“Rogo-vos, pois, eu, preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.”
Os que pretendem uniformizar a sorte dos salvos teriam um problema aqui; “... eu, o preso do Senhor, rogo, que andeis...” Dissera Paulo. O preso admoestando sobre os passos dos que eram livres, pois, “a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” V 7
Os utilitaristas atuais teriam dificuldade de entender como um prisioneiro inocente seria alvo da Graça; normalmente as pessoas não associam Graça a um favor imerecido; antes, ao patrocínio de um desejo almejado; alguém preso, por certo, sonharia ser livre; só assim seria agraciado. Todavia, ao apóstolo, a salvação era suficiente, mesmo que perdesse sua vida, como, de fato, perdeu.
Se, não estamos presos como Paulo, tampouco, somos tão “livres” assim, a ponto de, nossas doentias inclinações prevalecerem à Vontade do Senhor. Somos “presos livres”, como se, usássemos tornozeleiras eletrônicas, que facultam liberdade dentro de certos limites.
A “liberdade” absoluta era para antes, quando, mortos; “Quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.” Rom 6;20 “Mas, agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus, tendes vosso fruto para santificação; por fim a vida eterna.” V 22 Notemos que, a progressão da salvação deve culminar em santificação, o que, resulta em menos poder, no quesito liberdade.
Como qualquer pai amoroso cercearia os passos a um filho se, ele rumasse às drogas ou, outros vícios, assim, Deus, nos disciplina dentro de Seus limites, para nos proteger, não, para limitar.
Os avessos à Sua Disciplina não são Seus Filhos; “Porque o Senhor corrige ao que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;6 a 8
João Batista exortara os “salvandos” a produzirem frutos dignos de arrependimento; Paulo escreveu aos salvos demandando frutos de santificação; requerendo maturidade espiritual. Afinal, santificação, separação do mundo e seus valores pervertidos não é um upgrade possível aos salvos; Antes, uma demanda indispensável, para os que desejam ver a Bendita Face do Santo. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor;” Heb 12;14
Diferente do que ensina o catolicismo, que santificação seja a operação, em vida, de, pelo menos dois milagres, redundando num processo de reconhecimento e “Canonização” após a morte; a Bíblia ensina que é uma separação paulatina dos valores profanos do mundo, mudando nossos pensamentos pelos Divinos, infinitamente mais elevados, para que sejamos reputados, então, limpos de coração. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8
Esse papo moderninho de que os tempos são outros; a onda é ser “politicamente correto” e, a pretexto de “tolerância” devemos aquiescer com toda sorte de vícios amalgamados ao cristianismo é apenas perversão do inimigo infiltrado; pois, aquilo que é eterno jamais demanda um processo de “atualização” como se, biodegradável fosse.
Desgraçadamente “progredimos” de uma geração de heróis que nem mesmo o martírio era coação suficiente para que negassem a fé, como Paulo; para uma igreja pusilânime, covarde, onde críticas, zombarias são “provas” muito duras; francamente!
Esperam que, a Graça Divina, necessariamente lhes trará facilidades, favores, fama, aplausos, grandeza... Essa seria a “Fé inteligente”, que “toma posse” das chaves disso ou, daquilo. Nos últimos dias os homens serão amantes de si mesmos; tendo aparência de Piedade, mas, negando sua eficácia. Disse Paulo a Timóteo.
Tiago denunciou a duplicidade em Sua Epístola; e, diverso da santificação que O Senhor deseja, essa redunda em impureza. “Chegai-vos a Deus; Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Cap 4;8
Em Cristo somos vocacionados ao Reino dos Céus; se, devemos andar de modo digno, é o “aplauso” Celeste, não, terreno que devemos buscar; Pois, disse O Salvador aos Fariseus: “... Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15
Por aqui podemos estar presos, desempregados, enfermos, humilhados; se, malgrado essas variáveis todas estivermos em paz com Deus, então, inda estaremos sob as asas de Sua Graça. Senão, mesmo que tenhamos ganhado o mundo inteiro, nossa efêmera presunção de donos, de poderosos será apenas o disfarce pontual, camuflagem de nossa prisão eterna.
