“Os filisteus... disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a Arca do Senhor era vinda. ... se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. Diziam mais: Ai de nós! Tal, jamais, sucedeu antes.” I Sam 4;6 e 7
Os hebreus tinham perdido já uma batalha; pasmos pela “ausência” de Deus no combate resolveram buscá-lO; trouxeram a Arca da Aliança para a luta.
Chegando “reforço” ao front os soldados jubilaram em alta voz; a coisa ecoou no exército inimigo e temeram.
Que inimigos desconhecessem Deus é compreensível; entretanto, os próprios hebreus ignorarem aos predicados Seus é alarmante. Se, em dado momento O Eterno desafia: “Operando Eu, quem impedirá”? O outro lado da moeda também é necessário. “Afastando-me Eu, quem me aproximará”?
O que chegara fora tão somente a Arca, que, embora fosse um objeto sagrado era só um objeto; um símbolo da Santa Presença, não, a presença. Como uma aliança de casamento no dedo de um adúltero não garante fidelidade, um símbolo santo entre um povo rebelde não garantia a aprovação Divina, tampouco, Sua Presença.
O sonho de consumo dos idólatras é um deus que possa ser levado pra lá e pra cá ao sabor das inclinações. O Eterno não pode ser manipulado; faz tudo que lhe apraz, quando quer; denuncia como ignorantes os que peregrinam após espantalhos de humana feitura que são espiritualmente inócuos. “Congregai-vos, vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar. Anunciai, chegai-vos, tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então anunciou? Porventura não sou Eu, o Senhor? Pois, não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu sou Deus; não há outro.” Is 45;20 a 22
Não pense o incauto que idolatria é hábito de católicos com suas múltiplas imagens, apenas. Está repleto de “evangélicos” idólatras devaneando que se possa levar a bênção num frasco de azeite, numa porção de sal grosso, “rosa ungida”, toalha, ou, outra porcaria qualquer. Isso é idolatria inda mais tosca que aquela.
O Salvador ensinou: “A hora vem, agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura tais que assim o adorem. Deus é Espírito; importa que os que o adoram adorem, em espírito e verdade.” Jo 4;23 e 24
A humanidade ímpia lida muito mal com a verdade. Lembro fragmentos de uma antiga canção: “As pessoas adoram o falso, eu também preciso ser mais falso, a verdade gera confusão...” mais ou menos isso. Ousemos ser verdadeiros em nossas inserções sociais, full time, para ver quanta confusão causaremos na seara da falsidade.
Os Hebreus foram derrotados justo pelo abandono de Deus; sua relação com O Santo se revelara oca, profana, falsa. Os filhos do sacerdote Eli faziam poucas e boas das coisas santas, prostituíam-se em público, vilipendiavam aos sacrifícios; seu omisso pai não os disciplinou como deveria; Deus disse-lhe: “Por que honras teus filhos mais que a mim?” Entristecido os deixou a própria sorte. Derrotados no primeiro embate resolveram buscar a Arca, como se, isso trouxesse junto ao Senhor. Ledo engano. Perderam de novo; até a Arca foi tomada pelos inimigos.
Deus O Todo Poderoso não pode ser levado como um bibelô. Mas, pode ser atraído por corações que se consagram a Ele. “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele...” II Crôn 16;9 ou, “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; quem anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6
Muitos vivem pretensa vida espiritual com uma superficialidade mais fina que verniz; acham que compartilhar ideias piedosas de terceiros, ou, digitar seus mercenários “améns” fará com que Deus, que sonda corações, as abençoe.
Ele não faz acepção de pessoas, aceita qualquer que se achegar; porém, isso só é possível negando a si mesmo, recebendo Cristo como Salvador e Senhor. Jesus mesmo avisou: “Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Sem essa balela de mediadores e medianeira. Isso não passa de dogmas humanos falsificando a verdade que O Santo ama; pois, “há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” I Tim 2;5
Estamos perdendo a batalha da vida? O Santo já venceu, mas, só herdaremos Sua Vitória, se pararmos de querer tudo do nosso jeito, e deixarmos que Ele peleje por nós.
Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
sábado, 15 de agosto de 2015
sem máscaras ou, sem noção
“Poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu
para uma terra longínqua e ali desperdiçou os seus bens vivendo dissolutamente.”
