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sábado, 2 de junho de 2018

A Falsa Liberdade

“Jesus dizia aos judeus que criam Nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

O Senhor dizia isso aos que já criam; o fato de se pode crer sem conhecer, talvez, tenha dado azo à afirmação que a “fé é cega”. Entretanto, pautando nosso modo de vida pela que cremos, “... permanecerdes na Minha Palavra...” isso faculta que passemos a ver algo precioso: “... conhecereis a Verdade...”

O Senhor desafiou aos que queriam saber a origem de Sua Doutrina, não tendo estudado; “... Minha doutrina não é minha, mas, daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus...” Cap 7;16 e 17

Ao dizer, “verdadeiramente sereis livres.” V 36 implica a existência de uma falsa liberdade. Se, para nos livrarmos dela carecemos permanecer nas Palavras do Senhor, e, Sua Palavra diz: “Negue a si mesmo”, necessária se faz a conclusão que é o “si mesmo” o feitor da escravidão travestida de liberdade.

A pretensa autonomia mal educada dos que dizem, “não se meta com minha vida, faço o que quero,” é o eco atual da “Bíblia” de Satã escrita no coração humano imprudente: “Vós sereis como Deus sabendo o bem e o mal”.

Entretanto, os verdadeiramente livres encontram seus limites na consciência alheia; de modo que a um veramente convertido não é lícito dizer: “Faço o que quero e pronto. Só de palpites em minha vida se pagares minhas contas.” Isso seria discurso de uma alma prostituta que se vende por dinheiro.

Importamos-nos com quem amamos; somos desafiados a amar mesmo, aos inimigos; isso não nos dá direito de ingerir em suas decisões, suas vidas; mas, nos constrange a falarmos de Cristo, para que outros também conheçam como nós, a liberdade que só Ele propicia.

Como cidadãos terrenos temos rivalidades, divergências em assuntos daqui; nas coisas “que são de cima” o impacto é maior; enfrentamos ferrenha oposição; alguns, são mortos por não abdicarem da fé, como tantos já foram; ainda são, em mãos de radicais islâmicos sobretudo.

Como o mundo é uma mescla de crentes e ímpios, muitas vezes, nossa liberdade espiritual nos leva a restrições físicas, psíquicas, e legais, até.
Na verdade, liberdade absoluta, nem O Criador usufrui; uma vez que É “refém” da Sua Própria Integridade; “...Viste bem; porque eu velo sobre minha palavra para cumpri-la.” Jr 1;12

Assim, minha liberdade em relação ao próximo delimita-se à sua consciência; não posso feri-lo. “Todas as coisas me são lícitas, mas, nem todas convêm.” Em relação ao inimigo, estou numa posição, colocado por Cristo que não preciso mais obedecê-lo, antes, posso resistir; “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo; ele fugirá de vós.” Tg 4;7

Em relação ao Senhor, malgrado o lugar de servo, eterno devedor, sou guindado à condição de amigo; de quem acessa Seus segredos; “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas, tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” Jo 15;15

Paulo apresenta uma consciência boa “soterrada” no lixo do “si mesmo” escravo do pecado; mesmo anelando fazer a coisa certa sucumbe ao feitor; ”Porque o que faço não aprovo; pois, o que quero não faço, mas, o que aborreço isso faço. Se, faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

O “eu” verdadeiro escravizado ao pecado; as boas intenções sem “combustível” para andar, e o corpo do pecado deitando e rolando. Quem já identificou esses conflitos em si mesmo há de saber apreciar devidamente a Liberdade de Cristo.

Assim, a verdadeira liberdade tem limites, restrições, mas, não impostas por um usurpador indigno; antes, pelo bendito anseio implantado em nós pelo Espírito Santo, de correspondermos ao Amor de Deus.

