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sábado, 31 de outubro de 2015

No fim da linha, o que tem?

Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme; farei toda a minha vontade.” Is 46; 9 e 10   

Anuncio o fim desde o princípio. Isso, mal entendido poderia dar “razão” aos fatalistas. Aos que advogam que está tudo escrito, não temos escolha, portanto, deixemos rolar.

Todavia, a coisa não é tão rasa assim. O Eterno não nos faria arbitrários se, nossas escolhas não tivessem importância. Quando anuncia o fim desde o princípio refere-se à imutabilidade de seu propósito quanto ao juízo, tanto dos justos, quanto, dos injustos. Em Seu Santo Tribunal não há juízes com indicações políticas devendo favores a eventuais réus; a justiça, tão somente ela, triunfará. 

Entretanto, cada um é livre para fazer suas escolhas; a única “imposição” necessária são as consequências, ouçamos: “Dizei aos justos que bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas obras. Ai do ímpio! Mal lhe irá; porque se lhe fará o que as suas mãos fizeram.” Is 3; 10 e 11 

Contudo, as consequências espirituais do que fazemos mediante o corpo serão colhidas “no fim”; assim, o “durante” pode parecer melhor aos errados que aos que optam pelo caminho estreito. Salomão advertiu de tal logro. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14; 12 

O problema de muitos reside nisso; avaliar o fim baseado na sensação do “durante”, de como parece. Ora, se o Eterno revelou já, o fim, não precisamos depender de fajutos pareceres, basta que conheçamos o que Ele deixou. 

Muitas crenças que são blasfemas em sua essência, negam ao Feito de Cristo e Sua eficácia, fazem obras excelentes no prisma da caridade; afirmar que tais, perecerão no fim, afronta ao senso de “justiça” de alguns. Afinal, se fazem tantas coisas boas, como seriam tidos por maus no juízo? 

Aí voltamos ao problema original do drama Divino-humano. O Traíra dissera: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. Noutras palavras: Vós mesmos conceituareis o bem e o mal, a despeito dos conceitos de Deus. Esse “bem”, pois, traz em seu germe o orgulho que, ciente de sua feiura, como o “Fantasma da Ópera” precisa usar máscara; aquele, um artefato de plástico, esses, pretensas boas obras simulando humildade. 

A Palavra não chama uma boa obra de má, se, feita por um mau; antes, chama de morta, quando, praticada por alguém, espiritualmente morto. “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus.” Heb 6; 1 Nem entra em detalhes sobre as obras pretéritas, porém, lança-as todas na vala comum dos mortos. 

A questão crucial  é a vida. Após, passa a valer o preceito de Tiago que, a “fé sem obras é morta”. Antes, as obras sem fé e obediência não passam de máscaras de um morto querendo parecer vivo. 

Acaso é bom um criador de porcos, (  bom para seus animais ) por que os alimenta, cuida, lava a pocilga, etc. ? No final os matará, pois, sua “bondade” atina aos seus interesses meramente. Os porcos são meios, o lucro é o fim. De igual modo, os que esposam doutrinas anti-bíblicas, não obstante o “bem” que façam, não passam de tratadores de porcos, como o Pródigo em seu mal fadado destino. Afrontar ao Eterno e matar aos que Ele ama é o alvo do porqueiro mor, satanás.

Desgraçadamente somos uma geração que, salvas raras exceções, não pensa. Vê. As coisas nos “são” como parecem; verossimilhança ocupa o lugar da verdade; marketing conta mais que fatos. 

Sucesso ministerial em muitas “igrejas” da moda depende de técnicas; manipulação massiva. O “sucesso” de um profeta verdadeiro não se mede em “curtidas”, “acessos” virtuais; antes, em estar plenamente alinhado à Vontade de Deus, mesmo que acabe falando sozinho, como Ezequiel. “E os filhos são de semblante duro, obstinados de coração; eu te envio a eles e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus. E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque são casa rebelde), hão de saber, contudo, que esteve no meio deles um profeta.” Ez 2; 4 e 5 

Os “profetas” da moda se ocupam de “Divinizar” as cobiças dos pecadores; os de Deus, como Ele, anunciam o fim que Ele revelou, não, produzem “facilidades” circunstanciais em busca de aceitação. 

