Mostrando postagens com marcador pobres de espírito. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pobres de espírito. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

As Crianças Sábias

“Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.” Prov 23;9 “Dá instrução ao sábio e ele se fará mais sábio; ensina o justo, ele aumentará em doutrina.” Prov 9;9

Normalmente aquilatamos sábio alguém de vasto conhecimento, amplo repertório intelectual, conhecedor das diversas facetas da vida.

No entanto, o prisma bíblico parece diverso. Se, somos encorajados a não gastar latim com tolos, antes, ensinar aos sábios, a sabedoria no escopo espiritual deve ser diferente do conceito vulgar.

O mundo valora como sabedoria a um contingente de conhecimento; A Palavra de Deus a uma disposição de espírito. “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1;20 “Falamos sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.”I Cor 2;7 e 8

A Sabedoria humana, invés de destrinchar os meandros do conhecimento reconhece as próprias limitações, diante Daquele que é Onisciente. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Quando Paulo disse que considerava todo seu cabedal como “esterco” não se trata de uma hipérbole, uma forçada de barra para acentuar a ideia; antes, estava mesmo colocando a “sabedoria” natural no seu devido lugar se, cotejada com a Divina.

Houve um tempo em que o conhecimento era desejável; tínhamos admiração pelos que sabiam; nossos mestres eram quase que, como segundos pais. Hoje todo mundo já ”sabe” o que quer; se, tão somente intentarmos dividir uma migalha facilmente nos mandarão cuidar das nossas vidas invés de “se meter” nas suas.

Como aprenderão das coisas espirituais se, o ensino em si, já lhes é constrangedor indesejável; e, o que deriva de Deus, além do “peso” do ensino ainda denuncia as imperfeições dos pecadores? Por isso O Salvador advertiu que aquele que não se fizesse como uma criança jamais entraria no Reino.

Desse modo, o “sábio” ao qual devemos instruir é essa “criança” que admite carências espirituais e se dispõe a beber da Fonte que sacia; a Água da Vida, Cristo.

Os que pretendem “cristianizar” ao comunismo dizem que Jesus fez “Opção pelos pobres;” o texto diz; “Bem aventurados os pobres de espírito...” Os que admitem suas carências espirituais; nada tem a ver com as condições sociais. Tanto o sujeito pode ser paupérrimo e ser orgulhoso, quanto, ser abastado e humilde.

Foi o Ministro da Fazenda da Etiópia que falou a Filipe como uma criança: “... Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.” Atos 8;31

Contudo, o aprendizado espiritual requer mudança de atitudes à sua luz. Saber e não praticar é ter uma “luz” que acentua a escuridão; “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Por isso, para conhecer à verdade que liberta O Salvador disse que devemos “permanecer na Sua Palavra.” Ou, obedecer. “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Alguém até se converte, mas, descuida do aprendizado, padece uma atrofia que bloqueia o crescimento; pois, diferente do natural ao qual basta o curso do tempo, o espiritual demanda a vigência prática para não sermos meninos velhos como se tornaram alguns. “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não ,de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça; é menino.” Heb 5;12 e 13

Notemos que o sábio espiritual é “experimentado na Palavra da Justiça”. O que é isso senão, alguém que, pela Palavra abandonou maus hábitos e passou a ter experiências segundo Deus? Esse aperfeiçoamento pela prática e comunhão traz maturidade espiritual, discernimento; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal.” Heb 5;14

O ensino é o que é; independente de quem o recebe. Porém sua eficácia deriva da disposição de cada um. O mesmo sol amolece a cera e endurece o barro. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2 então, “... Hoje, se ouvirdes sua voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3;15

sábado, 17 de junho de 2017

Anjos e animais

“Ouvi, ó céus, dá ouvidos, ó terra; porque fala O Senhor: Criei filhos, os engrandeci; mas, eles se rebelaram contra mim. O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;2 e 3

A situação de Deus no prisma governamental; O Senhor; Sua Obra; “criei filhos”, Criador; Seu afeto; “os engrandeci”; abençoador. A humana resposta; rebelião; “se rebelaram contra mim”; a consequência da rebelião; ignorância; os animais entendem o que lhes concerne, mas, “meu povo não entende.”