Muitos que andaram na Fé, segundo a vocação Divina sofreram bem mais que nós; as perseguições lhes impetradas não maculou quem eram; mas, realçou quem o mundo é; “Dos quais o mundo não era digno...” Heb 11;38
Na vereda da fé carecemos de ouvidos para ver melhor.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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quinta-feira, 26 de julho de 2018
sábado, 19 de maio de 2018
"Sete coisas que teu pastor não te falou sobre o dízimo"
“Não ligarás a boca ao boi que debulha. Digno é o obreiro do seu salário... Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé” I Tim 5;18, 6;10
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que vivemos dias tristes onde há ladrões travestidos de obreiros; mercadores da Palavra, como se Deus fosse vendedor de bênçãos. Entretanto, a existência desses não elimina a necessidade do dízimo, como, a existência dos corruptos não nos autoriza a sonegar impostos.
Deparei com as “Sete coisas que teu pastor não te falou sobre o dízimo.” Indício de uma geração de analfabetos bíblicos que consome o que os “Ungidos” dizem, apenas. Ora “O Senhor é Meu Pastor”; contou tudo que preciso saber.
Vamos a elas;
a) O dízimo não era em dinheiro, sim em alimento; Naquela época não era tão comum como hoje o dinheiro, havia mais escambo que moedas; e daí? Ainda hoje, cereais e animais valem dinheiro.
b) Só levitas recebiam; é vero. Era uma tribo sacerdotal que administrava as coisas espirituais no Tabernáculo; estava para Israel, como obreiros para a Igreja. Parece que isso não mudou.
c) Era entregue de três em três anos; isso quando se tratava de animais. Imaginemos um pequeno pastor que criasse umas setenta ovelhas; seu rebanho aumentasse oito num ano. Dizimaria 0,8? Os cereais eram oferecidos todo ano, as primícias; isto é, a primeira parte da colheita; “Honra ao Senhor com teus bens, com a primeira parte de todos os teus ganhos;” Prov 3;9
d) Além dos Levitas, órfãos viúvas e estrangeiros podiam receber; isso aumenta a necessidade de provisão, não diminui; portanto, como argumento contra o dízimo é estúpido.
e) A reprimenda em Malaquias é contra os sacerdotes apenas; será? “Esse mandamento toca a vós sacerdotes” está no capítulo 2; atina a dar honra ao Nome do Senhor, guardar o conhecimento e não fazer acepção de pessoas; o dízimo é tratado no Cap 3 e inclui todos; “Trazei TODOS os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” v 10 Contudo, acima dizem que só os sacerdotes podiam receber; agora, que só eles devem pagar. Gente com essa hermenêutica, esse nível de estupidez, fácil se faz guia dos avarentos.
f) Devorador era um Gafanhoto não demônios; é verdade, mas, é um método lícito que todo pregador usa; figuras de linguagem. Assim como os gafanhotos devorariam a seara dos infiéis, os demônios danariam a vida dos atuais. O método é lícito, pois, o demais é outro assunto.
g) Abrir Janelas do Céu não significava salvação, mas, abençoar a Terra com chuvas para a colheita farta. É. Mas, como a sociedade não é mais agro-pastoril apenas, há muitas formas de se ganhar dinheiro; figuradamente, até uma porta de emprego é “uma janela no céu”; Nunca ouvi, nem mesmo os piores safados pregando o dízimo como meio de salvação. Até porque, no Céu não se entra por janelas, mas, pela “Porta” Cristo.
“Deus não precisa dinheiro, Dízimo é Lei, Evangelho é graça; de graça recebestes, de graça daí”. Concluem.
Deus também não precisava de cereais ou, animais, no entanto, ordenou que se desse para os que trabalhavam na Obra.
Quem disse que Graça é “Casa da Sogra” onde podemos tudo? Era “Não adulterarás” Jesus disse: Apenas cobiçar já é adultério; A Lei dizia: “Não Matarás” Jesus disse: Apenas odiar já te faz réu do fogo do inferno. A Lei requeria rituais; a Graça requer purificação da consciência. Sempre exigências maiores.
