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sábado, 6 de junho de 2020

Armas ou Livros?


“O que pleiteia por algo, a princípio parece justo, porém vem o seu próximo e o examina.” Prov 18;17

Deparei com uma postagem assinada por Luciano Huck que trazia uma criança segurando um cartaz escrito: “Me livro de armas e me armo de livros”. Nesse futuro acredito, legendou.

Pareceu fofinha a coisa; mas, pelo fato da morte parecer comida, eventualmente, muitos peixes morrem.

Primeiro equívoco: Quem disse que armas para legítima defesa e livros são coisas excludentes? Que só se pode ter uma ou outra?

Segundo: O ensino desde cedo forja caracteres, implanta valores, formata destinos; e nem todos os livros esposam os melhores valores. Alguns são piores que armas.

O Capital, de Karl Marx, com seus ensinos, derivados e consequências, derramou mais sangue que muitas guerras juntas.

Basta ver as aproximadas cem milhões de vítimas, na China, União Soviética, leste europeu e América Latina até, mormente em Cuba, que foram ceifadas em nome da ideologia comunista proposta no famigerado livro para constatar que ele foi a arma de guerra mais letal dos últimos séculos.

Será isso que os esquerdistas têm em mente quando “se armam de livros”?

A Bíblia nunca apresenta a paz como um subproduto da não violência; antes, como derivada da justiça. “O Efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 O Evangelho desafia-nos mediante a Justiça de Cristo a reconciliarmos com Deus, o que, inevitavelmente nos coloca em desacordo com um mundo ímpio que se lhe opõe. Embora seja o “Evangelho da paz”, no seu âmbito traz espada.

Às vezes deparo com conselhos “tolerantes” e dicas; “o mundo precisa de paz”. O mundo precisa de verdade e justiça, e ser mais intolerante com a mentira e a hipocrisia isso sim. O resto é veneno do capeta em embalagens atraentes apenas.

As sutilezas satânicas são muito “humanas” e os humanos adoecidos nem percebem. A Palavra de Deus ensina: “Negue a si mesmo... sede imitadores... de Cristo.” O que vemos nas redes sociais? “Seja a melhor versão de si mesmo”. A oposição mortal do capeta, numa “inocente” frase. À essas, prefiro a Espada do Espírito.

Sempre mencionamos oposições entre aparência e essência. Aquela precipitada, começa seu pleito como carro alegórico em busca da aprovação embriagada dos olhos. A essência, como um urso polar hiberna, no inverno da ingenuidade; só sai da toca na primavera do discernimento, estação que poucos alcançam.

Se, a esquerda desarmamentista gosta tanto assim de livros, por que nos seus expoentes mais radicais, os Antifas, a gente lê cartazes com palavras como “Encomoda e imbessil”? Em quais livros aprenderam escrever assim?

Na verdade o “Ensino Superior” do método Paulo Freire trazia cirandas de “Universitários” nus plugando os dedos um na “tomada” do outro em ambientes eivados de consumo de drogas. Talvez em sua obsessão pela anatomia tenham descuidado da ortografia...

Experiências reiteradas mostram o esquerdismo sob seus múltiplos rótulos seguindo sempre a mesma cartilha; “promotores da justiça social, inclusão,” desarmamentistas... e por fim, tiranos, ditadores.

Na China seu expoente maior atualmente, chamam-na “República Popular da China”; Ora república como o nome diz, é uma ré, pública. Todo o público a pode acusar no tribunal da constituição pactuada se ela descumprir o que ali reza. Lá podem?

Popular? Uma vez estudantes saíram às ruas por lá reivindicando o direito de votar e foram massacrados com tanques de guerra até. O Massacre da Praça da Paz Celestial.

Eis os “livros” que o esquerdismo dá ao seu gado! A classe superior, o partido único decide quem comanda; ao povo o direito sagrado de obedecer em silêncio.

Se os livros certos fossem dados às pessoas, os que não maquiam a história com narrativas falaciosas, antes, ensinam pensar como seres humanos livres, teríamos uma geração luminosa que não mais patrocinaria o “triunfo das nulidades”, nem a glamurização da ignorância como tanto se vê.

