haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas, esvaziou-se, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana humilhou a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;5 a 8
Os maiores espiritualmente não se fazem notar; contribuem para que Deus seja notado.