Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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domingo, 20 de outubro de 2019
Esconderijo do Avestruz
“Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.” Prov 13;18
Consequências diversas para reações diversas aos mesmos bens; um rejeita-os outro, guarda-os.
A geração atual tende à massificação, à diluição das culpas particulares em abstrações coletivas; sociedade, novos tempos, violência do trânsito... Sempre uma tangente para que nossas ações não sejam estritamente nossas, mas meros reflexos sociais, o que de certa forma, nos absolveria.
Geralmente não se aquilata uma ação pelo mérito, mas pela incidência comum; eu fiz, mas todo mundo faz; tá fulano é corrupto, mas todos são; quem nunca fez isso atire a primeira pedra; etc.
Então, se maldade, hipocrisia e injustiça espraiarem-se por todos os lados, ninguém mais terá “pretextos” para ser bom, coerente ou, justo; quem tal pretensioso pensaria ser? O soldadinho do passo certo? O último dos moicanos, melhor que os outros?
Vemos o Presidente Bolsonaro com suas convicções patrióticas; parece uma ilhota num mar de lama. Se, cada agressão verbal gratuita que sofre virasse uma pedra teríamos um novo Everest sobre seu cadáver morto a pedradas.
Há três milênios foi vaticinada a vinda de certa geração sem noção e sem vergonha, que é o número da atual; “Há uma geração que amaldiçoa ao seu pai e não bendiz à sua mãe. Há uma geração que é pura aos próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;11 e 12
A Palavra de Deus não deriva de sociedade nenhuma, tampouco das humanas predileções; “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” II Ped 1;21
Se, a Bíblia fosse livro humano como acusam, ocultaria as falhas dos seus heróis como Abraão, Moisés, Davi, Salomão... Seria muito mais leniente com nossas maldades, que nem seriam tão nossas; afinal, somos vítimas da sociedade...
Nesse contexto tão carente de referenciais e valores, um homem (mulher) honesto (a) sempre será uma pedra no caminho tão vasto, dos que querem esbaldar-se nas delícias do pecado, e do crime.
Pois, a vida como desfila aos nossos olhos oferece grátis, cursos de mestrado, doutorado, PHD em falsidade; e a maioria se forma com louvores. O narcisismo doentio dessa geração permite-lha falar de si mesma na terceira pessoa e cobrir-se de elogios, nos raros momentos em que se diz deveras, o que se pensa.
A Palavra de Deus esposa outra ideia sobre os encômios; “Que, um outro te louve, não tua própria boca; o estranho, não os teus lábios.” Prov 27;2
Independente do que digam ou pensem os outros sobre nós somos como Deus nos vê; o apreço alheio, não raro é doentio, falso, interesseiro, superficial.
O Eterno não é padeiro; não fez massa. Criou indivíduos particulares, ímpares; selou a mão de cada um com impressões digitais próprias; revelou isso muito antes de o homem as ter percebido há uns quatro milênios já. “Ele sela as mãos de todo o homem, para que conheçam todos os homens a sua obra.” Jó 37;7
Nicolai Berdiaev disse algo sobre a anulação do indivíduo que vale rebuscar: “Se, nos estados puramente emocionais da massa, o eu não sente a solidão, não é porque se comunique com um tu; mas, porque perde-se; sua consciência e individualidade são abolidos.”
Imaginemos que estejam vendo o Grêmio jogar, lado a lado, um trabalhador honesto, um falsificador e um adúltero; de repente, gol! Os três saltitam juntos se abraçam, identificam-se. Naquele momento não há “eus” particulares; todos são são Grêmio.
Pois, para efeito de nossa reflexão contam os indivíduos, como ensina A Palavra Divina; “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12
Fomos Criados únicos, “condenados” à liberdade, desafiados a fazer escolhas. Como vimos ao princípio, uns rejeitam, outros guardam a instrução. O que outros fazem ou deixam de fazer não me são agravantes nem atenuantes; as desculpas esfarrapadas com as quais as pessoas mentem a si mesmas já são uma escolha. Não cola o “disfarce” de mera nuance fortuita no mosaico social.
Há alguns bons exemplos; raros, é verdade, mas poderíamos imitar esses, caso assim desejássemos.
Segundo Confúcio, há três métodos de aprendizado; A reflexão; o mais nobre; a imitação; o mais fácil; a experiência; o mais doloroso. Se, nenhum dos três nos pode adestrar é porque nossa escolha pela maldade nos pareceu melhor mesmo.