Embora os cristãos sejam ensinados a ser pacíficos, perdoadores, não nos é negado direito de defesa à vida ou patrimônio; “Quando o valente guarda, armado, sua casa, em segurança está tudo quanto tem;” Luc 11;21

Oferecer a outra face é uma metáfora para dar nova oportunidade a quem falha, não uma aula de masoquismo. O Salvador mesmo quando esbofeteado reagiu; “Se falei mal dá testemunho do mal; se não, por quê me feres?”

Não que eu possua arma. Armo-me sempre da verdade quando a hipocrisia desfila diante de mim. Defendo o direito de quem quiser ter. Violência é um estado de espírito que uma vez possuído, com qualquer pedra se mata como fez Caim.

O que possuo é uma mescla de arma com livro. Letal contra enganadores, corruptos, mentirosos, e hipócritas. “... a espada do Espírito, que é a palavra de Deus...” Ef 6;17

sábado, 7 de março de 2020

Sombra e Doutrina Fresca


“Será aquele homem como um esconderijo contra o vento, um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos; como sombra de uma grande rocha em terra sedenta.” Is 32;2

O Rei que teria essas qualidades todas, anunciado pelo profeta messiânico, Isaías, É Um só: Jesus Cristo, tema central do seu livro.

Proteção para quando a natureza agride, ventos e tempestades, ou, quando se faz rude mediante calor ou, estio; O Rei proveria ribeiros e sombra. A ideia é tão aceitável ao homem natural, que a boa vida é alegorizada por esses elementos; sombra e água fresca.

Embora todas essas vicissitudes naturais estejam sobre o comando Daquele que “Até o vento e mar obedecem”, uma interpretação honesta do texto fatalmente nos remeterá ao sobrenatural.

Paulo ensina como devemos ler corretamente as coisas na “Escola do Espírito”. “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” I Co 2;13 e 14

Se, O Rei prometido viesse trazendo abrigo nas tempestades, sombra e água fresca, simplesmente, não teria sido rejeitado, combatido, crucificado. Trouxe ousadamente a ofensiva verdade, num mundo acostumado à mentira.

Um vez, após ter multiplicado o pão, a turba emocionada o queria fazer seu Rei; Ele apontou para cima; “Trabalhai não pela comida que perece, mas pela que permanece para a Vida Eterna, comam minha carne, bebam meu sangue”. Ficou só. Os doze restaram confusos, mais a espera de explicação que convictos.

No mesmo capítulo Isaías traz também o derramamento do Espírito, a “chuva em terra seca”; “Até que se derrame sobre nós o espírito lá do alto; então o deserto se tornará campo fértil; o campo fértil será reputado por um bosque. O juízo habitará no deserto, a justiça morará no campo fértil. O efeito da justiça será paz a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Vs 15 a 17

Falar em justiça sempre acende nossos mais caros brios quando, nos sentimos de alguma forma injustiçados; então, isso nos traz sabor de reparação. Agora, justiça perante Deus, sabendo que, “não há um justo sequer” o que, automaticamente nos coloca na condição de devedores, portanto, réus, nem sempre é bem-vinda.

Quantos pedradas gratuitas recebemos simplesmente por escrevermos sobre a Justiça Divina, convidando pecadores a abraçá-la!

“Pague minhas contas antes de palpitar na minha vida, atire a primeira pedra quem não peca; só pregue quando sua vida for perfeita...” etc. Mil maneiras ímpias de fazer parecer o mensageiro da justiça de Deus, mero enxerido, intrometido, quando, está debaixo do mesmo juízo que anuncia. “Com a medida que medires sereis medidos.”
A diferença é que esse creu, recebeu ao Senhor e foi por Ele comissionado. Portanto, o “enxerido” em questão é O Rei dos Reis, que pagou por todos, uma dívida impagável, custou sangue inocente; mas, para que eventuais súditos abriguem-se à sombra de Sua Proteção, primeiro carecem beber da “Água Fresca” da Sua Doutrina.