De graça recebestes de graça dai O Senhor disse vetando que, como Geazi cobrassem por bênçãos Divinas; mas, ordenou que comessem junto dos que seriam abençoados“...porque digno é o operário do seu alimento.” Mat 10;10 A manutenção desses é desejo do Senhor.
Entretanto, como esses ensinam a abençoar aos pobres invés de dizimar, onde encontramos suas igrejas, que fazem tudo sem custo, pregam o evangelho, ministram a Santa Ceia, realizam batismos, casamentos, oficiam autos fúnebres, assistem estrangeiros órfãs e viúvas, e dão cestas básicas aos pobres?
Essa desculpa de não dizimar porque o pastor usaria indevidamente o “meu” dinheiro, me muda da posição de servo, que deve obedecer pra de juiz, que julga; primeiro: O dinheiro não é meu, é do Senhor; segundo, não estou autorizado a ser relapso com minha parte porque outro está sendo na dele, senão, vamos pecar à vontade, afinal, há tantos pecadores...
Em suma, erram os ministros que fazem do dízimo o cerne das pregações; é assunto para culto administrativo com devida prestação de contas; como erram os infiéis também. Sofrem todos da mesma doença, amor ao dinheiro.
“A avareza perde tudo ao pretender ganhar tudo.” La Fontaine
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que vivemos dias tristes onde há ladrões travestidos de obreiros; mercadores da Palavra, como se Deus fosse vendedor de bênçãos. Entretanto, a existência desses não elimina a necessidade do dízimo, como, a existência dos corruptos não nos autoriza a sonegar impostos.
Deparei com as “Sete coisas que teu pastor não te falou sobre o dízimo.” Indício de uma geração de analfabetos bíblicos que consome o que os “Ungidos” dizem, apenas. Ora “O Senhor é Meu Pastor”; contou tudo que preciso saber.
Vamos a elas;
a) O dízimo não era em dinheiro, sim em alimento; Naquela época não era tão comum como hoje o dinheiro, havia mais escambo que moedas; e daí? Ainda hoje, cereais e animais valem dinheiro.
b) Só levitas recebiam; é vero. Era uma tribo sacerdotal que administrava as coisas espirituais no Tabernáculo; estava para Israel, como obreiros para a Igreja. Parece que isso não mudou.
c) Era entregue de três em três anos; isso quando se tratava de animais. Imaginemos um pequeno pastor que criasse umas setenta ovelhas; seu rebanho aumentasse oito num ano. Dizimaria 0,8? Os cereais eram oferecidos todo ano, as primícias; isto é, a primeira parte da colheita; “Honra ao Senhor com teus bens, com a primeira parte de todos os teus ganhos;” Prov 3;9
d) Além dos Levitas, órfãos viúvas e estrangeiros podiam receber; isso aumenta a necessidade de provisão, não diminui; portanto, como argumento contra o dízimo é estúpido.
e) A reprimenda em Malaquias é contra os sacerdotes apenas; será? “Esse mandamento toca a vós sacerdotes” está no capítulo 2; atina a dar honra ao Nome do Senhor, guardar o conhecimento e não fazer acepção de pessoas; o dízimo é tratado no Cap 3 e inclui todos; “Trazei TODOS os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” v 10 Contudo, acima dizem que só os sacerdotes podiam receber; agora, que só eles devem pagar. Gente com essa hermenêutica, esse nível de estupidez, fácil se faz guia dos avarentos.
f) Devorador era um Gafanhoto não demônios; é verdade, mas, é um método lícito que todo pregador usa; figuras de linguagem. Assim como os gafanhotos devorariam a seara dos infiéis, os demônios danariam a vida dos atuais. O método é lícito, pois, o demais é outro assunto.
g) Abrir Janelas do Céu não significava salvação, mas, abençoar a Terra com chuvas para a colheita farta. É. Mas, como a sociedade não é mais agro-pastoril apenas, há muitas formas de se ganhar dinheiro; figuradamente, até uma porta de emprego é “uma janela no céu”; Nunca ouvi, nem mesmo os piores safados pregando o dízimo como meio de salvação. Até porque, no Céu não se entra por janelas, mas, pela “Porta” Cristo.
