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terça-feira, 28 de julho de 2020

Liberdade e suas algemas


“A liberdade é, antes de tudo, o direito à desigualdade.” Nicolai Berdiaev

“Liberdade, igualdade, fraternidade”, lema da Revolução Francesa precisa ser entendido no devido contexto.

Naquela época, monarquia absolutista e clero eram duas classes “mais iguais” que os cidadãos comuns. Sobressaíam a eles explorando-os e tolhendo direitos elementares. Daí, no pleito por uma democracia liberal adotaram esse lema, que, se então foi válido, amiúde carece uma melhor análise.

Para Berdiaev, o filósofo ucraniano citado acima, a liberdade pressupõe o direito à desigualdade; ele estava apenas reverberando Aristóteles que dissera: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

Se, num sentido amplo todos somos iguais, no que tange à dignidade humana e direito às mesmas oportunidades, o que cada um faz com suas escolhas o diferencia dos demais; seja, em seu benefício, seja, em seu prejuízo.

Portanto, a igualdade possível no âmbito dos homens livres é a salvaguarda dos direitos básicos, de ir e vir, liberdade de credo, expressão, escolha...

Entretanto, pegar aos que fazem escolhas diversas, antagônicas até, e tentar acondicionar todos na barco da “igualdade” é uma violação, uma tentativa estúpida como tentar criar peixes ornamentais e piranhas no mesmo aquário.

No quesito “fraternidade” que seria uma espécie de relação amistosa, harmônica, entre irmãos, a coisa tende a ser ainda mais complexa.

Se, todos somos irmãos enquanto criaturas de Deus, dada a queda no Éden e suas consequências, trata-se uma irmandade “walking dead”; isto é: De mortos-vivos.

O Salvador deixou claro que falava com mortos; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Então, o “Novo Nascimento” ensinado e possibilitado por Cristo, enseja o concurso de duas irmandades paralelas; uma natural que engloba a todas as criaturas, outra, espiritual restrita aos renascidos.

A tentativa de uns e outros, de andarem juntos, na cidade de Corinto estava, na linguagem de Paulo, causando “estreitamento” aos cristãos que, no intento de agradar aos “irmãos” estavam quase renegando ao apóstolo; ele advertiu: “Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos.” II Cor 6;12

O preceito para se livrar daquilo não trouxe nada de “inclusivo, diversitário, tolerante;” palavras da moda; antes, foi de uma ruptura, separação para agradar a Deus. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem luz com trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei Seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; Serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” Vs 14 ao 18
Embora seja categórico ao ensinar aonde cada caminho leva, Deus jamais impõe Sua vontade; desafia que deixemos patente a nossa; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11 Eis a plena liberdade!!

Nosso país tem experimentado amargas porções da “liberdade e igualdade” do Diabo; onde, quem apoia ao sistema corrupto anticristão é incensado, faz até “lives” com “Supremos”; quem apoia ao patriotismo, a probidade, os valores cristãos conservadores, como defende o Presidente Bolsonaro é perseguido, preso, censurado.

Isso que já nos irrita ao cubo é uma amostra pífia do que virá quando o império de Satã estiver estabelecido. As pessoas serão obrigadas a se curvar ante uma imagem virtual, quem recusar será morto; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Desgraçadamente as pessoas pelejam contra quem as quer livres; defendem como benfeitores aos que lhes estão tolhendo direitos.

Mais grave que crianças com medo do escuro são adultos com medo da luz, dissera Platão. O Salvador, de outra forma, disse o mesmo: “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

O Pai da mentira conseguiu inocular em seus filhos que liberdade é a escolha do mais fácil; os filhos de Deus sabem que é pelo “caminho estreito” que terão uma eternidade livre. “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Jesus, Politicamente Incorreto

“Vim lançar fogo na terra... Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não vos digo; antes, dissensão”Luc 12 49 e 51
Como seria recebido alguém que viesse com um discurso sobre lançar fogo e dissensão? Não seria; possivelmente acabaria preso. Talvez, sorte assim aguarde aos que seguem fiéis a Ele.

A humanidade com pretensa autonomia em relação a Deus decidiu por conta o que é bem e o que é mal; sabe o que quer; importa a paz, ainda que hipócrita, meramente aparente mascarando as guerras internas de cada um.

Quem em sã consciência se oporia a um discurso de paz e segurança global? O canhoto não se importa que erijamos uma paz humana falsa desde que, sigamos em guerra contra Deus.

A diferença diametral de abordagem entre Cristo e o Anticristo é lógica no prisma espiritual; embora, aos olhos naturais o “pacifista” assassino soará como mais desejável.