Os mestres foram dados por Ele para fazer crescer espiritualmente aos renascidos e livrá-los dos ventos mortais das heresias; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina...”

A tempestade do Juízo está às portas. Contudo, parece aos humanos que, fazendo um acordo com a oposição, invés de correção segundo Deus, basta. “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, debaixo da falsidade nos escondemos... Eis que Eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse... vossa aliança com a morte se anulará; vosso acordo com o inferno não subsistirá; quando o dilúvio do açoite passar sereis por ele pisados.” Is 28;15, 16 e 18

O Rei dos Reis, Cristo; só à Sua Sombra, proteção. O ímpio ecumenismo em construção, não passa de um motim global; acordo com o inferno; abrigo à sombra da falsidade. Nesse caso, invés de sombra O Rei proverá sol. “... para vós, os que temeis Meu Nome, nascerá o sol da justiça...” Mal 4;2

domingo, 21 de abril de 2019

Força para a paz

“O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará Seu povo com paz.” Sal 29;11

Falemos a um “cristão” moderno sobre bênçãos; presto evocará grandezas materiais, mini impérios terrenos que alguns “ministros” constroem tendo a “fé” como matéria-prima. Eis a noção vulgar! Ir ao Salvador pela comida que perece. “Promover” o “Pão dos Céus” a pasto da terra.

Para o salmista o usufruto da paz era uma bênção que demandava ser fortalecido pelo Senhor. Embora, ser robustecido pode parecer providência para guerra foi alistado como consorte da paz.

Sol e chuva incidem sobre justos e injustos; não são estritamente bênçãos Divinas; antes, provisões graciosas do Criador para manutenção da vida. Por essas coisas se darem a todos, malgrado muitos estejam em guerra contra Deus, isso as diferencia das bênçãos estritas que dá aos Seus filhos. Entre essas preciosidades especiais está a paz.

Difere da calmaria que o incauto presume ser paz; antes, é a remoção das causas da guerra: “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais, e nada tendes; matais, sois invejosos, nada podeis alcançar; combateis, guerreais e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites.” Tg 4;1 a 3

Quando, persuadindo João a batizá-lo O Salvador disse que “convém cumprir toda a justiça”; era às nossas injustiças que aludia; batizava-se não por ter pecados, mas por identificar-se com os nossos dos quais nos remiria. Sua Força (justiça) nos foi dada para que Nele tivéssemos paz. “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17

Sendo a paz um “efeito colateral” da Justiça, natural que os injustos desconheçam, mesmo que usufruam calmarias eventuais. “Os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22 “Os ímpios são como mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Se, justiça e paz estão casadas, misericórdia e verdade foram testemunhas do casamento; (Em Cristo) “Misericórdia e verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.” Sal 85;10

Todas as pelejas de ímpia iniciativa são subprodutos, de estarem seus agentes, em guerra contra Deus e Sua Vontade. Por isso, o Evangelho da Paz é antes de tudo, uma mensagem de arrependimento e reconciliação. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

A força necessária à paz com Deus não melhora nossos bíceps, tríceps, ou, outro músculo qualquer; antes, liberta-nos dos grilhões da mentira, da desonestidade intelectual, da hipocrisia que nos mascara; se, tão somente recebermos O Salvador e abdicarmos o trono enganoso do ego, da doentia e sem noção, justiça própria.

O fato de ser própria é já uma injustiça, pois, deriva do conselho de Satanás que, disse que, não precisando obedecer à Justiça Divina, poderiam os humanos estabelecer à própria. Portanto, justiça própria dos ímpios nem é tão própria assim; é filha do Pai da mentira.

Ser de novo filho de Deus demanda um poder que a carne não tem; O Espírito Santo atua mediante à Palavra persuadindo quem ouve, para que receba Àquele que venceu por nós; “A todos quantos o receberam, (Cristo) deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, ou, do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

Sem novo nascimento, nada feito; não contam religiões, boas obras, intenções, etc. “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

Em momentos emergenciais, como estepe, paz com Deus é lembrada; muitos vivem impiamente; quando falecem, parentes pretendem ouvir palavras de esperança no auto-fúnebre...