Alguns céticos associam as dores, crueldades do mundo a não existência de Deus; pois, se existe e É Amor, não permitiria tal. Ora, essas coisas provam exatamente o contrário; que Ele Existe e É quem diz Ser. O amor não força ninguém a nada que esse não queira; e como Deus ama também à justiça, necessárias se fazem as consequências das nossas escolhas.

Se Ele não reconhecesse ser aqui um lugar de dores, sofrimentos teria enviado Um Libertador a tão alto preço? No fundo, as pessoas querem o que Deus dá, alienados do que Ele É; o “si mesmo” não quer largar o trono do engano.

Acostumaram de tal forma à prisão, que gostam dela; temem ser livres...

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Os Frutos do Deserto

“Não somente isto, mas, também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz paciência, a paciência, experiência; a experiência, esperança.” Rom 5;3 e 4

Bens preciosos, paciência, experiência e esperança; todos três viçando das tribulações. Infelizmente, essas vicissitudes necessárias para a maturidade cristã, na doentia e imediatista abordagem moderna são símbolos de derrota; se, alguém estiver passando por tribulações a coisa deve ser “amarrada, repreendida em Nome de Jesus.”

Ora, alguém pode estar atribulado, justo, por se ter feito adversário dos valores do mundo, e do seu príncipe; nesse caso, angústias decorrem de uma postura vitoriosa em cenário adverso, invés de serem indícios de capitulação. Quanto mais perto do Senhor estivermos mais opositores do mundo seremos; e, mais odiados pelo canhoto.

Cristo nos preveniu disso, aliás; “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois, quando, vos injuriarem, perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Aqui temos uma experiência emprestada; podemos crescer observando exemplos alheios, as tribulações dos que nos precederam no Senhor, para melhor compreendermos as nossas; e, dada a promessa anexa de recompensa nos Céus, devemos ter esperança, mesmo que as circunstâncias nos queiram infundir desespero.

Tribulações produzem paciência porque delas presto sairíamos, se, estivesse isso ao nosso alcance. Entretanto, exauridas nossas possibilidades de fuga, resta nos resignarmos pacientes aguardando pelo livramento do Senhor. “Quem entre vocês teme o Senhor e obedece à palavra de seu servo? Que aquele que anda no escuro, não tem luz alguma, confie no nome do Senhor e dependa de seu Deus.” Is 50;10
Sabedor de quão preciosa essa virtude é Ele prefere passar conosco pelas angústias a nos livrar antes de herdarmos suas ricas lições; “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2 “...estarei com ele na angústia...” Sal 91;15

Portanto, o concurso de angústias em nossa caminhada não é necessariamente indício de alienação de Deus; antes, pode ser consequência de nossa boa relação com Ele.

Eu disse, pode; pois, há muitas coisas ruins que derivam de más escolhas; são apenas colheitas de plantios impuros, de modo que essas tribulações, embora, encerrando também certa experiência, seu desastrado curso não desemboca na foz da esperança. São apenas os errados de espírito colhendo os frutos dos seus erros.

Pois, são dois tipos de tristeza; uma segundo Deus, a dos que sofrem por serem fiéis; outra, segundo o mundo, a dos que padecem mirando alvos carnais e sofrem no desejo de atingi-los; essa não produz nada de proveitoso. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas, a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7;10

Enfim, o “status quo” emocional não serve de aferidor de medida para nossa caminhada; Tanto podemos nos alegrar no desfrute enganoso e letal dos prazeres do pecado, quanto, andarmos em fidelidade, comunhão, padecendo perseguições, tribulações, tristezas...

O único aferidor confiável da nossa relação é o “visto” da consciência, a “Paz de Cristo” que diferente da do mundo, manifesta-se internamente, a despeito das guerras exteriores. “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” Col 3;15

Paulo, malgrado, açoites, apedrejamentos, perseguições, descansava nessa segurança, o testemunho da consciência. “Rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.” II Cor 4;2

Pedro colocou essas coisas, as tribulações, como necessárias na carreira dos salvos; “Porque é coisa agradável, que, alguém, por causa da consciência para com Deus sofra agravos padecendo injustamente.” I Ped 2;19

Disse mais: “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim quer), do que fazendo mal.” Cap 3;16 e 17

Em suma: Estamos atribulados? Verifiquemos as causas; se, não forem consequências de pecados, glorifiquemos a Deus; pois, até o inimigo está ocupado em testificar de nossa fé.

