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domingo, 6 de setembro de 2015

Jesus é socialista ou, capitalista?

“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se, meu reino fosse deste mundo, pelejariam  meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora o meu reino não é daqui.” Jo 18;36 

Uma coisa vital, embora, nem sempre devidamente compreendida é a natureza do Reino de Deus. Outro dia deparei com uma “filosofia” facebookeana onde o post dizia: “Jesus foi o primeiro socialista, pois, dividiu o pão em treze partes iguais.” 

Grosso modo parece um argumento verossímil, uma vez que, O Mestre fez isso deveras. Entretanto, o problema não está no fato em si; antes, na conclusão derivada dele, que, se visa difundir. 

Primeiro deveríamos constatar com nossos olhos, os “socialistas” atuais dividindo equitativamente o que possuem. Se alguém conhece algum apresente-o por favor! O que vemos são as pujantes garras da corrupção amealhando fortunas para salafrários que, de socialistas têm apenas o engodo que servem aos incautos amestrados que os aplaudem. 

Por outro lado, certas “igrejas” as da prosperidade apresentam ao Salvador como um pujante capitalista, uma vez que abençoaria mais quem mais investisse em Sua Obra. Uma espécie de mercador de bênçãos. Assim, O Senhor tanto pode ser socialista, quanto, capitalista, dado que, as duas correntes vicejam por aí. 

Nada mais obsceno que a indigência mental travestida de reflexão! Ela ignora a realidade, perverte os fatos, corrompe as mentes, turba o raciocínio lógico e robustece às grades na prisão da ignorância. Homens profanos dela lançam mão para produzir crença sem ciência; adesão sem entendimento. 

O senhor jamais desejou servos assim, antes, lamentou a sorte dos que foram omissos em conhece-lo. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4; 6   Adiante exorta via o mesmo profeta algo que deveria ser aprendido; “Porque eu quero misericórdia, não  sacrifício; o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.” Cap 6; 6 

Isso excluiria a visão “capitalista” das igrejas que apregoam o “sacrifício” em troca de bênçãos; mas, a misericórdia, a ocupação piedosa com as carências dos fracos não seria o germe da doutrina socialista? 

Bem, nenhum deles faz isso, repartir, sabemos; ademais, o “socialismo” aos moldes do que se tentou no leste europeu, partes da Ásia, bem como o que se faz na maioria da América Latina, os “bolivarianos”, tem como alvo repartir aos bens alheios, não, os próprios. 

Desse modo, podem beber nas fontes que desejarem, exceto, na Bíblia, pois, ela preserva o direito à propriedade desde sempre. Um dos dez mandamentos é: “Não furtarás.” Roubo não muda sua essência se a “causa” for nobre; segue sendo roubo, violência. 

Além disso o livre arbítrio que o Eterno preza é tolhido nesses sistemas. O Estado se ocupa de “pensar” pelos cidadãos. Constrói e desconstrói valores ao alvitre dos que detêm o poder. 

Uma vez que, um dos pais do socialismo, Karl Marx decretou que, “a religião é ópio do povo” mera droga, centenas de milhares de pessoas foram perseguidas e mortas em seus domínios, por professarem a fé em Deus.

Entretanto, os “socialistas” tupis, além de outras causas de valor mui duvidoso, esposam em seus programas a descriminação do uso de drogas. Ou seja: Em sua moral o Estado determina quais drogas podemos usar. Maconha, Crack, Cocaína, heroína, êxtasi, Oxi, poooode! Como diria a Dra. Lorca. Mas, fé em Deus mediante uma profissão religiosa, “isso não te pertence mais” lembrando a outra personagem. 

Quando vejo certos párias propositores de tais excrecências aplaudidos me ponho a pensar na causa. Seria identificação, ou, prostituição. 

Mas, a política joga com mentes incautas, com essa coisa rasteira, pueril, de apontar eventuais erros de A, para “justificar” descaminhos de B. Acontece que as pessoas em sua maioria já estão somatizadas domesticadas, drogadas, incapazes de pensar. O máximo que conseguem é torcer. Aí, cada diatribe do “seu time” ao adversário é um gol, precisa ser aplaudido. 

Essa sempre foi a tática dos tais, o fracionar a sociedade, “nós” contra “eles”. Ser um de nós é mérito, um deles, vergonha. 

O reino de Deus, mencionado ao princípio, se ocupa com verdade versus mentira, o resto, absolutamente, não interessa. Preceitua ter misericórdia dos desfavorecidos, mas, também o respeito ao arbítrio e ao mérito. Que cada um colha do que plantar. 

Mais; que vagabundos não recebam de graça seu pão. “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.” II Tess 3; 10 

Em suma, O Reino de Deus, não é desse mundo em sua escala de valores, embora, nele, deva ser difundido via os excelsos valores do céu. Heróis da política hoje, podem ser presidiários amanhã; O reino de Deus faz homens livres.

domingo, 16 de novembro de 2014

Heráclito, o devir e o PT



“O homem que volta ao mesmo rio, nem o rio é o mesmo, nem o homem é o mesmo.” ( Heráclito ) 

O eterno devir, a ininterrupta mudança  advogada pelo pensador antigo merece alguns reparos. Certo que o escopo dos filósofos pré-socráticos como ele, Demócrito, Anaximandro, Anaxágoras, Tales de Mileto, etc. era a compreensão da Natureza. 