Colocam uma estrela na data do nascimento, uma cruz na da morte, na lápide de quem parte; porém, “identificar-se” com Cristo, então, está um pouco fora de tempo; “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo...” Heb 9;27

“Concilia-te depressa com teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que ele te entregue ao juiz, o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.” Mat 5;25


Como será quando o adversário for o próprio juiz??

domingo, 24 de março de 2019

As Feras Domadas

“Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” is 26;3

A Paz natural deriva de muitos fatores. Poderio militar superior de alguém com quem “temos paz”; satisfação circunstancial das necessidades de água e pasto; ignorância sobre o mal que nos fazem escondido: “O que os olhos não veem o coração não sente”; etc.

Normalmente, fatores externos, circunstanciais patrocinam a quietude nos âmbitos naturais, mesmo que, no interior do ser, muitas guerras ainda labutem. Tendem a equacionar mera calmaria com paz.

O Salvador fez questão de dizer que Sua Paz era diferente dessa rasteira, aparente, vulgar. “Deixo-vos a paz, Minha Paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se turbe vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14;27

Diverso da “Paz” que se apóia em fatores laterais, a de Cristo firma-se na Sua Pessoa a despeito dos ventos que soprem ao redor. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Jo 16;33

Ela deriva de dois fatores: Justiça; a Sua em nosso favor, e confiança nossa na integridade Dele. “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti...” Pois, “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17 Nele, “A misericórdia e a verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

Estarmos em paz com Deus, porém, nos indispõe com aquele que está em guerra; não raro, como os que o servem. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Paz pela sua natureza é algo que se busca de modo oblíquo; sendo um efeito colateral da justiça, sem essa, não há aquela. Certa vez alguém me perguntou sobre meu trabalho: “Você gosta do que faz?” Eu disse que não. Essa filosofia confuciana que, “quem trabalha com o que gosta não trabalha nunca” parece bonita no papel; mas, na prática quase nunca funciona. A gente mete o peito n’água seja suja, seja limpa; faz “o que tem pra hoje” como se diz, porque gostamos do fruto do trabalho, o salário digno, não, do trabalho em si.

Igualmente, a busca pela paz com Deus, requer renúncias, crucificação de maus pendores, eventuais indisposições com familiares e amigos... mas, seu “fruto” que enseja uma consciência em silêncio e a bendita comunhão com O Santo compensa em muito ao seu custo.

Invés da enganosa calmaria aquela que camufla as internas batalhas, uma serenidade interior tal, que, nem todos os embates da agitação ímpia circunstante colocam em risco nossa paz.

O mundo é um imenso circo que empreende esforço para domar feras; Deus O Todo Poderoso transforma-as em ovelhas. As feras adestradas dependerão sempre de jaulas, do domador por perto, pois, nada garante que seus instintos ainda latentes não façam predadoras da plateia, uma vez soltas. Sua “paz” controla consequências sem tocar nas causas.

Num momento o enganador mor declarará que está tudo dominado; no instante seguinte, a bicharada “pacífica” eclodirá de novo numa guerra mundial. “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...” I Tess 5;3

Tratar consequências ignorando causas será eficaz como enxugar gelo. A impiedade autônoma é a causa de todas as guerras; enquanto essa não for tratada pela Cruz de Cristo, nada feito. “Eles tratam da ferida do meu povo como se ela não fosse grave. "Paz, paz", dizem, quando não há paz alguma.” Jr 8;11 “... os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22

Acontece que, a impiedade é uma eterna declaração de guerra à Santidade Divina; e, invés de, rasteiramente concordarmos em não discordar, como pretendem os do ecumenismo, o homem que deveras anseia encontrar paz deve reconciliar-se com O Senhor, antes de tudo. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Não ao pacífico, o de índole cordata; nem ao pacifista, o pensador anti-belicista; mas, ao pacificador; que promove à paz onde está em falta, a Palavra louva.

