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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Apelo aos desabrigados

“Será aquele homem como um esconderijo contra o vento, refúgio contra a tempestade; como ribeiros em lugares secos, como sombra de uma grande rocha em terra sedenta.” Is 32;2

Falando do Salvador o profeta lhe atribuiu quatro predicados que podem ser reduzidos a duas palavras; proteção e refrigério. Aquela buscamos quando nos sentimos ameaçados; esse, quando vulnerados pelo calor ou, a sede, nos desertos da vida.

As coisas óbvias no prisma natural, no espiritual demandam discernimento maior. Paulo escrevendo aos coríntios fez essa distinção: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e, de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Assim, o homem natural pode estar em plena tempestade espiritual, ou, deserto, sem identificar; tampouco, saber onde buscar abrigo, conforto. Noutra parte, o mesmo Isaías figurara ao Juízo Divino como um dilúvio; os hipócritas como tendo feito pacto com o inferno; “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, debaixo da falsidade nos escondemos.” Cap 28;15

Em oposição à falsidade apontara para O Salvador: “Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse. Regrarei o juízo pela linha, a justiça pelo prumo, a saraiva varrerá o refúgio da mentira e as águas cobrirão o esconderijo. A vossa aliança com a morte se anulará; o acordo com o inferno não subsistirá; quando o dilúvio do açoite passar, então, sereis por ele pisados.” Vs 16 a 18

Além da hipocrisia sob a qual incautos se presumem seguros, outros refugiam-se numa espécie de negação do óbvio; agem como se, duvidando das advertências Divinas essas deixassem de valer.

Aí, as aflições da alma alienada do Criador são “refrigeradas” com álcool, drogas, promiscuidade... Toda sorte de vícios, por ignorarem onde está o descanso, ou, recusarem trilhar o caminho que Ele propõe. Assim como só usufruímos a proteção de uma eventual morada se adentrarmos nela, igualmente, o livramento de Cristo requer que estejamos Nele.

Seu Refrigério proposto, a Água da Vida só será eficaz sobre nossas almas se a bebermos; “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Ele propôs assim: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

Três passos, pois: Ir até O Senhor; tomar Seu jugo e Dele aprender. Notemos que Ele propôs descanso para as almas, não os corpos. Seu refrigério é espiritual; não nos guinda acima das agruras da vida, apenas, passa conosco por elas. Se, devemos aprender Dele para estarmos seguros contra ventos e tempestades, nossa segurança, em parte requer nossa cooperação; que queiramos aprender.

Paulo ensina: “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos... Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;11, 12, e 14

Assim, para nos abrigarmos em Cristo contra os ventos de doutrinas, precisamos aprender Dele. A isso equivale entrar no abrigo. Noutra parte Ele falou da casa edificada sobre a rocha testada pelos ventos e a chuva, e aí foi além do aprendizado; disse que a casa bem fundada é tipo da alma do que ouve a pratica Sua Palavra. Outra vez, pois, o livramento do Senhor demandando nossa participação.

Não existe oração forte, versículo mágico, tolices religiosas que vicejam nas redes sociais, ou, mandinga gospel que nos proteja; ou, tomamos nossa cruz e O seguimos, ou seremos meras fraudes, traidores de nós mesmos.

Muitos gastam tempo e esforços querendo aprazar datas para o fim do mundo ( a próxima daqui dois dias ) quem é o Anticristo, etc. Ora, essas coisas são de relevância secundária se eu estiver seguro no Abrigo; senão, qual a graça de tirar selfie com quem vai me devorar??

As pessoas têm mais sede de saber sobre a morte que sobre a vida; daquela não sei; mas, sobre essa O Senhor diz: “...quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça da água da vida.” Apoc 22;17 Entremos no Abrigo, pois.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Mau Tempo e Abrigo

“Será aquele homem como esconderijo contra o vento, refúgio contra a tempestade; como ribeiros de águas em lugares secos e como sombra de uma grande rocha em terra sedenta.” Is 32;2

Óbvio que Isaías refere-se ao Salvador, O Único ao qual cabem esses predicados todos. Falando neles, três referem-se a ameaças externas; vento, tempestade, sol; um, a água, atina a necessidades íntimas. Sintetizando: Tal Homem seria abrigo para males exteriores e refrigério para anseios internos.

Quem vive uma relação harmônica com O Senhor sabe que Ele É isso tudo, e muito mais. Todavia, o que É em Si, para ser usufruído depende de uma resposta nossa. De nada vale a água ao dispor do sedento se ele recusar beber; ou, abrigo ao alcance durante a tempestade, se, o errante resistir a se abrigar. Assim, a Excelência de Cristo passa ignorada por muitos, que, preferem manter distância.

Na parábola dos dois fundamentos a alma foi figurada como casa; as Palavras do Mestre como rocha; obediência do servo, equacionada à prudência do construtor que fundou sua obra na Rocha. Tentações do mundo, ventos e tempestades que testariam a resistência. Desse modo, usufruímos a segurança de Cristo se observarmos Sua doutrina; praticarmos e perseverarmos nela, sobretudo, em dias de tentações.

Ele é a “loucura de Deus” que é mais sábia que os homens, como disse Paulo. O problema para muitos que não conseguem ver além, as sombras eventuais são mais desejáveis que A Eterna; escondem-se ao abrigo enganoso da matéria, ignorando que o essencial é a vida. “Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas, a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

O mundo está cheio de ditos que, se reconhecem certa utilidade do metal para bens externos, o qualificam como inferior, ao dizer: “Vão se os anéis ficam os dedos”; “dinheiro não traz felicidade”; “Dinheiro compra colchão macio, não, o sono” etc. Mesmo o canhoto obstinado, uma vez, mantida a integridade de Jó após sua falência, apelou para o valor supremo, a vida: “Tudo que o homem tem dará pela sua vida”, disse; rogando permissão para afligi-lo inda mais.

Desse modo, mesmo as posses legando abrigo ante as circunstâncias temporais, resta a questão proposta pelo Senhor: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?”

As tempestades em questão são espirituais, não meteorológicas; as consequências podem pesar no curso da vida aqui; um juízo temporal. Ouçamos Isaías: “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, debaixo da falsidade nos escondemos... vossa aliança com a morte se anulará; o vosso acordo com o inferno não subsistirá; quando o dilúvio do açoite passar, então, sereis por ele pisados.” Is 28;15 e 18

A hipocrisia religiosa sentindo-se segura, malgrado, aos olhos Divinos fosse mera aliança com a morte, acordo com o inferno. A Doutrina do Senhor varreu o refúgio da mentira; as consequência dos que seguiram nela apegados foram duras, com a destruição de Jerusalém 37 anos após a crucificação do Messias.

O Mesmo Senhor que É abrigo onde recebido pela fé, acaba sendo tempestade para aqueles que se Lhe opõem confiados na hipocrisia. “Quem crer e for batizado será salvo; quem não crer será condenado.”

Como a proteção contra males externos requer que o fugitivo adentre ao abrigo, o refrigério demanda que beba da Água da Vida. “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Esse “beber” na verdade é uma figura para crer, descansar integralmente na fidelidade do Senhor, isso traz repouso as nossas almas cansadas; “Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso...” Heb 4;3

Crer é muito mais que uma anuência abstrata; é uma identificação com a renúncia do Próprio Senhor, que chamou de jugo, e nos instou a tomarmos também, caso ansiemos descanso interior. “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.” Mat 11;28 a 30

Nosso abrigo em Cristo não nos guarda das intempéries da vida; antes, do aguilhão da morte, coloca-nos acima dela. “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” Fp 1;21 “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” I Cor 15;55