Luc 15; 13
Muito já se disse e escreveu sobre o Filho Pródigo, o esbanjador
dissoluto. Contudo, ousarei umas coisinhas mais, sobre um detalhe de sua
escolha que assoma no verso supra: Quando decidiu que viveria à sua maneira,
resolveu fazer em “terra longínqua”. Ou seja, alienado dos seus, do
existenciário onde aprendeu valores, para, quem sabe, evadir-se à censura dos
que, com razão poderiam demandar uma melhor postura dele.
Essa decisão pode
sofrer diferentes análises. Uma, vulgar, simplista, tipo: Sem vergonha, sai para
longe para poder aprontar à vontade; sabe que está pisando na bola e se
esconde. Outra, que me ocorre, não é tão simples assim, e ousa advogar certa
virtude na tal postura.
A dissolução plena é quando minha fraqueza volitiva consegue
tolher também os escrúpulos morais. Noutras palavras: Quando minha vontade
enferma me faz padecer tanto que perco até mesmo a vergonha; faço minhas
porcarias aos olhos de todos, publico-as.
O pródigo advertido pela consciência
de que seu agir não era sábio, tampouco, prudente, mesmo capitulando aos
desejos malsãos decidiu poupar constrangimentos mútuos e agir fora da vista. Numa
linguagem vulgar, já que ia “soltar a franga” o fez em terreiro alheio.
Não que
a noção do ridículo, do infame, seja lá, grande virtude, mas, nos dias em que a
falta de noção grassa, se praticam as mais hediondas abominações com “motivos
espirituais” bem que se pode apreciar isso como certo valor.
Em momento algum
advogo o que soaria à santarrice; a pretensão de serem, os cristãos, “dedetizados”,
purificados totalmente, de modo a se porem refratários à ideia de pecado. Entretanto,
eventuais fraquezas devem ser tratadas; numa progressão contínua devemos buscar
em Cristo o aperfeiçoamento que a Bíblia chama, santificação.
Ou, se nossa inclinação
perversa predomina, malgrado as companhias e ensinos edificantes, que ao menos
tenhamos noção, façamos separação entre o santo e o profano. Quantos cretinos,
perversos, adúlteros, mercenários, não se furtam de fazerem ousadas asseveração
proféticas, orações, “em nome de Jesus”? Agem os tais, como se o retirante
esbanjador aquele, decidisse trazer as meretrizes para a casa paterna e se
esbaldar ali.
Em Dado momento, Paulo considerou uma vergonha a lentidão da
igreja no conhecimento de Deus: “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns
ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15; 34
Noutro, preceituou a necessária separação do Nome do Senhor e a prática da iniquidade;
“Todavia o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece os
que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.”
II Tim 2; 19
Claro que, as circunstâncias não servem, amiúde, como aferidoras
do caráter. Se pode estar sobre o lixo sendo santo, bem como, entre os santos
sendo um lixo. Todavia, essa discrepância caráter-ambiente deve ser efêmera,
como versa o salmo primeiro: “Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem
os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1; 5 Podem estar lá eventualmente;
não, subsistir indefinidamente.
A relação de Israel com Deus no Velho Testamento
tinha um componente geográfico especial, uma vez que a nação fora libertada do
Egito visando a Terra Prometida. Então, alienados de sua terra sentiam-se
também, separados de Deus. De modo que, quando seus algozes pediam que eles
cantassem hinos em Babilônia, no cativeiro, recusavam. “Pois lá aqueles que nos
levaram cativos nos pediam uma canção; os que nos destruíram, que os
alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a
canção do Senhor em terra estranha?” Sal 137; 3 e 4
O Novo Pacto, entretanto, visa
uma relação “Em espírito e verdade” o que prescinde de endereços e demanda
essas duas qualidades alistadas. Uma definindo o âmbito da atuação; “em
espírito” outra, o método: “em verdade”.
Quem orbita ambientes cristãos com
motivos mesquinhos, egoístas, o faz na carne, segundo a natureza; a verdade lhe
não convém, pois, para tal, resulta em denúncia contra a hipocrisia, uma vez
que, assim se comporta.
Talvez, seja menos infeliz o que fraqueja, erra e
abandona, circunstancialmente, a casa do Pai, que outro que acostumou a viver
sob máscaras e perdeu a noção do que significa estar em Cristo.
O extraviado errante
cuja consciência ainda o adverte pode, como o pródigo, cair em si, reencontrar
a casa paterna via arrependimento, perdão; O cascudo escondido na congregação
não passa de um escravo do pecado carente de filiação Divina.
Como a herança
será repartida entre os filhos, a esse nada caberá. A falta de noção sobre
valores, fatalmente o fará viver uma existência que não vale nada.
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