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sábado, 9 de setembro de 2017

Por que Deus permite a dor?

“Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso;” Col 4;3

Submissão à Vontade de Deus sempre foi difícil para o ser humano, afinal, depois que certo “profeta” ensinou que graças à desobediência seríamos “como Deus” toda a espécie padeceu de uma enfermidade moral onde as preferências pessoais, particulares, se impõem ao coletivo.

O Ego recém nascido tomou o lugar de Deus. Desobediência, invés de nos fazer como O Eterno, nos fez como o inimigo; rebeldes, obstinados, egoístas.

Por isso, o regresso ao Pai, a regeneração precisa passar necessariamente pela cruz, onde, esse traidor deve ser mortificado todos os dias; de modo que nossas inclinações pessoais sejam deixadas em plano secundário, e o Propósito do Eterno cumpra-se em nossas vidas. Óbvio que uma renúncia dessa magnitude é muito mais fácil ensinar que viver; contudo, sendo fácil ou difícil é isso que Deus espera de cada um; “Negue-se, tome sua cruz e siga-me”.

Normalmente temos dificuldade de entender, ou, aceitar como Vontade Divina, situações, circunstâncias adversas das quais, sabemos, Deus bem nos poderia livrar se quisesse, entretanto, não faz. Ora, se nós, frágeis pecadores não fazemos o que podemos, mas, somente o que queremos, por que Ele, O Soberano do Universo teria que fazer diferente?

Um aspecto que às vezes desconsideramos sobre o Poder do Eterno é Sua Onisciência. Assim, tanto pode nos livrar de circunstâncias dolorosas, quanto, nos exercitar nelas, pois, Sua Ciência Excelsa sabe onde tudo vai dar, qual será o fruto, a têmpera gerada nesse momento adverso.

Paulo ensinou que: “...todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo Seu propósito.” Rom 8; 28

Então, se estou num processo cujo produto contribuirá para meu bem, desejar, orar para que dele Deus me retire não é bênção, estritamente, inda que possa obrar certo alívio eventual. Como a prata é derretida para remoção das escórias as impurezas, assim faz O Santo Conosco, pois, almeja embelezar Seus vasos. “Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor.” Prov 25;4

Desafinamos da Sabedoria Divina, se, lutamos contra o necessário processo, enquanto o “Fundidor” luta contra nossas impurezas. Embora a fé moderna tenha sido pervertida como, se, uma força que faz as coisas acontecerem, a sadia é uma confiança irrestrita na Integridade, Bondade e Sabedoria Divinas; se, creio deveras, mesmo que não goste do que estou passando, sequer entenda os motivos, descanso em Deus, confiando que, Ele sabe o que me convém.

Caso não me livra de meu incômodo é porque deve ser melhor assim. Então, foco no que pode ser feito; apesar dos pesos das provas, sempre nos restam algumas forças. Paulo estava na prisão por causa da Obra de Deus; escrevendo à Igreja de Colossos e rogando orações, não pediu que orassem para que as portas da prisão fossem abertas, antes, “...para que Deus nos abra a porta da Palavra, a fim de falarmos do Mistério de Cristo...”

Quando estivera preso em Filipos juntamente com Silas, resolveram combater à “insônia” cantando louvores ao Senhor. Não há registro que tenham orado por isso, mas, O Senhor fez a Terra tremer e abriu a prisão. Desse modo, tanto pode nos livrar de modo maravilhoso, quanto, nos deixar na prova sem maiores explicações; nosso papel não é questionar, “determinar, decretar, ordenar” nada.

O Santo não precisa fazer nada por que eu quero; nem, para ser, enfim, Deus. O que quero é momentâneo, circunstancial, às vezes, passado certo tempo nem quero mais; Ele não faz coisas grandiosas para Ser, antes, porque É.

