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domingo, 7 de junho de 2020

A Manifestação do Espírito


“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;7

Embora seus múltiplos aspectos, a ação é dada como singular; não as manifestações do Espírito, como diríamos, mas “A manifestação do Espírito...”

As coisas da perspectiva humana e da Divina sofrem algumas variações. O pecado, por exemplo, no que tange a nós lidamos com muitos que cometemos. Introduzido O Salvador, “Eis O Cordeiro de Deus que ‘o pecado’ do mundo”, de novo, singular.

Se, para nossa salvação importa a remoção de muitos pecados, para abrir a porta que possibilitou-a, Deus tinha uma coisa em particular a remover; “O pecado” de Adão; a autonomia suicida de rejeitar Sua Palavra dando ouvidos ao traidor.

Assim como a “herança maldita” em Adão incidiu obre todos os descendentes, a Bendita de Cristo também está ao alcance de todos que a desejarem. “... Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.” Rom 5;16 e 17

No que tange ao agir em Deus também é múltipla nossa perspectiva e singular a Divina; vejamos: “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu e disse-lhes: ‘A obra’ de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Deixando, por ora, a questão da perspectiva, olhemos o substantivo usado para a ação do Espírito; “manifestação”

Sabemos que o Espírito é invisível no âmbito dos nossos sentidos; alguns sinônimos de manifestação parecem contradizer isso; “Tornar público, conhecido, demonstrar, mostrar, revelar, exibir, divulgar, apresentar, exteriorizar, externar, patentear, evidenciar, publicar, vulgar, denotar, espelhar.”

Se, O Espírito é invisível, como pode fazer essas coisas todas no espectro dos fenômenos?

Nem sempre a Sua Manifestação encontra abrigo na humana compreensão; Paulo fez distinção entre o homem espiritual que discerne essas coisas e outras mais, e o natural que mesmo vendo, nada entende. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Isso explica em parte a resiliência crítica do ateísmo; há uma muralha entre eles e a verdade; mesmo sem ver no lado da fé se põem a descrever como “as coisas são” do outro lado do muro. Não podendo ver onde palpitam transferem a culpa dizendo que a fé é cega, quando, o ateísmo é que tem os olhos agravados.

Assim como, pelo acender de uma lâmpada podemos entender que a corrente elétrica está ativa mesmo sem ver, (vemos a consequência de sua passagem por determinada resistência incandescente) desse modo, em determinadas ações pelo “calibre” dessas um homem espiritual pode “ver” O Espírito de Deus na origem delas.

Mesmo ao Faraó do Egito que nem era um homem espiritual, como são os de Cristo, quando Deus atuou mediante José foi permitido ver assim. “Disse Faraó aos seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja O Espírito de Deus?” Gn 41;38

Naquele caso específico viu e foi bom a ele ter visto; mas, nem sempre é assim. Em Estevão a manifestação do Espírito se deu mediante a Palavra da sabedoria, “Não podiam resistir à sabedoria e Espírito com que falava.” Atos 6;10

No entanto, essa manifestação não bastou para convencer seus ouvintes coisa que no final o mesmo orador denunciou; “Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.” V 51

Mesmo a ação do Espírito estando manifesta, depende de como ecoa nos ouvidos e corações humanos; não é um lapso intelectual que fecha a porta da salvação para muitos, antes, moral; uma escolha voluntária baseada nas predileções doentias, não porque a Revelação Divina não seja suficientemente clara. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Então, quem é habitado pelo Bendito Espírito de Deus deve deixar isso manifesto no modo de agir; O Espírito “aparecerá” como causa, e as boas obras como consequências; “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao Vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;15 e 16

domingo, 16 de fevereiro de 2020

A Cegueira dos Loucos


“... Ai dos profetas loucos, que seguem seu próprio espírito e que nada viram!” Ez 13;3

Em sua retórica contra os “sábios desse mundo” Paulo colocou aos cristãos como loucos. Afinal, ousamos crer na “Fraqueza de Deus”.

Aos judeus escandalizava a ideia de que teriam matado seu Deus; aos gregos com sua farta mitologia de deuses imortais, a saga de Um que pudesse ser morto ou permitisse isso por mãos humanas feria seu senso lógico, portanto, era loucura. “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.” I Cor 1;23

Se, os helenos cultuavam seus muitos deuses cuja prerrogativa principal, além de poder era a imortalidade, estavam agora diante da decisão sobre o Deus Vivo, “morto” cuja “fraqueza” patente era o amor. “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” V;25

Então, se na diatribe de Ezequiel os profetas loucos são os que seguem ao “próprio espírito”, na ironia de Paulo, os loucos se deixam conduzir pelo Espírito de Deus em Cristo. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação.” V;21

Como sabemos tratar-se de uma ironia? O próprio texto o diz; “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos é o poder de Deus.” V;18 Aos que perecem o Poder de Deus manifesto parece loucura, não aos salvos.

