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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Justas todas as formas de amor?

“... Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, toda a tua alma, todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mat 22; 37 a 40

Aqui temos o resumo das demandas de Deus em relação a nós; um preceito, amar. Dois objetos: Primeiro a Deus, depois, o próximo.

Não raro deparo com a frase: “Consideramos justa, toda a forma de amor.” Como se fosse, “amor” uma varinha mágica que sagra todo tipo de ações. Ninguém nega que um diamante é precioso; contudo, se for usado entre cascalho para fazer concreto, por exemplo, será esse seu valor objetivo; cascalho.

Igualmente amor; é um sentimento nobre, mas, se divorciado de seus alvos, objetivos, acaba vil. Claro que a intenção da frase aquela, é a legitimação do homossexualismo! Que, tal postura é possível, permitida a seres arbitrários não se discute; agora dizer que isso é justo, aí é usar de uma autoridade que não possuímos. O Juiz é Deus. Quem disse que os humanos decidiriam por si mesmo as noções de bem e mal, foi o diabo no Éden. Ousar assim, desconsiderando Deus é agir, submisso a ele.

Se, o primeiro mandamento é amar a Deus sobre tudo, como posso, em nome do amor, endossar ao que Deus declarou abominável, infame? Se, amo meu próximo, o segundo mandado, como lhe omitirei a informação que pode salvá-lo, se, identifico que se comporta de modo a ferir o Amor de Deus? Para ser “legal” me torno cúmplice de sua morte? Estranha forma de amor...

Amor fora do devido lugar pode ser lixo, sim; vejamos: “O que ama a transgressão ama a contenda; o que exalta a sua porta busca a ruína.” Prov 17; 19

“O que ama os prazeres padecerá necessidade; o que ama o vinho, o azeite nunca enriquecerá.” Prov 21; 17

“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6; 10

“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3; 19 etc.

Vemos, pois, que se pode amar à transgressão, à contenda, aos prazeres, vinho, azeite, dinheiro, trevas... desse modo, o amor não é um absoluto, antes, depende do objeto sobre o qual repousa, ser precioso, ou, vil.

Todos os vícios acima que fazem o amor errar em terra estranha derivam do excesso de amor próprio. Ora, amar a si mesmo é uma coisa natural; tanto, que, a Bíblia toma isso como referencial do amor devido ao próximo; “ama teu próximo como a ti mesmo.”

A maioria das vezes que se diz, “eu te amo”, infelizmente, no fundo o significado é outro: Eu me amo, quero ter você; vou dar-te de presente a mim mesmo, nem que precise fingir amar também.

Paulo ensina: “O amor não busca os próprios interesses...” Como seriam as relação conjugais, fraternas, se, todos se comportassem assim? Um buscando o melhor no interesse do outro, pois, o ama?

Mas, as coisas não são assim. Temos até, os que “matam por amor”, na verdade, em excesso de amor próprio ao descobrirem as fraquezas de quem convivem, manifestam mediante ódio, a intensidade de seu “amor”. Não que não seja razoável o ciúme em face a uma traição, mas, daí, a matar, evidencia que o amor próprio era maior, bem maior, que o presumido amor em relação à sua vítima. Em caso de infidelidade a Bíblia permite o divórcio, não, assassinato. O Juízo, uma vez mais, pertence a quem criou a vida.

Podemos amar ao quê, quisermos, não, definir em quê, consiste o amor. Um Bêbado pensará que no céu tem cachaça; um promíscuo, libertinagem, um avarento, riquezas individuais... tendemos, pecadores que somos, a sagrar nossos gostos, preferências. 

Mas, há um juízo absoluto que colocará por terra as idiossincrasias. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce amargo!” Is 5;20

Assim, não conta o que consideramos “justo”; há um padrão mais alto, que aquilatará nossas escolhas; “...como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos ( de Deus ) mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” Is 55; 9 

Amar a Deus e ao próximo, eis o amor saudável! O resto é febre, sintoma de egoísmo.

domingo, 23 de novembro de 2014

A beleza das pedras



“E as doze portas eram pérolas; cada uma das portas uma pérola; a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.” Apoc 21; 21

Pedras preciosas para realçar riquezas espirituais são recorrentes na Palavra de Deus. Mesmo o cenário onde satanás viveu antes de sua rebelião era dessa estirpe também. “...Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria, perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda, ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras  querubim ungido para cobrir; te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.” Ez 28; 12 a 14   

Essa visão do anjo antes da queda  se funde com o homem em tal situação; menciona um jardim de pedras preciosas e o Éden na mesma época; desse modo, a criação do homem não seria um arranjo pra compensar o vácuo deixado pela terça parte de anjos que caíram; antes, um ato de amor Divino concomitante ao céu de harmonia e paz. Mas, o foco não é esse agora. 

Sabemos que a linguagem escatológica é poética, plena de figuras que não devemos tomar literalmente; senão, teríamos que imaginar O Senhor ressuscitado como um Ser de cabelos branquíssimos, pés como latão polido, olhos fulgentes como o sol, com uma longa espada saindo de sua boca. Seria absurdo; embora, a figura exprima exatamente o que Ele É, espiritualmente. 

Mesmo as nossas escolhas na caminhada são figuradas assim; digo, as boas escolhas. As opções naturais, são retratadas por coisas ordinárias que o fogo consome; as espirituais, por pedras preciosas. Vejamos: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 11 a 13 

A ideia é que o “fogo” sofrimento, provará nosso edifício, nossa fé; quem perseverar não se queimará; é precioso, os demais...  

Pedro também chama aos crentes de pedras sendo edificadas, ( aperfeiçoadas ) para um fim específico; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2; 5  

Pode ser que, quando eu tiver corpo espiritual meus gostos mudem. Agora, contudo, gosto da natureza, flores, e andar sobre a grama mesmo; não vejo graça nenhuma em pisar em algo nobre como o ouro. 

O que estou dizendo? Que Deus não tem bom gosto? Jamais. Afinal, todo o belo que aprecio derivou Dele. O que estou postulando é que não devemos confundir substância com figura. 

A Palavra coloca a senda da fé como um ouro superior; “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra,  glória, na revelação de Jesus Cristo;” I Ped 1; 7 

Assim, a fé provada, purificada, sem deixar espaço  pra que um ser rastejante qualquer contradiga à Palavra de Deus; digo, andar nela, equivale a andar em ruas de ouro transparente. figura de preciosidade e pureza. 

Afinal, abstraído o estrago da mão humana, via poluição, extermínio de espécies, desertificação, etc. sem esses danos precisaríamos desejar algo mais belo que a Criação? Quem conseguiu contemplar um por cento da beleza que há na terra? Ninguém. 

Às vezes falta sensibilidade aos reféns do egoísmo; passam de largo pelas obras do Criador. Isaías denunciou: “Senhor, a tua mão está exaltada, mas nem por isso a veem...” Is 26; 11 Mais adiante o mesmo profeta desnuda a causa: Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós...” Is 59; 1 e 2

O Salvador removeu o motivo da separação; se, recusou transformar pedras em pães emulado pelo diabo, transforma pedras brutas em preciosidades, as que,  se deixam moldar por Sua Palavra. 

Apesar de nossa sujeira, seus olhos “como o sol” viram uma linda pérola sendo gestada, a igreja. Deu o que tinha; Sua Vida por ela. “Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a.” Mat 13; 45 e 46