Nossa caminhada tem Um Senhor, não, um corolário de humanos alvos; agradá-lo deve ser nosso objetivo.

“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

As Três Revelações e a Bíblia Gay

“Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão...” Rom 2;12

Não havendo pecado sem transgressão da Lei, como pecaram os que estavam sem Lei? “Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas, não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés...” Rom 5;13 e 14

Tendemos a ver apenas a Palavra de Deus como fonte de conhecimento Dele, bem como, de compromisso com um viver idôneo. Na nossa concepção o homem fiel é aquele que pratica a Palavra. E não? Bem, ouso dizer que é algo mais.

Jó foi “fiel e reto, temente a Deus desviando-se do mal.” Baseado em quê? Digo, quais Leis cumpria para que fosse assim adjetivado pelo Senhor?

Estudiosos da cronologia Bíblica defendem que o Livro de Jó foi o primeiro a ser escrito, antes mesmo do Pentateuco. Eventos como a criação, a queda, o Dilúvio eram conhecidos superficialmente por tradição oral. Tanto que, Jó menciona em dado momento, o “esconderijo” de Adão.

Assim sendo, ele tinha muito pouca “Bíblia” para ser fiel; pouco conhecimento de Deus pelos nossos padrões. Na verdade, no final do livro falando com O Criador assumiu: “Eu te conhecia só de ouvir falar; agora te veem meus olhos.”

Ouvir falar não pode ser tido como uma revelação, pois, o falar humano é multifacetado conforme inclinações e crendices de cada um.

Entretanto, há duas revelações de Deus além da Palavra que forjam a “Lei” que devem cumprir aqueles que ainda não ouviram os Oráculos Divinos.

Primeira; a Criação. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 a 21

Quantas vezes vimos documentários no Globo Repórter, National Geographic, etc. onde coisas incríveis são mostradas; os repórteres, presto concluem: “A Natureza é Sábia”; jamais dizem: O Criador é Sábio. “Honraram e serviram mais à criatura que ao Criador”, que, entristecido afastou-se levando consigo certas restrições que Sua presença trazia. Como consequência disso a infâmia, a desonra, a perversão sexual.

“Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” VS 26 e 27

Além dessa revelação exterior, imanente, temos outra interior, no espírito, refletida nas consciências. “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior; até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Assim, o Eterno pôs Suas maravilhas ao alcance dos olhos em Suas Obras para que O Conheçamos; pôs Sua “Lâmpada” dentro de cada um de nós para que por ela veja nossos corações; porém, além d’Ele ver, faculta que igualmente vejamos na tela da consciência. “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente sua consciência, e seus pensamentos; quer acusando-os, quer defendendo-os;” Rom 2;14 e 15

Por fim, o último Argumento Divino: Sua Palavra. O morto da parábola do rico e lázaro pediu para enviar outro aos seus familiares para convencê-los da dura realidade do inferno, ao que, Abraão respondeu: “Têm Moisés e os Profetas; se não crerem neles, tampouco, crerão inda que um morto ressuscite.” Assim, para quem duvida da Revelação mais patente, nenhuma outra se lhe dará; é sua última chance.

Os que se deram à perversão ignorando às duas primeiras revelações, Criação e consciência, como não podem silenciar também à terceira pervertem. Criaram a “Bíblia comentada, Graça Sobre Graça” também conhecida como Bíblia Gay, pois, omite os trechos que condenam ao homossexualismo.

Uma “Bíblia” ao seu gosto; quanto à consciência, não a podem “engayzar”, daí, a fúria contra a liminar que permitiu psicólogos ajudarem aos que estiverem em maus lençóis com as próprias consciências.

