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sábado, 28 de julho de 2018

A Necessária Vigilância

“Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Cor 11;19
O lado “bom” das heresias segundo Paulo é que elas fazem certa triagem entre os sinceros e os hipócritas no seio dos cristãos.

Como se espera a manifestação de alguém sincero num caso desses? Vejamos o exemplo do próprio Paulo; “Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se, tu, sendo judeu, vives como os gentios, não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” Gál 2;14

O deslize pontual de Pedro, como fora público, demandou uma pública repreensão por parte de Paulo. As coisas pessoais devem ser tratadas no âmbito pessoal; “se teu irmão pecar contra ti vai ter com ele...” Mas, em caso de ensino, doutrina ou, postura de alguém de pública responsabilidade, como Pedro, só uma pública correção poderia repor as coisas no lugar.

Na verdade, desde o Antigo Testamento O Senhor avisou que provaria Seu povo, permitindo sinais verdadeiros mediante gente falsa, que, ensinaria heresias desencaminhando-os do Senhor. “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, e, suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda vossa alma.” Deut 13;1 a 3

E pensar que os mercenários modernos fazem filas de “testemunhos” para demonstração dos pretensos “sinais”, de seus ministérios, quando, é a doutrina, o ensino corroborado com os devidos frutos, que define quem é verdadeiro; não, eventual milagre que até o canhoto faz, como fez, aliás, mediante a pitonisa de Filipos, ou, nos dias de Jó.

O Testemunho que agrada ao Senhor não é ter algo para contar; antes, é um novo modo de ser; “Ser-me-eis testemunhas...” Esse ser renascido deve atuar de maneira tal, que seu testemunho de fidelidade será contado por outros, não, pelo próprio; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao Vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Então, se, somos desafiados a nos manifestarmos em caso de heresia doutrinária em nosso meio, perante os demais devemos manifestar a Cristo em nosso agir.

Isso de fazer Deus “visível” vem desde antanho; “Guardai-os, pois, e cumpri-os; (os mandamentos) porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento, perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O invocamos?” Deut 4;6 e 7

Uma coisa é a advertência do Salvador que seríamos alvos de perseguições, calúnias; outra seria agir de modo a que nossos acusadores tivessem razão, o que, desqualificaria a ideia de calúnia, tornando a coisa, mera acusação fundada.

O objetivo proposto é que vivamos com lisura tal, que, para falar mal contra nós os oponentes carecerão mentir; “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.” Mat 5;11

Vemos que, o alvo das acusações somos nós, os servos; mas, o motivo, Cristo em nós. Desse prisma, se, nosso modo de vida após o Novo Nascimento evidencia Cristo, estamos no rumo certo; se, não, temos fundadas razões para duvidarmos de nossa conversão, ou, pelo menos, da necessária edificação.

E sendo Ele a viver em nós, as razões pessoais devem ser entregues a Ele, invés de “pagas na mesma moeda” com o braço carnal; mas, as ameaças que se erguem contra “Seu Corpo”, a Igreja, essas devem ser enfaticamente combatidas; embora Seu Chamado seja universal, a “toda criatura” os ministros são Seus cooperadores, “despenseiros dos mistérios de Deus”, de modo que não devem armazenar impurezas doutrinárias em suas despensas.

Como foi dito o Timóteo, o mesmo se aplica a nós; “... guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência.” I Tom 6;20

“Guardar”, nesse caso, é bem mais que fazer uma ronda ao redor como um vigia qualquer; antes, estar de ouvidos atentos, “anteninhas” do discernimento, ligadas, para que, nenhum ensino espúrio seja recebido em nosso meio, antes, seja exposto, denunciado.

“Nunca se deixe influenciar por pessoas que não possuem princípios. Mantenha-se firme e vigilante, pois, quando a raiz apodrece, a árvore cai.” Hudson Pessini

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Embaixadores autônomos

“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive; prega contra ela a mensagem que te digo.” Jon 3;2

O ministério profético de Jonas passando por um “Recall”; como a convocação primeira falhara, depois de certo “estímulo” O Senhor estava fazendo segunda chamada. “Prega a mensagem que te digo.” Não quero me deter, por ora, na sina dele, mas, num aspecto da mesma que diz respeito a nós pregadores.