“Deus não precisa dinheiro, Dízimo é Lei, Evangelho é graça; de graça recebestes, de graça daí”. Concluem.
Deus também não precisava de cereais ou, animais, no entanto, ordenou que se desse para os que trabalhavam na Obra.
Quem disse que Graça é “Casa da Sogra” onde podemos tudo? Era “Não adulterarás” Jesus disse: Apenas cobiçar já é adultério; A Lei dizia: “Não Matarás” Jesus disse: Apenas odiar já te faz réu do fogo do inferno. A Lei requeria rituais; a Graça requer purificação da consciência. Sempre exigências maiores.
De graça recebestes de graça dai O Senhor disse vetando que, como Geazi cobrassem por bênçãos Divinas; mas, ordenou que comessem junto dos que seriam abençoados“...porque digno é o operário do seu alimento.” Mat 10;10 A manutenção desses é desejo do Senhor.
Entretanto, como esses ensinam a abençoar aos pobres invés de dizimar, onde encontramos suas igrejas, que fazem tudo sem custo, pregam o evangelho, ministram a Santa Ceia, realizam batismos, casamentos, oficiam autos fúnebres, assistem estrangeiros órfãs e viúvas, e dão cestas básicas aos pobres?
Essa desculpa de não dizimar porque o pastor usaria indevidamente o “meu” dinheiro, me muda da posição de servo, que deve obedecer pra de juiz, que julga; primeiro: O dinheiro não é meu, é do Senhor; segundo, não estou autorizado a ser relapso com minha parte porque outro está sendo na dele, senão, vamos pecar à vontade, afinal, há tantos pecadores...
Em suma, erram os ministros que fazem do dízimo o cerne das pregações; é assunto para culto administrativo com devida prestação de contas; como erram os infiéis também. Sofrem todos da mesma doença, amor ao dinheiro.
“A avareza perde tudo ao pretender ganhar tudo.” La Fontaine
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domingo, 31 de maio de 2015
Graça; o tempo para um passo vital
“Todo aquele
que matar alguma pessoa, conforme depoimento de testemunhas, será morto; mas,
uma só testemunha não testemunhará contra alguém, para que morra. E não
recebereis resgate pela vida do homicida que é culpado de morte; certamente
morrerá.” Núm 35; 30 e 31
Textos como esse, com pena de morte prescrita para
assassinos “escandaliza” certos adversários da Bíblia; acusam que Deus seria
vingativo no Antigo Testamente e gracioso no Novo, o quê, O faria incoerente;
daí, falso. A Bíblia, mera compilação humana que “evoluiu” de acordo com o
processo civilizatório.
Bem, caso seja assim, Jesus não “evoluiu” tanto, uma
vez que, em Seus ensinos preservou o tratamento isonômico para os pecadores em
face aos seus pecados. “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados;
com a medida com que tiverdes medido hão de medir a vós... Portanto, tudo o que
quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os
profetas.” Mat 7; 2 e 12
Desse modo, não apenas o assassinato, mas, toda sorte
de malfeitos está sujeita à retribuição. Paulo desenvolveu de outro modo: “Não
erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear também
ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas, o
que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6; 7 e 8
O que
mudou, então, na transição da chamada era da Lei, para a da graça? O “simples”
fato de que as penas que deveriam incidir imediatamente sobre os transgressores
foram retidas; enquanto se faz a “aspersão do Sangue de Jesus”, como
alegorizou Pedro, a difusão de Sua mensagem e Seus feitos.
