Mostrando postagens com marcador justificação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador justificação. Mostrar todas as postagens

sábado, 30 de março de 2019

"Apenas" O Rei dos Reis

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.” Rom 5;1 e 2

O Feito de Cristo por nós deveria ser óbvio, entretanto, dado o agir de muitos que pregam por aí, nunca é demais recordar. Éramos inimigos de Deus e fomos reconciliados. Isso encerra a maravilhosa graça que, sendo injustos fomos imputados justos, apenas mediante a fé; fomos justificados. Afinal, Cristo “... por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.” Rom 4;25 Nós causamos Sua morte.

A real compreensão disso deveria obrar duas coisas. Primeiro deveríamos nos envergonhar de que a nossa maldade tenha custado tão alto preço à Justiça e Bondade Divinas. Diverso do dizer de alguns pavões da praça que o preço do resgate mensura nosso valor, na verdade mede a intensidade da maldade dos nossos pecados. Depois da vergonha seria esperável um sentimento de profunda gratidão ao que, pelo custo da própria vida, resgatou-nos.

Contudo, a sedução do “neo-evangelismo” moderno não mais se satisfaz com o “básico”. Paramentam suas mensagens com um calhamaço de acessórios de promessas fáceis, luzes, cores, coreografias, carnavais, unção disso ou daquilo; engodos materialistas que envergonham aos simplórios que pregam um Evangelho que oferece “apenas” Jesus Cristo. Antes que, o grato louvor Àquele que É Digno, as músicas na imensa maioria são antropocêntricas, egoístas, terrenas. O “Eu” que deveria ser mortificado inda dá as cartas nesse insano jogo travestido de cristianismo.

Invés de constrangimento e gratidão que deveriam habitar as nossas almas, há uma crassa falta de noção de gente que sente-se no direito de “decretar” “determinar” isso ou aquilo; uma vez que “filhos do Rei;” arvoram-se nos pretensos direitos de fruírem vidas de príncipes. Vergonha na cara, um deserto; presunção, um oceano.

Primeiro tivemos o surgimento da “Teologia da Libertação” onde inclinações políticas comunistas roubaram um verniz cristão para melhor engodar incautos fazendo parecer que as humanas e ímpias comichões seriam a Vontade de Deus; depois, importamos dos States a famigerada “Teologia da Prosperidade”, onde, invés de reconciliação com inimigos, o “Evangelho” remasterizado nem se importa muito com esse viés “secundário” da reconciliação; na verdade o que conta é que Deus nos desejaria enriquecer e empoderar na Terra.

Desgraçadamente “igrejas” proponentes dessa obscenidade enchem-se, enquanto, as que inda conservam a sóbria mensagem de reconciliação padecem dificuldades até para manter a membresia; quiçá, fazê-la crescer.

Esses dias foram vaticinados; “... haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina perdição. Muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas;” II Ped 2;1 a 3

A uma leitura superficial pareceria que nem se trata desses, afinal, pregam todos os seus descaminhos “em Nome de Jesus; e os denunciados por Pedro agiriam negando ao “Senhor que os resgatou”. Ora, O Senhor desafiou pretensos seguidores a tomarem suas cruzes e segui-lo. Essas necessariamente demandam a mortificação das vontades naturais segundo o mundo, para, enfim, serem iluminadas e conduzidas pela Vontade Divina.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O Nome do Santo nos lábios e as cobiças naturais na mira é mais que negar ao Senhor; antes, é profaná-lo. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Mais que uma mensagem falada, as veras testemunhas de Cristo têm uma mensagem vivida em seu modo de agir; “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” At 5;14 a 16
Uma cidade edificada sobre um monte é algo que se não pode esconder; a vera conversão salta aos olhos naturais, tanto quanto, a apostasia exibe-se obscena ante a visão espiritual.

