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sábado, 31 de dezembro de 2016

A Luz e os náufragos

“Olhou de um lado e outro, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” Êx 2;12

Moisés matou um desafeto eventual, após certificar-se de que não haveria testemunhas. Esqueceu, porém, que o próprio hebreu que defendera, vira. Assim, para ações de uma “consciência” superficial, basta que desafetos não vejam, no mais, “tá limpo!”

Entretanto, quem tem uma consciência viva, não encontra lugar confortável para pecar, como José, em dias pretéritos àqueles, no mesmo Egito, quando a esposa de Potifar tentou seduzi-lo, estando apenas ambos em casa. Recusou, pois, pecaria contra seu senhor, e, contra Deus.

Nossa ideia de testemunho é rudimentar, pois, não excede à confirmação de atos, circunstâncias, através de outro igual, simplesmente. O Criador, porém, socorre-se de coisas, que num primeiro momento, nem ousamos imaginar. “Céus e Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

Espere, dirá alguém, isso é uma figura de linguagem. Céus e Terra refere-se aos anjos e homens simplesmente, não, literalmente. Será? A Natureza com seus frutos é tomada como testemunha mais de uma vez, em prol dos feitos, bem como, da existência do Criador. Vejamos: “contudo, não deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas, tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria vossos corações.” Atos 14;17 “Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem, claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rm 1;20

O renascido não evita testemunhos externos, simplesmente, antes, sabe-se exposto, pois, basta-lhe a voz da própria consciência como atestado de culpa, e, o silêncio da mesma, como aprovação. “Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente, sua consciência, seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;” Rom 2;15 Paulo falou isso dos que “não tinham Lei” como tendo já, na consciência, a essência da Lei espiritual.

A Carta aos hebreus apresenta os sacrifícios do Velho Testamento como “sombras dos bens futuros”, ou seja, tipos proféticos do que Deus faria. Tais, obravam uma “purificação” exterior, segundo a carne; mas, a consciência, o templo espiritual da alma seguia impura, pois, os sacrifícios não tinham alcance até ela. Cristo, porém, foi à raiz do problema: “Se, o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

A purificação da consciência é operada pelo Bendito Sacrifício de Jesus, sobre os que se arrependem; após, é mantida pura mediante obediência. “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, de uma boa consciência, e uma fé não fingida.” I Tim 1;5

Desse modo, invés de olharmos pra um lado e outro antes de um mau passo, a simples necessidade de que seja feito em oculto, é já um testemunho, que, tal ato deve ser abortado. O Salvador ensinou: “...a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque, são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Andando na Luz não tememos acusação nenhuma. Quem prefere o escuro das más obras, não conte com a eficácia do Feito de Cristo. “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

O testemunho do Espírito, portanto, devemos buscar, mais que tudo. Se, alguém acha que a era da graça significa facilidade, deveria pensar melhor, pois, “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Blasfêmia contra O Espírito Santo é o único pecado imperdoável; fazer isso é ter como mentiroso o testemunho que Ele nos dá. “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual, alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Consciência; a quarta testemunha

“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito,  a água e o sangue;  estes três concordam num.” I Jo 5; 7 e 8
 
Sempre que alguém é chamado a testemunhar, o é acerca de um fato qualquer que presenciou, conhece. O texto supra apresenta um tríplice testemunho no Céu; outro igual, na Terra. O que há de tão importante que careça ser testificado lá e cá?
 
O contexto aborda a certeza de filiação Divina dos salvos. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus;  todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.” VS 1 e 2 

Além dos referidos testemunhos externos temos outro íntimo que  confere a mesma certeza, quando, amamos o próximo e obedecemos aos mandamentos Divinos; isso, em última análise equivale a amar  Deus.
Tão importante como as testemunhas; “Espírito Água e Sangue” pois atua em consonância com elas, nossa consciência, quando, andamos retamente.

O primeiro da lista é o Espírito, Agente estimulador da conversão que identifica e separa para Deus o convertido. “…depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação;  tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” Ef 1; 13
 
A água não deve ser entendida literalmente, embora, o batismo nas águas seja um testemunho público de que passamos a pertencer ao Senhor. Esse ritual não obra a salvação, antes, testifica o que outra Água, a Palavra, fez. O mesmo Salvador figurou-a assim. “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo 4; 14

Espere! Diria um mais atento. No Céu o testemunho é posto aos cuidados do “Pai da Palavra e do Espírito”; por que no Céu Palavra é Palavra, na Terra vira água? Porque lá não há necessidade de lavar nada, a sujeira reside na Terra, em nós.

Falando da Igreja Paulo diz que Cristo atuou “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,” Ef 5; 26  O selo do Espírito é renovo de vida, sucedendo à mensagem purificadora da mesma. “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,” Tt 3; 5
 
Por fim, o testemunho do Sangue tem a ver com a Justiça de Deus. Dado que “o salário do pecado é a morte” e todos pecaram; resta morrer. Certo, o Salvador o fez em nosso lugar. Entretanto, a eficácia do sacrifício incide apenas sobre os que se identificam via renúncia dos anseios naturais, com Sua renúncia.

A diferença é que a Dele levou a verter Seu Sangue; a nossa demanda apenas mortificar as obras da carne. Aceitamos publicamente tal sorte quando nos batizamos, como ensina Paulo. Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6; 3 e 4

Então, podemos “roteirizar” a salvação assim: A Palavra testifica que somos pecadores; insta conosco a que nos arrependamos; O Espírito coopera com a Palavra estimulando-nos a aceitar a Salvação; quando convence, “sela”; passa a habitar em nós para nos fortalecer; o Sangue grita a certeza tanto do amor e perdão, quanto, da justiça Divina reunidos na entrega de Cristo.

Claro que uma salvação obrada assim, deve ensejar em nós temor, reverência santa, anseio de purificação progressiva para a comunhão com Deus ser restabelecida. A purificação ritual feita no sacerdócio levítico empalidece ante a excelência do Salvador.  

“Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno  ofereceu a si mesmo imaculado a Deus purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9; 13 e 14
 
Purificar para servir; eis o labor da Água e do Sangue! Os que a usam para saciar a sede riquezas agem quais carpideiras após o cortejo das obras mortas. Tão sério quanto faltar água em residências é faltar a saudável Palavra nas igrejas; mas, muitas acostumaram já com a louça suja.