Mostrando postagens com marcador paciência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador paciência. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Os Frutos do Deserto

“Não somente isto, mas, também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz paciência, a paciência, experiência; a experiência, esperança.” Rom 5;3 e 4

Bens preciosos, paciência, experiência e esperança; todos três viçando das tribulações. Infelizmente, essas vicissitudes necessárias para a maturidade cristã, na doentia e imediatista abordagem moderna são símbolos de derrota; se, alguém estiver passando por tribulações a coisa deve ser “amarrada, repreendida em Nome de Jesus.”

Ora, alguém pode estar atribulado, justo, por se ter feito adversário dos valores do mundo, e do seu príncipe; nesse caso, angústias decorrem de uma postura vitoriosa em cenário adverso, invés de serem indícios de capitulação. Quanto mais perto do Senhor estivermos mais opositores do mundo seremos; e, mais odiados pelo canhoto.

Cristo nos preveniu disso, aliás; “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois, quando, vos injuriarem, perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Aqui temos uma experiência emprestada; podemos crescer observando exemplos alheios, as tribulações dos que nos precederam no Senhor, para melhor compreendermos as nossas; e, dada a promessa anexa de recompensa nos Céus, devemos ter esperança, mesmo que as circunstâncias nos queiram infundir desespero.

Tribulações produzem paciência porque delas presto sairíamos, se, estivesse isso ao nosso alcance. Entretanto, exauridas nossas possibilidades de fuga, resta nos resignarmos pacientes aguardando pelo livramento do Senhor. “Quem entre vocês teme o Senhor e obedece à palavra de seu servo? Que aquele que anda no escuro, não tem luz alguma, confie no nome do Senhor e dependa de seu Deus.” Is 50;10
Sabedor de quão preciosa essa virtude é Ele prefere passar conosco pelas angústias a nos livrar antes de herdarmos suas ricas lições; “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2 “...estarei com ele na angústia...” Sal 91;15

Portanto, o concurso de angústias em nossa caminhada não é necessariamente indício de alienação de Deus; antes, pode ser consequência de nossa boa relação com Ele.

Eu disse, pode; pois, há muitas coisas ruins que derivam de más escolhas; são apenas colheitas de plantios impuros, de modo que essas tribulações, embora, encerrando também certa experiência, seu desastrado curso não desemboca na foz da esperança. São apenas os errados de espírito colhendo os frutos dos seus erros.

Pois, são dois tipos de tristeza; uma segundo Deus, a dos que sofrem por serem fiéis; outra, segundo o mundo, a dos que padecem mirando alvos carnais e sofrem no desejo de atingi-los; essa não produz nada de proveitoso. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas, a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7;10

Enfim, o “status quo” emocional não serve de aferidor de medida para nossa caminhada; Tanto podemos nos alegrar no desfrute enganoso e letal dos prazeres do pecado, quanto, andarmos em fidelidade, comunhão, padecendo perseguições, tribulações, tristezas...

O único aferidor confiável da nossa relação é o “visto” da consciência, a “Paz de Cristo” que diferente da do mundo, manifesta-se internamente, a despeito das guerras exteriores. “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” Col 3;15

Paulo, malgrado, açoites, apedrejamentos, perseguições, descansava nessa segurança, o testemunho da consciência. “Rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.” II Cor 4;2

Pedro colocou essas coisas, as tribulações, como necessárias na carreira dos salvos; “Porque é coisa agradável, que, alguém, por causa da consciência para com Deus sofra agravos padecendo injustamente.” I Ped 2;19

Disse mais: “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim quer), do que fazendo mal.” Cap 3;16 e 17

Em suma: Estamos atribulados? Verifiquemos as causas; se, não forem consequências de pecados, glorifiquemos a Deus; pois, até o inimigo está ocupado em testificar de nossa fé.

Nossa caminhada tem Um Senhor, não, um corolário de humanos alvos; agradá-lo deve ser nosso objetivo.