A restauração da amizade com Deus custou tão alto, trocaríamos isso por algumas moedas? Quem ainda confunde cascalho com diamantes precisa recuperar as vistas antes que, outro bem qualquer.

domingo, 12 de agosto de 2018

A Guerra Adormecida

“Tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Rom 5;1

Há uma diferença relevante entre ser justiçado, e justificado. Justiçar é dar a alguém o que é justo. Se, foi acusado inocente demonstrar essa inocência; se, culpado, aplicar a pena que a culpa requer. É uma ação decorrente do mérito, pois.

Justificar não deriva de merecimento, mas, de favor por parte de quem justifica. Perdoar, não é um ato estrito de justiça, no tocante ao devedor, mas, de justificação; contudo, Deus lê tal ato como de justiça; ensina a orarmos nesses termos: “Perdoa nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores”.

Então, fomos justificados pela fé, à medida que é por meio dela que recebemos de graça, a Justiça de Cristo. Feito isso, digo, dado o majestoso perdão recebido, somos desafiados a ser perdoadores também; essa justiça Deus requer de nós.

A justificação não nos quita com Deus e deixa-nos autônomos; antes, nos faz servos; aí, “de toda a Palavra de Deus comerás livremente; mas, dos ensinos hereges, que, tendem ao pecado, e das próprias inclinações carnais, deles te distanciarás para que não morras”. Uma paráfrase da instrução dada a Adão, agora, ao “Adão” renascido.

A justificação nos leva à paz com Deus, porque a transgressão ensejara a inimizade. O que, pra nós é favor, justificação, aos Olhos Divinos é Justiça, ainda que oblíqua; a de Cristo, imputada a nós. Pois, a paz num cenário de inimizade não brota fortuita; demanda um “acessório” indispensável; “O efeito da justiça será paz...” Is 32;17

Havia uma injustiça pendente, um desafio suicida que aceitara a sugestão maligna de que o Eterno seria mentiroso. Então, mesmo não tendo nenhuma injustiça a pagar, O Salvador, quando instou para que João O batizasse, disse ser necessário cumprir “toda” justiça; mirava na redenção da injustiça original que forjara a queda, não, algo Seu, propriamente.

Como, “... todas nossas justiças são como trapo da imundícia;...” Is 64;6 ou, nossos bens, infinitamente insuficientes, “Nenhum deles ( de nós ) de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele, pois, a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49;7 e 8 A Graça de Deus enviou O Salvador, “O Senhor Justiça Nossa”; Jr 23;6 Nele, “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

Isso nos faz eternos devedores; paz com Deus é por “Nosso Senhor Jesus Cristo”. Chamá-lo de Pai, ou, Senhor não é algo que obre no vazio também; antes, requer um proceder conforme; “O filho honra o pai, o servo ao seu senhor; se, Eu sou Pai, onde está minha honra? Se, Eu Sou Senhor, onde está Meu temor?...” Mal 1;6

O mesmo Salvador advertiu desse “Senhorio oco”, onde, muitos chegam com palavras, sem coração; “Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu digo?” Luc 6;46

A peregrinação terrena dos salvos infelizmente foi substituída por ardilosos ensinos que acoroçoam arrogância; muitos “cristãos” portam-se como se fossem “co-pilotos” do Salvador, “ordenando, determinando”, num misto de falta de reverência com falta de noção.

Ora, se Ele O Salvador, no momento de maior angústia orou; “seja feito como Tu queres”, quem somos nós para querer as coisas do nosso jeito?

A liberdade de crença que desfrutamos as facilidades para se mercadejar com O Evangelho, até, gerou uma leva de frouxos morais, gente sem têmpera que profana ao Sagrado e nem se dá conta.

Se, nas suas cegueiras carnais muitos se presumem “conquistando” isso ou, aquilo, a rigor, num escopo espiritual se poderia dizer mais ou menos como faraó; “Estais ociosos, é por falta de trabalho que ficais devaneando com cultuar ao Senhor.” Esse devaneiam com servir a Quem desconhecem; essa inércia espiritual será letal, quando, enfim, formos testados em outro nível na densidade da fé. “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4


A onda é ser “politicamente correto” e, muitos, a pretexto de evitar polêmicas, atritos, omitem-se onde deveriam temperar com sal. Amizade, paz com Deus, necessariamente nos coloca em choque com esse mundo e seus valores inversos.

