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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

As duas faces do trabalho

“Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha? Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.” Ecl 3; 9 e 10 

Primeiro, o sábio questiona o fim do trabalho; depois, predica-o como um exercício humano aos olhos Divinos. Coisas que cabe considerar. Que proveito derivamos do trabalho? 

Infelizmente, a vasta maioria humana sente vero pavor a ele. Basta ver as filas ante casas lotéricas para constatar quantos dentre nós devaneiam coma vida fácil conquistada num golpe de sorte. É mui fácil “filosofar” sobre seus frutos, bem como, a dignidade que ele envolve; contudo, viver essa visão, plenamente é fruto de outro baraço. 

Amiúde, ouço mais queixas de pessoas abastadas, que das paupérrimas, sobre o “status quo”. Digo, os que têm muito temem perder; os que labutam por mera sobrevivência satisfazem-se com bem pouco. 

Olhando os salários de certos artistas, atletas, pilotos, etc. a impressão que dá é que o trabalho dos tais tem como alvo construir impérios na terra. Terão os tais, achado, enfim, o proveito do trabalho? 

O sábio pensava diverso; “Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?” v 22 Parece que as coisas que pode usufruir são sua porção; escapa-lhe ao olhar o que será depois de sua vida. 

Antes, dissera de modo bem explícito: “Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida; também que todo o homem coma e beba, goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.” S 12 e 13 As possibilidade de praticar o bem, restrita à sua vida, bem como, o usufruto do trabalho. 

Entretanto, embora se ponha a amontoar riquezas que não poderá levar a lugar algum, isso não justifica que outros decidam apropriar-se de seus bens à força; nossa possibilidade de estupidez ou sabedoria são inegociáveis ante Deus. Ademais, estamos tratando o tempo todo do substantivo, trabalho. Estritamente, das abelhas, não dos zangões sociais que nada fazem e usufruem do labor alheio. 

Visto o fim do labor restaria apreciarmos o prisma do exercício Divino no qual somos avaliados. 

A parábola dos talentos realça a diligência, usarmos da melhor maneira os nossos dons como alvo celeste. Contudo, a excelência nos resultados não é algo a ser obtido sem a mesma qualidade ética, moral; vejamos sobre empregadores desonestos: “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e por vós foi diminuído, clama; os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a terra, vos deleitastes; cevastes vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.” Tg 5; 4 – 6

Agora, os trabalhadores: “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como ao Senhor, não como aos homens.” Ef 6; 5 a 7 Assim, o trabalho se faz um campo de prova para nossos caracteres ante Deus. 

Quantos atropelam valores, vilipendiam vidas amealhando riquezas que, absolutamente não necessitam, tendo já o bastante para bem viver. Talvez visem deixar “bem” aos filhos que sucederão na empresa. 

Ocorre um provérbio chinês que diz: “Se teus filhos forem bons, não carecem de sua herança; se, maus, não a merecem.” Sendo isso vero, acredito que sim, a formação do bom caráter nos filhos é a mais desejável das heranças, um trabalho a que todo pai deveria lançar mão, sobretudo, com a infalível ferramenta do exemplo. 

Na verdade é imprecisa a afirmação que nada se leva dessa vida; nada, no prisma material. Entretanto, os valores que nortearam nossos atos irão conosco sim; quer, como advogados de defesa, quer, como promotores de justiça, acusando-nos. E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, as suas obras os seguem.” Apoc 14; 13 

Se, é vero que não seremos julgados pelas obras para fins de salvação, também o é que, as tais referendam nossa profissão de fé, ou, não. 

Ainda que seja na última hora do dia, pois, ouçamos o apelo do Senhor da vinha; Ele é gracioso, abençoador; nos dará mais que merecemos, se, nos alistamos na Obra Eterna do Mestre Jesus Cristo. Ele trabalha ainda, você é o alvo.