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sábado, 13 de janeiro de 2018

A identidade moral

“Se este não fosse malfeitor, não te entregaríamos.” Jo 18;30

Pilatos quisera conhecer qual acusação pesava contra o prisioneiro Jesus. Foi como se dissessem: Não precisamos entrar em detalhes; nós decidimos que Ele é mau, portanto, assim é.

O relativismo; ausência de um Absoluto que possa pautar por si os valores nos deixa à deriva; cada um decide por si o bem e o mal. Aquilo que contraria meus interesses, quaisquer que sejam é do mal; o que os favorece é do bem.

Socialmente temos um conjunto de regras, a Constituição que visa estabelecer valores de convívio; adequar-se aos mesmos é o esperado do cidadão, enquanto, quem transgride é marginal.

Se, as leis acabam privilegiando alguns e há quem as consiga burlar é outro aspecto; mas, em si um código que estabelece parâmetros comuns tem o mérito de evitar que cada um pretenda impor-se alheio aos direitos dos demais, e, aos próprios deveres.

Cheias estão as redes sociais de vídeos de gente que acha que Lula é inocente, perseguido político; Moro e Deltan seriam os perseguidores a serviço do utópico “sistema” que o quer alijar das próximas eleições. Chamam-nos de bandidos; ameaçam promover o caos caso o TRF 4 confirme a sentença dia 24 próximo.

Assim seria um mundo sem leis, pelo menos, sem a observância delas; lançaria tudo num barbarismo cívico onde quem gritasse mais alto, ou, fizesse mais dano, se, contrariado, estabeleceria a “Lei”. Como é em Cuba, Coréia do Norte, Venezuela... Quem se opõe ao Governo por discordar dele é do mal; acaba preso, quando não é morto.

Embora a música favorita dos “socialistas” é que eles priorizariam pobres e são democratas, na prática cercam-se das benesses dos ricos subservientes, manipulam a pobreza com migalhas estatais e não sabem conviver com oposição. Quem pensa diverso não é um cidadão com visão política alternativa; é inimigo; precisa ser enxovalhado em sua reputação, como fazem com Bolsonaro, ou, morto mesmo, em casos mais extremos.

Pois bem, esse é o mal mais gritante da ausência de Absoluto; deixamos de ter valores para ter interesses. A diferença é abissal.

Suponhamos que eu acredite em determinado político por pensar comungar com ele dos mesmos valores; honestidade, sobretudo. Mas, um fato qualquer revela que era um mascarado desonesto. Meu apreço pela honestidade segue intacto, é inegociável; mas, o falso que me enganava jogo no lixo.

Porém, quem tem interesses invés de valores, pelejará às últimas consequências pelo corrupto de estimação, pois, mesmo não tendo valor nenhum, serve ao implemento dos mesquinhos interesses de outro depreciável que, com aquele se identifica.

A doentia sede de poder que assola aos humanos faz do semelhante um potencial inocente útil a ser manipulado; nos ensinos de Cristo, o próximo deve ser tido na mesma consideração que temos por nós mesmos. Assim, a Lei tanto é boa quando me favorece; quanto, quando o favorecido é ele. É cidadão como eu; não, uma coisa minha a meu serviço.

Por isso, invés da “desconstrução dos padrões heteronormativos da família cristã”, sonho “progressista” da esquerda, os veros cristãos tendem a preservar as coisas nos Padrões Divinos, não por serem mais que outrem, mas, por estarem cientes de quem Deus é.

Alterar o que Ele disse é inversão de valores suicida, e, amamos viver. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Chamam-nos, fundamentalistas por termos os preceitos bíblicos como fundamentos; radicais, por lutarmos por eles, mesmo, ante as adversidades. Deveríamos nos envergonhar disso, de crermos que Deus é o Senhor e nossa honrosa condição é de servos Dele?

Vendo mais de perto, pois, chega-se ao cerne da questão; a luta é milenar e espiritual; é travestida de atual, política, porque uns são manipulados pelo mestre em cegar mentes, que o faz para ter peões a seu serviço.

Não concluam os apressadinhos que eu disse que, tal partido é de Deus; outro, do capeta. Não estou falando de partidos, mas, valores. Qualquer pessoa, de qualquer sigla que se levantar contra os Valores Divinos expressos em Sua Palavra está de mãos dadas com o Capiroto.

Isaías vaticinou um tempo de lideranças fracas, inversão de valores, maldição; “... o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido leis, mudado estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;4 a 6

Nossas identificações mostram quem somos; um homem sem valores é homem, sem valor...