São escolhidos pelo Altíssimo; aquele que o Eterno convocou a Si, não carece do aplauso do homem. Tais febres, não terão peso nenhum, no fim.

sábado, 15 de agosto de 2015

sem máscaras ou, sem noção

Poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou os seus bens vivendo dissolutamente.” Luc 15; 13 

Muito já se disse e escreveu sobre o Filho Pródigo, o esbanjador dissoluto. Contudo, ousarei umas coisinhas mais, sobre um detalhe de sua escolha que assoma no verso supra: Quando decidiu que viveria à sua maneira, resolveu fazer em “terra longínqua”. Ou seja, alienado dos seus, do existenciário onde aprendeu valores, para, quem sabe, evadir-se à censura dos que, com razão poderiam demandar uma melhor postura dele. 

Essa decisão pode sofrer diferentes análises. Uma, vulgar, simplista, tipo: Sem vergonha, sai para longe para poder aprontar à vontade; sabe que está pisando na bola e se esconde. Outra, que me ocorre, não é tão simples assim, e ousa advogar certa virtude na tal postura. 

A dissolução plena é quando minha fraqueza volitiva consegue tolher também os escrúpulos morais. Noutras palavras: Quando minha vontade enferma me faz padecer tanto que perco até mesmo a vergonha; faço minhas porcarias aos olhos de todos, publico-as.

O pródigo advertido pela consciência de que seu agir não era sábio, tampouco, prudente, mesmo capitulando aos desejos malsãos decidiu poupar constrangimentos mútuos e agir fora da vista. Numa linguagem vulgar, já que ia “soltar a franga” o fez em terreiro alheio.

Não que a noção do ridículo, do infame, seja lá, grande virtude, mas, nos dias em que a falta de noção grassa, se praticam as mais hediondas abominações com “motivos espirituais” bem que se pode apreciar isso como certo valor. 

Em momento algum advogo o que soaria à santarrice; a pretensão de serem, os cristãos, “dedetizados”, purificados totalmente, de modo a se porem refratários à ideia de pecado. Entretanto, eventuais fraquezas devem ser tratadas; numa progressão contínua devemos buscar em Cristo o aperfeiçoamento que a Bíblia chama, santificação. 

Ou, se nossa inclinação perversa predomina, malgrado as companhias e ensinos edificantes, que ao menos tenhamos noção, façamos separação entre o santo e o profano. Quantos cretinos, perversos, adúlteros, mercenários, não se furtam de fazerem ousadas asseveração proféticas, orações, “em nome de Jesus”? Agem os tais, como se o retirante esbanjador aquele, decidisse trazer as meretrizes para a casa paterna e se esbaldar ali. 

Em Dado momento, Paulo considerou uma vergonha a lentidão da igreja no conhecimento de Deus: “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15; 34 Noutro, preceituou a necessária separação do Nome do Senhor e a prática da iniquidade; “Todavia o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2; 19 

Claro que, as circunstâncias não servem, amiúde, como aferidoras do caráter. Se pode estar sobre o lixo sendo santo, bem como, entre os santos sendo um lixo. Todavia, essa discrepância caráter-ambiente deve ser efêmera, como versa o salmo primeiro: “Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1; 5 Podem estar lá eventualmente; não, subsistir indefinidamente. 

A relação de Israel com Deus no Velho Testamento tinha um componente geográfico especial, uma vez que a nação fora libertada do Egito visando a Terra Prometida. Então, alienados de sua terra sentiam-se também, separados de Deus. De modo que, quando seus algozes pediam que eles cantassem hinos em Babilônia, no cativeiro, recusavam. “Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” Sal 137; 3 e 4 

O Novo Pacto, entretanto, visa uma relação “Em espírito e verdade” o que prescinde de endereços e demanda essas duas qualidades alistadas. Uma definindo o âmbito da atuação; “em espírito” outra, o método: “em verdade”.

Quem orbita ambientes cristãos com motivos mesquinhos, egoístas, o faz na carne, segundo a natureza; a verdade lhe não convém, pois, para tal, resulta em denúncia contra a hipocrisia, uma vez que, assim se comporta.

Talvez, seja menos infeliz o que fraqueja, erra e abandona, circunstancialmente, a casa do Pai, que outro que acostumou a viver sob máscaras e perdeu a noção do que significa estar em Cristo. 

O extraviado errante cuja consciência ainda o adverte pode, como o pródigo, cair em si, reencontrar a casa paterna via arrependimento, perdão; O cascudo escondido na congregação não passa de um escravo do pecado carente de filiação Divina.

Como a herança será repartida entre os filhos, a esse nada caberá. A falta de noção sobre valores, fatalmente o fará viver uma existência que não vale nada.