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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

As pérolas e os porcos

“Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.” Prov 23;9

Notemos que o silêncio do sábio é receitado não por que seu ouvinte não o careça ouvir; antes, porque mesmo carecendo se recusaria. Pior, desprezaria os conselhos.

Mas, por que alguém abriria mão tão naturalmente de algo que precisa? Dois males costumam patrocinar atitudes assim; orgulho e presunção. Aquele prefere privar-se de um bem para não “dar o braço a torcer”, “ficar devendo favores” a outrem; nessa, mesmo sendo um ignorante de carteirinha, o sujeito presume-se sabedor das coisas; quem discordar dele, ou, tentar acrescentar mais luz, só pode estar errado. O “sábio aos próprios olhos”.

Primeiro o pensador desaconselha que tomemos esse caminho, dando às nossas parcas percepções, o status de sabedoria, de aferidoras de medida. Antes, evoca a Sabedoria Absoluta, Deus, como Alvo para saúde psíquica e intelectual. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor, aparta-te do mal. Isto será saúde para o teu âmago e medula para os teus ossos.” Prov 3;7 e 8

Ora se temo ao Senhor, no mínimo concordo com Seus conceitos sobre bem e mal, e, escolho obedecê-lo, dado que, a isso impulsiona o devido temor.

Num segundo momento aquilata o dito “sábio”: “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26;12 O sujeito ocupa um inglório lugar no pódio das luzes, pois, está abaixo dos tolos.

Ora, essa ironia que lhe rotula sábio, noutra parte é dissecada em seu vero ser, e resulta em falta de noção: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, nunca foi lavada da sua imundícia. Há uma geração cujos olhos são altivos, suas pálpebras são sempre levantadas.” Prov 30;12 e 13

Aquilo que lhes parece puro, saudável, ao escrutino do Espírito não passa de imundícia. Todavia, seus hospedeiros desfilam airosos e orgulhos, olhos altivos como se estivessem em relevância, quando, se sua cegueira voluntária fosse curada se veriam apenas imundos.

Embora, ajam obtusos no intelecto, sua doença é filha da vontade rebelde. No fundo sabem onde o galo canta, como se diz, mas, escolhem “não saber” dado que o saber a virtude responsabiliza, requer praticá-la; e preferem acariciar o vício tão barato, ao esforço por essa que demanda renúncia, submissão, cruz.

Assim, no afã de salvarem seus comodismos eventuais, pervertem valores, mudam o mal em bem, ousam contra conceitos do Eterno chamando-os de preconceito; em seu porre de “liberdade” inconsequente, pensando romper as grades, robustecem-nas, tão somente condenam-se; “E, a condenação é esta: A luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Notemos que O Senhor não os acusou de não poderem ver a Luz; antes, de não poderem amá-la, dado que, escolheram amar seu lado oposto, as trevas. Isso corrobora o argumento que o mal dos tais não é lapso de entendimento, antes, de vontade. Um tolo, simplesmente, alguém que não sabe ainda pode ser iluminado, ensinado; enquanto, esses presunçosos recusam, redarguem, por isso, “Há mais esperança para um tolo que para eles.”

Muitos animais bem treinados, mediante certas recompensas são capazes de fazer coisas bem “inteligentes”, como nos circos se pode ver. Contudo, esses, indômitos, mesmo que se lhes ofereça o Céu como recompensa, e a Vida Eterna de lambuja, seguem não domesticáveis, rudes, intratáveis.

Salomão mesmo em suas reflexões sobre o homem em si, divorciado do Criador o nivelara aos animais: “Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.” Ecl 3;18

Se, o homem em si, cotejado com os animais dá um inglório zero a zero, esses, parecem fora de si, abaixo da linha de pobreza moral, como que, inoculados com um tanto do ódio que o canhoto tem do Eterno.

Por isso, palavras sábias, condutoras de luz, se lhes soam como ameaça, dado que, fizeram das trevas seu dileto habitat.

Todavia, fomos criados “Imagem e Semelhança” do Criador; os que se deixam encontrar quando Ele Busca, recebem de novo vida espiritual; deixam de ser o reles homem em si, para sê-lo de novo, em Deus. Ensina-nos a pensar como Ele, a “Mente de Cristo”, e paulatinamente capacita, mediante O Espírito Santo que nos é dado, a agirmos de modo que lhe é agradável.