Jactam-se de livres para escolher seu modo de viver, e insanos acabam optando pela forma de morrer;
“Céus e Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19
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domingo, 28 de dezembro de 2014
Meios de massificação
Desde que o ser humano se pôs a
pensar do ponto de vista filosófico, nuca teve a “manada” a multidão, como
aferidora da medida. Malgrado o dito que, “a voz do povo é a voz de Deus”,
embora útil a sentença em determinadas situações, isso nem sempre se
verifica. “A multidão é ignorante”,
diziam filósofos gregos.
Entretanto, o fenômeno moderno dos veículos de
comunicação de massa, traz um efeito colateral à comunicação; a
massificação. Somos imitadores natos.
Quem sabe, faltem parâmetros imitáveis em
nosso meio; e isso delegue o espelho às ditas celebridades, que se nos tornam
modelos; invariavelmente ancoradas em um dom, um talento, quase nunca, em
valores.
Assim, pior que a massificação em si, é a qualidade da massa que se
produz. Os vencedores, amiúde, são
contados por troféus, conquistas, fama, com ou sem virtudes, bastando seu talento.
Esses ícones que a maioria da galera
gostaria de ser, são projeções ímpares de indivíduos; contudo, ainda que,
involuntariamente, acabam sendo meios de anulação dos demais que os admiram e idolatram,
fantasiando nos tais, a perfeição que
lhes falta. Muito “seguidores” inclusive brigam com seus ídolos, quando, se
decepcionam com essa ou aquela postura.
O indivíduo, como o nome sugere, é
indivisível o “átomo” metafísico. Seu
potencial, suas características são únicas. A adesão de um assim a outro, posto
que talentoso, não obra a realização individual, antes, anulação do ser, a perda
do “eu” no coletivo.
Qualquer um que ouse ter uma postura não “ortodoxa” como a
Jornalista Raquel Sheherazade, por exemplo, enfrenta duras restrições, afinal,
não fala nem pensa como “todo mundo”. Embora não concorde necessariamente com
tudo o que ela diz, admiro pessoas que entram no mar e não viram peixe, digo,
não se contaminam pelo meio, antes, preservam a individualidade e as opiniões,
quer sejam pacíficas, quer, polêmicas.
Mesmo no meio espiritual, muitos
acreditam que a Vontade de Deus seja produzir uma “massa” santa. Ora, basta
apreciarmos um minuto o que nos cerca para vermos como O Criador ama a
diversidade. Aliás, quando Pilatos usou o peso coletivo como argumento contra o
Salvador, Ele devolveu a responsabilidade ao indivíduo. “Pilatos
respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes
entregaram-te a mim.” “...Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz...” Jo
18; 35 e 37
Isso de diluir responsabilidades funciona nos meios sociais, políticos;
ante Deus, não, como disse Paulo: “Porque está escrito: Como eu vivo, diz o
Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, toda a língua confessará a Deus. De
maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14; 11 e 12
Até
os de fora questionam a diversidade denominacional dos cristãos como se isso
fosse prova de confusão, erro. Em Seus dias na Terra o Salvador disse: “Quem
não é contra nós é por nós.”
Claro que há muita confusão, heresias no seio do cristianismo; isso advém
da mistura de salvos e não salvos, obedientes e rebeldes, nada tendo a ver com nomenclaturas,
ou, mesmo método de evangelização. A unidade dos salvos é espiritual.
Pertencemos a um mesmo Espírito e somos indivíduos.
Nosso “ícone” não massifica;
antes faz crescer, santifica. “Até que todos cheguem à unidade da fé, ao conhecimento
do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para
que não sejam mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef
4; 13 e 14 Essa unidade, invés de massa, forja adultos espirituais.
Cada
cristão conhece a Vontade de Deus para si parcialmente; uns mais, outros menos.
A medida de nosso conhecimento é nossa luz; segundo ela, Deus espera que andemos. “Mas, se
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica
de todo o pecado.” I Jo 1; 7
Como todo ser vivo tende a crescer, igualmente a
luz dos salvos; “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai
brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4; 18
Alguém disse: “Quando todos pensam o mesmo, ninguém pensa grande
coisa.” Se observarmos com atenção os profetas, nunca foram aves de bando,
antes, águias solitárias arrostando tempestades.
Embora saibamos que a lisonja
faz mais mal que a crítica, a maioria prefere esta, pelo conforto, àquela, dado
que é um remédio amargo. De certo modo,
é inevitável que estejamos na massa; mas, mesmo estando, podemos não ser massa,
como as passas do Panettone. Se, Maria vai com as outras, pelo menos, que as
outras saibam pra onde vão.
