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sábado, 13 de abril de 2019

É Questão de Tempo

“... o tempo determinado, já chegou.” Sal 102;13

A Palavra de Deus não endossa o determinismo; digo o fatalismo onde, invés de, arbitrários seríamos meros peões; mas, em muitas partes o Texto Sagrado apresenta um planejamento temporal Divino.

“Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu.” Ecl 3;1 “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho...” Gál 4;4

Mesmo sendo Eterno Deus pauta a Sua Obra no tempo. Quando diz que Cristo foi morto “Antes da fundação do mundo” mostra-nos uma breve nuance da Divindade que, por não restrita ao tempo pode chamar às coisas que não são, como se já fossem, dada Sua Onisciência. Esse atributo vai além de saber tudo que há; inclui tudo o que houve, ou, haverá. Pra nós são fantásticas as profecias eivadas de minúcias e precisão; para O Santo são apenas uns petiscos de futuro que nos serve graciosamente.

Todavia, se há limites traçados no macro, somos mordomos do tempo a nós legado; administramos nossos tempos no “varejo”; somos responsáveis pelas escolhas que fazemos.

Sem essa que fulano morreu porque “chegou sua hora”; quem se porta imprudentemente ante riscos faz sua hora; outrem cometeu incesto porque sofrera um na “vida passada” e “justiça kármica” estaria sendo feita. Uma ova!

Pessoas agem alienadas de Deus porque a vida espiritual para elas é uma coisa passada para a morte pelo ancestral primeiro. Isso não as faz inocentes, porém; são desafiadas à cruz para regeneração; aceitar ou não compete a cada um.

Perante Deus o problema do pecado purga-se com a substituição por uma vítima inocente, Cristo; não pelo endosso de novos pecados. Isso é blasfemo e profano!

Nascemos inseridos numa “redoma” espaço-temporal dentro da qual somos desafiados a reencontrar o caminho da casa paterna; não se trata de uma charada da esfinge; antes, da coragem de fazer a boa escolha que nos é patente; pois, concorrem muitos ajudadores.

Anjos espirituais e de carne e osso que laboram colocando placas que apontam O Caminho. “... Ele mesmo (Deus) é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar...” Atos 17;25 a 27

Se, em dado momento Moisés apresenta os anos do vigor físico como restritos a setenta, “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos; se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.” Sal 90;10 em lugar nenhum é nos permitido inferir que tenhamos 69 anos e pouco para pecarmos gostosamente e nos arrependermos na “reta final”.

A Palavra sempre desafia a considerarmos a brevidade fugaz da vida terrena e fazermos com urgência a encomenda de inscrição na Vida Eterna; “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece.” Tg 4;14

Assim, estando num mundo mau, além dos riscos de nossas escolhas, inda podemos ser vítimas das más escolhas de terceiros, abreviando nosso tempo sem nossa participação direta.

Daí que a salvação sempre é posta como uma alternativa para adesão imediata, não algo a se postergar indefinidamente como se, fôssemos senhores dos nossos dias. “... exortamos-vos a que não recebais a graça de Deus em vão Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação”. II Cor 6;1 e 2

Quem recebe à Graça é regenerado espiritualmente e passa a ter dupla natureza. Uma caída inimiga de Deus que inclina-se à morte; outra, regenerada que tem prazer em Deus. Aquela sofre ainda a ação do tempo; a espiritual, não. “Por isso não desfalecemos; mas, ainda que nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” II Cor 4;16

Assim, malgrado o arrefecimento físico, o homem espiritual pode ser frutífero quando o natural é só um peso; “Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha; Nele não há injustiça.” Sal 92;13 a 15

Deus sabe que tens pouco tempo; um jovem tinha cinco pães e dois peixes; deu-os a Jesus. Ele alimentou milhares e sobraram doze cestos. Dê seu pouco tempo ao Senhor. Ele fará eterno; e da sua salvação a fiadora de outras eternidades ainda.

domingo, 31 de dezembro de 2017

A coroa e os coroas

“Coroa de honra são as cãs, quando, elas estão no caminho da justiça.” Prov 16;31
Notemos que, cabelos brancos em si não merecem honra nenhuma; apenas, se, o seu “coroado” estiver no caminho da justiça. Ruy Barbosa desenvolveu de outro modo: “Não te impressiones com os cabelos brancos, pois, os canalhas também envelhecem.”