Por mais desmancha-prazer que um ministro idôneo pareça é um pacificador a serviço de uma causa santa. A volta do pródigo à casa paterna. “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus;” Mat 5;9

sábado, 2 de março de 2019

O "Endereço" da Vitória

“Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são vossa glória.” Ef 3;13

Para os filósofos, sempre foi uma ocupação cara a tentativa de distinção, entre aparências, “Fenômeno” e essência, ou, “Númeno”.

Aparências falam aos sentidos naturais; essência, a “coisa-em-si” demanda um discernimento mais apurado.

Esse não deriva do domínio racional como pretendiam alguns; Paulo encontrou a “Fonte”. “Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda, profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão, o espírito do homem que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão, o Espírito de Deus.” I Cor 2;10 e 11

Logo, “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” Vs 14 e 15

Acima temos Paulo exortando aos cristãos de Éfeso para que não desanimassem pelas suas tribulações em favor deles, pois, era a glória deles. Embora a aparente derrota nos sofrimentos do apóstolo, no fundo era uma vitória que se dava.

Afinal, se, “Deus não é Deus de mortos” também não O É de derrotados. Apocalipse traz uma série de versos nas cartas destinadas às igrejas sempre com promessas alentadoras “ao que vencer”; nenhuma “repescagem” aos derrotados dum “limbo”, “purgatório”, ou, algo que o valha.

Entretanto, o quê se conceitua “vencer” nos domínios do espírito carece uma apreciação também.

Cheia está a “nuvem” bem como, muitos púlpitos de expressões como: “Tome posse da vitória”; “Chave da vitória”; “mais que vencedor” etc. Porém, aprofundando-se um pouco no que consideram vencer, não raro, deparamos com uma compreensão rasa, quando não, total ignorância.

Acham que é no pódio a vitória; não, na competição. Para tais, José venceu quando foi feito o segundo de Faraó. Não. Venceu quando foi filho obediente recusando imitar aos maus exemplos dos irmãos; quando recusou o assédio da mulher de Potifar; quando, mesmo injustiçado e preso não desfaleceu na fé. Ao ser convocado pra interpretar o sonho do soberano chegou o tempo de Deus coroar sua longa vitória; era seu pódio.

Não vencemos espiritualmente em momentos de exaltação, antes, nos de dor, perseguição, provação. “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, nossa fé.” I Jo 5;4 Mas, contra o quê a fé luta? Flechas incendiárias do Diabo lançadas pelos servos seus. “Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.” Ef 6;16

Quantas vezes pessoas que, sequer nos conhecem, nos ofendem, chamam de hipócritas, apenas porque o senhor deles vislumbra de longe, traços de Cristo em nós?

São nuances da nossa vitória, embora ao vulgo possa parecer diferente. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai, alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Figurando a necessária Luz que devem exibir os Seus, Cristo disse: “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14

No incidente onde O Salvador libertou ao gadareno o moradores pediram que Ele fosse embora; o que fora liberto queria estar com Ele. Assim É a Presença do Senhor. Nunca algo tênue, fugaz, indiferente. Gera reações de amor, ou, ódio.

O mesmo se dá conosco quando O representamos dignamente; sendo verdadeiros no falar e agir. As pessoas nos querem ver e ouvir mais, ou, nos calar com as flechas de fogo, aquelas.

Uma coisa que ignoram é que a Justiça de Cristo, a nós imputada dá uma paz interior que excede aos seus acessos de fúria, pois, “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17

Se, nossa vida regenerada já não pode ficar oculta, infelizmente esse lapso de regeneração neles também fica patente; “Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Então, adotemos para nós o conselho de Paulo e não desfaleçamos por tribulações assim, pois, são indícios de vitória. 


Se, Cristo está em nós a oposição vai ver; vendo atacará; é a hora do escudo da fé. “Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos;” I Ped 2;15







quinta-feira, 21 de junho de 2018

Guerra e Paz

“Porventura não tem o homem guerra sobre a terra?” Jó 7;1 “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17

Cotejadas as duas sentenças, de contextos bem distintos, mas, tema comum, resulta uma síntese nada surpreendente; a injustiça, patrocinadora das guerras, campeia na Terra.

