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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

A "nossa" Justiça de Cristo

“Se te voltares ao Todo-Poderoso... livrará até ao que não é inocente; porque será libertado pela pureza de tuas mãos.” Jó 22;23 e 30

Um dos “amigos” de Jó presumindo a iniquidade como causa do infortúnio e exortando-o ao arrependimento. Feito isso, disse, sua intercessão seria eficaz; a pureza das suas mãos obraria livramento até dos culpados.

Deixando isso, por ora, quero discorrer sobre a identificação; onde, méritos do intercessor advogam a favor de outrem. A pureza das mãos do justo se mostra eficaz ao impuro.

A identificação funciona, tanto, para bem, quanto, para mal. Digo; tanto a pureza de quem ora por mim pode me abençoar, quanto, sua apostasia, profanação, atrair maldição. “... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16

Deus mesmo, mediante Ezequiel disse que a intercessão de um justo, em determinado contexto, se houvesse, teria livrado o povo; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro; estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém, ninguém achei.” Ez 22;30 Vemos, pois, que, não só é eficaz a intercessão de um justo, como, Deus busca-a; deseja-a.

Por outro lado, as orações e “bênçãos” de quem desonra ao Altíssimo não são coisas apreciáveis, se, temos algum senso; “Se, não ouvirdes, não propuserdes no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei maldição contra vós; amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Mal 2;2

Diatribe contra sacerdotes corruptos da Antiga Aliança.

Porém, o princípio da identificação continua válido no Novo Pacto. Quando um ministro ora por alguém com imposição de mãos identifica-se com a necessidade daquele por quem intercede.

Contudo, se, impuser as mãos num ato de consagração ministerial, por exemplo, se faz fiador daquele; recomenda-o identificando-se com seu caráter. Nesse caso, Paulo aconselhou cautela a Timóteo; “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5;22 Assim, recomendar ao Senhor perante a Igreja alguém indigno é “participar” dos seus pecados, por identificação.

Por esse caminho chegamos à Eficácia de Cristo para a Salvação. Primeiro, nossa carga de culpas é tal que não pode ser removida por um “mediador” remediado; “Porque nos convinha, tal, Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo a si mesmo.” Heb 7;26 e 27

Dada a estatura ímpar do Santo requerido, Ele é o Único. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Há falácias católicas que dizem que, sendo a Igreja o “Corpo de Cristo” isso faria que dela derivassem mediadores também. O texto é claro. “Jesus Cristo, homem”. Não se trata de um corpo espiritual, mas, encarnado para nos representar; o que passa disso é mentira. O sacerdote mentiroso é canal de maldição, não, de bênçãos.

A Expiação do Nosso Salvador resolve as culpas do nosso passado, quando éramos ovelhas sem pastor; depois de conhecê-lo, a Ele pertencer, somos desafiados a nos identificar com Sua morte para herdar a vida.

Sua cruz foi literal; a nossa demanda crucificação dos maus desejos, mortificação testificada pela nova vida que passamos a ter depois de convertidos. “... todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte. De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim, andemos em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Quando João recusava-se a batizar Jesus, dizendo que ele carecia sê-lo pelo Mestre, não estava errado. Porém, naquele momento solene O Salvador identificava-se conosco; “participava” dos nossos pecados, para que, os remidos que lhe obedecem participem da Sua Justiça.

Nada valem as ditas “orações fortes” da praça. As aceitáveis ante O Santo vêm de vidas que Ele aprova; as demais, pecados; “O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável.” Prov 28;9

Ironicamente, o que acusou Jó de ímpio, desafiou-o ao arrependimento dizendo que, com mãos puras livraria ao injusto; quando as circunstâncias mudaram, não o caráter de Jó, que era reto, ele teve que ser liberto pela oração do sofredor. “... meu servo Jó orará por vós; porque a ele aceitarei...” Cap 42;8

Oração “forte” é a que O Todo Poderoso aceita; as que não forem pelo caminho, sequer, chegarão à Sua Apreciação. “... ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

domingo, 19 de agosto de 2018

As orações dos mortos

Tu, pois, não ores por este povo, não levantes por ele, clamor; nem me supliques, porque Eu não te ouvirei.” Jr 7;16

O Eterno dizendo a Jeremias para não orar pelo povo e reiterando Seu veto, ver caps 11;14, 14;11 etc.

