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sábado, 9 de julho de 2016

Obreiros aprovados

“Quando Efraim falava, tremia-se; foi exaltado em Israel; mas ele se fez culpado em Baal, e morreu.” Os 13;1 Sem me ater estritamente à saga de Efraim, o qual, quando falava ensejava temor, mas, foi da exaltação à morte, ao se fazer culpado ante Deus, quero ver esse aspecto, em nossas vidas, pois, o Deus de então É o Mesmo hoje, e, certamente mantém os mesmos valores.

Se, fora a culpa pela idolatria que enfraquecera ao, antes, exaltado Efraim, então, no começo andara em retidão, certa inocência, perante O Senhor.

A autoridade espiritual de um ministro aumenta, diretamente proporcional a sua obediência ao que o comissiona. Muitos acreditam que ser for feito “em nome de Jesus” uma oração, “determinação”, “decreto”, tal, estará turbinado pelo Poder de Deus.

Ora, em Nome de Jesus equivale a dizer: Em submissão a Ele, de acordo com Seus ensinos, Seu Senhorio, Sua Vontade. A Palavra de Deus é veículo que trafega sempre carregado; digo, está umbilicalmente ligada aos fatos, não, meras ideias, encenações, como tanto fazem os barulhentos comboios das palavras vazias.

Desse modo, tomar O Santo Nome nos lábios, requer algo mais que capacidade de articular certos fonemas; Paulo ensina: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Já, mediante o salmista, Deus depreciara ao que menciona Sua Palavra descompromissado com ela, dissera: “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca?  Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti?” Sal 50;16 e 17

E, nos provérbios temos uma verdade mais, rejeitando mesmo a oração de quem não anda em equidade: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Prov 28;9

Assim, o “poder” de um ministro do Evangelho nada mais é, que um aferidor espiritual de sua comunhão com O Pai, de onde emana todo o Poder. Um desses é convincente, inquietante, desafiador quando fala, pois, fala segundo Deus; e O Eterno quando fala, faz estremecer. Diferente de uns e outros da praça que buscam mascarar o lapso de comunhão com acréscimo de decibéis, e certa teatralidade ensaiada.

Alguns espalhafatosos descompromissados com O Salvador usarão seu espalhafato como argumento, por ocasião do juízo, contudo, esse será segundo o caráter, não, a arte de enganar. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas, aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Ma 7;21 a 23

Se, o praticar a iniquidade nos dias pretéritos era, sobretudo, o culto a Baal, em nosso tempo, o expoente maior da iniquidade religiosa é o culto ao dinheiro.  A Parábola do Semeador alude às sementes que caíram entre espinhos, figura equacionada ao cuidado com as coisas do mundo e a sedução das riquezas.

Porém, tais ministros não parecem mortos, vistos com uma lupa natural, afinal, ostentam portentosos impérios na Terra, malgrado mencionem O Reino Dos céus. Foi, aliás, a uma igreja que dizia: “Rico sou, e de nada tenho falta” que o Senhor aconselhou que melhorasse a visão. “Aconselho-te que... unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Apoc 3;18

De Efraim está dito que, depois de ter falado com poder, se fez culpado e morreu; o que Paulo, noutro contexto chamou de começar no Espírito, e tencionar acabar na carne. Gente que alegremente aceitou o convite para O Céu, e desistiu quando emulado por caminhos mais fáceis.

A jornada dos salvos é uma graça para valentes, em meio à qual, os covardes são descartados, como fez Gideão mandado por Deus. E Os valentes do Altíssimo não são os que fazem mais barulho, ou, os templos mais belos, antes, os que aparecem menos, por dar lugar a quem de direito, Jesus Cristo.

Os covardes de então foram para casa enquanto os valentes nas mãos de Deus, pelejavam por eles. Os de hoje cobrem-se de verniz religioso pois, de tão covardes, nem assumir suas fragilidades ousam. Quando pregam, ninguém estremece, são agradáveis, jocosos, fúteis. Ministros de Deus, nesse cenário putrefato necessariamente serão, desmancha-prazeres, mas, Deus fala mediante eles, e quem lhes der ouvidos, achará o caminho.


A “piada” à qual o Céu ri, não tem graça ao homem natural; mas, traz vida eterna.