A ideia de que possamos lograr distinguir valores sem O Criador foi sugestão do traíra; “Sabereis o bem e o mal”. Não que incrédulos sejam privados de neurônios, antes, muitos ateus têm intelectos brilhantes nas coisas seculares. Sua cegueira se manifesta quando o escopo é espiritual.

Visão aí não deriva de estudo, preparo mental, antes, de revelação; essa deve-se à Divina escolha, que, invés de premiar “talentosos”, o faz em função do caráter reto e submisso: “Temor do Senhor é o princípio do conhecimento...” Prov 1;7 e, “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade”, 2;7

Jeremias o profeta, cansado de falar às paredes imaginou que os periféricos da sociedade de então eram loucos incapazes de entender as justas demandas do Eterno; aí, decidiu que falaria aos da elite, pois, pensou, entenderiam. “Deveras estes são pobres; loucos; pois, não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo de Deus; mas, estes juntamente quebraram o jugo, romperam ataduras.” Jr 5;4 e 5

Assim, embora a sociedade tivesse distinções entre grandes e pequenos, no prisma espiritual estavam no mesmo nível; por baixo, em rebelião.

Mesmo que muitos tentem fundir febres políticas ao cristianismo, como se fosse um convite aos pobres, porta fechada aos ricos, O Evangelho não se apresenta assim. Ricos creram: Mateus, Zaqueu, Nicodemos, José de Arimatéia... foram perdoados, salvos; todos os pobres de então, que seguiram na rebelião, pereceram; pois, o aferidor da salvação é crer e obedecer, independe da condição social.

Quando, no Sermão do Monte O Salvador disse: “Bem aventurados os pobres de espírito” prometendo-lhes o Reino, basta ler com atenção para ver que tipo de “pobreza” era; espiritual. Qualquer que reconhece suas carências nessa área e submete-se a Quem pode o suprir, Deus; é um desses.

Paulo era uma sumidade cultural da época; sabia tudo das Escrituras existentes, falava hebraico, grego, latim; entretanto, não confiava em seu cabedal cultural para as coisas espirituais. “.. minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas, demonstração de Espírito e poder.” I Cor 2;4

As coisas mundanas, pois, dissera sem valor para as eternas; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” Cap 1;19 a 21

Assim, mesmo sabendo muito, reconhecia-se carente de luz, pedia orações à igreja para que soubesse o que falar. “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que manifeste, como convém falar.” Col 4;3 e 4

Se, o homem em rebelião como vimos, sabe menos sobre seu lugar, que os animais; em submissão, dependência do Espírito Santo é “engrandecido”; funcionalmente equiparado aos anjos, à medida que, é feito também mensageiro Divino. Assim foi Isaías; foram tantos profetas, e inda são os servos fiéis atuais.

Claro que há muitos “anjos caídos” por aí operando seus “prodígios da mentira” tentando desviar aos salvos. Todavia, o portento que demanda atenção dos Céus e da Terra, é o Falar do Senhor, não os artifícios do maligno. É A Palavra, não os profetizadores de Tsunamis que fazem cair fogo dos céus, como o David Ouwor e genéricos que nos conduz.

Nesse “apartheid” não há grandes nem pequenos; há submissos e rebeldes; salvos e perdidos. Uns, malgrado, a encenação, sabendo menos que animais; outros, com ou sem cultura, sendo os dóceis animais que Deus preza; ovelhas.

Embora, misturados, não miscigenados; O Senhor, no Seu tempo fará a devida distinção. “E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.” Mat 25;32

Naquele dia a escolha será do Senhor; por ora, inda é nossa. De que lado ficaremos?