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sábado, 12 de agosto de 2017

Ciúme, zelo, emulação...

“... o amor é forte como a morte, duro como sepultura o ciúme; suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.” Ct 8;6

Ciúme, ou, zelo é inevitável, como a ira. Mas, torna-se mau quando fora do lugar. Paulo testificou que os judeus contemporâneos seus eram assim. “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas, não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.” Rom 10;2 e 3

Assim, o ciúme está a serviço das obras da carne. Uma das derivações dele é a emulação. Uma espécie de rivalização, de competição, que em seu aspecto negativo recai para a inveja, desfeita; por outro lado, pode ser estímulo a buscar o mesmo; ser igual a outrem do qual nos sentimos emulados.

Paulo disse que investia em seu ministério entre gentios, esperando com isso, que alguns judeus também fossem salvos. “Para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles.” Rom 11;14

Denunciou os judaizantes que transtornaram a graça do Evangelho entre os gálatas; tinham ciúmes, pois, os consideravam ovelhas suas. Não andarem as ovelhas de Cristo, como se, deles, lhes incomodava; perdiam a sensação de guias. “Eles têm zelo por vós, não como convém; mas, querem excluir-vos, para que tenhais zelo por eles. É bom ser zeloso, mas, sempre do bem; não somente quando estou presente convosco.” Gál 4;17 e 18

Essa concessão ao zelo, ou, ciúme, pois, está condicionada ao bem; o que conceituaríamos como tal, senão, a Vontade de Deus. Aliás, foi exatamente o não discernir a Santa Vontade, das coisas mundanas, que Tiago referiu como motivo de ciúmes do Espírito. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Ciúmes a ponto de ensejar inimizades, como dissera Salomão. “...suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas...”

Qual sentimento movera O Eterno a chover fogo sobre o sacrifício no Desafio de Elias, senão, o Santo Zelo pelo Seu Majestoso Nome que estava indignamente suplantado por fantoches de humana feitura; imagens de Baal? Por Isaías disse: “Eu sou o Senhor; este é meu nome; minha glória, pois, a outrem não darei, nem, meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Nos dias de Ezequiel a apostasia assumira proporção tal, que colocaram imagens de escultura no átrio do Templo do Senhor. Aquilo O irritava tanto que, se afastava do lugar de culto que Ele mesmo escolhera. “...levantei meus olhos para o caminho do norte, e, ao norte da porta do altar, estava esta imagem de ciúmes na entrada. Disse-me: Filho do homem, vês o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário?...” Ez 8;5 e 6

Usamos dizer: O incomodado que se mude. Pois, bem, O Eterno incomoda-se profundamente com a idolatria, não só culto às imagens como simplificam alguns. Avareza é equacionada com idolatria; adoração, bajulação de ministérios, pregadores e cantores também; tudo mais do mesmo; onde arde essa febre, O Espírito Santo se afasta, por zelo Ao Majestoso Nome de Deus.

Pois, se o homem foi projetado para a comunhão com O Santo, amando a justiça, a verdade, a retidão, dominando sobre a criação, mas, em submissão, respeitando certo limite posto, o homem assim, digo, era “Imagem e semelhança de Deus;” o que resultou após a queda, egoísta, enxerido, independente, insubmisso, infelizmente se fez a imagem e semelhança de outro, que lhe dissera: “Vós sereis como Deus; e sabereis o bem e o mal.”

Em suma, por detrás dos ídolos, de qualquer espécie, O Eterno vê a imagem do canhoto em relação promíscua com aqueles que Ele Ama; isso lhe desperta ciúmes. Por isso requer santidade dos Seus servos; Isso significa consagração, separação dos valores perversos do mundo, pela adoção dos Divinos.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão, luz com trevas? Que concórdia entre Cristo e Belial? Que parte o fiel com o infiel? Que consenso, o templo de Deus com ídolos? Vós sois templo do Deus Vivo como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; serei seu Deus e eles, meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, Eu vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18

quarta-feira, 9 de março de 2016

Duplo ânimo; desanimador

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Acabe, o rei pusilânime cercava-se de falsos profetas que o bajulavam e evitava Micaías, Profeta do Senhor, pois, “nunca fala bem de mim” dizia. Bem, o Vate o advertira que seria inglória aquela batalha, com a morte do rei. Invés de se dar por avisado e não ir à peleja, usou uma estratégia para burlar À Palavra de Deus. Jeosafá, rei de Judá, lutaria em trajes reais, ele, disfarçado de soldado comum. Se, um rei morreria na luta, antes ele do eu, pensou.