Aos que O receberem,
a pena que caberia pelos seus erros, por graves que sejam, é anulada pelo Seu Sacrifício perfeito; “...ele foi ferido por causa das nossas transgressões; moído
por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre
ele; pelas suas pisaduras fomos sarados.” Is 53; 5
Quanto aos demais, seguem
sob o jugo da Lei, que não foi anulada, apenas, cumprida cabalmente pelo Senhor. A sua acusação deveria conduzir os culpados ao Salvador, embora, muitos
resistam à ideia. “De maneira que a lei serviu de aio, para nos conduzir a
Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3; 24
Afinal, se era
vetado receber resgates em favor de homicidas, o Sacrifício perfeito do Salvador é resgate suficiente para todo tipo de pecados e todo número de pecadores que
decidirem obedientemente se abrigar sob suas asas.
Acontece que, se a Graça
amplia o tempo e possibilita perdão, em sua essência é mais severa que a Lei;
ouçamos: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que
matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se
encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu
irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu
do fogo do inferno.” Mat 5; 21 e 22 etc.
Assim, a graça não é uma licença para
pecar, antes, a possibilidade de escapar do juízo pelo caminho proposto. O Santo
não evolui como nós, tampouco, muda. Se cria tipos, “sombras” e os cumpre no
devido tempo é porque É Eterno; o Maior dos Mestres; age visando nos iluminar o
bastante, para que voltemos ao Seu regaço.
Entretanto, baratear a graça, brincar,
blasfemar, como alguns fazem, em nada a vilipendia; segue sendo o que é. E não
é salvo conduto para rebeldes, antes, agravo. “Quebrantando alguém a lei de
Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De
quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o
Filho de Deus; tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado e
fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10; 28 e 29
Embora as consequências das
escolhas sejam eternas, o tempo para fazê-las é limitado. A duração de nossa vida
terrena. Sendo essa qual um vapor que aparece e desaparece como disse Tiago, mesmo
a Graça Divina cruzando dois milênios já, nosso tempo é exíguo, abraçá-la urge.
“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais vossos corações,
como na provocação.” Heb 3; 11
Deus não se importa se alguns “civilizados” se
escandalizam com Sua “violência;” mas, importa-se tanto com o homem que Criou,
que submeteu Seu Unigênito à maior e mais ultrajante violação, para que possa
salvar.
Quem não se incomoda de ser, em parte, culpado por isso, Deus não
importará com sua opinião quando for julgar. Enfim, abraçamos voluntariamente a
graça, ou, nos será imposto o rigor da Lei.
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terça-feira, 16 de setembro de 2014
Desgraçando a graça
“Está
escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da
boca de Deus…Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” Mat
4; 4 e 7
É comum depararmos com coxos espirituais; digo, os que têm a perna da graça “sarada” e a da sã doutrina, atrofiada. Chegam a opor Jesus à Bíblia, quase, como se fossem excludentes. Essa seria legalista, fria; enquanto Ele é amor, graça, salvação.
Afirmam a irrelevância da vida pregressa dos candidatos a salvos como se fosse uma revelação ao invés do “óbvio ululante”. Qualquer pecador, por mais sujo que esteja traz em si os “méritos” necessários para ser salvo; está morto e precisa reviver, como o pródigo.
Entretanto, quando essa obviedade pacífica passa a ser argumento contra a disciplina dos salvos, surgem as primeiras digitais da vigarice espiritual e intelectual.
Como as instruções normativas aos salvos derivam basicamente das epístolas, não diretamente de Jesus seriam irrelevantes, de menos valia; quando não, contaminadas pelo farisaísmo; de Paulo, sobretudo.
Ora, nos textos supra, o Senhor derrota satanás com palavras “de Moisés”, ao invés de criar algo novo, mesmo podendo. Mais que isso; quando o Allan Kardec da vez tentou criar o espiritismo, o Senhor remeteu a Moisés e aos profetas como melhor alternativa: “…Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.” Luc 16; 29
Embora, aqueles seriam do Velho Testamento, não estavam obsoletos a ponto de ser desconsiderados.
Suspeito que essas ênfases na graça não visam colocar em relevo o óbvio; mas, pacificar sem mediador ao pecador contumaz. Claro que renovamos todos os dias nossos erros, e, paralelamente a misericórdia se “renova a cada manhã”; como enfatizou Jeremias.
