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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Orar ou não, eis a questão!

“Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele, clamor, ou oração, ou, supliques, porque não te ouvirei.” Jr 7;16 “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor; porque não os ouvirei no tempo em que clamarem a mim, por causa do seu mal.” Jr 11;14 “Disse-me mais o Senhor: Não rogues por este povo para seu bem.” Jr 14;11

Um dos Atributos do Senhor, certamente, é Sua longanimidade, Paciência. Isaías O declara “Grandioso em perdoar”. Entretanto, se Sua Santa Paciência acabar, nenhuma oração será útil, ou, suficiente para fazê-lo mudar de ideia.

Era Sua nação de postura réproba perante Ele, que insistiu bastante através do ministério de Jeremias, para que houvesse correção de rumos, arrependimento. “Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a palavra do Senhor, vo-la tenho anunciado, madrugando, falando; mas, vós não escutastes.” Cap 25;3

Vinte e três anos “Falando às paredes”. O Santo disse; basta! Ao seu servo, o profeta; não ores mais, descanse, acabou! Na introdução aos Provérbios também consta algo assim, vejamos: “Atentai para minha repreensão; pois, eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito, vos farei saber minhas palavras. Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi minha mão e não houve quem desse atenção; antes, rejeitastes o meu conselho, e não quisestes minha repreensão, também de minha parte, me rirei na vossa perdição, zombarei, vindo o vosso temor.” Cap 1;23 a 26

Então, quando Isaías nos exorta: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6 Não é uma figura apenas, mas, a realidade que, em dado momento, persistindo a obstinação humana, O Criador se coloca inacessível longe dos tais.

Soam ridículas, pois, certas “Orações poderosas” que circulam nas redes sociais, como se, compartilhando aquilo, ou, dizendo “Amém” alguém tivesse acesse ao “Trono da Graça de Deus.” Mediante o mesmo mensageiro ensinou como se deve orar: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.” 29;13

Todavia, essa promessa esperaria para depois do juízo, os setenta anos de cativeiro em Babilônia, só então, O Santo seria achado no sentido de, os restituir, à sua Terra. “Serei achado de vós, diz o Senhor, farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.” V 14

Claro que, Deus disciplina os que se dizem seus, que invocam Seu Nome; os que se colocam alienados, não os corrige nem disciplina ainda; seria ministrar remédio aos mortos. “Já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, não desmaies quando por ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há que o pai não corrija?” Heb 12;5 a 7

Aqueles, pois, que fazem o que lhes dá na telha, cometem toda sorte de pecados e nada acontece, não devem presumir que essa “liberdade” signifique inexistência de Deus; antes, é inexistência de vida espiritual neles, que os torna insignificantes para serem corrigidos.

Paulo escrevendo aos romanos lembrou-lhes, de quando eles eram assim, “livres pra pecar”; “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 depois, inquiriu sobre o “Saldo” daquela “liberdade”: “Que fruto tínheis então das coisas que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” V 21 Livres, porque, mortos. Quem se converte nasce de novo, não é tão livre assim, antes, sevo de Deus. Como tal, O Senhor disciplinará, corrigirá.

Ontem deparei com uma frase: “Para ser feliz, evite crenças que te limitem”. Ora, Deus nos limita aos parâmetros santos de Sua Palavra. Que, embora seu escopo seja, antes, nossa salvação, que felicidade terrena, promete, no porvir, um cenário onde não haverá lágrimas. Aqui é lugar de inscrição apenas, e o ingresso, mui estreito, da largura de uma cruz.

Qualquer crença, por bela e envernizada que se nos apresente, se, o alvo dela for o império das humanas vontades, é diabólica, suicida. Foi ele, o maligno que ensinou a autonomia, independência do Criador, ao custo da vida.