O que estava acontecendo para que O Deus Misericordioso os rejeitasse de modo tão veemente? O profeta aprazou o tempo em que Deus vinha porfiando para ser ouvido, porém, não era; “Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a Palavra do Senhor; vo-la tenho anunciado, madrugando e falando; mas, vós não escutastes.” Cap 25;3

Se, era desprezado por tão vasto período, por que O Altíssimo ouviria clamores em favor deles?

O infeliz pregador chegou a pensar que era culpa sua; que estava pregando no subúrbio para a ralé e deveria, antes, pregar aos nobres; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois, não sabem o caminho do Senhor, nem, o juízo do seu Deus. Irei aos grandes e falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas, estes juntamente quebraram o jugo, romperam ataduras.” Cap 5;4 e 5

Jeremias constatou a duras penas, que, O Senhor era rejeitado tanto na favela, quanto, no palácio.

Se, o relacionamento Divino-humano tem como base o amor; esse é via de duas mãos, que, demanda correspondência, como se estabeleceria a relação, tendo, de um lado, desprezo, indiferença?

Circulam nas redes sociais muitos “mantras”, que, incautos chamam de “orações poderosas” cuja eficácia derivaria de serem compartilhados. Até um cego que foi curado por Jesus equacionou a aceitação Divina da oração, quando for resolvido o problema do pecado, não, antes; “Ora, nós sabemos que Deus não ouve pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, faz Sua Vontade, a esse ouve.” Jo 9;31

Por certo ouvira em algum momento a menção do texto de Isaías que aborda o tema; “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e Vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;2

Contudo, se, Deus não ouve a pecadores, e, todos são, como fica? É; “nos convinha tal sumo sacerdote, (Cristo) Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, Feito mais Sublime do que os Céus;” Heb 7;26 Por isso, malgrado a plêiade de “intercessores” de humana feitura, segue imutável o dito: “... ninguém vem ao Pai senão, por Mim.”

A submissão ao Senhor remove a barreira feita pelos nossos pecados, desde que, sigamos Suas Pisadas; Assim, um caminho, antes, fechado, agora está franco aos que lhe pertencem; “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas, sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia, achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” Heb 4;15 e 16

Nosso bom relacionamento com O Salvador enseja confiança, mas, não patrocina temeridades. Isto é, ousadias de querer as coisas do nosso jeito, ou, no nosso tempo; antes, depois de havermos feito Sua Vontade, seremos por Ele socorridos “em tempo oportuno”.

É blasfema a pretensão de “oração poderosa” e afins. Se, o poder é da oração, Deus fica de fora; quando diz Tiago que a “oração de um justo “pode” muito em seus efeitos”, não está patenteando o poder da oração, antes, o agrado Divino pela justiça.

Pois, se um de nós reiteradamente vive em indiferença para com Deus, mesmo se dizendo Seu servo, coloca-se no mesmo patamar dos coevos de Jeremias; gente pela qual não adianta orar; Deus não ouvirá.

Diga você, que espírito, que vida reside numa “oração” compartilhada por meio digital? Oração traz a ideia de, feita por via oral; no caso, expressa em palavras. Não que palavras bastem, mas, elas são parte do processo, cuja fonte deve ser mais profunda; “buscar-me-eis, e me achareis, quando, me buscardes com todo vosso coração.” Jr 29;13

Desgraçadamente a geração vídeo, meme, fake news, cultura inútil, não tem tempo para introspecções sisudas, sóbrias, como orações. Outro dia certa cantora disse que, “ninguém vive sem demônios”; e, parece que a “moral” vigente é essa.

Muitos inda não entenderam, tampouco, tentaram responder a pergunta do anjo: “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5

Quem, invés de relacionamento pessoal fantasia acessar a Jesus por meios eletrônicos faz isso.

Jeremias era intercessor justo; não foi aceito por causa da rebeldia do povo; Cristo É “Mais sublime que os Céus”; nem assim basta, para salvar aos que pensam que a vida é subproduto da rebelião; dos demônios.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Operação mãos limpas

“Livrará até ao que não é inocente; porque será libertado pela pureza de tuas mãos.” Jó 22;30

Após acusações infundadas, um dos “amigos” de Jó exortou que ele se apegasse a Deus; entre outros benefícios desse “Apego”, Jó seria vertido num intercessor eficaz, pois, disse, até eventual culpado seria remido pela pureza das suas mãos.