Acontece que a salvação guinda-nos da esfera natural para a sobrenatural; junto traz um nível de compreensão superior também; “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” Cap 2;14 e 15

A visão vulgar de um louco é alguém privado das faculdades mentais, do equilíbrio racional, da lucidez perante a realidade; porém, os loucos no prisma espiritual são os que dão as costas para Deus, independente da sanidade de seus intelectos, pois, é possível ser são num aspecto e doido no outro. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1;7

Ao desprezar um ensino que me tenta persuadir, o faço porque persuadido já estou de que não preciso dele; que sei algo melhor sobre aquilo, (vós mesmos sabereis o bem e o mal) não desejo tais informações. Assim, atuo como os loucos aqueles, que “nada viram” e seguem ao próprio espírito. Na verdade ao espírito do inimigo que deu a sugestão entre parêntesis.

Ver, na dimensão espiritual não deve ser levado ao pé da letra; embora muitos profetas fossem também videntes, ouvir do Santo, e entender o que ouve equivale a “Ver”. Não por outra razão, pois, o trabalho do deus deste século em cegar incrédulos fere entendimentos, invés de retinas. “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Muitos confundem ativismo religioso com visão espiritual; trabalhar muito “para Deus” sem importar o quê, estão fazendo. Os loucos aqueles de Ezequiel trabalhavam também viviam a profetizar sem ser, sua mensagem derivada de Deus.

O falso profeta geralmente trabalha mais que o verdadeiro, pois é mensageiro de facilidades, mais que, de correção nos termos Divinos; o idôneo consagra-se; pelo Espírito Santo identifica brechas, e as denuncia, sendo agradável a mensagem, ou não; “Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do Senhor. Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor não os enviou; fazem que se espere o cumprimento da palavra.” Ez 13;5 e 6

Cheias estão as redes sociais de “Caixas de promessas” virtuais produzidas pelos que acenam grandezas a ímpios que carecem urgente de arrependimento.

Até imagem de montões dinheiro e, se eu crer Deus pagará minhas contas... Foi a um próspero assim, cuja colheita não coube no celeiro antigo, teve que fazer um novo, que o senhor adjetivou como louco: “Louco! Esta noite pedirão tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Luc 12;20

Como vimos, os loucos espirituais são cegos; não é bom ser conduzido um, por outro assim. “Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro, ambos cairão na cova.” Mat 15;14

domingo, 1 de janeiro de 2017

O homem espiritual

“Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior.” Ef 3;16

A dupla natureza, pós, “novo nascimento”, regeneração, homem espiritual, ou, nas palavras de Paulo, homem interior. Pouco importa o termo, mas, esses, que, recebendo ao Senhor Jesus Cristo receberam junto o poder de serem feitos filhos de Deus, só podem ser fortalecidos pelo Espírito.

Deixar isso e tencionar justificação mediante obras da Lei, foi equacionado por Paulo, com, aperfeiçoar pela carne; repreendeu severamente aos gálatas, por isso. “Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” Gál 3;2 e 3

Eis a razão pela qual o ímpio não consegue entender as coisas de Deus! São de um âmbito que lhe escapa, uma vez que, ao rejeitar O Salvador, seu espírito segue na queda, morto; aí, até pode tomar decisões religiosas, encenar certos cacoetes cristãos, mas, ter vida espiritual é impossível sem Seu Doador, O Senhor.

Escrevendo aos Coríntios, Paulo abordou o problema: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e, de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Quando toda ênfase recai sobre o homem espiritual, contudo, não estou nem de perto endossando o maniqueísmo, a doutrina que o espírito seria perfeito, imaculado, e o corpo mau; o “espiritual” seria salvo, mediante ascetismo, invés do Sangue de Cristo, isso, é heresia. O Espírito Santo é Perfeito, o humano, depois de regenerado, por habitar num templo imperfeito, precisa suportar falhas no árduo processo da santificação.