Não somos autônomos, antes, devemos pregar o que O Senhor ordena. Como Paulo dizer: “Porque eu recebi do Senhor o que vos anunciei...” Ou, segundo o Próprio Salvador, “O que vos digo em trevas dizei-o em luz; o que escutais ao ouvido pregai-o sobre telhados.” Mat 10;27

Paulo disse mais: “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20 Ora, um embaixador no exercício do ofício representa seu Governo de modo tal, que não fala como sendo uma pessoa particular, mas, um país. “Na questão da emissão de gases poluentes o Brasil...” diria nosso embaixador. Ele não seria ele, seria o Brasil.

Noutras palavras, não tem autoridade nem autorização para falar de própria vontade. Seu Governo lhe põe as palavras que deve dizer no interesse do mesmo. Assim, um embaixador não é uma fonte, mas, um porta-voz. Quando quiseram saber de João Batista sobre sua identidade, ele colocou-se assim, como voz de Um Governo, não, dele. “...Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai suas veredas.” Luc 3;4

Isso posto empalidece o sentido de certas afirmações da praça, onde, uns se dizem teólogos liberais, inclusivos, revisionistas até, ou, as pechas que se encontra do outro lado da moeda, onde estariam os fundamentalistas radicais. Na verdade não há um espectro tão amplo possível; a coisa se reduz a uma dualidade simples, ou o sujeito é fiel a quem o comissionou, ou, não; o que passar disso é verniz.

Recorramos a outra figura: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4;1 e 2 Não somos nós que decidimos quais produtos haverá na despensa; é O Senhor que faz o bom depósito que nos cumpre guardar. “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé, no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” II Tim 1;13 e 14

Temos o bravo Jonas como modelo de fujão da Presença do Senhor, alguém pior que nós, cujo exemplo, devemos evitar. Em parte é assim; contudo, é mais honesto um fujão que se omite, e, dada a gravidade da missão teme, silencia; ainda, se dispõe a abrir mão da própria vida, como ele, que os covardes que fogem falando, pregando.

No que tange à função de embaixadores, não representam fielmente seu Governo, antes, falam de inclinações próprias pervertendo diretrizes originais para não serem vaiados na Assembléia do Mundo. Esses não podem receber uma segunda chamada, pois, acreditam estar cumprindo a primeira; se fazem surdos a qualquer coisa que divergir disso.

Embora, grosso modo se pense que desviados são os que saem da Igreja, há muitos nela, que apenas saíram da verdade e seguem pregando, como fora já, nos dias de Pedro. “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais, a escuridão das trevas eternamente se reserva. Porque falando coisas mui arrogantes de vaidades engodam com concupiscências da carne, e dissoluções, aqueles que estavam se afastando dos que andam em erro; prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” II Ped 2;17 a 19

O pior de tudo é que, dada a “matéria prima” com a qual lidam os pregadores, (pecadores e suas inclinações), as mensagens sem cruz têm um apelo maior; prometem chegar ao mesmo lugar dos que negam-se, sem necessidade desse “pedágio”. Assim, dão muito mais “frutos” as obras dos assassinos que, dos embaixadores fiéis.

Todavia, nosso alvo não é sucesso numérico, antes, preservação da Pureza da Água da Vida. Outro dia ouvi um ministro dizer que um computador de última geração funcionaria mal com software errado; as pessoas seriam a “máquina”; os pensamentos negativos o software do capeta. Fica fácil quando nossa culpa é do Capiroto.

Na verdade somos PCs comuns com o danoso vírus do pecado que põe tudo a perder. Se não formos “formatados” por Cristo, só servimos pro ferro velho. Muitos carros que foram “Tops” estão lá; e pregadores de sucesso divorciados de Deus, também estarão.

sábado, 28 de março de 2015

O prazer e o depósito

Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado...” I Tim 6; 20 

A ideia de um depósito a guardar, invés de usufruir, soa difícil demais aos afoitos que veem o sentido da vida no prazer do corpo. Jesus citou um que, diante de farta colheita cogitou abandonar o labor e regalar-se indefinidamente. “Direi a minha alma: Alma; tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.” Luc 12; 19 

Entretanto, ensinou: Se o tal tinha um depósito para muitos anos, faltavam-lhe os anos correspondentes para usufruir. Assim, os bens só fazem sentido com o concurso da vida; sem essa buscam novo dono. “O que tens preparado, para quem será?”  Por essa vereda parece óbvia a conclusão que, a vida é maior que o prazer. 