Sem entrar no mérito da falta de noção do interlocutor de Jó, algo de correto, há, no que disse, uma vez que, de um intercessor se espera que tenha acesso perante Deus, para que seja ouvido; e, Jó desfrutava já da aceitação Divina.

“Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.” I Tim 2;8 disse Paulo escrevendo a Timóteo. Ao mesmo, porém, advertiu sobre a prudência quanto à imposição de mãos. “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5;22

Ora, será que o jovem pastor tinha mão impuras, contenciosas? Bem, são duas situações distintas que se usa a imposição de mãos. Uma, quando oramos por um pecador qualquer, rogando pelo suprimento de algo; seja salvação, perdão, saúde, discernimento, etc. nesse caso, quem impõe as mãos identifica-se com as necessidades daquele por quem intercede; Outra, quando consagra alguém perante Deus e a igreja, iniciando-o na investidura ministerial; nesse caso, o ministro identifica-se com o caráter do indicado. Sua imposição de mãos é seu aval à conduta de alguém.

Por isso, o conselho pra ter cuidado, não se precipitar em abonar ninguém, pois, se o fizesse de modo temerário, participaria dos pecados alheios.

Por causa da grandeza dos nossos males, foi necessário para justificação, um intercessor do “Calibre” de Cristo: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, oferecer cada dia, sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo a si mesmo.” Heb 7;26 e 27

Tendemos a não assumir nossas próprias culpas; contudo, os que se convertem, se tornam consortes do Sacerdócio de Cristo, devem aprender a ajudar na remoção, também, das culpas alheias, mediante arrependimento ensejado pela pregação da Palavra.

Desde a Vitória de Cristo, a pureza das Suas mãos tem livrado milhares de culpados, que, graças à persuasão do Espírito Santo, acham arrependimento, e conseqüente perdão. Ciente, pois, da necessidade de submissão Paulo disse que os Coríntios deveriam estar “...prontos para vingar toda a desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6

Assim, aquele que lava-se na inocência imputada por Cristo aos arrependidos, quando ora, intercedendo, será ouvido. Não que sua oração livrará ao culpado, estritamente; antes, serão sempre os Méritos de Cristo, mas, quem intercede desse modo, coopera com Ele na Obra de Deus.

Desse modo, o conselho desnecessário, sem noção, dado a Jó, para que se apegasse ao Senhor, no que se refere a nós é pertinente, oportuno. Alguns incautos acham que podem mover a Deus fazendo campanhas de oração, tipo: Sete dias disso, doze semanas daquilo, ou, fazendo demoradas orações, vigílias, como se, O Altíssimo prezasse mais, quantidade, que qualidade.

Quando Tiago diz que a “oração de um justo pode muito em seus efeitos”, deixa entendido que é do caráter que Deus se agrada, mais que, oração; pois, essa, só terá efeito se, proceder de lábios justos. O Salvador disse que não devemos nos assemelhar àqueles que perdem-se em vis repetições imaginando que, pelo muito falar, serão ouvidos.

Outros, igualmente incautos, acham que podem suprir o lapso de frutos com volume de cultos, participações na igreja. Do primeiro culto registrado, de Abel e Caim, diz o relato que o Senhor atentou para Abel e sua oferta, porém para Caim e sua oferta, não atentou. Notemos que O Santo avalia primeiro a pessoa, depois, se essa lhe parecer aceitável, então aceita seu culto, oferta, intercessão.

Ironicamente foi, o que o sujeito dissera a Jó que sucederia se ele se apegasse a Deus, justo, o que sucedeu com o apego que ele já tinha. Livrou ao que não era inocente, pela pureza das suas mãos. Ao que falara isso e seus dois amigos que compactuaram. O Eterno repreendeu-os ao final, e ordenou que fossem a Jó para que ele intercedesse, pois, só dele, a oração seria aceita. “...meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme vossa loucura...” Jó 42;8

Em suma; intercessão é algo precioso, mas, não posso receitar a outrem o remédio que recuso para mim. Se, minhas mãos foram limpas, foi porque ouvi a Deus; assim, quando oro, também Ele, me ouve.

domingo, 6 de novembro de 2016

O "Poder" da oração

“Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus; para que seja livre dos rebeldes da Judéia, e que minha administração, que em Jerusalém faço, seja bem aceita pelos santos; para que, pela vontade de Deus, chegue a vós com alegria, possa recrear-me convosco.” Rom 15;30 a 32

Muito pode ser dito sobre esse fragmento da carta de Paulo, porém, quero deter-me sobre um aspecto: “Combatais comigo nas vossas orações... pela Vontade de Deus.” Uma pergunta é necessária em virtude disso: Se, Deus é Todo Poderoso, tem uma vontade formada sobre as coisas, por que devo, ainda, orar pedindo isso?