Dentre tantos motivos vis pelos quais se peleja, o mais presente é a disputa por poder. A grandeza significa facilidades, comodismo, mordomias várias. Se, fosse do ponto-de-vista de Deus seria diferente. “Ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro; servo de todos.” Mc 9;35
Salomão refletindo sobre as consequências de dominarmos sobre nossos semelhantes não viu com bons olhos; “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Além da política, seu campo de batalha mais vistoso, a sede de poder exercita-se também em ambientes religiosos, profissionais, e, até, relacionais; onde, a estupidez de ter a última palavra parece valer mais que ter harmonia. No entanto, a sede esperável nos que se entregam a Cristo é outra: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mat 5;6

Somos trabalhadores, pagadores de impostos, certa inserção política se faz inevitável, se, temos senso crítico; todavia, invés da “vergonha de ser honesto” na ironia do Ruy Barbosa, devemos sê-lo às últimas consequências, mesmo que, a janela nos acene com a contínua aglomeração de poder nas mãos dos maus, e, triunfo das nulidades.

A única forma de sentirmos sede de justiça vivendo em um mundo mau é não bebermos as mesmas águas que bebem os que miram interesses mesquinhos, antes, dos comuns, e usam meios vis, onde deveriam imperar valores. Nossa sina, dos veros convertidos é mais ou menos como a de Ló em Sodoma; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas.” II Ped 2;8

Claro que viver cercado por injustiças de toda ordem, onde, o “Poder Judiciário” na maioria dos casos atua para proteger anseios de bandidos que clamores por justiça, viver num cenário assim, digo, desanima um pouco mesmo aos mais corajosos. Todavia, a crítica mais contundente que podemos fazer à injustiça é: Mesmo estando em terreno por ela dominado, preferirmos a justiça, patenteando o Domínio de Deus sobre nós.

São esses apenas, que, se enquadram na promessa de fartura de justiça no porvir; amam, antes de tudo, a justiça e aplicam-na contra si, ao reconhecerem suas culpas e a conseqüente necessidade do Salvador e Senhor. Fazendo isso que a Divina Justiça requer, somos absolvidos da pena; a Justiça de Cristo é imputada a nós.

Quem faz isso não fixa seus olhos nos enganos meandros do poder; se, guindado a cargos mais altos vê isso como um dever maior, não, grandeza. O Senhor desafia os Seus a serem fiéis no pouco, para serem colocados sobre o muito.

Assim, mesmo evitando grandezas, no devido tempo terá que lidar com ela, dadas as diretrizes do Reino. Uma frase do Talmude diz: “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue quem foge dela.” Nada mais que, comentário sobre a consequência espiritual que espera aos “fiéis no pouco”.

A prosperidade dos maus é o esperável num mundo mau que “jaz no maligno”; o Diabo seria incompetente em sua “diabice” se, não cuidasse dos seus. Não significa que todo próspero seja mau, apenas, que as posses não valem nada como aferidoras de caráter.

O valor de certos ricos pretéritos foi aquilatado no Santuário, não, no extrato bancário; “Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso; até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.” Sal 73;16 a 18

Eis, alguns, que correram a maratona da vida em busca de grandeza; mas, na hora de romper a fita acabaram entre vermes.

Dada a dualidade atuante após a queda, a guerra tornou-se inevitável. Mesmo nossa fé que nos mantém em Deus é alvo de ataques diuturnos. Os vencedores não são os empoderados; antes, os que, a despeito de tudo que sofram, recusem-se a mudar “para baixo” apenas para que os ataques cessem.

