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quinta-feira, 11 de junho de 2020

"Votei no Bolsonaro e me arrependi"


Tenho deparado com certa frequência com a frase: “Votei no Bolsonaro e me arrependi”.

Não me cabe duvidar dos alheios sentimentos, embora, posso cogitar um pouco sobre os motivos, uma vez que também votei nele e não me arrependi; quiçá, ainda não vi bem a sua ruindade e por isso sigo apoiando-o.

Geralmente, arrependimento se dá quando, nutrida uma expectativa e chegado o tempo propício ela não se cumpre.

Tanto o lapso pode estar nele, por termos confiado em alguém indigno de confiança, quanto em nós, por buscarmos pelos em ovos; digo, esperarmos coisas dissonantes da realidade.

Alguns bem notórios como Moro, Joice, Frota, Dória, etc. também “se arrependeram”; portanto, caro “arrependido” tens companhia.

Impressiona-me como alguns fizeram estrondoso silêncio para toda sorte de incompetência, corrupção, fisiologismo, malcriações, preconceitos explícitos da era PT; nunca se incomodaram com o Lula bêbado e mijado em público, com os discursos “filosóficos” da Dilma, mas se incomodam veementes com um fio da sobrancelha do Jair desalinhado. Parece que Jesus falou algo assim, sobre coar um mosquito e engolir um camelo.

Uma fala infeliz aqui, outra acolá, acontece. A Própria OMS diz uma coisa depois outra oposta sobre o mesmo tema e ninguém desses parece fazer caso.

Contudo, malgrado uma ou outra frase indevida, Antes do Carnaval Bolsonaro tentou deter a farra e foi ignorado; foi o primeiro a defender o uso da cloroquina, também combatido.

Portanto, meus zelosos arrependidos, parece que vocês se arrependem seletivamente.

Ora, numa reunião fechada chamar alguns FDPs pelo que são todo mundo faz. Não fosse a ingerência indevida e golpista do STF e nada teria se tornado público.

Em linhas gerais como deve ser avaliado o Governo, não superfaturando alguma minúcia do varejo ele vai muito bem obrigado.

Segue em defesa dos mesmos valores esposados na campanha, com um ministério técnico, com recuperação de infraestrutura, mormente estradas, em convênio com o Exército, sob a batuta do ministro Tarcísio de Freitas; e não fosse o inesperado vírus e a ingerência uma vez mais dos morcegos do STF tirando inconstitucionalmente dele a autoridade legando aos governadores e prefeitos, a economia teria seguido em aquecimento, tomados os cuidados estritamente necessários como tencionava.

Ele não mudou nada em suas qualidades, nem em seus defeitos. Portanto, quem se “arrependeu” deve pensar seus motivos.

De fato votou e agora mudou, ou é apenas um infiltrado que votava de outro modo e superestima sua influência achando que pode cooptar mentes com essa falácia?

Lula outro dia agradeceu à natureza pelo vírus, pois corroboraria a sua visão estatista facistóide; de novo estrondoso silêncio. Não ouvi nenhum dizendo: “Como votei numa besta dessas, um dia?”

Quando da traição do “arrependido” Sérgio Moro, antes mesmo da defesa do Presidente e de os fatos virem à luz, muitos “Bolsonaristas” bradaram: “Fora Bolsonaro!”

Depois que a fumaça se dissipou, não identifiquei ainda uma retratação desses. Eu, por esposar cautela fui tachado de fanático, de defender cegamente ao Jair, a despeito do que ele tivesse feito; mas aclaradas as coisas, nada fez que o desabonasse.

Não o escolhi para poeta, pastor, orador, ou algo assim; votei para que fosse Presidente defendendo contra a mídia corrupta e o Mecanismo, os valores que ele prometeu defender; tem feito isso com bravura sofrendo a maior carga de perseguições, calúnias e falsidade de todos os tempos.

Portanto pelo que já fez nesses meses já valeu o meu voto. Antes era ele desrespeitado pelos hipócritas que na campanha tinham um discurso, e no poder outro.

Poderá vir a fazer algo que elimine um voto futuro noutra eleição mas, acho pouco provável, pois, quem tem caráter maior que interesses, costuma manter esse, não se curvar àqueles.

Todavia, caros arrependidos, são só mais dois anos de mandato para que sofrais; depois podereis livremente fazer opções que lhes parecem melhores e são tantas; Haddad, Huck, Dória, Ciro, Marina, Freixo... Tanta gente boa merecendo vossos votos...

Alguém ironizou à democracia e sua mesmice voraz dizendo que ela nos permite escolher com qual molho queremos ser devorados. Pois, pela primeira vez numas três décadas nos foi possível escolher o cardápio, invés de sermos ele; no entanto, parece que o “paladar adquirido” de muitos ainda fala mais alto.

