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sábado, 15 de junho de 2019

O Dia da Angústia

“Se te mostrares fraco no dia da angústia a tua força é pequena.” Prov 24;10

Ansiedade, inquietude, sofrimento, estreiteza, privação, tormento...

Nos dias em que esses pesos incidem sobre nós nossas forças são testadas. Há diferença entre músculos forjados em academias e os derivados do trabalho; aqueles, não raro, são subprodutos da vaidade; esses, do cumprimento do dever.

Qual força fraca, que, malgrado ostente corpo de herói das artes marciais, habita numa alma pusilânime, refém de vícios e superfluidades várias. Desse modo o uso eventual das palavras certas com espírito errado; profissões de fé que sucumbem aos testes.

Assim, pretensa saúde espiritual dos que, estão cheios de fé e louvores em dias de abundância, calmaria, cercados de afetos; mas, permita-se-lhes a menor contrariedade e qual cabana de palha na tempestade, sua “fé” some num sopro. Sua “caminhada” na esteira da jactância vã, invés das veredas estreitas e pedregosas da obediência e confiança irrestritas se revela inútil.

Para esses infantes mimados estão cheias as redes sociais de “mensagens poderosas” que prometem mundos e fundos, grandezas incondicionais para deleite da carne que deveria ser mortificada; “Deus vai fazer isso e aquilo para mostrar Seu Poder”. Inclusive, “pagar suas contas”. Que vergonha!! Crianças sujas de barro fingindo ser super-heróis.

Diga lá, caro Batman; quem construiu à Torre Eiffel faria uma casinha de cachorro para exibir talento como engenheiro??? Quem criou tudo o que há precisa dar “pirulitos” a crianças mimadas para mostrar Poder? “... Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Querem que “Deus mostre” que pode ser manipulado por lapso de noção. Pelo discernimento que Ele já nos deu, vemos sua vergonhosa nudez; como o casal edênico, não se envergonham. Aqueles por inocência; esses por cegueira.

Claro que é doloroso passar por angústias; só quem as sofre sabe; mas, quando vierem, e virão, façamos um cursinho intensivo de 42 capítulos com Jó, invés de ficar covardemente fugindo do Anseio Divino que permite e associa-se conosco em nossas dores, para o nosso crescimento. “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Provação testa nossa têmpera, a fibra das almas, não, a robustez dos corpos. Muitos derrotados pelas angústias, sem a resiliência decidida para um recomeço “jogam a toalha”; caem em estados auto-comiserados e desistem de viver; não poucos sucumbem à depressão e alguns chegam ao extremo do suicídio. Invés de matar à dor que as incomoda matam as possibilidades.

Tendo em mente todas as lutas necessárias que nos assediam Paulo aconselhou: “Fortalecei-vos no Senhor; na força do Seu Poder.”

Infelizmente, muitos deixam para consertar o telhado em dias de chuva; invés de se achegarem ao Senhor em momentos de calmaria e restaurarem com Ele a relação e depois se fortalecerem na manutenção estreita da mesma, colocam um balde na goteira; “lembram” do Eterno apenas em horas angustiosas. Salomão aconselhou: “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento.” Ecl 12;1

“O dia da angústia” ou, o choro que “dura uma noite” são metáforas para um período de sofrimento; às vezes breve, outras, longo. Todavia, quem encara isso da perspectiva correta sai dentre as cinzas da dor para uma chama viva de comunhão e conhecimento melhor. “Eu te conhecia só de ouvir falar; mas, agora te veem meus olhos” Jó 42;5 “Antes de ser afligido andava errado; mas agora guardo Tua Palavra.” Salm 119;67

Se, nada de positivo fosse possível ao Senhor tirar dentre as angústias, por certo Seu Amor nos pouparia delas; mas, é justo Seu Zelo de Pai Amoroso que nos exercita nelas, seja como consequências de pecados, seja como profilaxia prevenindo dores maiores, quiçá, eterna perdição.
“Porque o Senhor corrige o que ama, açoita qualquer que recebe por filho.” Heb 12;6 “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.” Apoc 3;19

