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sábado, 11 de julho de 2020

O Chamado de Deus


“... Deus... de antemão te designou para que conheças Sua vontade, vejas aquele Justo e ouças Sua voz. Porque hás de ser Sua testemunha...” Atos 22;14 e 15

O que se deu com a chamada de Paulo, de certa forma se dá com todos os cristãos.

“Designa de antemão”, predestina; Não significa, como entendem os calvinistas, que Deus pré-escolhe; escolhe aqueles que aceitam os termos da reconciliação mediante Cristo; prepara de antemão o destino; “Vou preparar-vos lugar...” Eis a “predestinação”!

“Para que conheças Sua Vontade...” A condição essencial, o negue-se, fará necessariamente o convertido cambiar suas vontades naturais pela Divina.

Conhecê-la será impossível, enquanto a minha ainda estiver no comando; “Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;9 “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra;” Col 3;1 e 2

Se, para negar à própria vontade e buscar as coisas de cima é necessário “ressuscitar com Cristo”, óbvio que, antes carecemos “morrer” com Ele; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6;3

“... Vejas Aquele Justo...”
Se, Deus por ser Espírito não pode ser visto, O Verbo Encarnado, Deus Manifesto, pode. “Quem vê a mim vê O Pai” Ensinou. “... sendo o resplendor da Sua Glória, e a Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

Atributos atinentes ao Poder e Sabedoria, as próprias obras da Criação mostram; “... Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu eterno poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

No entanto, os sentimentos Divinos foram demonstrados cabalmente na Obra de Cristo; “Ninguém tem maior amor que este, dar alguém Sua vida pelos seus amigos.” Jo 15;13 Ou, “Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8

Acontece que, se, por ter se feito semelhante a nós, Jesus pode ser visto, tocado... não é numa imagem física que se O vê, deveras. (Deus vetou imagens, de iniciativa humana, aliás; algumas ordenou; querubins sobre a Arca e uma serpente de metal, não para ser cultuadas, mas para propósitos pontuais.)

Paulo nosso apóstolo em apreço teve o privilégio de ver a Cristo fisicamente mas, colocou como superior o conhecimento espiritual; “... ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não O conhecemos deste modo.” II Cor 5;16

Então, o conhecimento espiritual, invés de uma satisfação mental, de suprir uma curiosidade por ter “visto” algo, ou, no caso, alguém, enseja uma identificação transformadora; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo!” II Cor 5;17

Mais que numa imagem tangível pois, Deus quer ser conhecido por identificação espiritual, em Seus Atributos e valores. O Salmista dissera que esperava ver a face de Deus na justiça; “Quanto a mim, contemplarei Tua Face na justiça; e me satisfarei da Tua semelhança quando acordar.” Sal 17;15

“Porque hás de ser sua testemunha...” Normalmente se passa por alto a essência de ser testemunha como se, a mesma fosse qualquer um que, dissesse saber ou, ter visto algo acontecer.

Entretanto, mesmo nos imperfeitos tribunais humanos, eventual testemunha, antes de inquirida jura com a mão sobre a Bíblia não dizer nada mais que a verdade; se, eventual oponente puder provar que, a mesma mentiu em parte, todo o testemunho será descartado, bem como a testemunha deixará de ter relevância.

Ademais, faz diferença “ser” testemunha ou “ter” um testemunho a dar. Mais que algo a contar, simplesmente, aquele que é testemunha de Cristo, deixa isso patente com ações; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16

Parecer algo é coisa muito fácil; as redes sociais estão aí para demonstrar que a maioria sabe cultivar rosas que não dão espinhos.

Porém viver Cristo, num mundo que cultua a mentira, não raro, nos faz parecer loucos. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1;18

sábado, 27 de janeiro de 2018

Liberdade de Expressão

“Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel; para sinal que é contraditado (uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;34 e 35

A espada que traspassaria a alma de Maria referia-se à dor que sentiria vendo o escândalo do Calvário. Dele, O Inocente traído uma lança traspassou o corpo, cravos, às mãos e pés. Isso tudo, porque O Eterno resolvera levar nossa liberdade de expressão às últimas consequências. “Para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.”

Embora, muitos tenham os pensamentos como coisas tênues, inócuas, inofensivas, até, são eles os patrocinadores das ações. É sobre a prancheta dos pensares que projetamos o edifício das atitudes.

Enquanto não houver uma mudança radical aí, por melhores que soem nossas ações, não serão mais que um verniz hipócrita edulcorando más inclinações, como se, decorar o “sript” da virtude, e, interpretá-lo bastasse para verter um devasso num santo.

Nossos pensamentos naturais tendem ao pecado, dado seu vício de origem, a carne. “A inclinação da carne é morte; mas, a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rm 8;6 e 7

Não se trata, como vimos, de vontade, mas, impotência para obedecer; “não é sujeita... nem pode ser”. No mesmo contexto Paulo aludira à impotência servil de uma vontade até boa, mas, escrava do mal; “segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas, vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento; prende-me debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem sou!...” Cap 7;22 a 24

Sendo esse o óbice inicial, falta de poder para agirmos segundo a consciência, o homem interior, essa é a primeira dádiva que O Pai lega aos que recebem Cristo. “a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem, do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Se, recebendo Cristo, agora posso agir como filho de Deus, obedecer à Sua vontade, careço conhecê-la. Para isso preciso crucificar pela fé a antiga autonomia do, “vós mesmo sabereis o bem e o mal;” sugestão de Satã, para refazer meus pensamentos segundo a Mente de Cristo, não, as carnais inclinações de sempre.

Isaías foi mui didático sobre isso: “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos; nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são meus caminhos mais altos do que os vossos; e, meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Cap 55;7 a 9

Seria até engraçado se, não fosse fatal, trágico, que certos “teólogos liberais” queiram “flexibilizar” à Palavra de Deus alterando pontos que julgam polêmicos, dada, a “moralidade politicamente correta” atual.

Conversão demanda renunciar meu modo de pensar para adotar o Divino. Senão, que diferença faz? Para que serve eventual status de cristão sem Cristo? Um pecador ímpio é só um perdido alienado do Pai; um pecador ímpio, mas, religioso, imiscuído, segue sendo alienado do Eterno, porém, com a agravante de ser profano. Acrescenta mais pecado aos seus muitos de antes.

Seu engajamento, pois, não deriva de uma tentativa de se amoldar às demandas santas; antes, serve ao inimigo, tentando atrair para baixo os que, pela Palavra estavam aprendendo a buscar as coisas de cima.

Os veros servos de Deus são transformados paulatinamente por Sua Doutrina; os que atentam contra a integridade, atualidade e fidelidade da mesma, por loquazes, modernos, atraentes que pareçam, escondem lobos sob seus lustrosos velos.

Claro que nossa mudança de mente é um processo longo e doloroso. Muitas vezes as antigas manias ainda nos incitam contra os ensinos do Santo; tropeçamos na ambigüidade de pensar correto e atuar de modo ímprobo. Mas, O Santo acende uma luz em nossas consciências sempre que isso acontece, chama ao arrependimento acenando com Seu perdão. Não precisamos permanecer prostrados se aceitarmos Sua Mão que nos levanta outra vez.

Enquanto o mundo, os políticos sobretudo, abusam da “liberdade de expressão” para serem desonestos, boçais, ridículos, desrespeitosos com pares e outros poderes, façamos uso da nossa para expressarmos, mormente em nosso agir, a Luz de Cristo; fazendo manifesto o que Ele, malgrado nossos muitos pecados, implantou em nossos corações.