Isso não basta para que pretendamos andar sem disciplina, como adverte a epístola aos Hebreus; “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.” Heb 12; 6 a 8
Na verdade Cristo tornou a Lei mais rigorosa em Sua releitura; ensinou a ir além das expressões visíveis buscando as sementes, no coração. A diferença em relação ao Antigo Testamento é que Seu sacrifício basta, não carece ser renovado; nosso arrependimento, sim. O Advogado não cria processo sem petição do cliente.
O legalismo não consiste em observar a Lei; antes, em descansar na aparente observância ignorando a intenção espiritual no preceito da mesma. Por isso o Senhor advertiu: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5; 20
Não se trata de pleitear salvação pelas obras; mas, de evitar que a graça seja barateada a tal ponto, que venha a prescindir dos devidos frutos que testificam o que ela fez. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 3; 10
O Renovo da “raiz de Jessé” não brotou para fazer sombra nas árvores adoecidas ; antes, para mudar suas naturezas. Onde isso não ocorreu, resta trabalho a ser feito. “… todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.” Is 55; 12 e 13
Embora seja muito mais confortável parecermos “legais”, por incrível que pareça, somo desafiados a ser santos. Não, “canonizados” após a morte dado o reconhecimento de dois milagres, como faz o catolicismo; antes, demonstrando em vida a eficácia de dois milagres: A salvação, e a santificação mediante o Espírito.
Isso deve ser tão visível, quanto uma cidade edificada sobre um monte; radiante como a luz, relevante como o sal. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5; 17
Enfim, não há dificuldade com o passado de nenhum pecador; antes, com o presente de ministros que se esforçam mais em agradar aos homens que a Deus. A Palavra de Deus foi rejeitada em Moisés, em Josué, em Samuel, em Jesus, sobretudo; em Paulo… por que não o seria em nós?
Ainda assim, nosso papel é anunciar retamente a mensagem da graça que desafia o agraciado com um sonoro, “não peques mais”!
Se gastarmos nosso tempo martelando a penha da doutrina para alargar o caminho estreito seremos inúteis a Deus e aos homens. Esperar da graça mais do ela dá, acabará em desgraça.
É comum depararmos com coxos espirituais; digo, os que têm a perna da graça “sarada” e a da sã doutrina, atrofiada. Chegam a opor Jesus à Bíblia, quase, como se fossem excludentes. Essa seria legalista, fria; enquanto Ele é amor, graça, salvação.
Afirmam a irrelevância da vida pregressa dos candidatos a salvos como se fosse uma revelação ao invés do “óbvio ululante”. Qualquer pecador, por mais sujo que esteja traz em si os “méritos” necessários para ser salvo; está morto e precisa reviver, como o pródigo.
Entretanto, quando essa obviedade pacífica passa a ser argumento contra a disciplina dos salvos, surgem as primeiras digitais da vigarice espiritual e intelectual.
Como as instruções normativas aos salvos derivam basicamente das epístolas, não diretamente de Jesus seriam irrelevantes, de menos valia; quando não, contaminadas pelo farisaísmo; de Paulo, sobretudo.
Ora, nos textos supra, o Senhor derrota satanás com palavras “de Moisés”, ao invés de criar algo novo, mesmo podendo. Mais que isso; quando o Allan Kardec da vez tentou criar o espiritismo, o Senhor remeteu a Moisés e aos profetas como melhor alternativa: “…Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.” Luc 16; 29
Embora, aqueles seriam do Velho Testamento, não estavam obsoletos a ponto de ser desconsiderados.
Suspeito que essas ênfases na graça não visam colocar em relevo o óbvio; mas, pacificar sem mediador ao pecador contumaz. Claro que renovamos todos os dias nossos erros, e, paralelamente a misericórdia se “renova a cada manhã”; como enfatizou Jeremias.
Isso não basta para que pretendamos andar sem disciplina, como adverte a epístola aos Hebreus; “Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.” Heb 12; 6 a 8
Na verdade Cristo tornou a Lei mais rigorosa em Sua releitura; ensinou a ir além das expressões visíveis buscando as sementes, no coração. A diferença em relação ao Antigo Testamento é que Seu sacrifício basta, não carece ser renovado; nosso arrependimento, sim. O Advogado não cria processo sem petição do cliente.