A beleza aos olhos Divinos está no cardume, não, no peixe; no enxame, não, na abelha; o mundo cultua seus ídolos, os que são “feras” em alguma coisa; mas, a igreja foi chamada para ser um coletivo, um corpo cujas necessidades e alegrias sejam compartidas. As motivações egoístas devem ser banidas. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um padece, todos padecem com ele; se um é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

Então, se temos uma “contradição” bíblica é apenas verbal, não, real; pois, ora, ordena: “Negue a si mesmo”; outra; “ame a teu próximo como a ti mesmo;” forçoso é concluir que o negue-se não inclui o amor próprio, mas, a pretensão de gerir por meu saber e querer, aquilo que pertence ao Eterno, os rumos da vida. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir os seus passos.” Jr 10;23

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A Bênção das Aflições

“Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4

Parece óbvio que o intento do sábio não é ensinar como se purifica prata, uma vez que era sobejamente conhecido, então; antes, usar tal processo como metáfora para purificação humana. Assim, poderíamos parafraseá-lo: “Tira do coração as más inclinações, e nascerá um filho para Deus.”

A ideia inicial de usar a figura relativa ao homem, vem de antes de Salomão. Davi, seu pai, usara também: “Pois tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata.” Sal 66;10 Isaías expressou em que consiste o “fogo” de tal purificação; “Eis que já te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.” Is 48;10

O mesmo Davi, para ilustrar a pureza da Palavra de Deus, refinou ao extremo, o referido metal. “As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.” Sal 12;6

Finalmente, Malaquias, aludindo à vinda do Salvador, tendo como mote a purificação, ampliou a figura: “Mas, quem suportará o dia da sua vinda? Quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives, como sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro, como prata; então, ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3;2 e 3

Diferente de certos pregadores da moda, cuja ênfase recai sobre a oferta, a Palavra de Deus o faz sobre a pureza. Sem essa, mesmo as ofertas resultam impuras. Aliás, a própria oração, daquele que recusa a obedecer é reputada como desprezível. “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Prov 28;9

Mas, como se retirava as escórias dos metais preciosos? Eram levados ao fogo, derretido em vasilhas refratárias, os cadinhos, na superfície formava-se uma escuma de impurezas que era removida com uma escumadeira. Processo repetido várias vezes até que fosse obtida a pureza desejada.

Deixando a figura, os metais, digo, olhando para nós, como se dá nossa purificação? Isaías mencionara a “fornalha das aflições”. Contudo, nem toda aflição obra por nos purificar; depende do motivo pelo qual nos afligimos. Paulo distinguiu dois tipos de tristeza. “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas, a tristeza do mundo opera morte.” II Cor 7;9 e 10

As tristezas por razões naturais, paixões carnais, não operam arrependimento, daí, não equivalem à tristeza segundo Deus. Essa deriva de, em algum momento eu ter convicção que O entristeci, agi diverso de Seu propósito, Sua vontade. Como na purificação dos metais é indispensável o fogo, na da alma, o novo nascimento, o “calor” do Espírito Santo, que se encarrega de regenerar às cauterizadas consciências de quem se sentiam, então, confortáveis no regaço do pecado.

Embora alguns incautos equalizem o Batismo no Espírito Santo ao fogo, é apenas parte de algo mais complexo. Aflições trazem “calor” para nos derreter; o Espírito, a luz para que sejam manifestas nossas escórias. Por isso, João Batista apresenta como que, dois batismos paralelos: Um, com O Espirito Santo, outro, com fogo. “...eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo, e, com fogo.” Luc 3;16

As “línguas de fogo” que foram “vistas”, não, ouvidas, no dia de Pentecostes ilustravam purificação circunstancial, para que lábios impuros pudessem glorificar Ao Senhor. Tiago advertiu de tais impurezas: “Da mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial, água doce e amargosa?” Tg 3;10 e 11

A Palavra chama de “justo” quem escolhe servir a Deus, ainda que imperfeito; ao tal, suas escórias são reveladas paulatinamente, à medida que se dispõe, mediante obediência, a se livrar delas. “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18


Quantos oram pedindo libertação das aflições, sendo que, essas são já o livramento de Deus, digo, Ele revelando escórias das quais nos quer purificar? Que aflição maior há, que a perdição eterna? E, santificação dos servos de Deus não é uma opção, é condição indispensável, se, O queremos ver. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Heb 12; 14, “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Batismo com fogo

“Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4 Essa metáfora refere-se ao ser humano que, como a prata em seu estado bruto demanda purificação antes de ser utilizável, igualmente, requer a purificação da alma, se, tencionar ser de alguma utilidade ante O Senhor.