Ninguém, exceto Cristo, consegue viver num corpo de carne e atuar cem por cento em espírito, de tal modo, que nunca peque. Entretanto, no escopo do homem espiritual, o pecado é o elemento estranho, cuja presença incomoda, e deve ser removido. Disso depende sua comunhão com O Pai, e, a paz de sua consciência.

Então, os reclames do corpo devem ser filtrados entre lícitos e impuros; esses, “crucificados” aqueles, praticados ainda em submissão ao Espírito, pois, mesmo as coisas lícitas, nem sempre convêm. Assim, a “Lei do Espírito” precisa ser seguida, Lei, que só é de conhecimento dos espirituais, pois, é “escrita” nos corações e mentes dos filhos de Deus, não em tábuas de pedra. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Desse modo, uma série de atos que envolve a disciplina do corpo e da alma, são preceituados para fortalecimento espiritual.” “...fortalecei-vos no Senhor, na força do seu poder... Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, vestida a couraça da justiça;” Ef 6;10, 13, 14.

O homem natural considera virtudes o mero evitar ações más; ao espiritual, se receita que combata até os motivos das tais, mesmo, as que, ainda não praticadas. Aos Escribas e Fariseus, bastaria não matar; O senhor mandou erradicar o ódio; a eles, não adulterar; ao Salvador, sequer, cobiçar... vemos, pois, que os pleitos do homem interior são interiores também, não se satisfazem com aparência de justiça, requerem santidade. Por isso, O Senhor deixou claro: “Porque vos digo que, se, vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5;20

Assim, enquanto os homens naturais depravados negam veementes, o que as digitais, provas, as delações, acusam, os homens espirituais lutam consigo mesmos, pois, iluminados pela consciência no Espírito, não têm necessidade nem possibilidade de ocultar suas falhas, mas, de confessarem-nas, em busca de perdão, e, fortalecidos espiritualmente, errarem a cada dia menos.

“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.” (O Pequeno Príncipe)

De um bom auto julgamento depende nossa permanência saudável no Corpo de Cristo. “Examine, pois, o homem a si mesmo, assim, coma deste pão, beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.” I Cor 11;28 e 29

Conhecer e julgar segundo a “Mente de Cristo”, pois, ao homem interior, é Capital.

domingo, 9 de novembro de 2014

Deus. Freud não explica



“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2; 14 e 15   

Interessante figura do homem espiritual!  Uma espécie de “Homem invisível”; está em determinado ambiente, vê e não é visto.  Claro que esse “ambiente” é espiritual, pois, no prisma físico ninguém é mais visto que ele. Tanto que, às vezes, até o que não faz, os binóculos da calúnia “Veem”.

Sem pretender ser superior a ninguém, pois, o homem espiritual está nesse “mirante” pela graça de Deus que o guindou acima da natureza. 

Assim, objeções de ateus, e ramos  científicos igualmente gerados por incréus não estão em pé de igualdade. “O homem natural não compreende...”  Isso vai ferir seu orgulho? Possivelmente. Se tivessem nascido de novo o orgulho teria morrido. Como não conseguem ascender ao domínio do Espírito, tais, tentam nos trazer para o nível natural. 

Os atos do Salvador mostram algumas discrepâncias da visão natural e da espiritual. Quando falou do novo nascimento, espiritual, por exemplo, o príncipe Nicodemos interpretou com a ótica da Terra; “...Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?” Jo 3; 4  

Ou, noutra parte, quando o Mestre falou que seria entregue aos gentios e morto, Pedro apressou-se: “De maneira nenhuma te acontecerá isso.” O Senhor foi enérgico e identificou presto a fonte da inspiração de Pedro; disse: “Afasta-te satanás, pois, não cogitas das coisas de Deus, senão, dos homens.” 

Aqui, a diferença crucial entre homem espiritual, e natural. Enquanto esse não consegue elevar suas cogitações acima das conveniências terrenas, aquele é capacitado pelo Espírito Santo a entender coisas de Deus. “como está escrito: As coisas que o olho não viu, o ouvido não ouviu, não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou, pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” I Cor 2; 9 e 10 

Acontece que a sabedoria espiritual tem um “plus” especial mui além dum intelecto desenvolvido. Retidão. Isso aos olhos de Deus é mais que moralismo raso, antes, submissão a Ele. 

Deus não revela Suas coisas para ímpios, pois, certamente fariam mau uso disso; então: “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade” Prov 2; 7 

A Palavra  de Deus é completa, tem remédio para a plenitude do ser que criou; Pedro ensina: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade...” II Ped 1; 3 Assim, à revelação não cabem complementaridades oriundas de homens não renascidos. A Palavra se basta.