Sendo Cristo A Luz, não pode sonegar nossa real situação para que, vendo, sigamos após Ele que nos reconcilia com Deus; ao inimigo trevoso basta maquiar as coisas, envernizar nossas mortes com o brilho da falsa paz, para sermos cegados e iludidos.

Quem há de negar que a paz é uma coisa boa? O Salvador, entre outros títulos ostenta o de Príncipe da Paz.

Acontece que, não sendo Seu Reino desse mundo, tampouco, Sua paz assemelha-se aos anelos e arranjos mundanos. “Deixo-vos a paz, minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se turbe vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14;27

A paz indispensável é com Deus; “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

Paz horizontal entre iguais nem sempre é possível; “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18 No que depender de nossa vontade reine a paz. Porém, nem tudo depende.

O ecumenismo caminha a passos largos; embora, grosso modo seja um tratado que buscará a paz inter-religiosa, violenta aos que creem em Deus demandando uma renúncia que não podemos fazer. Fomos desafiados a negar a nós mesmos, trocar nossos pensamentos pelos Divinos para receber a reconciliação com O Criador.

A bem de uma paz mundial que sabemos falsa, teríamos que negar a Deus, para não sermos radicais, fundamentalistas, feitores de discursos de ódio, etc.

Islâmicos creem que Alá é Deus e que “infiéis” devem morrer; espíritas que não há inferno, nem salvação por Cristo, mas, reencarnações sucessivas, aperfeiçoamento; animistas creem que Deus está na natureza, plantas e animais; outros cultuam ao órgão sexual; etc.

Nós não cremos que a salvação seja outra coisa senão, salvação mesmo; que há um juízo iminente que vai punir quem segue em rebeldia contra Deus e Sua Vontade Expressa. Em nome da paz global teríamos que fingir não saber e concordar com descaminhos que rumam à perdição?

Aquele fogo que O Senhor veio acender na Terra arde em nós e costuma incinerar todos os arranjos da mentira.

O capeta desfralda a bandeira ecológica, usa pequenos fantoches como Greta Thunberg, ou grandes, como o Papa Francisco; mas, nós sabemos que isso é mero pretexto para seu camuflado fim; primeiro o terrorismo ecológico que cria o problema, depois a unidade global oferecendo a pretendida solução. O Pai da Mentira usando sua filha para reinar.

Nenhuma paz que sacrifique à Verdade é paz! Concordar exteriormente em não discordar com o que afronta nossas consciências pode ensejar certa calmaria; mas, é a pior forma de traição; a de si mesmo. Quem não ama a si mesmo não pode amar ao próximo, tampouco, a Deus.

Será que nunca se perguntaram por que os cristãos fiéis preferem o martírio a negarem a fé? Quantos são decapitados em nossos dias pelos servos de Alá? Quem abraçou à fé genuína vê coisas que o homem comum não enxerga.

O que a Terra dos incautos cegos chama de paz mundial a Bíblia chama de arregimentação de exércitos para guerra contra Deus.

A Salvação é radical, precisa, nada ecumênica; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei” II Cor 6;14 a 17

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A "cruz" dos ímpios

“Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, não buscando a honra que vem só de Deus?” Jo 5;44

Se, no prisma existencial “é melhor serem dois do que um”; ou, “na multidão de conselhos se acha sabedoria”, para efeito estrito da fé, o concurso dos outros muitas vezes atrapalha.

O Senhor chegou a questionar: “Com podeis crer recebendo honra uns dos outros...” Ou seja: Se, meu crer depende de um apreço, aprovação, de outro pecador como eu, invés do gracioso perdão Divino, dado que a inclinação da carne é invariavelmente má, meu ingresso à fé se torna impossível.

Paulo identificou esse problema entre os coríntios; invés de dilatarem-se no Espírito estavam estreitados pela pressão ímpia das pessoas com as quais se relacionavam. O apóstolo tratou de expressar que tal restrição era só deles; “Não estais estreitados em nós; estais estreitados nos vossos próprios afetos.” II Cor 6;12

Não que o convertido deva romper, necessariamente, laços com cônjuges, ou, amigos que ainda não creram; mas, se o convívio com os tais deixa de ser livre para tornar-se um jugo, uma opressão, nesse caso, aconselhou Paulo a ruptura, separação; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis... saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei;” vs 14 e 17
Os demais apóstolos, por sua vez, entre a honra humana e a Divina fizeram a boa escolha: “Chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem no nome de Jesus. Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos 4;18 a 20

O mundo inclina-se à massificação, à abolição do indivíduo; somos pressionados implícita e explicitamente a nos enturmarmos, senão, as pessoas não nos “curtem”, quiçá, excluem. A fé destitui o ego, esse motorzinho insano que se alimenta de vaidade, orgulho, e acelera nossas vidas, na autopista da perdição; o vaidoso deseja seguidores, honrarias humanas, aplausos, elogios...