Alguns entendem mal a João Batista quando disse que, O Messias que o sucederia batizaria com o Espírito Santo e com fogo, como se isso tratasse de evento único. São duas coisas distintas. Batismo com o Espírito Santo, parece que a maioria está inteirada do quê, significa; porém, o batismo com fogo é que passa despercebido.

Não importa a gama de vícios, maus hábitos da vida pregressa, se, ao ouvirmos A Palavra, formos movidos pelo Espírito em direção ao arrependimento, confissão, seremos perdoados, salvos; teremos “nascido de novo”. Porém, após esse venturoso passo, nossa consciência, antes, cauterizada, adormecida, se faz viva novamente, e, posto que ainda cometamos pecados, não mais o fazemos “sem culpas”, como fazíamos antes.

Esse “incômodo” é ação do Espírito Santo, trabalhando na prata ainda bruta, visando a purificação. Deveria bastar o ensino da Palavra, mas, infelizmente, não é assim. Precisamos o concurso de experiências dolorosas; bebermos o chá de folhas amargas das consequências de alguns pecados, para que, os acreditemos maus, como A Palavra diz que são.

Essas aflições, são nosso “batismo de fogo”, onde O Senhor derrete a natureza bruta, para separar escórias dos maus hábitos, da prata da alma renascida. Isaías ensina: “Eis que te purifiquei, mas, não como a prata; purifiquei-te na fornalha das aflições.” Is 48;10

Paulo também alude à prova de fogo que sucede à profissão de fé dos cristãos; ouçamos: “se alguém sobre este fundamento ( Cristo ) formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual a obra de cada um. Se, a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse, receberá galardão.” I Cor 3; 12 a 14

Vemos que é possível, mesmo sobre fundamento precioso edificar com material vil; assim ocorre, quando, invés de basearmos nossa fé estritamente sobre A Palavra de Deus, anexamos preferências naturais, tradições, costumes humanos. Essas coisas equivalem aos materiais combustíveis, madeira, feno, palha, não resistem ao fogo. Noutras, palavras; na hora das provações, apenas de Deus e sua Palavra vem Socorro veraz, vão é o socorro do homem.

Assim, mensageiros espirituais verazes são auxiliares do Espírito, quando, usados por Ele, incendeiam o coração dos pecadores com mensagens de arrependimento. O quê, há de errado com a exortação, arrependei-vos?? Nada, é Bíblica; foi usada por João Batista, Jesus, Pedro, Paulo... então, por quê, caiu em desuso ultimamente? Não sei. Talvez a igreja moderna tenha descoberto um veio de prata de uma pureza tal, que nem demande purificação; saia de origem pronta para o uso final.

Na verdade, a imensa maioria dos pregadores da moda não foi comissionada por Deus; é feita de mercenários, egoístas, e seus mesquinhos alvos. A motivação dessas igrejas-empresas, passa a ser atrair “clientes”, e, mensagens de arrependimento podem “produzir” pouco. Melhor que “culpar” pecadores é fazê-los sentirem-se bem no ambiente. A prata está bruta, amalgamada às muitas escórias, o máximo que tais “pregadores” conseguem é lançar sobre ela as águas poluídas da bajulação, das promessas fáceis.

Porém, quando advogo a necessidade de fogo para derreter corações, não entendam, por favor, as criancices que tanto se vê em determinados ambientes, onde grassa a desordem, balbúrdia, como se fosse manifestação de poder espiritual; não falo disso, antes, do “martelo que esmiúça a penha” a Palavra de Deus na unção e autoridade do Espírito Santo, que incendeia corações, como fez com dois discípulos, O Mestre, a caminho de Emaús.

Ademais, a exortação ao arrependimento tem um lado muito positivo que devemos explorar; significa que Deus ainda está perdoando, que resta um tempinho aos pecadores. Como seria se nossa sina fosse como a de Esaú quando desprezou a primogenitura? “Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas buscou"; Heb 12; 17

Então, enquanto a Arca não foi fechada por fora, se pode entrar. Digo, enquanto O Eterno ainda requer arrependimento, o faz, porque oferece perdão. 

Nosso trabalho, dos pregadores, não é fazer você se sentir bem; antes, quanto mais mal, melhor; pois, só assim, antevendo os horrores da perdição, estarás sedento pelo refrigério de Cristo.

Depois de nos purificar, O senhor nas faz instrumentos para depuração de outros. “Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos perversos de nenhum valor.” Prov 10; 20