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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Trabalho ou prazer?

“...esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, trabalhai; porque Eu Sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos; segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, meu Espírito permanece entre vós; não temais.” Ag 2;4 e 5

Num cenário de arrefecimento de forças e fé, em que o povo começara a reconstrução do templo e desanimara o profeta Ageu os exortou ao trabalho, com uma garantia: O Espírito de Deus ainda estava com eles, não deveriam temer.

Embora esteja escrito que “O justo viverá da fé”, muitas vezes nossa frágil fé fica devaneando com os enganosos acessórios da visão.

Na maioria dos casos não deixamos que as palavras tenham vida própria; isto é: Digam estritamente o que dizem. Normalmente as queremos como marionetes dos nossos sentimentos.

Chamamos nosso serviço cristão de “Obra de Deus”, mas, em muitos casos a concepção é de festa “espiritual”, não, de trabalho. Caso a coisa não nos aconteça assim cogitamos logo que O Espírito Santo nos deixou; pois, não O vemos como o Ajudador Excelso que É a nos capacitar pro trabalho; muitos o veem como o energético aquele que dizem; “te dá aaaasas”.

Quem trabalha, ou, conhece os meandros de uma obra sabe que a coisa é dura mesmo, com raros tempos de refrigério.

Entretanto, os nefelibatas espirituais só se estiverem voando em seus devaneios mal orientados estarão plenos do Espírito, senão, Deus os terá deixado.

Se, não sentem esse “pairar” desejado “ajudam”, promovem suas “campanhas” trazem seus astros góspeis, luzes, coreografias, espetáculos; tudo fazem para “ajudar” O Espírito. Suas doentias propensões, não raro, abrem as portas ao espírito do erro, por desejarem festas em tempo de labor.

A turma do bezerro de ouro trabalhou, mas, contra as ordens Divinas fazendo uma imagem; depois bailaram felizes em redor de seu erro, quando, deveriam apenas ter esperado; por fim, o “fruto” de sua diligência na contramão; morte.

Os momentos de euforia espiritual são pontuais; um carinho que O Santo faz para que renovemos nossas forças, no mais é trabalho duro mesmo. A presença do Espírito em nós enseja, antes de tudo, luz, direção; o que nos cabe sempre será tarefa nossa. “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21 Se, “andarmos na Luz” como disse João Ele nos abençoa; senão, estaremos por nossa conta.

Outro aspecto inda mais danoso, que o mero anelo por facilidades, dada, a Santa presença do Espírito; pensar que Ele nos instiga ao trabalho, de fato, mas, para amontoar sob nossas sombras os enferrujados tesouros da Terra. Aí fazemos a leitura certa da capacitação que vem Dele, porém, deslocamos para alvos doentios. O Santo nos capacita, renova forças, dirige, porém, sempre no alvo da edificação do Reino, não de inclinações egoístas desorientadas.

Qualquer coisa que tem a glória humana como centro, por piedosa que pareça; barulhenta que se manifeste; espetaculosa que chame atenção de meio mundo, nem de perto é a Obra de Deus, antes, é uma fraude, uma usurpação.

Os coevos de Ageu, como nós, na tendência da busca imediatista queriam sinais de glória em tempos de trabalho. O Senhor os desafiou a fazerem sua parte, pois, no devido tempo, O Eterno também faria a Dele. “farei tremer todas as nações; virão coisas preciosas de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; neste lugar darei a paz...” Vs 7 a 9

Acaso quando plantamos algo precisamos dizer a Deus em nossas orações quando é o tempo da semente germinar, de florir, frutificar? Ora, nossa parte no “consórcio” é preparar a terra e lançar a semente; Deus sempre faz a Dele enviando sol, chuva, sobre justos e injustos. Pois, como disse Salomão: “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, tempo de morrer; tempo de plantar, tempo de arrancar o que se plantou.” Ecl 3;1 e 2

O Eterno até mistura trabalho com prazer; porém, no âmbito do Espírito, de uma consciência purificada, não nas doentias comichões carnais; “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas, justiça, paz, e alegria no Espírito Santo.” Rom 14;17

Se fizermos o que A Palavra diz, com ou sem sentimento de alegria teremos a Divina aprovação; quando Deus vier supervisionar verá que o que fez Sua Palavra é bom. Esforcemo-nos; Seu Espírito está conosco!