Enfim, não existe orações poderosas, mas, as que O Senhor aceita, outras, que “Não infrói nem diminói” melhor não fazer, nem perder tempo. Até um que fora cego de nascença sabia disso. “Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve.” Jo 9;31

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Ruim demais para ser salvo



“E eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em ti. E quando o sangue de Estevão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente,  consentia na sua morte;  guardava as capas dos que o matavam. E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.” Atos 22; 19 a 21

Paulo em sua defesa relembra um colóquio com o Senhor. Ele lhe ordenara fugir apressado, pois, a ameaça se aproximava.  Contudo, o apóstolo argumentou que era culpado pelas perseguições que impôs aos cristãos, culminando com a morte de Estevão.  O Salvador sequer perdeu tempo com os remorsos dele, antes, mandou em frente.  “Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.” 

Na verdade, temos dificuldade de lidar com o perdão; tanto quando damos, quanto, quando recebemos. Quantas vezes, ao sabor de um  desentendimento lançamos em rosto de alguém coisas idas que já “perdoamos”? 

Todo o passado sujo de Paulo era verídico, mas, o Senhor o chamara, perdoara,   escolhera; então, já não contava mais. Uma canção que  Nelson Ned cantava dizia: “E eu quando amo não brinco, eu amo.” De nós é até pretensioso afirmar algo assim; ainda que o valha nos domínios da poesia.  Mas,  Deus é assim mesmo. Quando ama, ama; se perdoa, perdoa. 

Não poucas pessoas com as quais conversei sobre salvação  se disseram ruins demais para serem perdoadas. “Já fiz cada coisa que até Deus duvida”, dizem; esquecendo que, quem se lhes mandou falar de amor e perdão é o mesmo Deus, que sabe. 

A insegurança de Paulo quanto ao perdão Divino, porém, perdurou apenas quando era insipiente na fé; depois, tomou posse; ensinou que não há ruindade suficiente para afastar alguém do amor de Deus; ainda que demande arrependimento para perdoar. “Esta é uma palavra fiel, digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.” I Tim 1; 15 e 16 

Se, o principal dos pecadores, como se definiu, alcançou misericórdia, essa mesma dádiva está ao alcance de todos. Disse ainda. “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;” Rom 5; 19 e 20 

Muitas vezes as desculpas de alguém que se evade ao convite da salvação se dizendo indigno, na verdade, ocultam a incredulidade, de um que sabe bem das implicações de pertencer ao Senhor, e recusa-se a aceitar.

Tanto é certo que o perdão está disponível a todos que querem reconciliação com Deus, quanto, que uma vez obtido isso,  algumas renúncias são necessárias. 

O mesmo Paulo descreve qual a identidade dos reconciliados. “Todavia o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus;  qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2; 19  

Assim, os “ruins demais” sabem que a graça é ampla mas consequente; fingem-se indignos fugindo às consequências e traindo a si mesmos. Afinal, se a salvação demandasse méritos humanos estaríamos todos perdidos, irremediavelmente. “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.” Rom 3; 10 e 11 

Ademais, no caso de Paulo, entregar-se à justiça como cogitou, invés de fugir, seria tremendamente injusto.  Quem o ameaçava não eram os cristãos que foram por ele maltratados. Antes, os religiosos judeus para os quais trabalhara quando perseguidor; então, estavam furiosos, por, ter ele, deixado de ser.  Nesse caso, cometeria duplo erro; rejeitaria a graça Divina e corroboraria a maldade humana. 

Em suma, rejeitar a graça por ser ruim demais  é patentear a extrema maldade humana, tentando atribuir a Deus uma dificuldade que Ele não tem; perdoar. Para mascarar duas que nos temos; crer e obedecer. 

Isaías já realçara que entre as grandezas Divinas está essa: Misericórdia. “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Is 55; 7 

A mulher de Ló pereceu por olhar pra trás, onde ardia o juízo. Diante de nós a graça; atrás, as culpas.  A direção do olhar, nós escolhemos. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” Is 45; 22