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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Os Cegos e o Motim

“Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;22

Não significa que iníquos não tencionem se esconder; mas, que, diante de Deus é impossível. Uma forma oblíqua de aludir a Onisciência e Onipresença Divinas.

Davi falou o mesmo; “Para onde me irei do teu espírito, para onde fugirei da tua face? Nem as trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti a mesma coisa;” Sal 139; 7 e 12

Trevas e luz para Deus são a mesma coisa, quanto à impossibilidade de se esconder; não é valoração espiritual; “... nem as trevas me encobrem de ti...” É um apreço da ciência Divina, não, da moral.

Ele mediante Jeremias propôs a questão: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não veja? diz o Senhor. Porventura, não encho, Eu, os Céus e a Terra? ...” Jr 23;24

A Epístola aos Hebreus também aborda o tema; “Porque A Palavra de Deus é viva e eficaz; mais penetrante que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e espírito, juntas e medulas; é apta para discernir pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas, patentes, aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Tratar com Ele não é possibilidade, mas, necessidade; “... temos de tratar.”

O que diríamos ao ver alguém tencionando fazer algo absolutamente impossível? Que está louco. Assim agem espiritualmente os que devaneiam ocultar-se ao Criador. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7 Sua reação a Deus é de desprezo ao Seu conselho; sua reputação na dimensão espiritual, loucos.

Dizem que o avestruz quando pretende se esconder enterra a cabeça na areia, de modo que, não vendo nada, sente-se oculto, protegido, seguro.

Eis o nefasto efeito colateral do “sereis como Deus sabendo o bem e o mal”! Vivendo impiamente confiando na pretensa autonomia em relação a Deus, não só ignoramos como valorar corretamente, bem e mal, como, sequer percebemos quando o bem nos visita; “... Maldito o homem que confia no homem faz da carne o seu braço e aparta seu coração do Senhor! Será como a tamareira no deserto; ‘não verá’ quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

O avestruz tudo bem, a Bíblia mesmo diz que tem apenas velocidade, não, entendimento; “Deus o privou de sabedoria, não lhe deu entendimento. A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.” Jó 39;17 e 18

Porém, nós, criados À Imagem e Semelhança do Eterno, só seremos reféns da cegueira espiritual, se, em nossa ímpia resiliência calcarmos pés na insana rocha da incredulidade.

Como o avestruz devaneando com esconderijo, apenas acha cegueira, igualmente os ímpios, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Se, no prisma espiritual é loucura a inglória tentativa de se ocultar, do ponto-de-vista natural, a entrega irrestrita a Deus é que soa a insanidade. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas, para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1;18 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” Vs 20, 21 e 25

Todos depreciam verbalmente à cegueira voluntária, o cego que, não querendo ver, torna-se pior que outro que não pode; entretanto, uma coisa é a ginástica mental, outra, a realidade patente nas escolhas da rebelde vontade dos iníquos.

Tais serão condenados, pois, não buscam às trevas por estar cientes que essas escondem de Deus, antes, por sua predileção pela maldade. “... a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

A opção pelo mal culminará num motim global; “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o Seu Ungido, dizendo: Rompamos as Suas ataduras; sacudamos de nós as Suas cordas.” Sal 2;2 e 3

Felizes os que, invés de romper as cordas ouvem ao Salvador: “Tomai sobre vós o Meu Jugo...”

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A Necessária Separação

Tornou, pois, a haver divisão entre os judeus por causa destas palavras.” Jo 10;19

Embora para muitos o sonho de Deus seja a união dos povos, sobretudo, os ditos cristãos, em momento algum a Palavra de Deus menciona tal alvo. Antes, na Oração Sacerdotal, nosso Sumo Sacerdote orou pela unidade dos salvos. Isso equivale à coesão dos que creem e obedecem ao Senhor, não uma mescla de diversos, no estilo de um mosaico.

No texto acima vemos que as Palavras de Jesus causavam divisão. Por quê? Porque seus ouvintes formavam uma dualidade, crentes e incrédulos, invés de uma unidade. Os primeiros O reconheciam, os demais, atribuíam seus poderes a outra fonte. “Muitos deles diziam: Tem demônio, está fora de si; por que o ouvis? Diziam outros: Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Vs 20 e 21

O Salvador advertiu que Sua entrada à humanidade ensejaria mesmo, conflitos, invés de união; ouçamos: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas, espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; assim, os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; quem ama filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz, e segue após mim, não é digno de mim.” Mat 10;34 a 38

Usou uma forma ampliada de reiterar o mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas, inclusive, sobre nossos familiares.

Assim, gostando nós, ou não, não existe neutralidade espiritual; estamos com Deus, ou, contra ele. A melhor maneira de aquilatarmos de que lado estamos, é nossa reação à Sua Palavra. Ela sempre nos desnuda, sejamos convertidos ou, não.

O crente, corrigido se arrepende, muda de postura, recomeça; os demais, revoltam-se, descreem, acusam os mensageiros pela seriedade da mensagem, quiçá, como aqueles acima, atribuem ao inimigo eventuais atos de Deus mediante Seus Servos.

A própria Palavra apregoa Sua eficácia: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir pensamentos, intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas, patentes, aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Na verdade, nesse vasto “campo de nudismo” moral que estamos inseridos, as pessoas não se importam de estarem nuas, desde que, todos estejam “trajados a rigor”.

Entretanto, se ousar entrar no meio um que esteja revestido de Cristo, presto causará divisões; sua postura “não alinhada” destoará do lugar comum. É bem idoso o conflito entre agradar a Deus, ou, aos homens.

Paulo, o apóstolo causou uma revolução quando atuou na cidade de Corinto. Porém, missionário que era, foi adiante. Em dado momento ficou sabendo que os crentes de lá estavam capitulando às pressões de familiares incrédulos, de modo que sua fé, tão vistosa no início, estava sendo mantida a “boca pequena”, como se fosse motivo de constrangimento, invés de alegria.

Ao saber disso apressou-se a dizer-se inocente do “estreitamento” então, vigente; “Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas, estais estreitados nos vossos próprios afetos.” II Cor 6;11 e 12 Noutras palavras: Eu falo de vossa fé com alegria, coração dilatado; se estais estreitos nisso, é por dardes ouvidos a ímpios, o que não deveis.

Aliás, o preceito foi uma divisão cabal, com todas as letras e detalhes necessários. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel?
Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; serei o seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” Vs 14 a 18


Que os indigentes espirituais que nos acusam de fanatismo religioso prestem atenção: Nosso tribunal de apelação argumentativo é A Palavra de Deus, não uma religião, que pode ser mera invenção humana. Aliás, tais acusações são já, parte da divisão necessária, reflexo das escolhas de cada um.