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terça-feira, 19 de setembro de 2017

O pecado do Pecado

“Como por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte, assim, também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

A relação entre pecado e morte é tal, que Paulo chega a inverter causa e consequência, como se uma se tornasse a outra. Morte é consequência do pecado; porém, tendo passado ela a todos, por isso, todos pecaram; teria se tornado a causa.

Ora, chama a queda de reino da morte, ora, de reino do pecado, vejamos: “...a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.” V 14 “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna...” V 21

Parece que esse “casal” pecado e morte é tão “um” que tanto faz a ordem em que apareçam dá no mesmo; onde um estiver o outro estará. Adiante usou outra figura que restabeleceu, enfim, os lugares de cada. “Porque o salário do pecado é a morte, mas, o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Cap 6;23

Por isso, aos olhos da Divina Justiça a necessidade da cruz; alguém tinha que receber o salário do pecado. Éramos seqüestrados do inimigo, cativos do pecado fadados à morte. Jesus Cristo pagou o resgate; a morte que nos cabia sofreu.

Personalizemos o pecado a título de ilustração; suponhamos que O Senhor lhe tenha dito: Domina sobre todos que lhe obedecem, dá-lhes teu salário livremente; mas, ai de ti se um dia matares um inocente; nesse dia tiro de ti o reino e dou àquele que foi injustiçado. Precisamente isso Cristo fez. O pecado do pecado, por dar a Cristo o salário imerecido foi a condenação dele; a vitória do Senhor sobre a morte.

“Porquanto o que era impossível à lei, pois, estava enferma pela carne, Deus, enviando Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado, condenou o pecado na carne;” Rom 8;3

Notemos que a carne após a queda passou a ser carne do pecado; sua inclinação sempre se opunha a Deus. “Porque a inclinação da carne é morte; mas, a do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus; não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” VS 6 e 7

O Salvador não nos resgatou estritamente para que fôssemos autônomos; comprou-nos para Si, do qual somos servos. Poderíamos reivindicar certa autonomia, caso tivéssemos livrado-nos por nossos méritos, mas, Isaías estragou tudo, disse: “Todos nós somos como o imundo, todas nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Parece que nossas “qualidades” não serviam; dada a grandeza das iniquidades precisávamos mais que as melhores obras para ser readmitidos perante Deus. “Porque nos convinha tal, sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus;” Heb 7;26

O fato de graciosamente ter se identificado conosco em nossas culpas dá ao Senhor sobejo direito de requerer de nós que nos identifiquemos com Ele na obediência.

Pedro ensina: “Se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação; sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas, com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado, incontaminado.” I Ped 1;17 a 19

Nossa cruz, diferente da Dele que foi literal é figurada; requer submissão irrestrita; obediência tal, que nossas más inclinações naturais são mortificadas. Para isso nos dá o auxílio do Espírito Santo. “Não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Vida; antes os bordões eram pecado, morte; agora, em Cristo a perspectiva mudou; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem vida eterna, não entrará em condenação, mas, passou da morte para vida.” Jo 5;24

Agora a causa é outra: A Justiça de Cristo; a consequência também; vida eterna. Nossas escolhas nos encaminham ao Dom de Deus, ou, ao salário do pecado.

“Não posso escolher como me sinto, mas, posso escolher o que fazer a respeito.”
Shakespeare