Quanto à Criação vão homossexualizá-la também? Temo que não, pode que pare de produzir alimentos. 

Concedem que Deus criou tudo o que há para nos sustentar graciosamente; apenas, não lhe dão direito de dizer como Suas criaturas devem se comportar. Mas, isso de decidirmos sobre bem e o mal não é a “Bíblia” da oposição?

sábado, 31 de dezembro de 2016

A Luz e os náufragos

“Olhou de um lado e outro, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” Êx 2;12

Moisés matou um desafeto eventual, após certificar-se de que não haveria testemunhas. Esqueceu, porém, que o próprio hebreu que defendera, vira. Assim, para ações de uma “consciência” superficial, basta que desafetos não vejam, no mais, “tá limpo!”

Entretanto, quem tem uma consciência viva, não encontra lugar confortável para pecar, como José, em dias pretéritos àqueles, no mesmo Egito, quando a esposa de Potifar tentou seduzi-lo, estando apenas ambos em casa. Recusou, pois, pecaria contra seu senhor, e, contra Deus.

Nossa ideia de testemunho é rudimentar, pois, não excede à confirmação de atos, circunstâncias, através de outro igual, simplesmente. O Criador, porém, socorre-se de coisas, que num primeiro momento, nem ousamos imaginar. “Céus e Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

Espere, dirá alguém, isso é uma figura de linguagem. Céus e Terra refere-se aos anjos e homens simplesmente, não, literalmente. Será? A Natureza com seus frutos é tomada como testemunha mais de uma vez, em prol dos feitos, bem como, da existência do Criador. Vejamos: “contudo, não deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas, tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria vossos corações.” Atos 14;17 “Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem, claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rm 1;20

O renascido não evita testemunhos externos, simplesmente, antes, sabe-se exposto, pois, basta-lhe a voz da própria consciência como atestado de culpa, e, o silêncio da mesma, como aprovação. “Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente, sua consciência, seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;” Rom 2;15 Paulo falou isso dos que “não tinham Lei” como tendo já, na consciência, a essência da Lei espiritual.

A Carta aos hebreus apresenta os sacrifícios do Velho Testamento como “sombras dos bens futuros”, ou seja, tipos proféticos do que Deus faria. Tais, obravam uma “purificação” exterior, segundo a carne; mas, a consciência, o templo espiritual da alma seguia impura, pois, os sacrifícios não tinham alcance até ela. Cristo, porém, foi à raiz do problema: “Se, o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

A purificação da consciência é operada pelo Bendito Sacrifício de Jesus, sobre os que se arrependem; após, é mantida pura mediante obediência. “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, de uma boa consciência, e uma fé não fingida.” I Tim 1;5

Desse modo, invés de olharmos pra um lado e outro antes de um mau passo, a simples necessidade de que seja feito em oculto, é já um testemunho, que, tal ato deve ser abortado. O Salvador ensinou: “...a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque, são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Andando na Luz não tememos acusação nenhuma. Quem prefere o escuro das más obras, não conte com a eficácia do Feito de Cristo. “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

O testemunho do Espírito, portanto, devemos buscar, mais que tudo. Se, alguém acha que a era da graça significa facilidade, deveria pensar melhor, pois, “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Blasfêmia contra O Espírito Santo é o único pecado imperdoável; fazer isso é ter como mentiroso o testemunho que Ele nos dá. “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual, alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

domingo, 30 de outubro de 2016

Delação premiada

“Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;22

A necessidade de se esconder, ou, esconder atos, que, no fundo, dá no mesmo, é filha do medo. Ninguém pensa se esconder quando ciente da aprovação pública, quiçá, Divina. A “nudez” que incomodou Adão fazendo ter medo de Deus, outra coisa não era, senão, certeza de O tinha afrontado, desobedecido; junto ao medo nasceu uma irmã gêmea, a ignorância. Sim, presumir que se poderia esconder de Deus, fora, superdimensionar as possibilidades do esconderijo, e ignorar a Onisciência Divina.