Ocorrem-me, três razões; a) sedimentar minha dependência Dele; b) exercitar minha confiança no Amor Divino; c) identificar-me com Seu Santo propósito, aprendendo amar o que O Eterno ama. Sendo seres arbitrários, quais, somos, que outra forma melhor de firmarmos nossas escolhas, que, orando?

Amiúde, escolher a Vontade de Deus requer negação da minha, natural, pelo menos. Sem isso, minhas orações, por fervorosas que pareçam, não passam de manifestações egoístas, carnais; têm tudo para dar em nada. O mesmo Paulo ensinou: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual, a boa, agradável, perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

A “Razão” do Espírito, pois, requer sacrifício da natureza caída, o que enseja um andar desalinhado aos valores do mundo, possível, apenas, à aquisição de nova mentalidade, renovado propósito, consorciado ao querer Divino.

Quando, mediante Isaías, Deus propõe para conversão, uma nova mentalidade, enfatiza Sua Grandeza em perdoar, pois, nosso antigo modo de pensar, é pecaminoso, requer arrependimento, perdão. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55;7

Desse modo, diverso do que muitos “mestres” fazem parecer, invés de lutarmos em oração até que Deus nos dê o que querermos, devemos orar, para que, sejamos livres de nossas tendências pecaminosas, que ofuscam-nos de ver, que o que Deus Quer para nós, é melhor; muito acima das nossas mais “profundas” orações. “Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são os meus caminhos mais altos do que os vossos, e, meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;9

Assim, nosso “livre arbítrio” não é tão amplo como gostaria a natureza pós queda. Restringe-se a escolher “andar em Espírito”, segundo Deus, ou, na carne, associados ao maligno que conhece e tripudia das suas fraquezas. Não existe “terceira via”; como na eleição americana; pode-se votar na Hillary, ou, no Trump apenas. Quem decidir alienar-se do processo, será governado por um, ou, outro, necessariamente. “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou, do pecado para a morte, ou, da obediência para justiça?” Rom 6;16

A maioria das nossas orações, requer como resposta um não! de Deus, são momentos em que se cala, e, somos incentivados pelo Espírito Santo, a repensar nossos alvos. Fé hígida, invés de supor-se uma força que instigará Deus a fazer o que quer, é, antes, confiança inabalável na Sabedoria e Bondade Divinas, de modo que, sei, que, mesmo não recebendo nada do que desejo, estarei recebendo exatamente o que preciso, pois, Deus me ama, cuida de mim.

Enfim, é vital que conheçamos a Vontade Divina expressa em Sua Palavra, para que, de acordo com ela, façamos nossas orações. Independência espiritual foi um comício da oposição; falso, pois, ao instigar o homem a quebrar sua dependência de Deus, o inimigo o colocou sob dependência sua; ser, desprovido de qualquer virtude, que desconhece a misericórdia.

Sem essa de idolatrar ao “poder da oração”; Elias fez parar de chover por três anos e meio, pois, sabia ser o Propósito Divino; Deus estava julgando um reino apóstata e idólatra. Noutro contexto, não seria ouvido. Assim, a “oração feita por um justo pode muito nos seus efeitos”, porque, os “justos” se deixam transformar segundo a “Mente de Cristo” para conhecerem o Coração do Pai. Tampouco, “poder da fé”; essa, é, antes, um laço afetivo que nos faz agradáveis a Quem possui todo poder. “Sem fé é impossível agradar a Deus...” Heb 11;6

Quando a longanimidade Divina se gasta e Ele decide julgar, oração nenhuma, pode mudar isso. “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque eu não te ouvirei.” Jr 7;16

quarta-feira, 27 de julho de 2016

A entrega errada

“Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” Heb 11;3

Não obstante alguns dizerem que a fé é cega, temos ela aqui em consórcio com o entendimento, que é produto da razão.