Diz um ditado que de tanto conviver no mercado de peixes acabamos acostumando com o mau cheiro; Assim, de tanto se “informar” mediante a mídia prostituta, o ar puro da verdade parece incomodar mais que o putrefato da manipulação interesseira.

Meu voto segue virgem de decepções; e meu cérebro teimoso, refratário a manipulações, com presunção doentia de pensar por si mesmo, sem ceder ao vírus da enganação.

Tanta coisa ruim para me arrepender e eu me arrependeria de ter vergonha na cara?

terça-feira, 11 de outubro de 2016

A Vereda da Justiça

“Assim como as moscas mortas fazem exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, é, para o famoso em sabedoria e honra, um pouco de estultícia.” Ecl 10;1

Que animais em decomposição causam mau cheiro, não é novidade, contudo, moscas logrando isso é uma sutileza surpreendente. Acontece que, a reflexão em apreço atina a um pouco de estultícia, na vida do, que, se reputa sábio. Uns dizem que temos cinco minutos de bobeira todos os dias, outros, que errar é humano; então, cometer um pouco de estultice nos parece inevitável.

Contudo, nós, pessoas comuns, como tais, esperam que nos portemos. A estultícia mínima é vetada ao sábio. Tiago desenvolveu de modo diverso: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se, alguém não tropeça em palavra, tal, é perfeito, poderoso para também refrear todo o corpo.” Tg 3;1e 2 Se, alguém é mestre no falar, pois, que seja perfeito no agir.

Mesmo os apóstolos, durante seu discipulado, após, até, cometeram eventualmente, suas falhas. Como seria, porém, se Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres, em cujos “lábios não se achou engano” incorresse nalguma? Tal incidente seria a predileção dos inimigos, o banquete dos ateus, uma dolorosa ferida aos Seus seguidores. Entretanto, esse lapso inexiste, glória a Deus!

Na verdade, o mesmo erro, em contextos diversos sofre diversos apreços; produz pesos diferentes, proporcionais às circunstâncias de vida, do, eventual, errante. Paulo ensinou: “Quando eu era menino, falava como menino, discorria como menino, mas, tornando-me adulto, acabei com as coisas de menino.”

A Epístola aos Hebreus, aliás, traz dura reprimenda a uns que, malgrado o curso do tempo, negligenciaram o crescimento espiritual. “Do qual ( Cristo ) muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais que se vos torne a ensinar quais os primeiros rudimentos da Palavra de Deus; vos haveis feito tais, que necessitais de leite, não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, é menino. Mas, o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;11 – 14 Dos “perfeitos” em questão, pois, se esperava discernimento de valores, coisa relevante.

De que coisas sofrem apreço distinto em diferentes circunstâncias temos um exemplo didático no que ocorreu na vida do “presidenciável” Donald Trump. Disse algumas porcarias grosseiras sobre mulheres quando era apenas um playboy mimado; se, tivesse “vazado” então, seria essa a repercussão; garoto mimado metido a besta, grosseirão. Algo assim, que em pouco tempo seria esquecido. Contudo, veio a lume agora, que postula o cargo de Presidente dos Estados Unidos. Isso pode custar a eleição dele. Um peso infinitamente maior, dado seu novo contexto.

Igualmente nós, os mesmos erros que cometemos, em ocasiões diferentes podem ter pesos diversos também. Daqueles que são mais chegados a Si, O Senhor espera uma postura melhor que de outros que estão alienados Dele. Mediante Isaías, narra como “normal” a idolatria dos gentios, mas, de Israel, povo escolhido, esperava algo mais. “Porém, tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo; tu a quem tomei desde os fins da terra, te chamei dentre os seus mais excelentes, te disse: Tu és o meu servo, te escolhi, nunca te rejeitei. ( ?) Is 41;8 e 9

Necessária a conclusão que o crescimento espiritual tem preço; tanto para aquisição, quanto, para exercitar-se nele com devida coerência. Se, por um lado é “natural” na vida do cristão; por outro, escolher a vereda da justiça, como disse o salmista é o “sine qua non”, para que sejamos iluminados. “a vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Voltando à mosca morta, O Senhor acusou aos hipócritas de coarem um mosquito, e engolirem um camelo. Dessa vez a mosca estava na bebida, não no perfume. Tais, eram ciosos de ninharias e cegos para grandes erros. Desse modo, tanto podemos tirar a mosca por apuro espiritual, quanto, por hipócritas razões, para encenarmos ante terceiros, um zelo que não temos.


Spurgeon dizia que uma coisa boa não é boa fora do seu lugar. Assim, zelo onde a demanda é por misericórdia é só aridez espiritual; ênfase na graça quando o caso é correção, é frouxidão moral, conivência, cumplicidade. Saibamos, como O Mestre, diferir circunstâncias. Era amoroso, brando, com os fracos, terrível, com os falsos. Paulo disse que somos o perfume de Cristo; preservemos a pureza que Ele ama.