Quiçá, observando erros pretéritos, Davi escreveu seu inspirado canto, realçando isso: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não posso atingir. Para onde me irei do Teu Espírito, ou, para onde fugirei da tua face? Se, subir ao céu, lá tu estás; se, fizer no inferno a minha cama, eis, que tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali, tua mão me guiará, tua destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti a mesma coisa.” Sal 139;6 a 12

Assim sendo, só em consórcio com ignorância é possível a insana tentativa de se ocultar de Deus. O Salvador denunciou a opção pela maldade dos que O rejeitaram, na ilusão que o escuro que os cercava bastava para os “proteger”. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, para que, suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Uma coisa é evadir-se dos olhos humanos, isso é fácil: “... os olhos dos adúlteros aguardam o crepúsculo, dizendo: Não me verá olho nenhum; ocultam o rosto, nas trevas minam as casas, que de dia se marcaram; não conhecem a luz. Porque a manhã, para todos eles, é como sombra de morte; pois, sendo conhecidos, sentem pavores da sombra da morte.” Jó 24;15 a 17 Não só agem nelas, como identificam-se com as trevas, tendo aí, seu dileto habitat.

Essa “coisa fácil” protege do temor dos próprios homens, nada vale no tocante ao Senhor. Ele colocou uma lâmpada em nosso escuro, e ficamos sempre bem visíveis; “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até, o mais íntimo do ventre.” Prov 20;2

Feixes dessa lâmpada assomam na consciência; olhando ali, seja dia, seja noite, Deus nos vê, diáfanos. Quando somos exortados a confessarmos nossas culpas, não se trata de uma tortura espiritual para que “demos o serviço” contando algo que Deus não saiba. O “Estado” conhece amiúde nossa corrupção, mas, invés de punir, insta culpados a uma “delação premiada” contra si mesmos. O reconhecimento das culpas, confissão, pelo prêmio excelso, do perdão. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas, quem confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

No fundo, os que mantêm distância de Deus sabem o que fazem, pois, falta-lhes ousadia para enfrentarem a si mesmo, aí, evitam a genuína Palavra de Deus, sabendo do que é capaz. “Porque a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, das juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Enfim, podemos trair nós mesmos devaneando um esconderijo de avestruz, que não vendo presume-se não visto; ou, assumirmos nossa nudez ante Aquele que por Sua imensa misericórdia, nos pode “revestir de Cristo”.

Tanto quanto, ao requerer que oremos pelo que tenciona fazer, Deus não busca ajuda, mas, identificação dos filhos, ao demandar confissão de pecados, não busca informação, antes, arrependimento, daqueles que anseiam andar Consigo.

Quando Sua ira se derramar em julgamento nenhum esconderijo valerá, a não ser, para quem, abraçando Sua Palavra em tempo, se arrependa, mude, e se esconda Nele. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Sal 91;1

“Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida.”
Augusto Cury

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Médico bêbado

“Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos; mas, que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30; 12 

Uma pecha atual mui difundida é chamar alguém de, sem noção. Se, atribuímos isso a um, qualquer, que mal avalia ações, palavras, quiçá, as consequências dessas, a Palavra de Deus expande a coisa de modo a atingir toda uma geração. Presunção de pureza disfarçando imundície. 

De onde se origina tamanha distorção? Ocorre-me uma frase de Henry Lacordaire: “O homem justo é honrado mede seus direitos com a régua de seus deveres.” Parece que o dito cujo é bom nesse negócio de ter noção.

Entretanto, a geração aludida nos Provérbios combina mais com a máxima de Charles Talley-Rand:"O mais lucrativo dos comércios seria comprar os homens pelo que valem e vendê-los pelo que julgam valer." O fato é que somos mui indulgentes para com nossas falhas, enquanto, severos com as alheias. 