A Palavra de Deus diz quem Ele é;nossa reação a ela, quem somos; sejamos sábios, pois.

sábado, 8 de julho de 2017

Os fugitivos

“O Senhor disse a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela, da casa de teu pai, para a terra que Eu te mostrarei. Te farei uma grande nação, abençoarei, engrandecerei teu nome; tu serás uma bênção.” Gên 12;1 e 2

Muito se pode aprender sobre a chamada de Abrão por parte do Senhor. Os projetos Divinos expostos estavam todos mercê da resposta positiva, pois, a primeira palavra dita demandava uma ação do patriarca; “sai”.

A presciência do Eterno antevê as respostas de cada um; jamais erra quando escolhe; seja, Abrão para formar uma grande nação; ou, quando apostou Suas fichas no caráter de Jó; ainda, quando chamou Maria para Seu propósito excelso, etc.

Quando a resposta será negativa, também o sabe, pois, ao comissionar Ezequiel como pregoeiro de Sua Vontade advertiu da falta de frutos, ao próprio profeta; disse: “Mas, a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não querem dar ouvidos a mim; pois, toda a casa de Israel é de fronte obstinada, dura de coração.” Cap 3;7

Qual o propósito de enviar o mensageiro então, se, os juízos anunciados seriam inevitáveis dada a obstinação dos ouvintes? Restariam remanescentes após o juízo, além disso, o ensino atingiria gerações futuras, como nós, que podemos aprender prudência observando a imprudência deles.

Não que o profeta fosse rejeitado estritamente; antes, era “desejado” como um artista; somente a mensagem era hipocritamente ignorada; o que faria o juízo porvir, inevitável. “Tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave que bem tange; porque ouvem tuas palavras, mas, não as põem por obra. Mas, quando vier isto, então, saberão que houve no meio deles um profeta.” Cap 33;32 e 33

Embora a Obra de Deus em si, nada dependa de nós, Ele se arranja sem nossa ajuda; a mesma, em nós, depende inteiramente da resposta que dermos À Sua Palavra.

Até quando alguém faz “a coisa certa” pelo motivo errado, usa A Palavra como esconderijo, ou, dela lança mão para motivos espúrios, a mesma Palavra, mais dia menos dia, desnuda-o. Nosso olhar vê os fenômenos, O Divino, intenções, pensamentos. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

O Todo Poderoso antevê respostas positivas, negativas, e, hipócritas que se misturam ao rebanho. Alguém disse, “se o malandro soubesse das vantagens de ser honesto, o seria, só por malandragem”; Pois, nas coisas Divinas, as bênçãos reais só derramam-se sobre os honestos, até quando devem assumir eventuais, desonestidades.

Infelizmente, a maioria trata A Palavra da Vida como batata quente, apressa-se a passar adiante, pois, traz desconforto para si. Nas redes sociais, quanta “Fé” quantas mensagens bonitas de uma geração que vive mui abaixo da média do aceitável, no prisma da decência, honestidade, altruísmo, amor, etc.

Têm prazer de se fazer inquilinas da sabedoria para parecer que “moram bem”, quando, em postagens subsequentes expões as reais palafitas onde vivem. A Poderosa Palavra de Deus obra no vácuo em suas vidas, pois, se recusam à correspondência, que como no caso de Abrão, começa com um “Sai” dessa; recusam sair.

Como crianças ingênuas fogem da injeção, almas imprudentes também, conhecendo a receita que cura prescrevem pra outros o remédio que recusam a inocular em si. O Salvador atrelou a bênção de saber, ao praticar; “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Como O Espírito Santo Obra para convencer, não, impor Sua Vontade pode ser resistido, entristecido. Imaginemos no trânsito um guarda que apite e dê sinal para que paremos; num segundo momento requer habilitação, documentos do veículo; ora, a segunda demanda só foi possível porque obedecemos à primeira, senão, seríamos fugitivos.

Assim as coisas de Deus: “Vinde a mim todos...” Os que vão recebem novas instruções, além do perdão que reconcilia; os demais, são apenas fugitivos, malgrado fujam em veículos adornados com versos bíblicos. O saber que não molda o agir é o clássico diamante na funda; a preciosidade que nivelamos às pedras. A Palavra fala ainda de jóias valiosas em focinho de porca, ou, desencoraja as pérolas lançadas ao mesmos bichos...

Claro que todos podem compartilhar, ensinar; mas, a bênção reside em quem, como Esdras, aprende e pratica primeiro. “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor, para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” Ed 7;10