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domingo, 31 de julho de 2016

Incertas trombetas

Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele.” Jz 6;34

Havia entre as tribos de Israel três modos de tocar trombetas; um, para levantar acampamento; outro, para reunir-se na “Tenda da Congregação”; por último, o toque marcial, que convocava soldados à peleja. Paulo ensinando a disciplina no uso do dom de línguas lançou mão disso como alegoria: “Se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?”  Preparar-se para a batalha ordenada por Deus, estava em jogo na convocação de Gideão.

Sem me aprofundar nisso, por ora, veremos outra nuance da questão: Se, foi o Espírito do Senhor que motivou Gideão ao feito, vamos pensar nas ações que empreendemos após a habitação Dele, em nós.

No Velho Testamento, Sua atuação sobre o homem era eventual, nas vidas de profetas, reis, sacerdotes, não, uma permanência contínua, como se dá aos filhos do “Novo Nascimento”.

Quando Samuel foi ungir Saul como rei, apontou alguns sinais horizontais que pautariam a marcha daquele, depois, o essencial: “O Espírito do Senhor se apoderará de ti, profetizarás com eles, tornar-te-ás um outro homem. E quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo.” I Sam 10;6 e 7

Esse, “faze o que achar a tua mão” não significa que O Espírito de Deus nos dá carta branca, antes, porque Deus é conosco, os pleitos Dele passam a ser nossos. Somos convocados, e convocamos outros ao Combate do Senhor.

Quem se pretende cheio do Espírito Santo, e, ainda é egoísta, mesquinho, raso, terreno, materialista, das duas uma: Ou, é uma fraude factual, o Espírito não o habita de fato, mas, o espírito do mundo inda o domina, ou, é um falido moral, no qual O Espírito Santo até habita, mas, entristecido, lutando com um fardo pesado.

Lembrei uma frase antiga: “Quando você aponta uma estrela para um imbecil, ele olha para a ponta do seu dedo.” Assim, o Espírito Santo aponta para o Alto, novos valores, perspectivas, vida eterna, riquezas que não se corrompem, mas, seu hospedeiro parvo, devaneia com as delícias da carne, corruptível.

Claro que, o convertido não cria asas e deixa o existenciário pretérito estando acima das tentações; antes, passa a ter dupla natureza, carnal e espiritual. A primeira é acossada pelos instintos animais, a segunda, alimenta-se da Palavra de Deus, e mostra sua “saúde” no silêncio de uma boa consciência, de quem anda, conforme a luz que possui.

Paulo ilustra os conflitos dessa dupla natureza: “Porque o que faço não aprovo; pois, o que quero, não faço, mas, o que aborreço isso faço. Se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17 A vontade perversa induz a certas coisas, que a consciência incorruptível reprova. Esse é o gládio de todo o convertido; uma luta interior para escolher a própria vontade, ou, a Divina.

Um pouco antes, Paulo ensinara a esses duplos arbitrários: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis; do pecado para a morte, ou, da obediência para a justiça?” Cap 6;16

Depois, uma promessa radiante aos que, movidos pelo Espírito Santo, encaram a cruz, e tomam para si a Vontade Divina: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Cap 8;1 e 2

Então, quando ouvimos certos trombeteiros dizendo que chamam à Peleja do Senhor, mas, invés do pecado, das tentações, da corrupção carnal, a “luta” proposta é pela fama, dinheiro, prosperidade, e vaidades afins, com um mínimo de discernimento podemos ver, que o “Gideão” em questão usa Deus como pretexto aos seus interesses rasos, invés de ser usado pelo Espírito Santo nos pleitos do Altíssimo.

Ouso dizer que as pessoas que seguem aos maus líderes, raramente o fazem enganadas; antes, seguem-nos porque se identificam com a doença do “pastor”, “bispo”, “apóstolo”, ou, “missionário” em questão. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Um ministro movido pelo Espírito Santo convoca à Peleja do Eterno; essa, é contra o pecado, o mundo, o maligno. Suas armas e inimigos são espirituais, as recompensas, idem. Aqui sol e chuva abençoam justos e injustos; lá, sem as vestes nupciais, ninguém entra