Tiago também expressa claramente a distinção entre sabedoria espiritual e terrena. “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é sabedoria que vem do alto; é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas, a sabedoria que do alto vem é; primeiramente, pura; depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia.” Tg 3; 13 a 17  

A suma do que estou dizendo é: Acho uma  tremenda insensatez tentarem, alguns, “ler” a Palavra à “luz” de Darwin, Freud e assemelhados; pois, aos olhos de Deus, ateus não possuem luz espiritual nenhuma. 

Todo homem, por sábio que seja em seu meio, para entrar no Reino, necessita passar pela cruz; lá seu ego é crucificado, morto. O novo homem nascerá despido de pretensões do antigo. “Deixando, pois, toda a malícia,  todo o engano,  fingimentos,  invejas,  todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2; 1 e 2 

Claro que, se o preceito para todos os postulantes ao Reino é o mesmo, “Negue a si mesmo”, quanto maior for esse “si”, maiores os obstáculos à conversão. Mas, como o Eterno não usará nada da velha natureza, antes, fará tudo novo, qualquer um, entendido, ou, simplório, serve.

Até prefere aos ruins, aliás. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1; 27 

Enfim, sabedoria espiritual não se adquire nos bancos universitários; se busca na faculdade do Espírito; a matrícula é a cruz. Mãos à obra!

sábado, 30 de agosto de 2014

Aprisionando a besta

“Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;” Ef 3; 16
 
Paulo disse orar para que os efésios fossem corroborados, ou seja, fortalecidos, confirmados pelo Espírito, no homem interior.  Esse “homem interior” merece algumas considerações.
O notável filósofo, Sócrates, tentou explicar o ser humano usando a seguinte figura: “dentro de um invólucro de pele, uma besta policéfala, ( monstro de várias cabeças ) e no alto, um homenzinho.” A besta – explicou - tipifica a natureza indômita; cada cabeça um mau desejo, uma inclinação perversa. O homenzinho, geralmente impotente, a razão. Na sua concepção, o verdadeiro filósofo deveria “domar” a besta e se deixar guiar pela instância superior.
Ora, o que fez a qualidade, originalmente superior, sucumbir ao inferior foi precisamente a morte espiritual decorrente da queda. Ficou o entendimento do bem, sem força para praticá-lo. Paulo também ilustra a derrota do “homenzinho” ante a besta na luta de um bem intencionado sem o auxilio de Cristo. “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas, eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não  aprovo; o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. Se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.  De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7; 14 a 17
A reprovação interior pelos mal feitos são protestos inúteis da consciência que,  mesmo  ainda apta para identificar pecados é impotente para evitar, dada a supremacia dos desejos malsãos.
Quando o Salvador ensinou a necessidade do novo nascimento mirava aí; a restauração do homem interior, a vida espiritual. Nicodemos, por sua vez, pensou no pacote inteiro com besta e tudo. “Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3; 4 a 6
O homem natural, “carne” tende à decrepitude, pois, é refém do tempo; o homem interior, de posse da vida eterna é instado a renovação, crescimento, santificação. “Por isso não desfalecemos; ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” II Cor 4; 16
 
Nas coisas sócio-políticas da humanidade, geralmente, interior está numa posição subalterna em relação aos governos, que ficam na Capital; sede das decisões que afetam o país, estados; é a cabeça, ( cápita ) por isso, Capital.
Contudo, na “administração” da vida dos convertidos, o interior é capital. Digo; vitais são as decisões que derivam do espírito recriado, em Sintonia com o Espírito Santo.Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Nós não recebemos o espírito do mundo, mas, o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” I Cor 2; 11 e 12
 
Esse fortalecimento do homem interior terá consequências. “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura,  a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” Ef 3; 17 a 19
Coloca como raiz, fundamento do amor, sobre o qual, mais amor se edifica, em busca da plenitude de Deus. Que diverso da ideia corrente de buscar coisas de Deus, invés de Seu Ser! Por isso, após a renovação da vida, precisamos “oxigenar” a mente, para entendermos o novo ser gerado em nós, e seu fim. “…apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 1 e 2
Vemos que agora, o “homenzinho”, razão, faz seu culto prendendo a besta, ( Sacrifício vivo ) não permitindo o extravasar nocivo de suas inclinações. O simples aprisionar o mal é já seu juízo, a eficácia da cruz. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8; 1