Se, está tudo escuro à nossa volta, ainda assim há uma Luz para cima: “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Pois, se uma contrariedade efêmera, eventual já nos angustia como estaria Seu Coração de Pai ante o risco da eterna perdição dos filhos? “Em toda a angústia deles Ele foi angustiado...” Is 63;9

A bola está conosco; ou, ensejamos festa nos Céus mediante arrependimento e obediência, ou, angústia lá e cá, perdendo-nos e ferindo ao Amor do Pai.

sábado, 29 de setembro de 2018

Consequências espirituais

“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Luc 15;10

Nem sempre sabemos avaliar devidamente a repercussão das nossas escolhas. Entender que uma opção aqui, algo aparentemente comum, tem desdobramentos nos Céus, perante O Eterno.

As virtuosas, isto é, que são segundo os padrões Divinos, além dos abençoados reflexos sobre seu agente têm ainda outro, didático, perante anjos, como ensina Paulo: “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” Ef 3;10

Quer dizer que, convivendo em comunhão com O Santo os habitantes celestes desconhecem a Sabedoria Dele? Em parte, sim. Pois, a “loucura” de esvaziar-se, ficar ao alcance de assassinos como fez, só se justifica depois, pelos frutos produzidos, e, enfim, deixando patente seu valor.

“Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus, quanto, gregos, lhes pregamos a Cristo, poder e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia e, a fraqueza, mais forte do que os homens.” I Cor 1;23 a 25

Nossa peregrinação terrena é uma extensa “reunião” de cujas falas e atos os “secretários celestes” tomam nota em suas atas; seja, em nosso benefício, seja contra nós. “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor; para os que se lembraram do Seu Nome.” Mal 3;16

Tanto podemos causar festa nos Céus, quando nos arrependemos do mal e nos rendemos a Cristo, O Salvador, quanto, perplexidade; pois, tendo já feito a escolha pelo Senhor em dias pretéritos, de repente, ao sabor de novos interesses trocarmos Fontes Eternas por futilidades efêmeras; “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas; cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;12 e 13

Não há meio termo; sempre que buscamos alternativas a Deus, por religiosos que pareçamos, ou, nos pretendamos, a rigor, O deixamos por “cisternas rotas.” A maravilhosa possibilidade de fazermos escolhas concorre com a espantosa necessidade de sermos consequentes, pois, as mesmas hão de frutificar “conforme sua espécie”.

Paulo adverte: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A carne é a vida natural movida por instintos, preferências humanas, a despeito da Palavra; os que vivem assim ainda não foram motivo de festa nos Céus; não ingressaram à vida espiritual para a qual se requer novo nascimento; “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Os renascidos são desafiados à cruz, onde devem mortificar as naturais inclinações; doravante, cambiar paulatinamente os pensares naturais pelos sobrenaturais; “... meus pensamentos não são os vossos; nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos do que a Terra, são os meus caminhos mais altos do que os vossos, e meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9

Assim, cada vez que desprezamos os Divinos preceitos e colocamos nossas pobres mentes acima da do Pai, trocamos valores eternos por pratos de lentilhas como fez Esaú. Insanidades assim causam estupefação nos céus, invés de festejos.

Deprimente ver e ouvir “cristãos” pontuando “seus direitos” onde, o mero pronunciar O Nome do Senhor já os lança na seara dos deveres; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Quando porfiamos com alguém para que alinhe-se a Deus estamos, no fundo, zelando por sua vida, ainda que, ele (a) não veja assim, ou, ignore as consequências; “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova.” Rom 14;22

Simplificando: Feliz aquele que escolhe as coisas conforme os padrões celestes; tendo herdado vida eterna atua de modo a preservá-la.

Cada vez que digo sim, para Ele, Cristo, devo um troante, não! Às minhas próprias inclinações que destoam dos preceitos Dele.