“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Paciência; duro combate

“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” Heb 10;32

Essa evocação trazendo de volta dias duros não se dava por que fosse bom recordá-los, estritamente; antes, porque os cristãos hebreus estavam esmorecendo, desanimando, e o autor queria lembrá-los de que já tinham lutado contra adversidades bem maiores.

Muitas vezes o mesmo se dá conosco; passamos galhardamente por temporais, e fraquejamos em momentos brandos de espera; pois, devaneamos que as coisas devam acontecer no nosso tempo, ou, do nosso modo.

Então, o desafio à paciência, essa virtude mais difícil de ter que a própria coragem. “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” V 36

Mas, voltando ao começo, chama atenção o ponto de partida para as lutas; “depois de serdes iluminados...” O inimigo não tem nenhum problema com, eventuais, boas obras, doses cavalares de religião; mas, treme suas anteninhas, se, divisa em nosso andar, lampejos da Luz Divina.

Sendo príncipe das trevas, qualquer feixe de entendimento espiritual lhe soa como ameaça; como certos políticos preferem o povo ignorante para dominá-lo. Então, ocupa-se na difusão do “bem” que possui; escuridão. “Se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Se, escuridão espiritual é o entendimento obtuso, óbvio que a luz é o entender vívido, perspicaz, esclarecido. Porém, isso vai muito além de uma propriedade intelectual; antes, se faz raiz do ser, patrocínio do agir.

Tal vereda foi chamada por João de “andar na Luz”; assim, e só assim, a eficácia de Cristo em nós se verifica; “Esta é a mensagem que dele ouvimos, e anunciamos: que Deus é luz, não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com Ele e andarmos em trevas, mentimos, não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;5 a 7

Tem consequências horizontais, comunhão fraterna; e, verticais; purificação. E, além disso, quando agimos na luz, servimos de testemunho, quiçá, estímulo a outros que contemplam nossos passos; o mero reconhecerem nossa boa conduta já se torna glória ao Nosso Pai. “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

Então, passamos a ter oposição ferrenha do inimigo não quando entendemos à Palavra, mas, quando começamos a viver por ela. Ele propôs verter pedras em pães; O Salvador deixou em lugar secundário o alimento do ventre, e priorizou o cumprimento da Palavra.

O capeta segue a mesma tática mediante seus mercenários atuais, com desdobramentos vários; propondo usar a Bíblia buscando dinheiro. Os servos de Deus idôneos são conduzidos pelo Espírito Santo; Esse realça O Feito de Cristo atinando à regeneração, à transformação; o passar das trevas para a luz. O Senhor disse a Paulo que ele fora escolhido, “Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz; do poder de Satanás a Deus...” Atos 26;18

A verdadeira mensagem não enseja alento ao pecador, antes, ilumina por dentro seu esconderijo e o desafia a deixá-lo. Como traz certo desconforto eventual, quem ilumina tende a ser rejeitado, sobretudo, por quem ama mais sua perdida condição que as promessas de perdão e vida eterna acenadas pelo Salvador.

Cegados pelo inimigo preferem enfrentar ao Senhor do Universo, que a si mesmos.

Assim, seguem no escuro, escravos do diabo e presumidos senhores de si, alienados da vida, condenados. “Quem crê nele não é condenado; mas, quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;18 a 21

Enfim, bênção não é calmaria, ausência de lutas; antes, luta diária pela preservação espiritual, mantendo acesa a luz da vida. Ora, coragem; outra, paciência; mas, sempre com as armas da justiça.

domingo, 11 de setembro de 2016

A Paciência

“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” Heb 10;36 Interessante essa ordem de coisas. Paciência, depois, de ter feito a vontade de Deus. A maioria dos impacientes que conheço, o são, por marcarem tempo, ou, modo, para que, Deus, faça suas vontades.

Pensemos um pouco sobre a palavra, paciência. Já ouvi alguns dizendo tratar-se da ciência da paz. Soa parecido, entretanto, não é bem assim. Paz deriva do latim, pax. Paciência, segundo especialistas, vem do Latim, Pati, significando, sofrer, aguentar; ou, do grego Pathe, sofrimento. Da mesma fonte vêm, simpatia, patologia, e paciente, aquele que é internado para ser tratado de algum mal.