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Fraudes Espirituais

“Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de evangelista, cumpre teu ministério. Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício; o tempo da minha partida está próximo.” II Tim 4;5 e 6

Paulo às portas da morte dando as últimas instruções ao seu discípulo Timóteo. Muitos vão se desviar da verdade, mas, tu, sê sóbrio, faze a Obra, porque estou indo já. Ele estava passando o bastão a alguém idôneo, e exortando-o a continuar assim.

Dois aspectos chamam atenção na final da carreira de Paulo: segurança e altruísmo. Que diferente a postura dele das de “cristãos” modernos que padecendo uma doença terminal, agarram-se com unhas e dentes à vida, “ordenam, determinam decretam” a cura, como se Deus lhes devesse porque resolveram se apossar de algumas promessas na hora difícil.

A entrega de nossas vidas a Cristo enseja a salvação, reconciliação com Deus; depois, como um efeito colateral, livra-nos do medo da morte. “Como os filhos participam da carne e do sangue, também ele ( Cristo ) participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

Não significa que um convertido tenha pressa de morrer; tampouco, teme; sua fé acena com algo venturoso no porvir, isso “anestesia” eventuais temores naturais. O mesmo Paulo abordou assim: “Porque para mim viver é Cristo; morrer é ganho. Mas, se, viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. De ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.” Fp 1;21 a 23

Infelizmente, uma geração de pilantras modernos, travestidos de pregadores perverteu a fé, de uma confiança irrestrita em Deus, para uma força que nos serve e faz acontecer o que desejamos.

“Crede em Deus; crede também em mim”, ensinou O Salvador. Se, a fé é em Pessoas, descansa na integridade Delas, a despeito do que façam, confia; agora se tenho fé naquilo que quero, sequer a tenho estritamente; é apenas um instante desejo de me evadir às minhas angústias a todo custo; Deus é apenas um pretexto aos meus medos, uma ímpia tentativa do cooptar O Santo ao que quero, por desconfiar da sabedoria e conveniência do que Ele quer.

Os jovens ameaçados com a fornalha em Babilônia são um exemplo edificante de fé sadia. Nabucodonosor perguntara: “Qual Deus vos poderá livrar das minhas mãos?” Eles responderam: “O nosso Deus, a quem servimos nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. Se, não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Dn 3;17 e 18

Isso sim é uma fé! Não atrelou a obediência a nenhum livramento dizendo: “Porque cremos, nosso Deus nos livrará”; antes, “Ele pode; se não, mesmo assim obedeceremos ao Seu mandamento de não adorarmos imagens esculpidas”. Esse “se não” faz toda a diferença entre uma fé saudável que se entrega e confia, e outra arrogante que acha que Deus lhe deve satisfações somente porque ela diz crer. Deus quis e os livrou; mas, seguiria sendo Deus Santo e Justo se os deixasse perecer e os recompensasse apenas no porvir.

Até agora nos ocupamos somente da segurança de salvo de Paulo; porém, seu altruísmo fica evidente ao passo que, mesmo preso em Roma ocupou-se de escrever instruções pormenorizadas aos que seguiriam após ele. Invés de lavar as mãos dizendo, agora é com vocês, cumpri minha parte; antes, ansiava ficar, em espírito, nas instruções saneadoras que deixava.

“Pregues a palavra, instes a tempo, fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;2 e 3

Enfim, tanto a conversão nos livra do medo da morte, quanto, do egoísmo; o ego deve ser deixado na cruz.

Então, “cristãos” tremendo de medo da morte, ou, com aspirações egoístas, são fraudes visíveis à distância como uma cidade sobre um monte. Infelizmente, grande leva de professos cristãos atuais ainda carece se converter de suas “conversões”.

“– O cristianismo de hoje não transforma as pessoas. Pelo contrário, está sendo transformado por elas. Não está elevando o nível moral da sociedade; está descendo ao nível da própria sociedade, congratulando-se com o fato de que conseguiu uma vitória, porque a sociedade está sorrindo enquanto o cristianismo aceita a sua própria rendição!” A. W. Tozer