Então, são mais que razoáveis, antes, sábias, as restrições que têm a preservação da vida saudável como alvo.  

Ademais, o prazer, quando precipitado tende a lançar seus postulantes no abismo oposto; vide o exemplo do filho pródigo. Ele não conseguiu ver em todos os bens dos quais era herdeiro, um depósito a ser guardado, antes, um meio fácil de apressar-se ao desfrute. Em sua busca desceu tanto que, o “monótono” lugar de onde saíra, de repente passou a ser um alvo alto demais. “Faze como um de teus servos” tencionava dizer ao pai. 

Atrevo-me a dizer que a maior fonte de descontentamentos entre os humanos é precisamente, falta de noção. Tanto quanto ao endereço do vero prazer, como, da realidade que as cerca. 

Nosso sistema nos bombardeia a cada dia com “heróis” do talento, posses, não do caráter,  frutos. Aí, precisamente como um dos tais, nossas crianças querem ser quando crescerem.

Faltam referenciais sóbrios; sobejam, cobertos de incenso os motivos febris. “Se a felicidade estivesse nos prazeres do corpo, diríamos felizes os bois, quando encontram ervilhas para comer.” Ensinava Heráclito.  

A falta de acesso aos prazeres superiores, saudáveis faz parecer que, os rasos é que são verdadeiros. Acostumamos ao folclore que cachorro gosta de ossos, pois, era apenas isso que se lhes dava a comer.  Experimentemos lhes dar carne regularmente e veremos se sairão enterrando ossos. 

Assim, diremos que adora funk uma criança que, desde que veio ao mundo só alimentou seus ouvidos com tal pornografia. Tivesse tido acesso à boa música e seus gostos seriam superiores, mas, acostumou-se ao “osso”. 

De igual modo, se cultuássemos  honra, caráter, verdade, ou, honestidade, como se diviniza ao sexo promíscuo, à pornografia, ao “jeitinho” malandro, a safadeza, etc. e estaríamos forjando um depósito que seria um dique contra os maus valores, tantos. 

A omissão no ensino do bem, e, o fomento do mal fatalmente impregnam nos caracteres de nossas crianças e fazem adultos do mesmo calibre. Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13; 23 

A coisa é de tal monta que as percepções já estão invertidas, quando não, são redefinidas pela ditadura do “politicamente correto” que, nem sempre traz o alvo correto em seu bojo. Na verdade, o dito que é o “homem a medida de todas as coisas”, o absoluto relativismo que grassa “amordaça” a Deus dilapidando o “depósito” de Seus ensinos como o pródigo fez com seus bens. 

Fale alguém em ensinar preceitos Bíblicos nas escolas; mediante a reação, presto identificará, a amplitude da distância que o “filho” está de casa.  Isaías denunciou esses dias: “Por isso o direito se tornou atrás,  a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar.” Is 59; 14 

O desvio é tal que, muitos que afirmam crer na Bíblia também oferecem seus “ossos” por aí. O servo fiel é guardião do Depósito de Deus, não de interesses mesquinhos. Ainda que possua a chave da despensa distribui apenas do que O Senhor ordena. Nisso está seu prazer! “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4; 1 e 2

Embora algumas vozes nos acusem  de nos escondermos atrás da Bíblia, o que ocorre é que nos esforçamos para andar dentro de seus ensinos. A desconsideração humana não nos diminui, tampouco, seu aplauso nos aumenta; ( aliás, os homens aplaudem a cada imbecil! ) contudo, os que rumam ao abismo da perdição, ainda podem, se alertados, verem que há abastança na casa paterna, e que, os prazeres sóbrios concorrem com as vidas que rumam à salvação. Feliz daquele que, uma vez ciente disso ainda consiga rogar ao Pai: Faze-me como um dos teus servos.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Despenseiros fabulosos



”Desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério. Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo.” II Tim 4; 4 a 6 

É parte da constituição humana a faceta espiritual; ninguém pode se evadir. Disse certo pensador cristão que temos dentro de nós um vazio com o formato de Deus; só Ele pode preencher. Tendo O Eterno nos criado para a comunhão consigo, seria de se esperar que fosse assim. 