Deveríamos, com o curso do tempo e as lições da vida nos tornar sábios na maturidade; entretanto, nem sempre é assim. Diz-se que o brasileiro tende a deixar tudo para última hora; em se tratando de documentos, tarifas, inscrições, pagamentos; o que, na maioria dos casos se verifica, dadas as longas filas ao expirarem prazos para essas vicissitudes.

Contudo, aprender o apreço pela justiça, e decidir andar em seus caminhos é algo mais denso que quitar certo compromisso financeiro ou, similar; na verdade é um caminho, um jeito de andar, na estrada da vida, que se aprende e preserva, malgrado, as oposições do mundo, ou, se deixa levar pelo caminho largo do comodismo conveniente, da frouxidão moral, da morte espiritual.

Não dá para aprender amar à justiça na última hora. Toda ênfase que se der à Graça de Deus ficará muito aquém da grandeza dela; todavia, essa não é um fator excludente no que tange à justiça, antes, foi a Justiça de Deus fazendo o pecado encontrar seu salário, a morte que proveu a Graça Inefável de Cristo; tomando nossas culpas para suprir nossa inadimplência da qual jamais poderíamos sair por nossos parcos meios; “Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele, pois, a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49;6 a 8

Desse modo, os que se arrependem recebem a vida de graça, para que regenerados pelo Espírito aprendam andar em justiça.

A justiça não é um alvo a se chegar, antes, um efeito colateral, um jeito de ser e andar daqueles que chegaram a Deus em Cristo. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 3;10

Moisés rogou que Deus propiciasse ao longo da caminhada uma estatura que pudesse ser reputada sabedoria; “Ensina-nos a contar nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” Sal 90;12

Mediante o mais sábio dos homens, Salomão, Deus preceituou que, as boas escolhas podemos e, devemos desde cedo; “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias; cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento.” Ecl 12;1

Aí sim, se, inda jovens desejarmos esse caminho, que aos olhos Divinos sejamos reputados justos, então, a prática da justiça nos será algo normal, e, mesmo quando o tempo branquear nossos cabelos, ainda seremos frutíferos nas mãos de Deus. “O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha Rocha; Nele não há injustiça.” Sal 92;12 a 15

Um dos frutos de nosso andar em justiça será “anunciar que O Senhor é reto... Nele não há injustiça.” Pois, se assim não for, digo, se passarmos nosso tempo alienados do Senhor, resilientes ao ensino e, eventual correção, seremos apenas velhos um dia, e nossos cabelos brancos, invés de credenciais de experiência, sabedoria, serão uma desonra, dado que até uma criança pode se nos avantajar; “Melhor é a criança pobre e sábia do que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar. Porque um sai do cárcere para reinar; enquanto outro, que nasceu em seu reino, torna-se pobre.” Ecl 4;13 e 14

Notemos que esses fazem caminho inverso, um perde o que já tinha; um reino, enquanto, o que não tinha nada acaba herdando aquilo que seria do outro. Se, isso lembra as sagas de Saul e Davi, por exemplo, só corrobora que o ensino é mesmo veraz. Aquele perdeu o reino por teimoso, rebelde, esse herdou, graças a sua comunhão com Deus.

Saul terminou suicidando-se para não morrer pela mão do inimigo, enquanto, Davi passou a coroa ao seu filho Salomão, que, depois escreveu a sentença em apreço.

Na verdade todo que aquele que exortado a abraçar a Justiça Divina como modo de vida se aliena do Criador, no fundo, é suicida, pois, sua escolha atenta contra a própria vida.

“O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã.” Leonardo da Vinci