O legalismo não consiste em observar a Lei; antes, em descansar na aparente observância ignorando a intenção espiritual no preceito da mesma. Por isso o Senhor advertiu: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5; 20
Não se trata de pleitear salvação pelas obras; mas, de evitar que a graça seja barateada a tal ponto, que venha a prescindir dos devidos frutos que testificam o que ela fez. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 3; 10
O Renovo da “raiz de Jessé” não brotou para fazer sombra nas árvores adoecidas ; antes, para mudar suas naturezas. Onde isso não ocorreu, resta trabalho a ser feito. “… todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará.” Is 55; 12 e 13
Embora seja muito mais confortável parecermos “legais”, por incrível que pareça, somo desafiados a ser santos. Não, “canonizados” após a morte dado o reconhecimento de dois milagres, como faz o catolicismo; antes, demonstrando em vida a eficácia de dois milagres: A salvação, e a santificação mediante o Espírito.
Isso deve ser tão visível, quanto uma cidade edificada sobre um monte; radiante como a luz, relevante como o sal. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5; 17
Enfim, não há dificuldade com o passado de nenhum pecador; antes, com o presente de ministros que se esforçam mais em agradar aos homens que a Deus. A Palavra de Deus foi rejeitada em Moisés, em Josué, em Samuel, em Jesus, sobretudo; em Paulo… por que não o seria em nós?
Ainda assim, nosso papel é anunciar retamente a mensagem da graça que desafia o agraciado com um sonoro, “não peques mais”!
Se gastarmos nosso tempo martelando a penha da doutrina para alargar o caminho estreito seremos inúteis a Deus e aos homens. Esperar da graça mais do ela dá, acabará em desgraça.
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014
O medo da sombra
"E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.”
A inclusão de Zaqueu na “genealogia” abraãmica se deu após uma postura de arrependimento, não, uma comprovação genética. Embora o conceito teológico da filiação pela fé não estivesse assente na mentalidade dos discípulos, ( na verdade alimentavam ainda preconceitos raciais ) o ensino estava patente; o Mestre nunca fez diferença entre judeu ou gentio, no sentido de preferir àquele e preterir a esse; antes, sempre socorreu quem O buscou.
Na verdade, o precursor do Messias começou suas exortações justo contra isso; a pretensa eleição, a despeito de frutificarem ou não; ele disse: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.” Luc 3; 8 e 9
Assim, se é certo dizer que a mensagem do Batista não punha em relevo a origem de eventuais filhos de Deus, podiam vir de Abraão ou de pedras, colocava como essenciais, os frutos.
A inveja dos religiosos sedizentes, filhos de Abraão, testificava o contrário, como o mesmo Salvador demonstrou; “Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós.” Jo 8; 37
Descendência, O Senhor reconhecia; mas, filiação espiritual não; “Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.” V 39
Como Jesus desmascarou tal pretensão, ousaram dizendo-se filhos de Deus. “Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.” V 42
Por fim, Cristo pôs o dedo na ferida e deu nome aos bois. “Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” Vs 43 e 44
Nossa vontade determina o rumo das escolhas, essas, acabam plasmando as “digitais” espirituais, independente da profissão de fé. “… quereis satisfazer os desejos de vosso pai…” sintetizou o Salvador, depois de denunciar que eles O queriam matar.
Alguns escritores da praça dizem que os evangelhos são pura graça, sem teologia, que seria meio rançosa, humana; entretanto, na introdução de João já temos um robusto gancho onde se pode pendurar legitimamente os mais densos tratados teológicos sobre a filiação mediante a fé; “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1; 11 a 13
Assim, Paulo não está “dando golpes no ar”, figura que ele mesmo usou. “Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.” Gál 3; 7 “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.” Gál 5; 6
É preciso reconhecer que pleitos de alguns donos da verdade atuais é denominacional, não, racial, como nos tempos de Jesus. Entretanto, apostar num dogma qualquer, ou, mesmo mencionar o Nome que é sobre todos os nomes segue sendo em si mesmo, inócuo.
