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sábado, 20 de julho de 2019

Obras Inacabadas

“Agora, porém, completai o já começado, para que, assim como houve prontidão de vontade, haja também cumprimento, segundo o que tendes.” II Cor 8;11

O que fora começado e estava incompleto era uma arrecadação de bens para socorro dos cristãos pobres. A exortação do apóstolo os chamava à conclusão da empresa.

Meditemos um pouco sobre o hábito humano de deixar as coisas pela metade, ou, incompletas.

Jesus advertiu da constância necessária para os que pretendiam servi-lo. “Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não podendo acabar, todos que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30

Que deprimente quando encontramos alguém nas cadeias dos vícios e mesmo mutilado pelo “feitor” que o escraviza, cita de cor porções da Palavra de Deus contando que já foi Dele um dia, mas, desviou-se. Triste sina do que começou edificar e não pode concluir.

Lembro um que “pregava” nos bares e dizia: “Eu tô aqui bêbado, mas os crentes tão certos.” Seu saber não era o bastante para dirigir o querer; mesmo com noções do Caminho errava por atalhos perniciosos.

Aliás, esse é o problema-chave dos que se caem; Tendo começado pelo Espírito, em dado momento aconselham-se com a carne, como disse Paulo dos Gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” Gál 3;3

Dona carne (natureza caída) tem suas inclinações indispostas à santificação que Deus requer; “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;6 e 7

A “torre” da salvação é levada à conclusão exitosa não pela quantia de materiais que dispomos para fazê-la; antes, pelo quanto podemos abrir mão de nossas mortais inclinações; ou, por outra, o quanto estamos dispostos a negar a nós mesmos para que O Espírito Santo possa acabar o que começou; “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Claro que somos chamados à cooperação com O Espírito, pois, o êxito do aperfeiçoamento deriva de assimilarmos e praticarmos a Doutrina de Cristo.

Nesse tempo que todos “sabem tudo” via copiar e colar o que ignoram, poucos se mostram dispostos a aprender.

Todavia, “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;11 a 13

Esse aprendizado não é mero patrimônio intelectual com o do bêbado aquele que sabendo do certo fazia o errado, antes, o saber requer a prática para que se conheça; “... Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” Jo 8;31 e 32 “... Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou, se falo de mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Muitos por ignorarem ao projeto regenerador do Santo, começam uma torre e, em dado momento pretendem edificar um pódio. Invés de entregarem-se resolutos ao Senhor para que Ele conduza-os como lhe apraz, devaneiam com coisas terrenas; como Esaú trocam grandezas espirituais por um prato de lentilhas.

Tanto abandonar a nossa edificação, quanto, edificar no erro são sintomas de ruptura com O Edificador, O Espírito Santo.

É certo que há momentos escuros onde nos assalta o desânimo; todavia, a fé sadia tem algo mais que circunstâncias para apoio; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Se abandonarmos uma edificação com um metro de parede apenas, e retomarmos dois anos após, ainda estará da altura que deixamos. As coisas espirituais, uma vez abandonadas se perdem totalmente; não raro um que abandona à fé comete mais impiedades que um ímpio que jamais creu. “cresce” para baixo como rabo de cavalo.

Homens que se dizem cristãos nos dão motivos para abandonar a fé todos os dias. Porém, se nas coisas temporais não temos suicidas como exemplos, os teríamos nas eternas??

sábado, 16 de setembro de 2017

Obras parciais; perda total

“Agora, porém, completai também o já começado...” II Cor 8;11

Paulo se refere à confirmação da graça voluntaria em favor dos santos necessitados; mas, vamos abstrair isso para vermos melhor a situação dos que abandonam pela metade, algo que, começaram com intenções inteiras.

Melhor nem iniciar, que, lançando mão ao arado, olhar para trás. O Senhor ilustrou assim: “Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro fazendo as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não podendo acabar, todos que a virem comecem escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30

Isso posto deveria ensejar uma revisão em certas “conversões” em que o pecador é coagido a confessar com os lábios o que o coração não crê ainda, sequer, entende.

Se, careço calcular os gastos devo ter a mínima ideia do que está em jogo antes de decidir seguir a Cristo. Zelo sem entendimento, segundo Paulo, era a situação de muitos judeus; conversão sem entendimento não é possível. A decisão pode ser instintiva, pontual, depois, requer discipulado, ensino do exato peso do “jugo suave”. Conversões não acontecem em cultos; lá nascem decisões que precisam ser encorajadas, fomentadas, pois, a conversão veraz é um processo mais longo.

O Senhor nunca apoiou emoções superficiais, pretensos seguidores com mesquinhos interesses ou coisas assim. Na Parábola do Semeador mencionou as sementes caídas sobre pedras, cujas raízes superficiais não sustentariam a planta ao primeiro sol mais intenso, figurando os “convertidos” emocionais.

Spurgeon dizia: “Ninguém é obrigado a se declarar cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta”. Ou seja, comporte-se como um dos tais. Não se entenda com isso, porém, o postulado de que os veros cristãos são fortalezas espirituais, perfeição moral, gente que jamais peca; longe disso. Somos fracos, suscetíveis às tentações, pecamos por atos, desejos, omissões...