Ora, um paciente não decide sobre medicamentos, doses, cirurgias, abstinências, nada. Está totalmente a mercê do médico. Igualmente, não lhe cabe decidir sobre quando terá alta. Se sair por sua conta deixará de ser paciente e será fugitivo. Assim, paciência no aspecto espiritual significa submeter-se a Deus, Sua Vontade, como um paciente faz, ante os médicos.

O salmista escreveu: “Esperei com paciência no Senhor, ele se inclinou para mim, ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.” Sal 40;1 e 2

Quem escreveu isso foi Davi, que fora ungido bem jovem para ser rei de Israel. Entretanto, demorou muito para reinar. Foi invejado, perseguido por Saul, errante, desterrado entre inimigos, nada da promessa se cumprir.

Bem poderia ter matado o rei que o perseguia, teve duas oportunidades e não fez, pois, se Deus dissera que ele seria rei, aguardaria no tempo do Eterno. Poderia ter pensado, mato o rei indigno, Deus disse que eu mando nessa bagaça, então, é comigo. Porém, fugiu, esperou. Depois que os inimigos filisteus mataram ao desobediente Saul, e o povo o buscou para ser rei, só então, viu O Senhor tirá-lo do “charco de lodo” das perseguições, e colocá-lo na rocha, de um grande reino.

A Bíblia apresenta não poucos filhos da impaciência, todos feios. Sara, malgrado a promessa Divina que teria um filho com Abraão, achou que a coisa demorava muito; mandou seu marido “ajudar” a Deus, deitando-se com a escrava. Não resolveu o problema em sua precipitação, e ainda criou um novo. Mais tarde, durante o Êxodo, Israel guiado por Moisés chegara à base do Sinai, onde deveria esperar, pois, Deus chamara Seu servo no monte para dar Sua Lei. Demorou 40 dias, o que pareceu demais a um povo que esperara por 400 anos. Dada a “demora” fizeram um bezerro de ouro para adorar.

A fé é confiança irrestrita no Caráter de Deus, a paciência deve descansar na Sabedoria do Santo. Aquele que é Onisciente não saberia o tempo certo de nos abençoar?

Além da Sua Palavra, Deus, nos fala, através da Sua Obra. Spurgeon chamou de Livro da Natureza. A Bíblia corrobora isso, dizendo: “suas coisas invisíveis desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, quanto, a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que os ímpios fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

E, dentre as muitas coisas que podemos aprender observando a natureza, uma delas, sem dúvida, é a paciência. Tiago ensina: “Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos, completos, sem faltar em coisa alguma.” Tg 1;3 e 4  “Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.” Cap 5;7

Acaso conhecemos alguma planta que se semeie e colha no mesmo dia, na mesma semana? Algumas hortaliças se pode colher, num mês; mas, geralmente o tempo e muito maior, entre plantio e ceifa. Assim como o lavrador não pode abreviar o tempo da colheita, não podemos nós, interferir no tempo de Deus.

Afinal, mesmo O Altíssimo sendo Eterno, atua em consórcio com o tempo, ainda que, esse, seja por Ele determinado. O Salvador foi enviado no tempo pré-determinado, e nenhuma impaciência mudaria isso. “vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho.” Gál 4;4


Os que tiram a mão do arado por que “cansaram de esperar” bênçãos que não vieram, cansaram-se com seus próprios pesos, o jugo de Jesus é suave, Seu fardo, leve. Muitos acham que esperar em Deus equivale a ter um Servo de imensa força para nos ajudar. Esperar em Deus é ter um Senhor amoroso e Onisciente, que apesar de nós, não sucumbe a sentimentalismos pueris, antes, faz a bênção e o abençoado madurarem juntos e se encontrarem no devido tempo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Felizes os que caem?