Paz falsa atuará a serviço do Anticristo; pois, “quando disserem; há paz e segurança, virá repentina destruição.” A paz de Deus, a despeito das guerras exteriores, é fortaleza inexpugnável, mesmo, às garras da morte; pois, foi em face dela, que um digno vencedor bradou: “Combati o bom combate, corri a carreira; guardei a fé.”

sábado, 11 de novembro de 2017

Força e Luz

“O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará seu povo com paz.” Sal 29;11

Soam até contraditórias as bênçãos alistadas; força e paz. Normalmente temos a força associada ao belicismo, ao poderio pra guerra; enquanto, um cenário de paz parece prescindir da mesma.

Entretanto, a força vista pelos olhos espirituais reside em outros nichos que não, robustez física, ou, aparatos bélicos. Aliás, Isaías cotejou duas dimensões com inefável superioridade para a espiritual em face à natural; “Porque os egípcios são homens, não, Deus; seus cavalos, carne, não, espírito; quando o Senhor estender sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, quanto, o ajudado; todos juntamente serão consumidos.” Is 31;3

O contexto imediato era de um povo que se inquietava ante ameaças circunstantes, mas, recusava ouvir a voz do Senhor, confiar; “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos que não querem ouvir a lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis; vede para nós enganos.” Cap 30;9 e 10

Uma vez rompida a relação com Deus vai-se junto a confiança; restava confiar na força humana apenas; isso faziam buscando apoio no Egito. Duas vezes o profeta lamentou desejando apenas que se aquietassem e deixassem a peleja com O Todo Poderoso; “Porque o Egito os ajudará em vão, para nenhum fim; por isso clamei acerca disto: No estarem quietos será sua força.” “...Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estaria vossa força, mas, não quisestes.” VS 7 e 15

Visto desse modo, pois, fica fácil compreender a associação da força com a paz. Aquele que se submete ao Senhor, antes de tudo tem paz com Ele; depois, a Força do Todo Poderoso, o “esconderijo do Altíssimo” como amparo.

Por isso, o mais sábio dos homens colocou o temor do Senhor como matrícula na escola do saber; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento...” Prov 1;7 Depois, a sabedoria como superior ao poderio militar; “Melhor é a sabedoria que a força... Melhor é a sabedoria que as armas de guerra, porém, um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9;16 e 18

Se, o pecador é posto em antítese ao sábio fica fácil saber de qual “sábio” ele está falando; do que teme ao Senhor, procura evitar as veredas do pecado.

Assim foram, por exemplo, dois cativos hebreus, José e Daniel. Aquele no Egito, esse, Babilônia, depois, Medo Pérsia. Para eles, como de resto, para todos, a força espiritual advinda da comunhão com O Eterno foi e é, antes de tudo, luz, discernimento, revelação.

Qual força guindou José do cárcere ao trono, senão, a luz espiritual mediante a qual lhe foi revelado o porvir? A Daniel sina semelhante que resultou no livramento de muitas vidas inclusive a dele? Ele mesmo chamou de força, aliás; “Ó Deus de meus pais, te dou graças e te louvo, porque me deste sabedoria e força; agora me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei.” Dn 2;23

Muita bravata se ouve na dita “batalha espiritual” as campanhas de “derrubada de muralhas” como se, a peleja fosse mesmo no âmbito da força bruta, quando, se dá pelo domínio das mentes; seja, iluminando, a ação do Espírito Santo; seja, cegando, a do canhoto. Assim, a batalha é por entendimento acima de tudo.

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e revelação tendo iluminados os olhos do vosso entendimento...” Ef 1;17 e 18 Esse o trabalho Divino.

A oposição; se vê alguém ainda fora obra para que a cegueira permaneça; “...o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4

Porém, contra quem já crê atua tentando perverter, sofismar; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5

Entendimento cativo à obediência; assim, desfrutamos, tanto, da paz de Deus, quanto, da Sua força a nos guardar. A Justiça de Cristo nos é atribuída e seus benéficos “efeitos colaterais” também; “O efeito da justiça será paz; a operação da justiça, repouso e segurança para sempre. O meu povo habitará em morada de paz; em moradas bem seguras e em lugares quietos de descanso.” Is 32;17 e 18

“O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente que há no mundo.” Gandhi