Deus advertira da morte de certa pessoa, não de alguma veste, de modo que, sua “esperteza” não funcionou. Mas, o que quero apreciar agora é a duplicidade de coração, vício que assoma de suas atitudes. Não queria ouvir ao profeta, mas, no fundo, temia sua mensagem. Todo ser arbitrário pode decidir crer, ou, duvidar de algo; mas, não pode fazer duas coisas excludentes ao mesmo tempo, se, goza de alguma sanidade psicológica.

Duplicidade é o tema de Tiago, vejamos: “O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.” 1;8  “Sede cumpridores da palavra, não, somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” 1;22 “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial, água doce e amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.” 3;10 a 12 “Chegai-vos a Deus, ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” 4;8 etc.

O jovem rico que sentiu-se atraído por Jesus, mas, trazia em sua alma o apego material foi testado nisso e reprovado. Não que devamos vender o que possuímos e darmos aos pobres, embora, tenhamos que socorrer aos necessitados; porém, O Salvador demandou isso para mostrar onde estava, seu coração. Nossa hipocrisia é tão grande que somos capazes de enganar a nós mesmos. Há mentirosos contumazes que parecem acreditar nas próprias mentiras. O país está cheio deles, na política, sobretudo.

O Senhor não deseja “decisões” nebulosas, como Acabe que acreditava duvidando. Falando a uma multidão que O buscara por interesses desafiou-a, a comer Sua Carne e beber Seu Sangue; a galera foi debandando à “dureza” do discurso; nem se deram ao trabalho de perguntar o sentido das estranhas palavras. O Salvador não se preocupou em ser “legal” contar uma piada para manter audiência, nada. Depois que todos se foram, exceto os doze, perguntou se, também eles queriam “dar no pé”.

É fácil filosofar sobre a preferência da qualidade à quantidade; mas, viver isso na prática são outros quinhentos. Para O Senhor é assim. Ou, nosso coração é Dele, ou não é; não existe espaço intermediário. Que cada um que deixe patente sua escolha: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

No Desafio do Carmelo Elias denunciou também a duplicidade de um povo que oscilava entre O Criador e Baal. Tendo O Senhor feito cair fogo do céu, o povo decidiu: “Só O Senhor É Deus”! Mas, no dia seguinte, muitos estavam em perseguição ao Profeta, a mando de Jezabel. Não é fé a ação do que professa uma coisa e faz outra. É auto engano.

Como Acabe, as pessoas tendem a trocar roupas apenas, invés de mudarem de atitude. A fé triunfa às circunstâncias, não, cambia ao sabor delas. Deparei com um post no Facebook onde alguém dizia que a Bíblia cairia em descrédito, pois, teria sido encontrado o “Evangelho de Barnabé” que desmentiria os demais.

Que gente sem noção! A Bíblia, cujo Canon, passou por vários concílios, foi alvo de perseguições, destruição, cruzou incólume à ponte do tempo, transformando, salvando milhares de vidas, seria, de repente, lançada ao descrédito por um papireco apócrifo que surgiu num limbo qualquer??

Comentei que alguns pensam ser Deus, como o rei do jogo de xadrez que, devidamente cercado, xeque-mate. O que pensam esses imbecis do Eterno? O que pensam da fé? A única descoberta que pode mudar alguma coisa é, justo, a fé em Deus, por meio daqueles que ainda a desconhecem. Transporta da morte para a vida. O resto, é mais do mesmo; mudam as vestes, não o condenado à morte.


Quem crê, a surgirem “provas” contra Deus, as reduz a pó; quem espera tal surgimento, mesmo professando fé, duvida. Sabe que está indo pra morte, mas, escolhe desobedecer.