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O Grito do Ipiranga

“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.” Gandhi

Sete de Setembro chegando, inevitavelmente a memória evoca pretéritos desfiles, bem como, lições de história que exaltavam o feito de Dom Pedro I que rompera de vez o jugo da dominação lusa. Dizem que a Coroa Portuguesa demandava um quinto da produção mineral em impostos, ou seja, 20%; imaginem uma roubalheira dessas, precisávamos nos rebelar e lutar.

Pois bem, hoje que somos “livres” há quase duzentos anos, a “Coroa” requer dos súditos, algo aproximado de 50% em impostos; trabalhamos meio ano pelo direito de trabalhar mais meio. E agora, quem poderá nos salvar?

Já que os governantes são chamados de homens públicos, que lidem com nosso dinheiro numa “redoma de vidro”, digo; cada centavo arrecadado e investido seja visível a todos; senão, seguiremos vendo cenas dantescas como o “porquinho” do Geddel, ex administrador da Caixa Econômica no Governo Dilma, que guardava em espécie uns trocados pra eventuais emergências na despensa, coisas assim. Míseros 51 milhões. O grosso da grana deve dormir nalgum obscuro banco caribenho.

E pensar que tem gente que não se importa, até defende, se o dono da “poupança” for dos seus, da sua sigla favorita. Mas, somos independentes, livres, precisamos marchar e comemorar.

Na verdade, invés de ensinar a pensar livremente como convém, a instrumentalização da educação foi tal, que estava forjando uma geração de zumbis ideologicamente domesticados para gritarem mantras, mesmo que, o país estivesse descendo a ladeira, tanto pela derrocada econômica, quanto, pelo estrago da corrupção. Precisamos vencer esses ranços bipolares de sermos de esquerda ou de direita, para, enfim, sermos de deveres e direitos.

Claro que a fortuna não era do Geddel, por certo, de um amigo muito rico; ele nem sabia daquele montante. Mesmo assim, é necessário que apodreça na cadeia, bem como, todos os demais que tem “amigos” desse calibre. Arregalamos os olhos diante da imagem da dinheirama, mas, as análises preliminares da roubalheira, via BNDS apontam seis bilhões já; uma CPI deverá descobrir muito mais.

Se alguém tiver dificuldade de imaginar tal montante, basta pensar no “Porquinho” do Geddel e multiplicar 120 vezes. Será que isso explica as condições de nossas estradas, hospitais, dos professores, policiais...?

Mas, somos independentes, rufem os tambores!! O Estado no molde atual tornou-se autofágico pela absoluta falta de nutrientes cívicos e morais; a boa e velha vergonha na cara. Os três poderes estão apodrecidos em suas estruturas, o que nos remete à insana condição de esperar medidas saneadoras daqueles que são a doença.

Propuseram certa “reforma política”, contendo alguns itens notáveis como: 3,6 bi para a campanha eleitoral rateado entre os partidos; permissão de um candidato concorrer simultaneamente a dois cargos ao mesmo tempo, tipo, Senador e Deputado; se não der um, vai no outro; mais; proibição de prender qualquer postulante até oito meses antes das eleições... Ah bom, assim sim! Agora vai! Como não pensamos nisso antes? Teria salvado o país.

A retomada da consciência cívica, se é que a tivemos um dia, demanda a cura das paixões partidárias, extermínio do eleitor corrupto, aquele que vende seu voto; e, aprendizado de uma vez por todas, que o cidadão não é gado e os políticos, fazendeiros; antes, somos empregadores e eles servidores públicos que nos devem satisfação, competência, probidade, ou, os banimos da vida pública não elegendo nunca mais. Quanto tempo ainda até que conquistemos tal independência?

As redes sociais, além da interação permitem a velocidade das informações; todavia, também das contra-informações. Uma guerra de mentira contra verdade. E os ideologicamente lobotomizados, tendem a ser agentes dos inimigos da verdade, da nação, dos fatos; a proteger seus heróis mesmo que flagrados com a boca na botija. Pois, para tais, os livres deveras, os esclarecidos é que são o problema, o alvo a ser combatido.