Paz não é valor absoluto que deva ser buscado a todo custo ignorando incongruências como visa o inútil movimento ecumênico. Ela é indispensável com Deus, no mais, é só morte envernizada. É um derivado moral, espiritual, não uma conquista de aclimações políticas doentias.

Sem resolver a questão da impiedade, nada feito; a guerra hiberna, mas, à primavera dos interesses eclodirá. “Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos, então seria tua paz como um rio; tua justiça como as ondas do mar!... Mas, os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;18 e 22

sábado, 30 de setembro de 2017

Os salvos e o dia da ira

“Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Rom 5;9

A diferença entre justificação e salvação; embora essa seja consequência daquela, (seremos salvos porque fomos justificados) ocorrem em tempos distintos. Justificação é sermos declarados justos perante Deus; isso se dá na conversão, quando, a Justiça de Cristo é imputada a nós; nossos muitos pecados são removidos e passamos à honrosa condição de filhos de Deus.

Embora o renascido tenha “genes” de salvo, não é ainda, no sentido pleno, pois, a salvação se manifestará plenamente no dia da Ira, quando O Santo decidir separar o joio do trigo. “Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Mal 3;17 e 18

“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados seremos salvos pela sua vida.” Rom 5;10

“Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio...” esse “voltar” não significa retornar a uma condição pretérita, antes, voltar o olhar e ver o juízo dos ímpios. Se, por ocasião do juízo de Sodoma e Gomorra a ordem para Ló e família foi que não olhassem para trás, antes, fugissem depressa, agora, O Senhor permite que os salvos olhem pro juízo para melhor avaliarem a grandeza do que lhes foi dado.

Se, para contemplar o cenário preciso olhar para trás, necessariamente trata-se de um lugar do qual já saí. Senão, estarei no meio dele, para qualquer lugar que eu olhar terei a perspectiva da Ira, inclusive, sobre mim. Assim como há distinção entre justificação e salvação, há outra enorme entre ver o juízo e dele participar.

Alguns nos questionam: “Como podes ter certeza de salvação”? Para tais, chega a ser presunção, dado que, somos pecadores. Contudo, para quem conhece ao Salvador a pergunta seria outra: Como poderia ter dúvidas? Se, mesmo falhando, eventualmente, o pecado nos desconforta como antes não fazia; não mais vivemos em servidão a ele; fomos libertos do medo da morte; a paz de Cristo acalma nossas consciências...

Embora a salvação traga consequências externas é antes de tudo, de foro íntimo; quem é salvo sabe e porta-se de modo que outros possam saber também; “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos; não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I João 1;6 e 7

Uma vez purificados somos capacitados a agir de modo que agrade a Deus e testifique aos homens; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10 “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;14 a 16

O fato de o mundo ver nossa luz não significa que se sentirá iluminado, que vai gostar, nos aplaudir. Antes, quanto mais perto estivermos de Cristo, mais nos aproximaremos da rejeição que Ele sofreu.

Ele denunciou que a Luz veio, mas, os homens amaram mais as trevas para permanecer da maldade; assim, um cristão em cuja presença e ensinos o mundo sente-se confortável é uma fraude. Um hipócrita buscando justificação humana porque não tem a de Cristo. Quem já possui a “Pérola de grande valor” não gasta tempo nem esforços atrás de bijuterias.

Se, o mundo incomoda-se com a luz do salvo, também esse está no “estrangeiro”, desconfortável, aflito com tanta sujeira, inversão de valores, como Ló em Sodoma. “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8

Assim, um aspecto mais que identifica um salvo é que não sente-se em casa na sujeira, pois, foi feito ovelha, não, porco.

Em suma, salvação demanda justificação, porque Deus ama a justiça e odeia o pecado. Como nossas “justiças” não passam de obras mortas, urge que recebamos a de Cristo; “Vinde a mim... tomai meu jugo... aprendei de mim...” Disse. 

De uma resposta favorável a esse convite depende se seremos expectadores ou protagonistas no dia da ira. Escapa por tua vida!!