A medicina age e receita medicamentos em função de um diagnóstico; o qual, deriva da leitura perspicaz dos sintomas; a alma enferma deveria saber ler esses indícios, caso, não fosse desprovida de noção. Muitos cometem coisas  abjetas e jactam-se: “Durmo com a consciência tranquila.” 

Nesses casos, a consciência, que está para a alma como o médico para o corpo, jaz, cauterizada entorpecida. Se alguém se submetesse à “análise” de um médico bêbado, não deveria estranhar se o tratamento agravasse, invés de sanar eventual doença. De igual modo, confiar no testemunho de uma consciência que, de tão habituada à mesquinhez, não sabe mais a diferença entre isso e bom caráter. 

Nossos caracteres não são corretamente mensurados em tempos de calmaria, antes, nos de revezes, quando as coisas  vão mal. A presumida integridade de tempo bom pode esvair-se ao assolar uma tempestade. 

Fiz pequena reforma em parte da casa, trocando o assoalho antigo por novo. Aparentemente nada de errado havia com o velho tablado; parecia suster tantos quantos coubessem no ambiente. Acontece que, fora atacado por cupins em tempos idos. Meu falecido pai estancara a praga, mas, o dano feito permaneceu na madeira. Mesmo parecendo íntegro num olhar superficial, não consegui tirar nenhuma tábua inteira; todas quebraram ao esforço da ferramenta, pois, sua inteireza era aparente, muitas, sequer para lenha prestaram. 

Assim se passa com muitas almas que ostentam presumido caráter, mas, fraquejam vergonhosamente à menor pressão da adversidade. Dessas dolorosas descobertas que vertem máximas como: “A ocasião faz o ladrão.” Na verdade não o faz; é só o “Pé de cabra”  que acaba revelando o dano dos cupins da cobiça. 

A excelência do caráter de Jó só foi revelado aos homens em meio a imensas agruras. Em seus dias prósperos só era visível ao Eterno. Sabendo de qual “matéria-prima” Seu servo era feito, O Santo permitiu que fosse testado às últimas conseqüências. 

Entretanto, aquilo que é patente ao Criador, muitos vezes nos está oculto. Assim, permite que sejamos testados, para que outros, e, sobretudo, nós, saibamos quais valores repousam em nossas almas. 

Isso quanto aos que professam crer no Senhor. Os que estão espiritualmente mortos, a preocupação primeira do Senhor é trazê-los à vida. 

Aos que afirmam Crer em Jesus, resta uma prova de fogo, como ensina Paulo: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará; porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 11 a 13 

Então, não basta temos a consciência em silêncio; antes, que esteja viva, mesmo quê, eventualmente, nos acuse de erros. Que respeito há no silêncio de um morto?

Claro que é fácil sermos “puros” aos nossos próprios olhos, mas, nosso padrão de pureza é outro; “Quem  rejeitar a mim e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12; 48 

Enfim, a pureza aos olhos Divinos necessariamente deriva dos preceitos de Sua palavra, como disse o salmista: “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme  tua palavra.” Sal 119; 9 

Concluindo; pouco importa se gostamos disso ou daquilo, e nada vemos de mal em determinada postura. Se colide com os ensinos da Palavra é imundo aos olhos do Santo. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar...” Hc 1; 13 

Muitas gerações abraçaram a perfídia, a violência, a luxúria; mas, nenhuma tanto quanto essa; seja nossa, pois, a advertência de Pedro: “Salvai-vos dessa geração perversa...”

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Verdade; o travesseiro da alma



E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou firme propósito de ir a Jerusalém. Mandou mensageiros adiante de si; indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada, mas, não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém.” Luc 9; 51 a 53


Como sabemos se um propósito é firme?  Por certo, o mesmo precisa ser testado. Há outros textos onde discípulos tentaram dissuadir ao Salvador dessa ideia, dizendo que Herodes o queria matar, que Ele correria riscos por lá; mas, nada disso O fez mudar.  Quem tem um propósito firme e conhece as consequências, o simples lembrá-las em nada afetará a decisão que já as considerou. 