Sendo a veraz liberdade uma questão de consciência, como bem disse Gandhi, cada um de nós precisa dar seu “Grito do Ipiranga” contra a tirania da ignorância, das paixões, dos interesses rasos e egoístas, que invés de nos fazer homens livres como convém, nos fazem títeres de safados, tijolinhos na parede de esconder corruptos, degraus na escada da elevação dos maus caracteres. “Você é livre no momento em que não busca fora de si mesmo alguém para resolver os seus problemas.” Kant

Não há nada a comemorar nesse cenário; somos o país da vergonha; digo; da vergonha dos decentes, por terem como autoridades sobre si, essa corja de sem vergonhas, que nosso dicionário não tem um adjetivo que os qualifique devidamente. Ou varremo-los de uma vez por todas, ou, seguiremos marchando.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Maravilhas ignoradas

“Duas coisas me deixam maravilhado, o céu estrelado acima de mim, e a lei moral, dentro de mim”. ( Kant )

Quem padece necessidade de melhores olhos, vê apenas o imediato, não raro, vê problemas, como o jovem que andava com Eliseu, para o qual, o profeta rogou que se lhe abrissem os olhos. Feito isso pode ver maravilhas Divinas.

O céu estrelado acima de mim...” foi versado por Davi no salmo 19, e, invés de ensejar uma teoria, tipo, Big Bang, deu azo a belos louvores, reconhecendo o autor, de tais obras. “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala, mas, ouve-se sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, o qual é como um noivo que sai do seu tálamo, se alegra como um herói, a correr seu caminho.” Vs 1 a 5

Spurgeon comentando tal texto disse: “Aquele que, após contemplar a vastidão dos céus, astros, estrelas em sua perfeita harmonia, ainda se declara ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso.” Pois, os céus proclamam a Glória de Deus.

Mas, voltando a Kant, havia uma segunda coisa que o maravilhava; “... a lei moral dentro de mim.” Disse. O mesmo livro dos salmos traz a Onipresença Divina, em miúdos: “Para onde me irei do teu espírito, ou, para onde fugirei da tua face? Se, subir ao céu, lá estás; se, fizer no inferno minha cama, eis que ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali, tua mão me guiará, a tua destra me susterá. Se, disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12

Ora, lícito nos seja concluir que o autor não foi a esses lugares todos, nem poderia. Como sabia, então, que neles, Deus estava? A “lei moral dentro de mim” também chamada, consciência, faculdade do Espírito, o fazia saber que, onde quer que fosse Deus estaria, uma vez que, estava nele. 


Mesmo quem ignora, em parte, as Divinas demandas, ainda possui esse aferidor moral mencionado por Paulo: “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente, sua consciência, e seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os.” Rom 2;14 e 15

Quantas pessoas que, sequer conhecem à Palavra, contudo, têm boas noções sobre direitos, deveres, equidade, isonomia, coisas que se alinham aos preceitos bíblicos. Se agirem à luz disso cumprem a lei moral que identificam.

Porém, a miopia espiritual que, atualmente grassa, não permite ver mais essas maravilhas. Nem as internas que me desconfortam sempre que fico aquém dos reclames do Espírito, nem as externas, que gritam alhures sobre a Majestade do Criador.

O Eterno tem sido usurpado em Sua Glória, por uma geração de pregadores com a “visão” do jovem auxiliar de Eliseu, que, não consegue transcender o imediato; suas mensagens não vão além da matéria, suprimento do ventre e outras vaidades acessórias.

Alguém disse com acerto: “Quando você aponta uma estrela para um imbecil, ele olha pra ponta do seu dedo.” Claro que os imbecis em questão, são tais pregadores, pois, fazem uso da Palavra, cujo Centro, Alvo, Meta, é a Estrela de Davi, Jesus Cristo; eles, não conseguem prestar o culto racional, onde, a Razão a serviço do Espírito, patentearia ante eles, a Vontade de Deus.

A Palavra e Suas justas demandas se tornou como um Moisés no monte, demorado em seu retorno, e o povo tinha pressa. Como aqueles fizeram o bezerro de ouro dando vazão às suas comichões, esses, veem naqueles, “sombra dos bens futuros” tipo de sua “teologia” cuja única maravilha que põe em relevo é a Longanimidade de Deus.

As maravilhas da criação, bem como, o fato de estarmos “condenados” a sermos justos, deveriam tremelicar nossas antenas, como fizeram com Immanuel Kant, mas, a galera está sonolenta demais para isso.

Como são justos todos os reclames Divinos, ou respondemos favoravelmente a eles, ou, não teremos verdadeira paz interior. “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32; 17 Isso, ou, a opção ímpia e suas consequências: “Os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22