Afinal, Jesus Cristo apresentou a salvação como que, personificada; indo a Zaqueu apenas depois que esse produziu publicamente os frutos de arrependimento preconizados por João Batista. “… hoje veio salvação a essa casa…”
Porque, infelizmente, na maioria das casas que o Salvador vai, a salvação não entra; ainda que hipocritamente lhe deem boas vindas, Sua doutrina que acompanha a graça salvífica não é recebida.
Pensar que a graça equivalha à licença para pecar redundará em desgraça; pois, quem tem a mínima noção sobre o quanto foi caro para ser de graça, não tripudia nem brinca, com algo tão nobre, tão santo. “…homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus,…” Jd v 4
A salvação acompanha O Salvador como que sendo Sua sombra; mas, só refrigera quem se abriga humildemente na dependência de quem pode e quer salvar. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Sal 91; 1
A inclusão de Zaqueu na “genealogia” abraãmica se deu após uma postura de arrependimento, não, uma comprovação genética. Embora o conceito teológico da filiação pela fé não estivesse assente na mentalidade dos discípulos, ( na verdade alimentavam ainda preconceitos raciais ) o ensino estava patente; o Mestre nunca fez diferença entre judeu ou gentio, no sentido de preferir àquele e preterir a esse; antes, sempre socorreu quem O buscou.
Na verdade, o precursor do Messias começou suas exortações justo contra isso; a pretensa eleição, a despeito de frutificarem ou não; ele disse: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.” Luc 3; 8 e 9
Assim, se é certo dizer que a mensagem do Batista não punha em relevo a origem de eventuais filhos de Deus, podiam vir de Abraão ou de pedras, colocava como essenciais, os frutos.
A inveja dos religiosos sedizentes, filhos de Abraão, testificava o contrário, como o mesmo Salvador demonstrou; “Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós.” Jo 8; 37
Descendência, O Senhor reconhecia; mas, filiação espiritual não; “Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.” V 39
Como Jesus desmascarou tal pretensão, ousaram dizendo-se filhos de Deus. “Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.” V 42
Por fim, Cristo pôs o dedo na ferida e deu nome aos bois. “Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” Vs 43 e 44
Nossa vontade determina o rumo das escolhas, essas, acabam plasmando as “digitais” espirituais, independente da profissão de fé. “… quereis satisfazer os desejos de vosso pai…” sintetizou o Salvador, depois de denunciar que eles O queriam matar.
Alguns escritores da praça dizem que os evangelhos são pura graça, sem teologia, que seria meio rançosa, humana; entretanto, na introdução de João já temos um robusto gancho onde se pode pendurar legitimamente os mais densos tratados teológicos sobre a filiação mediante a fé; “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1; 11 a 13
Assim, Paulo não está “dando golpes no ar”, figura que ele mesmo usou. “Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.” Gál 3; 7 “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.” Gál 5; 6
É preciso reconhecer que pleitos de alguns donos da verdade atuais é denominacional, não, racial, como nos tempos de Jesus. Entretanto, apostar num dogma qualquer, ou, mesmo mencionar o Nome que é sobre todos os nomes segue sendo em si mesmo, inócuo.
Afinal, Jesus Cristo apresentou a salvação como que, personificada; indo a Zaqueu apenas depois que esse produziu publicamente os frutos de arrependimento preconizados por João Batista. “… hoje veio salvação a essa casa…”
Porque, infelizmente, na maioria das casas que o Salvador vai, a salvação não entra; ainda que hipocritamente lhe deem boas vindas, Sua doutrina que acompanha a graça salvífica não é recebida.
Pensar que a graça equivalha à licença para pecar redundará em desgraça; pois, quem tem a mínima noção sobre o quanto foi caro para ser de graça, não tripudia nem brinca, com algo tão nobre, tão santo. “…homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus,…” Jd v 4
A salvação acompanha O Salvador como que sendo Sua sombra; mas, só refrigera quem se abriga humildemente na dependência de quem pode e quer salvar. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Sal 91; 1
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