Paz com Deus não deriva de frequentarmos uma igreja; Antes, recebermos O Senhor Justiça Nossa, e deixarmos de vez nossas injustiças, daí, “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso; segurança para sempre.” Is 32;17

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Festa nos Céus, ou, na Terra

“Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e, perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?” Luc 15;4

A conhecida parábola da ovelha perdida; analisemos seu contexto imediato. O Senhor assentara-se à mesa com publicanos e fora criticado por isso pelos religiosos; “Os fariseus e os escribas murmuravam dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.” V 2

Então, O Salvador contou uma sequência de parábolas, ovelha e dracma perdidas e o filho pródigo. Isso visto de modo superficial pode parecer que Jesus aprovava a postura dos religiosos que seriam as 99 ovelhas, ou, as nove dracmas que não se perderam; e, os publicanos e demais pecadores, os perdidos que estavam sendo buscados; será?

Há duas coisas a considerar aqui; Jesus não estava avaliando a espiritualidade dos religiosos, mas, defendendo a necessidade de Sua ação de buscar aos perdidos. E, ao passar por alto sobre a hipocrisia deles como se fossem justos encerrava certa ironia, pois, se o fossem deveras estariam eles buscando perdidos, invés, de se suporem acima.

A Parábola do pródigo apresentou o irmão caseiro com ciúmes porque o pai festejou a volta do perdido; isso sim, os identificava; pois, estavam enciumados pelo fato de O Senhor ajudar aos fracos invés de compactuar com a encenação frívola deles.

Desse modo Cristo lhes fez ver que, mesmo se fossem justos como pretendiam, suas razões e críticas não faziam sentido; eram fruto de ciúme vazio. E, as razões do Senhor iam muito além de formalidades religiosas banais; atinavam ao propósito celeste, pois, “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam arrependimento.” V 7


Eis uma coisa que todo obreiro deveria aprender! Dirigir seus passos e ações focando na repercussão nos Céus, não, no aplauso da Terra. Spurgeon dizia: “Preocupe-se mais com a pessoa para quem olhas quando pregas, que, com o seu modo de olhar.” De outra forma: Seja empático, amoroso, invés de performático espetaculoso. A repercussão nos Céus é que conta.

Os filósofos usavam esse critério salutar de discutir um assunto de cada vez, sem embaralhar a discussão; e a “bola da vez” era a correção ou não, do Salvador se misturar com pecadores. O Senhor os demoveu com ensinos de uma lógica comum, de fácil compreensão e coroou seu argumento com algo que eles pareciam desconhecer; a reação celeste.

Porém, quando se propôs a falar dos religiosos especificamente, não “dourou a pílula”, antes, os expôs como de fato eram. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois, sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas, interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, interiormente estais cheios de hipocrisia e iniquidade.” Mat 23;27 e 28

Salta aos olhos o contraste entre o justo e os hipócritas: Enquanto aquele fazia o necessário, mesmo em ambientes malsãos buscando a aprovação celeste, esses faziam toda uma encenação fajuta, vazia em busca da aprovação humana.

Embora tenha sido um fato histórico, é também um tipo profético dos ministros atuais. Uma minoria leal ainda se ocupa com pecadores visando a “festa nos céus”; a ampla maioria é a dos “tolerantes, inclusivos, liberais” que, em busca do aplauso de um mundo apodrecido em pecados, coloca em realce o amor de Deus e profana Sua Justiça; acomodando nas congregações toda sorte de posturas abomináveis; jamais ensejam uma festa celeste, mas, a Terra os festeja como modernos, racionais, amorosos...

De ministros assim O Senhor falou também: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Enfim, quem pretende uma igreja inclusiva, tolerante com práticas pecaminosas não tem a menor ideia do que é de fato, a Igreja de Cristo. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente.” Tt 2;11 e 12

Como vimos, a Graça Salvadora veio para todos; trouxe seu ensino que demanda dos discípulos renúncia a toda sorte de impiedade, vida sóbria e justa; senão, nada feito.

Pessoas que querem ser membros do Corpo de Cristo sem abandonar suas práticas pecaminosas sonham com duas vidas concomitantes; essa, e a eterna. Devemos renunciar uma se desejamos outra. Senão, tiremos o máximo proveito do pecado até a perdição final, pois, é só o que teremos.

“Todos nós nascemos loucos. Alguns permanecem.” Samuel Beckett