Isso feito mandou precursores a uma aldeia de samaritanos para prepararem  pousada. Porém, a rivalidade desses com os judeus chegava a tal ponto de se negarem a ceder um lugar de descanso, pois, “seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém”.  

Que falta de jogo de cintura do Mestre! Sabendo dessa aversão dos samaritanos, bem poderia ter “desconversado” dizendo que ia para outra parte; quem sabe, que era um emissário estrangeiro a espiar a cidade para um ataque futuro; coisas assim o fariam simpático entre os samaritanos; por certo, lhe garantiriam o necessário descanso. 

Ele mesmo, quando chamou a si os pecadores ofereceu descanso à alma; não fez alusão ao cansaço do corpo. Quem tem como hábito a verdade em sua forma de ser, não descansa a consciência em outro travesseiro que, não, a própria verdade.  

Mesmo, coisas periféricas, nuances não expressas também se revelam verdadeiras; se, ia para Jerusalém, seu aspecto mostrava exatamente isso. 

Quantas vezes mentimos de modo não expresso, dissimulando aparências, intenções... Vamos a Jerusalém, mas, exibimos por “descuido” uma passagem pra Damasco. Sutilezas assim, embora pareça malandragem, são apenas traços da mentira vestida para festa. 

Com Aquele que É a verdade, a coisa não funciona assim. Decisões firmes, providências conforme; semblante também. 

Salomão escrevera: Desvia de ti a falsidade da boca; afasta de ti a perversidade dos lábios. Os teus olhos olhem pra a frente; as tuas pálpebras olhem direto diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, todos os teus caminhos sejam bem ordenados! Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.” Prov 4; 24 a 27

Infelizmente, a maioria do que hoje se vê são  “cristãos” de calmaria, de tempo bom. Prontos a dissimular suas escolhas, bem como, refazer caminhos se, uma objeção qualquer os ameaça. Facilmente bradam nos púlpitos que, sem luta não teremos vitória, que somos chamados a tomar a cruz, etc. Mas, ouse a realidade a testar seus postulados e presto se tornam “samaritanos” se isso lhes facilitar as coisas. 

Se, na caminhada tecnológica, que não mais caminha nem corre, antes, voa; nisso, digo, quanto mais moderno, melhor, na jornada dos cristãos a coisa é exatamente inversa. Quanto mais antigo, melhor. 

Sim, os antigos deram suas vidas, como fizeram os apóstolos, os cristãos das catacumbas de Roma, tantos na Inquisição... Sua fé não tinha mais a vida na Terra com preciosa, antes, a vida em Cristo. Estavam dispostos a tudo, mesmo mais antigos,  como alista a galeria dos Heróis da fé. 

Não estou dizendo que todos os cristãos atuais sejam uns molengas, há exceções, felizmente. Mas, graças a uma “Igreja” que, movida por interesses mercenários decidiu ser agradável invés de verdadeira, o crente comum que ela gera é assim, fraco, interesseiro, oportunista, dissimulado. Não hesita em mentir para obter facilidades, ou, evadir-se a certas dificuldades. 

Certo que os samaritanos não receberam a Jesus, por causa de sua judaica aparência; mas, isso era problema deles. Estavam errados, e o Mestre não iria disfarçar-se para recrudescer seu erro. 

Embora Tiago e João desejassem queimar aos ímpios.  O Senhor os advertiu que não entendiam o que estava em jogo; “Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.” V 56 

Enfim, se o mundo é  império da falsidade, onde, aparências enganam, dos servos de Cristo se requer algo melhor. 