O cristão que negou a si mesmo descansa seguro na Divina aceitação, malgrado, as vaias do mundo. Longe de ser um alinhado ao sistema ímpio é uma voz ousada que o denuncia; funciona como consciência exterior para aqueles, que, pela servidão ao pecado cauterizaram às próprias.

Do seu jeito o ímpio também “nega a si mesmo;” não no sentido de sacrificar maus anseios como o cristão na cruz; mas, na eterna sina de camaleão onde tenta sempre ajustar-se ao meio tendo como valor maior a aceitação social, posto que, ímpia, que a posição pessoal, quando essa, eventualmente destoa do que está posto.

Sua insana “cruz” fere a verdade, os gostos, a personalidade, em troca do “paraíso” temporal da adequação aos existenciários ímpios; finge gostar do que não gosta, elogia ao que deprecia, comercializa bajulações, interesses vis, vende sua alma para ser da turma.

Muitas pessoas, os ecumenistas entre elas confundem unidade com união. A Bíblia faz distinção entre ambas. Da unidade dos cristãos ensina: “Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus, Pai de todos, o qual é sobre todos, por todos e em todos vós.” Ef 4;3 a 6

O Elo aqui é o Espírito Santo, malgrado, denominações, usos, costumes, vieses culturais, etc.

Entretanto, a união é um aglomerado de diversos, no prisma moral, espiritual, e o elo, interesse. A essa postura a Palavra denomina motim; um levante dos marujos contra o comandante; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra o Senhor, contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas?” Sal 2;1 a 3

Então, em Deus a diversidade racial, cultural, cultual é pacífica, desde que, seja em submissão ao Espírito que patrocina o novo nascimento; no mundo, a diversidade espiritual é aplaudida, pois, a miscelânea ímpia serve aos interesses assassinos do príncipe do sistema.

Todos têm sua fé, mesmo, ateus; na verdade a deles é maior que a nossa, pois, acreditar que toda essa beleza e perfeição é fruto do acaso demanda uma rendição ilógica abissal.

E, a maioria toma o nome do Santo nos lábios; porém, somente os que renegam o aplauso humano e se rendem a Ele nos Seus termos, O verão; os demais pisando plantas e cultivando ervas daninhas, quando carecerem frutos, infelizmente sofrerão as agruras da fome.

“Prudência é saber distinguir as coisas desejáveis das que convém evitar.” Cícero

sábado, 23 de setembro de 2017

O Santo e o Profano

“Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras.” Jo 10;19

O supra-sumo da Obra para muitos incautos seria que todos os “cristãos” se unissem a despeito de haver entre eles diferenças doutrinárias graves; se, todos falassem a mesma língua estaria tudo bem. O chamado Ecumenismo, que, malgrado, seja rebelião velada contra O Propósito do Santo fingiria ser o cumprimento.

Inda que pareça alentador aos embaçados olhos humanos, ante O Eterno é um motim; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam os governos consultam juntamente contra o Senhor, contra o seu ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas?” Sal 2;1 a 3

A unanimidade humanista contra o Desejo Divino foi tentada em Babel. O Criador confundiu-lhes para dispersá-los disso.

Hoje, o oba-oba sem noção é tal, que nem parece haver distinção entre o que fala de Deus, e outro, por meio do qual, Deus Fala; aquele expõe opiniões, propensões sobre o que acredita ser o mundo espiritual; esse, entrega-se ao Senhor; é mero canal por meio do qual, A Palavra Dele flui. Um bom aferidor é notar quanto há de Bíblia nos escritos, ou, nas falas de cada um.

Vemos acima que as Palavras de Jesus causavam divisão, invés de, ensejar uma união “ecumênica”. Ora, o que é o discernimento de espíritos, se, não, a capacidade de fazer divisão entre verdadeiro e falso?

Mais; disse que Sua vinda causaria divisões até em famílias; “Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não vos digo, antes, dissensão; porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, dois contra três. O pai estará dividido contra o filho, o filho contra o pai; a mãe contra a filha, a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, a nora contra sua sogra.” Luc 12;51 a 53

Aqui caem por terra as pretensões das igrejas “inclusivas” que obram por “canonizar’ toda sorte de perversões uma vez que, Deus ama a todos. Ora, antes de tudo Deus ama a si próprio, de modo tal que não nega Seus princípios, entre os quais, amor à justiça e ódio pelo pecado. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7 E, “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar a si mesmo.” II Tim 2;13

Assim sendo, não apenas faz separação entre santo e profano, como espera que Seus servos sejam vozes atuantes com o mesmo fim. “Mediu pelos quatro lados; e havia um muro em redor, de quinhentas canas de comprimento, quinhentas de largura; para fazer separação entre o santo e o profano... a meu povo ensinarão distinguir entre o santo e o profano; o farão discernir entre impuro e puro.” Ez 42;20 e 44;23

Portanto, a Obra de Deus genuína não é uma aglomeração de ímpios tendo números como mais importantes que essência; antes, um desafio à separação dos que anelam ser regenerados e chamados outra vez de filhos. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?

Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Ele disse: Neles habitarei, entre eles andarei; serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso, saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor, Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18


Assim chegamos também a uma divisão bem nítida entre verdadeiro e falso profeta; aquele é sisudo, grave, bíblico, divisor, medicinal; esse é cordato, inclusivo, unificador, carnal, ecumênico e assassino.

Como diz no Gênesis que Deus fez separação entre luz e trevas, também é assim no aspecto espiritual; “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13;12

O Salmo primeiro mostra dois aspectos necessários da separação; Não apenas uma rejeição ao conselho dos ímpios, ao caminho dos pecadores ou, a roda dos escarnecedores; Mais do que não se misturar com essa gentalha, como diria Dona Florinda, ter sede de Deus, Sua Palavra; nela meditar dia e noite.

Tanto a Palavra de Cristo pregada causa divisões; quanto, meditada insta-nos a separação das práticas reprováveis diante de Deus. Quem não consegue ver isso ainda dorme na noite espiritual. A esses, o necessário grito: “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A Necessária Separação

Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras.” Jo 10;19

Embora para muitos o sonho de Deus seja a união dos povos, sobretudo, os ditos cristãos, em momento algum a Palavra de Deus menciona tal alvo. Antes, na Oração Sacerdotal, nosso Sumo Sacerdote orou pela unidade dos salvos. Isso equivale à coesão dos que creem e obedecem ao Senhor, não uma mescla de diversos, no estilo de um mosaico.

No texto acima vemos que as Palavras de Jesus causavam divisão. Por quê? Porque seus ouvintes formavam uma dualidade, crentes e incrédulos, invés de uma unidade. Os primeiros O reconheciam, os demais, atribuíam seus poderes a outra fonte. “Muitos deles diziam: Tem demônio, está fora de si; por que o ouvis? Diziam outros: Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Vs 20 e 21

O Salvador advertiu que Sua entrada à humanidade ensejaria mesmo, conflitos, invés de união; ouçamos: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas, espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; assim, os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; quem ama filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz, e segue após mim, não é digno de mim.” Mat 10;34 a 38

Usou uma forma ampliada de reiterar o mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas, inclusive, sobre nossos familiares.

Assim, gostando nós, ou não, não existe neutralidade espiritual; estamos com Deus, ou, contra ele. A melhor maneira de aquilatarmos de que lado estamos, é nossa reação à Sua Palavra. Ela sempre nos desnuda, sejamos convertidos ou, não.

O crente, corrigido se arrepende, muda de postura, recomeça; os demais, revoltam-se, descreem, acusam os mensageiros pela seriedade da mensagem, quiçá, como aqueles acima, atribuem ao inimigo eventuais atos de Deus mediante Seus Servos.

A própria Palavra apregoa Sua eficácia: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir pensamentos, intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas, patentes, aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Na verdade, nesse vasto “campo de nudismo” moral que estamos inseridos, as pessoas não se importam de estarem nuas, desde que, todos estejam “trajados a rigor”.

Entretanto, se ousar entrar no meio um que esteja revestido de Cristo, presto causará divisões; sua postura “não alinhada” destoará do lugar comum. É bem idoso o conflito entre agradar a Deus, ou, aos homens.

Paulo, o apóstolo causou uma revolução quando atuou na cidade de Corinto. Porém, missionário que era, foi adiante. Em dado momento ficou sabendo que os crentes de lá estavam capitulando às pressões de familiares incrédulos, de modo que sua fé, tão vistosa no início, estava sendo mantida a “boca pequena”, como se fosse motivo de constrangimento, invés de alegria.

Ao saber disso apressou-se a dizer-se inocente do “estreitamento” então, vigente; “Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas, estais estreitados nos vossos próprios afetos.” II Cor 6;11 e 12 Noutras palavras: Eu falo de vossa fé com alegria, coração dilatado; se estais estreitos nisso, é por dardes ouvidos a ímpios, o que não deveis.

Aliás, o preceito foi uma divisão cabal, com todas as letras e detalhes necessários. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel?
Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; serei o seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” Vs 14 a 18


Que os indigentes espirituais que nos acusam de fanatismo religioso prestem atenção: Nosso tribunal de apelação argumentativo é A Palavra de Deus, não uma religião, que pode ser mera invenção humana. Aliás, tais acusações são já, parte da divisão necessária, reflexo das escolhas de cada um.