“Meus irmãos tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.” Tiago 1; 2 e 3

Tal afirmação entendida de modo superficial pode dar azo a que se advogue a bênção sobre os que caem em tentações. A primeira parte do texto parece edificar a ideia. Entretanto, o verso seguinte desafia à prova da fé, que triunfaria mediante paciência. Então, o “cair em tentação” em foco, equivale a não pecar, antes, admitir internamente a ideia, mas,  cotejar tal desejo com o conteúdo da fé, e nesse esperar, graças ao amparo da paciência.

Adiante ele explica a gestação do pecado. “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas, cada um é tentado, quando atraído e engodado pela  própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado;  o pecado sendo consumado gera a morte.” Vs 13 a 15 

Vemos que há todo um processo interior “dando vida” a esse agente da morte. Cobiça vontade e ação. Essa última equivale a “dar à luz o pecado”; antes disso pode ser abortado em paciente espera e confiança em Deus. 

O “cair em tentação” que Tiago defende como motivo de gozo, pois, é resistir às nuances do mal que assedia; o gozo derivaria de tê-las, pacientemente vencido; não,  impiamente consumado. Afinal, ele mesmo, se expressa de modo mais claro sobre o tema: “Bem aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” V 12 Não poderia, ele, com coerência, abençoar ao que cai como ao que suporta a tentação. 

Refere-se ao mesmo caso; o que assediado por maus desejos triunfa a eles e haure o gozo de sentir em seu espírito a vitória do Espírito Santo, o direcionando em fé mediante paciência. 

Nesses dias velozes de tanto ativismo, muitos pregadores de interesses terrenos disfarçados de celestiais transtornaram o sentido da Palavra de Deus; sobretudo, do quesito, fé.

Embora possa exercer vigoroso papel ativo, seu sentido é muito mais, passivo. Não é uma força que faz as coisas acontecerem como advogam os da “prosperidade”; antes, uma confiança irrestrita na Pessoa Bendita do Senhor, mesmo que, nossos sonhos não aconteçam; que nossas orações não sejam respondidas como esperamos. Afinal, se fé é provada com a régua da paciência, certamente os “centímetros” da mesma são feitos de tempo, de espera. 

Embora o tema central de toda epístola  seja advertência contra a duplicidade de ânimo, a paciência aparece como coadjuvante mui expressiva. 

Quanto aos ambíguos apresenta como doentes espirituais, portadores de corações sujos; “Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Cap 4; 8 Vemos uma vez mais, a sutil diferença entre o pecado praticado, suja as mãos; e o pecado acariciado apenas no domínio dos desejos; suja o coração. 

A ideia subentendida é que, as pessoas se dispõem a esperar em Deus certo tempo; mas, impacientam-se ante anseios não supridos e partem para “soluções” naturais; leia-se, pecado. Isso lembra parte do Salmo onde Davi versa: “Por que te abates, oh minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois, ainda O louvarei.” Nesse colóquio consigo mesmo ele deixa transparecer que, o abatimento da alma derivava da impaciência; tanto quê, propôs como solução esperar em Deus. 

Mas, voltando a Tiago, ele evocou, enfim, o mais intenso exemplo de paciência das Escrituras, como argumento final, aos “bem aventurados” que se dirigia; disse: “Meus irmãos tomai como exemplo de aflição e paciência, os profetas, que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” Cap 5; 10 e 11

Vemos que o fim foi escolha exclusiva do Senhor; não algo que Jó tenha “decretado” “determinado”; ou, pelo qual tenha feito “campanha, corrente”.  

Muitas vezes equacionamos fé com esperança, como se fossem iguais; embora tenham certo parentesco, a fé tem um objeto específico, Deus; como condicionante, que peçamos segundo Sua Vontade. A esperança é amoral; tanto coabita com ímpios, quanto, com santos. 

Desse modo, a esperança do cristão não deve “dar golpes no ar”, antes, alinhar-se a que foi proposto. “...tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;” Heb 6; 18.

Enfim, quando as tentações nos convidarem para “novas possibilidades”, a fé lembrará o que está proposto, para a devida assepsia da nossa esperança.