Em Sócrates, o homem passou a ser o alvo; “Conhece a ti mesmo.” Com o advento de Cristo, Deus foi revelado; “Quem vê a mim vê o Pai.” Disse. 

Mas, voltando, a constante mudança no âmbito natural, aos meus olhos, está restrita a uma não mudança superior. Digo a uma mesmice fadada à reprodução mecânica, refém do determinismo biológico. A natureza não tem escolha, não pode mudar. As águas seguirão buscando os lugares mais baixos, animais e plantas reproduzindo-se mecanicamente sem nenhum sinal evolutivo, malgrado, o sonho dos evolucionistas. 

A natureza não é arbitrária, antes, está presa à necessidade; homens e anjos sim desfrutam da possibilidade. Se plantarmos uma semente de feijão, por exemplo, ela não poderá decidir converter-se em ervilha; necessariamente nascerá feijão. Contudo, se um ser arbitrário receber uma incumbência pode optar por obedecer, desobedecer, fazer de má vontade, buscar a excelência, procrastinar...  

Assim, refutando a Heráclito, o rio seria o mesmo; o homem teria possibilidade de ser diferente. 

Entretanto, essa dádiva maravilhosa da possibilidade nem sempre é usufruída com sabedoria. Quando não fazemos a escolha inferior, que nos faz diminuir, em atenção à má vontade, fazemos a mais confortável, indolor; compramos respostas prontas como quem compra tomates; nos acomodamos à mediocridade, ao lugar comum. 

A crítica, tão necessária, e às vezes mal entendida, some nessas horas. (Alguns equacionam-na à rejeição de algo, embora, signifique apenas, análise criteriosa, com conhecimento de causa )  Parece que criticar determinados postulados era hábito dos homens antigos. Salomão disse: O que pleiteia por algo, a princípio parece justo, porém, vem o seu próximo e o examina.” Prov 18; 17  Não seria quem gritasse primeiro, ou, mais alto que venceria a peleja; antes, quem estivesse abonado pela razão. Bons tempos! 

Sobre disputas filosóficas, o mesmo Heráclito deixou uma pérola. Citarei de memória; talvez omita palavras, embora, preserve a ideia. “Numa disputa entre dois sistemas, um não tem direito de dizer: Seu ponto de vista é falso por que o meu é verdadeiro e se opõe a ele; pois, - disse – o outro poderia dizer exatamente o mesmo, arrastando a disputa à eternidade. O falso - concluiu – deve ser demonstrado em si mesmo, não no outro. 

Mas, essas pescarias em águas profundas eram feitas com outros anzóis. Somos uma geração que vê; tudo acaba em vídeo. Não raro, a cortina da visão embaça as janelas do pensamento reflexivo. 

E, corro o risco de ser lido por alguém que pensa; esse, diria que às vezes cito frases alheias, de modo que, estaria também caindo no lugar comum. Sim e não. Quando cito: “A mente não é um vaso para ser cheio, antes, um fogo a ser aceso.” (Plutarco) Tal frase não traz uma resposta pronta, antes uma regra, justo contra a acomodação, o “encher o vaso” com ideias alheias. 

Ou, “Pensar é o mais duro trabalho que há; essa é a razão, talvez, para que tão poucos se dediquem a isso.” ( Henry Ford) Uma vez mais, a frase pronta não traz nada pronto, exceto, a constatação que o ser humano em geral é um indigente mental. 

Essa indigência está vigorosa como nunca. O marketing a serviço de interesses mesquinhos desconstrói valores, bens, reputações; a própria história. A inadimplência intelectual grassa nessa geração. 

Um exemplo bem didático se deu nas estrondosas manifestações de Junho, quando o País inteiro saiu às ruas expressar descontentamento, sem saber exatamente contra quê. Apresentaram reivindicações difusas, variadas como cardápio de Café Colonial, e como era de se esperar, deu em nada. Parece que as pessoas estão descontentes mas, não sabem exatamente o motivo. 

Ontem José Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça deu entrevista criticando a “Operação Lava Jato” que expõe a roubalheira na Petrobrás. Ora, num país decente seria o contrário. Ele elogiaria a Polícia Federal, e exortaria que fossem ao fundo da questão. Mas, ele é só uma carta no castelo de poder dos vermelhos que começa a ruir. 

Somos uma nação dividida. O País que produz riquezas trabalha, em sua imensa maioria descontente, como mostraram as manifestações de ontem; os paupérrimos que dependem de assistencialismo, felizes com  corruptos no poder; pois, foram ensinados a pensar que as benesses recebidas derivam de um partido, não, de uma nação toda. 

Governo não gera riquezas; administra-as, muito mal, infelizmente. O rio do PT ainda é o mesmo; o homem, Brasil começa a mudar.