Pensemos, por um instante, quantas pessoas nos surpreenderam “pra cima”; as imaginamos comuns, e conhecendo-as melhor, se revelaram nobres, de caráter superior; por outro lado, quantas reputamos excelentes, e à menor prova revelaram-se vis, traidoras, fracas... Da primeira parte do exemplo tenho dificuldade de lembrar alguém; porém, a segunda... Assim, se nossas resoluções não estão estampadas; se, nossa aparência não expressar o que somos, que seja por humildade, por sabermos que eventual bem em nós é dom de Deus; nunca por falsidade, dissimulação. Uma alma salva não descansa na facilidade, antes, na verdade.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Consciência; a quarta testemunha

“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito,  a água e o sangue;  estes três concordam num.” I Jo 5; 7 e 8
 
Sempre que alguém é chamado a testemunhar, o é acerca de um fato qualquer que presenciou, conhece. O texto supra apresenta um tríplice testemunho no Céu; outro igual, na Terra. O que há de tão importante que careça ser testificado lá e cá?
 
O contexto aborda a certeza de filiação Divina dos salvos. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus;  todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.” VS 1 e 2 

Além dos referidos testemunhos externos temos outro íntimo que  confere a mesma certeza, quando, amamos o próximo e obedecemos aos mandamentos Divinos; isso, em última análise equivale a amar  Deus.
Tão importante como as testemunhas; “Espírito Água e Sangue” pois atua em consonância com elas, nossa consciência, quando, andamos retamente.

O primeiro da lista é o Espírito, Agente estimulador da conversão que identifica e separa para Deus o convertido. “…depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação;  tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” Ef 1; 13
 
A água não deve ser entendida literalmente, embora, o batismo nas águas seja um testemunho público de que passamos a pertencer ao Senhor. Esse ritual não obra a salvação, antes, testifica o que outra Água, a Palavra, fez. O mesmo Salvador figurou-a assim. “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo 4; 14

Espere! Diria um mais atento. No Céu o testemunho é posto aos cuidados do “Pai da Palavra e do Espírito”; por que no Céu Palavra é Palavra, na Terra vira água? Porque lá não há necessidade de lavar nada, a sujeira reside na Terra, em nós.

Falando da Igreja Paulo diz que Cristo atuou “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,” Ef 5; 26  O selo do Espírito é renovo de vida, sucedendo à mensagem purificadora da mesma. “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,” Tt 3; 5
 
Por fim, o testemunho do Sangue tem a ver com a Justiça de Deus. Dado que “o salário do pecado é a morte” e todos pecaram; resta morrer. Certo, o Salvador o fez em nosso lugar. Entretanto, a eficácia do sacrifício incide apenas sobre os que se identificam via renúncia dos anseios naturais, com Sua renúncia.

A diferença é que a Dele levou a verter Seu Sangue; a nossa demanda apenas mortificar as obras da carne. Aceitamos publicamente tal sorte quando nos batizamos, como ensina Paulo. Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6; 3 e 4

Então, podemos “roteirizar” a salvação assim: A Palavra testifica que somos pecadores; insta conosco a que nos arrependamos; O Espírito coopera com a Palavra estimulando-nos a aceitar a Salvação; quando convence, “sela”; passa a habitar em nós para nos fortalecer; o Sangue grita a certeza tanto do amor e perdão, quanto, da justiça Divina reunidos na entrega de Cristo.

Claro que uma salvação obrada assim, deve ensejar em nós temor, reverência santa, anseio de purificação progressiva para a comunhão com Deus ser restabelecida. A purificação ritual feita no sacerdócio levítico empalidece ante a excelência do Salvador.  

“Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno  ofereceu a si mesmo imaculado a Deus purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9; 13 e 14
 
Purificar para servir; eis o labor da Água e do Sangue! Os que a usam para saciar a sede riquezas agem quais carpideiras após o cortejo das obras mortas. Tão sério quanto faltar água em residências é faltar a saudável Palavra nas igrejas; mas, muitas acostumaram já com a louça suja.