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domingo, 21 de setembro de 2014
Photoshop remove montanhas
“Que faremos
para executarmos as obras de Deus?” Jo 6; 28
Uma das máscaras mais comuns na face humana é travestir nossos próprios
anseios como se de Deus. Noutras palavras: laborar pelos próprios desejos,
cobiças, e “santificar” isso atribuindo nossas deturpações Ao Santo.
Facilmente
nos voluntariamos às coisas das quais pressupomos uma recompensa imediata. Essa
febre se vê no relato de João que mostra o ápice do
ministério de Jesus em termos de “aceitação”.
Multidões
foram a Cafarnaum a Sua procura, e o interrogaram sobre como servir a Deus; que
maravilha! Finalmente o Salvador conseguira tocar em seus corações! Não,
infelizmente não era bem assim.
A Parábola do Semeador ilustra bem que pouca
semente da muita lançada cai em boa terra. Um dia antes Ele multiplicara o pão
para a multidão. Eles foram atrás do Mestre em busca de mais, de modo que os
exortou: “…me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do
pão e vos saciastes.” V 26
Os ouvintes ainda tentaram uma fútil coação; quiçá emulação dizendo: “Moisés
deu o pão do céu, que sinal operas tu?” v 30 e 31 Nem se preocuparam
em disfarçar que não estavam atrás de pão como o Senhor acusara, antes,
confirmaram isso com suas palavras. Não há dúvidas que se Ele tivesse vindo para
trazer pães e peixes a desocupados seria um sucesso de público e crítica; mas,
Seus alvos eram outros.
Depois de dizer que Ele
é o pão vivo, o Senhor ensinou em quê consiste o “comer”. “…Eu sou o pão da
vida; aquele que vem a mim não terá fome…” v 35 “Mas já vos disse que
também vós me vistes, e contudo não credes.” V 36 O comer, no caso, é crer,
o que implica obedecer às ultimas consequências, como ensina Paulo: “Ou não
sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua
morte?” Rom 6; 3
Se alguém pretende ser Dele, pois, abdique da pretensão de gerir a
própria vida e submeta-se totalmente à Sua Vontade. “…Se alguém quer vir
após mim, negue a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Luc 9;
23
Aliás, o mesmo Paulo escrevendo aos filipenses, reforça essa ideia
em palavras bem claras; “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que
houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo…” Fp 2; 5 – 7
As multidões que hoje
correm após mensagens que afirmam que Jesus continua multiplicando o pão e os
peixes, ou seja, basta “sacrificar” e ter tudo; prosperidade, empregos, honras,
são imensa maioria.
Seus gurus pegaram as partes “feias” do Evangelho e
deram um trato no Photoshop, de modo que ficou lindo, a carne adora, uma vez que
oferece o céu sem cruz.
Nunca prosperou tanto o engano
como nos lábios dessa geração de safados, que despreza a cruz de Cristo e
profana Seu santo Nome. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos
disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo
fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles,
que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3; 18 e 19
Seus templos estão cheios de
gananciosos atraídos pela mensagem facilmente digerível que eles pregam. Fácil
ao homem natural, ao espiritual soa obsceno.
Tristemente somos uma geração que
vê, tudo acaba em vídeo, pouco ouve, quase nada analisa. A imensa interação que
os meios tecnológicos propiciam massifica; tolhe o indivíduo que acaba sumindo
numa coisa amorfa, conduzida pelo fluxo comum em busca de aceitação.
Constroem seus
majestosos templos, criam um “Deus” às suas imagens corruptas e mercantís, e
apregoam como sendo o Senhor do universo.
Será que tinha isso em mente o
traíra-mor, quando disse, “sereis como Deus”? Talvez nem ele suspeitasse quanto
efeito essa mentira faria no seio da humanidade, deve estar se sentindo o cara.
O Evangelho genuíno continua
centrado na Cruz de Cristo, seu fim ainda é salvar, e o meio, também persiste,
arrependimento. O resto é só motim de pecadores profissionais, faltos de
caráter que pecam sobre os púlpitos; não importa quanto sucesso alcancem,
aliás, o único atrativo do pecado é que acena com certo prazer, omitindo as
consequências, e pecado da pior espécie é o que suas mensagens contêm,
profanação.
A verdade não carece retoques, pois traz a beleza em si. “A obra de Deus é esta: Que
creiais naquele que ele enviou.” Jo 6; 29
"O falso é tão vizinho do verdadeiro, que o
sábio não deve aventurar-se num desfiladeiro tão perigoso." Cícero
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