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sábado, 7 de janeiro de 2017

Cruz; o "mal" das Boas Novas

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Dois reis; Jeosafá, rei de Judá, Acabe, rei de Israel. Esse, após ouvir o vaticínio do profeta Micaías, de que morreria, na batalha, disfarçou-se de soldado, e sugeriu que Jeosafá pelejasse em vestes reais, assim, pensou, se o rei deve morrer, morra Jeosafá, não eu.

Além de egoísta, pérfida, sua atitude, era digna de um mentecapto. Ora, se o profeta falara da parte de Deus, era justo a Ele, que imaginava ludibriar. Quem pensa que Deus posse ser “enganável”, reduz O Todo Poderoso, Onisciente, à sua própria estatura. De um assim, O Eterno falou: “Estas coisas tens feito, eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas, te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

Entretanto, centenas de profetas de Baal, nos quais confiava, aparentemente, tanto que eram mantidos pelo Estado, esses, digo, vaticinaram uma jornada vitoriosa, de modo que, parece, não teria nada a temer, de forma a que precisasse disfarçar-se. Por quê, o fez?


Sua rejeição ao profeta do Senhor, não derivava de ser, o tal, indigno de confiança, antes, sua mensagem não agradava. “...Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém, eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, senão, sempre o mal; este é Micaías, filho de Inlá.” V;7

Ora, quando me achego ao Eterno em oração, ou, mediante outrem, Ele me fala, se, for uma exigência minha que, agrade minhas vontades, quem é O Senhor? Quem, o servo? Quando o Salvador propôs a autonegação como indispensável para se ir após Ele, não falava de suicídio; a cruz significa o sacrifício das minhas vontades em prol da Divina. Paulo definiu com precisão: “Sacrifício vivo”. “...apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus...” Rom 12;1 ou, “Já estou crucificado com Cristo; e vivo...” Gál 2;20

Se há uma geração de pregadores ensinando seus incautos ouvintes a “exigirem, decretarem, determinarem” o cumprimento das suas vontades, O Eterno é inocente; são profetas de Baal.

Uma coisa precisamos entender antes de mais nada: “Deus não é Deus de mortos.” Todos que vivem suas vidas alienados Dele, ao alvitre dos próprios desejos podem estar até, felizes, vivendo assim, contudo, estão espiritualmente mortos. O Eterno ama-os, e chama a si, mas, o faz inevitavelmente através da cruz. Como seria agradável a homem natural uma mensagem que propusesse sua morte? Certo que promete também que ressuscitará com Cristo e será capacitado a andar em “novidade de vida”.

Desse modo, como Micaías, ao profeta idôneo cumpre ser portador de notícias más, para a natureza caída, ainda que, por sua eficácia redentora, e, intenção Divina que a impulsiona, a dura mensagem é nomeada verdadeiramente, como, Evangelho, Boas Novas.

Quando a coisa causa rejeição, muitas vezes, violenta até, isso não revela nenhum lapso no Emissor, tampouco, no portador da mensagem; antes, o receptor se revela indigno dela. “o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, aparta o seu coração do Senhor... será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

Na verdade, no fundo, os ímpios sabem que Deus está certo, que Suas demandas são justas. Contudo, tanto quanto podem, mascaram a própria obstinação, tentam macular a imagem dos mensageiros Divinos, invés de aceitarem a correção em suas vidas deformadas.

Se Acabe não soubesse, ser verdadeira, a mensagem do profeta, não teria se disfarçado tentando fugir do juízo pela esperteza. Não contava com um detalhe: “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 Então, mesmo disfarçado, a mão de Deus o alcançou, e, morreu em sua obstinada rebeldia.

Do mesmo modo, muitos sabem, no âmago das consciências, que Deus está certo, e, é justo Seu pleito pela mudança de mentes e atitudes. Contudo, cercam-se de conselheiros vãos, como os profetas de Acabe, preferem um “cautério” psíquico, à dor da cruz, que, mortifica as vontades malsãs, e, mediante obediência possibilitada pelo Espírito Santo, Selo de Deus nos salvos, santifica os renascidos na conversão.

Cheia está a Terra de profetas para todos os gostos, e uma minoria, ao Gosto Divino. Esses não falam bem de pecadores, porém, apresentam o Sumo Bem, Jesus Cristo, graça que salva; se, o tal remédio é amargo, sua eficácia é inegável.

Tanto podemos nos disfarçar mudando as vestes, quanto, nos desnudar mediante arrependimento e confissão, para sermos revestidos de Cristo. As alternativas não envolvem modelito para uma festa, antes, são a diferença entre vida e morte; “escolhe, pois, a vida...”