Muitas vezes nos questionam: Se Deus é Um só, por que tantas religiões?  Porque acossados por esse vazio interior, homens que não conhecem a Deus e Sua palavra tentam preencher com um simulacro qualquer; inventam ídolos, ritos, crenças. 

Desse modo, a neutralidade plena como pretendem alguns é impossível. Os que se dizem ateus, sem crença, fazem disso sua crença e defendem com unhas e dentes, de modo que se endeusam prenhes de si mesmo; precisam mais esforços para negar, que os crentes pra confiar em Deus. Pois, nesses, o “encaixe” é melhor dada a adesão perfeita entre continente e contingente. Digo; o espaço reservado para Deus, neles, é preenchido justo, por Deus. 

Assim, se alguém abdica da fé, fatalmente colocará algo no lugar de modo a não sentir-se vazio espiritualmente. Os denunciados por Paulo no texto inicial deixaram a verdade e passaram a crer em fábulas.  Trocaram o precioso pelo vil, ficaram com algo falso no lugar. 

Assim fazem todos os que abdicam da fiel interpretação da Palavra e dão espaço às conveniências humanas. 

Israel no Velho Testamento, não raro, deixava de obedecer a Deus e cultuava ídolos; aliás, desde o início da relação temos essa distorção; vide, o grotesco e blasfemo bezerro de ouro. 

Nos dias de Jeremias o Eterno reiterou a denúncia do “mau negócio” que insistiam em fazer. “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, manancial de águas vivas; e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2; 12 e 13  Como há alegria nos Céus por um pecador que se arrepende, causa horror, espanto, outro que, tendo conhecido a Deus, troca-O por algo vil. 

Podemos inferir da exortação, que o apóstolo equaciona esses “negociantes” com embriagados, pois, diz; “Mas, tu, sê sóbrio...”  Assim como a embriagues deriva de ingestão excessiva de álcool, os sentidos espirituais entorpecem paulatinamente se ouvimos com frequência pregadores “liberais” que, com o fito de agradar aos ouvintes fazem concessões que a Palavra não faz. 

Do obreiro não se espera que seja “legal”, antes, fiel. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo,  despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” I Cor 4; 1 e 2 

Claro que a fidelidade a Deus gera rejeição no mundo e até, dentro da igreja. Mas, Paulo foi enfático. “...sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” 

O apóstolo deixou instruções graves, precisas, como que, passando o bastão a outro numa corrida de revezamento 4 x 100. Seus cem metros foram cumpridos com fidelidade, e, era a vez de Timóteo correr. “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo.” V 6
Queria ele, pois, comunicar o mesmo que recebera, sem espaço pra mistificações, inserções, fábulas... 

Uma brincadeira que, acredito, muitos conhecem chamada telefone sem fio serve para ilustrar isso. Brincávamos no colégio; consistia em, um aluno, o primeiro da fila, dizer uma palavra qualquer ao que estava atrás, de forma quase inaudível; aquele se voltava para o seguinte e dizia o que pensava ter ouvido e assim sucessivamente até ao último. As distorções eram enormes. Começava “andorinha” e terminava “martelo”. 

Tal qual essa diversão são as opiniões humanas. Nela, cada um repetia o que pensava ter ouvido; nas opiniões cada qual defende o que pensa ter entendido, mas, nem sempre entendeu deveras. 

Se a Bíblia fosse mero livro humano, como acusam uns, aliás, já a teríamos vertido igualzinha às nossas paixões mercê do “telefone sem fio” do tempo. 

Claro que, um despenseiro só pode dispor do que possui em depósito; se alguém o fizer de fábulas, será isso que servirá. Contudo, de seu discípulo Paulo esperava coisas melhores. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos, profanos; e às oposições da falsamente chamada ciência,” I Tim 6; 20   

Em suma, o bom depósito tanto nos mantém sóbrios contra a sedução das fábulas, quanto fortes em face à falsa ciência. Guardemos bem o nosso!