Contudo, se somos convertidos deveras, cada vez que falhamos a consciência nos incomoda, sentimos pressa de buscar perdão, e, desejo íntimo de ser mais prudentes para, não incorrermos de novo no mesmo erro. Em suma, um convertido ainda peca, mas, sente-se desconfortável com a sombra do pecado.

Isso se dá porque a vera conversão não cogita como recurso abandonar a obra, antes, reparar eventuais brechas, seguir adiante. Alguns fraquejam, apostatam, mas, são exceções, não regra.

Pedro aludiu a uns que não apenas se apartaram da corrupção do mundo via conversão, mas, galgaram ministérios e depois deixaram a fé. Ouçamos sua apreciação: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se o seu último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;20 a 22

Sempre é possível voltar atrás, por mais longe que nos tenhamos afastado; porém, teremos que fazer isso com as informações que possuímos, como o pródigo entre os porcos. O “fato novo” foi apenas o agravamento da sua miséria que o instou a considerar com outro olhar a casa paterna.

Os que entristeceram gravemente ao Espírito Santo tendo maculado Sua Luz, também podem ainda voltar, mas, isso se dará mais ao peso de suas misérias, que ao auxílio de um renovo espiritual. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Todos somos obras incompletas, anjos em construção guiados pelo Espírito Santo e assim será até o fim. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Quantas vezes ouvimos ou falamos o proverbial, “eu era feliz e não sabia”; às vezes dores que agora nos parecem insuportáveis nem são tão intensas assim; nossos devaneios por facilidades é que tendem a nos acovardar na luta.

Então, não deixe sua obra inacabada por difícil que ela pareça; o que nos está proposto é tão nobre que justifica e recompensa às agruras todas do mais estreito caminho. Se você está em Cristo e persevera, saiba que, mesmo chorando hoje, sua escolha é feliz; a chegada vai te mostrar.

domingo, 20 de setembro de 2015

Obra acabada

“Agora, porém, completai o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento...” II Cor 8;11 

No contexto, Paulo refere-se a certas oferendas que começaram a ser recolhidas na próspera igreja de Corinto; tarefa que tinha sido deixada incompleta, cujo fim, seria ajudar outras igrejas mais pobres. Exortou: “completai o já começado...” Por ora, me aterei a isso. O hábito humano de largar coisas importantes sem acabar. 

Quando desafiava alguns a abraçarem a salvação, Cristo advertiu: “Pois, qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30 

Nesse caso, o sujeito não pode acabar por falta de insumos, meios. Mas, quais são exatamente, os “materiais de construção” necessários pra edificarmos em nossas vidas a salvação? Ouçamos: “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” V 33 

Vemos que tal edifício se faz não com coisas que possuo, antes, com minha capacidade de renunciar posses; noutras palavras: Não se faz com o que tenho, antes, com o que Deus me dá se O permitir remover coisas inúteis. 

O que o salmista dissera da segurança de uma casa e sua edificação, vale, sobretudo, no prisma da salvação de nossas almas. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” Sal 127;1

De igual modo, a salvação; se não for nos termos do Senhor, Sua Palavra, por mais esmerada que pareça, no fim, será trabalho vão. Eis o desafio da fé! Ela insta a desconfiar de coisas palpáveis e depositarmos nossa segurança no Caráter do Senhor, malgrado a privação da vista.  “A fé é o firme fundamento do que não se vê.” 

Quando se vai edificar algo levamos em conta as necessidades e o gosto de quem vai habitar. Os espaços internos, a aparência exterior, o material, a cor, tudo deve atender às inclinações do futuro proprietário. 

Pedro ensina: “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;4 e 5 Aqui temos a utilidade funcional da “casa”, mas, Paulo identifica o morador. “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. Onde, também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” Ef 2; 20 a 22 

Na Parábola do Semeador o Senhor alistou alguns óbices à edificação; perseguições, o estrago das “aves” que comem a semente, enganos do mundo, a sedução das riquezas materiais... Quantos têm parado de edificar ante esses obstáculos! 

Contudo, outro mais pernicioso que esses, uma vez que oculta o abandono da obra, faz parecer que a edificação continua é a heresia. 

Os materiais “alternativos” por resistentes que pareçam serão rejeitados pelo Senhor do Templo. Paulo identificou um atalho assim entre os gálatas, e denunciou: “Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” Gál 5;7 

Vemos que, ante o Eterno, palavras da moda como tolerância, diversidade, aceitação, inclusão, etc. sequer são mencionadas, antes, o substantivo mor do Seu edifício é a verdade. Está para a obra, como a armação de ferro que sustenta a toda estrutura. 

Não obstante a pecha de "donos da verdade” com a qual maculam, alguns, aos que seguem à Palavra, ela, a Verdade é que nos possui. Tolhe-nos todos os caminhos alternativos; “ninguém vem ao Pai senão por mim”, disse.

Entretanto, muitos enfatizam o amor de Cristo em detrimento da justiça, como se fosse possível fazer concreto com areia e pedras, sem cimento. 

Selecionar partes da verdade conforme nossas inclinações é já indício de abandono da obra, pois, pintamos o interior da casa com nossas cores favoritas, não, do Morador. 

Quantos supõem agradar ao Santo, ignorando que Ele está do lado de fora. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, abrir a porta, entrarei...” Apoc 3 ; 20

Deixemos O Espírito Santo dar as tintas; a obra agradará a Deus, e será devidamente acabada. "Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;..."