O entendimento sempre é uma reação racional em face a determinada informação, uma vez que, não podemos entender o que ignoramos. Se, eventualmente algum “insight” nos vem sobre coisas que desconhecemos, isso deve ser tributado à intuição espiritual, não, ao entendimento, que poderá advir depois, quando os fatos corroborarem a intuição.

E, o Evangelho é o conjunto de informações básico que deve ouvir todo o que almeja ingressar no Reino de Deus. O Velho testamento, com suas profecias, tipos proféticos, história, livros sapienciais, enfim, é um segundo escalão na gama de informações que deve ter todo aquele que, além de ser salvo anseia conhecer Deus, Sua relação com o homem. Não estou aquilatando valores sobre partes da Bíblia, apenas, traçando uma rota lógica dada nossa situação no tempo, se, desejamos salvação, e anexo, conhecimento do Senhor.

O Evangelho é, antes de tudo, um desafio à fé; depois, via discipulado, edificação, vão se encaixando peças no imenso “Lego” Divino, e construindo uma ponte entre o espiritual e o racional. Primeiro a fé atrai à cruz, que enseja uma separação do jeito de ser do mundo, para imitar Cristo; essa separação induz o entendimento a tornar-se alinhado com Deus, mediante o conhecimento de Sua Vontade. Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 1 e 2

Entretanto, todos parecem entender de futebol, medicina, e Deus. Nesses assuntos todos dão pitacos, nem sempre, com o necessário entendimento. Se, no futebol, arbitram as paixões, na medicina caseira, um chá que não faz bem, geralmente, não faz mal, nas coisas de Deus não é tão simples assim.
Há mais de setecentas mil palavras na Bíblia, onde, além de falar de nós, Deus fala de si. Desse modo, temos amplo material para exercitarmos nossa fé e entendimento.

Todo dia deparo com textos religiosos onde alguém “entrega” seu dia, sua semana, seu emprego, seus familiares, a direção de um culto, nas mãos de Deus, para que Ele cuide. Não é certo fazer isso? Bem, suponhamos que você leitor, trabalhe com entrega de remédios. Seu meio de transporte está cheio dos tais. Como reagiria se, outrem pedisse que lhe entregasse laticínios, carnes ou, outra coisa qualquer, fora de seu ramo? Por certo dirias que não podes entregar o que não possuis.

Que somos arbitrários é pacífico; somos senhores de nossas vontades; isso foi feito por Deus. Posso desejar que O Eterno abençoe, proteja aqueles que me são caros, mas, eles não estão em meu domínio para que, eu abdique disso, comissionando ao Senhor em meu lugar, o que O faria meu servo, invés de, ser eu, servo Dele, como convém.

O meu caminho, minhas escolhas pessoais estão em meu poder, para que eu aja conforme as inclinações do meu coração. São esses, caminho, ( escolhas ) e coração, ( sentimentos ) que devo entregar, se, deveras, pretendo ser servo de Deus. O mais, não passa de arrogância blasfema, ainda que, religiosa. “Entrega teu caminho ao Senhor; confia nele, o mais, ele fará.” Sal 37;5 “Dá-me, filho meu, o teu coração, os teus olhos observem os meus caminhos.” Prov 23; 26 Notemos que, entregar meu caminho ao Senhor é um pouco mais que renunciá-lo; é escolher para mim os caminhos Dele.

Alguns compartilhas suas “Orações poderosas.” Desculpem a franqueza, mas, não existem orações poderosas. Apenas, orações que o Todo Poderoso aceita, e responde favoravelmente.


Os “sábios” conselheiros de Jó estavam “fora da casinha”, Deus os censurou e mandou que pedissem oração ao leproso Jó, pois, esse era aceitável ante Ele. “...oferecei holocaustos por vós, o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei...” Jó 42;8 Tiago também aludiu ao tema, oração, e derivou sua eficácia de um caráter justo de quem ora, pois, um assim é aceitável ante O Altíssimo. “Confessai as vossas culpas uns aos outros, orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16 Notemos que o “justo” em questão tem culpas a confessar. Pois, Deus não chama aos perfeitos, antes aos arrependidos que se deixam aperfeiçoar. Aos tais, O Senhor Justiça Nossa, justifica.