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domingo, 25 de setembro de 2016

Condenados à liberdade, presos de medo

“Disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme sua espécie; gado, répteis e feras, conforme a sua espécie; assim foi. Fez Deus as feras da terra conforme sua espécie, gado, conforme sua espécie, e todo o réptil da terra conforme sua espécie; e viu Deus, que era bom.” Gen 1;24 e 25

Contrário à tese evolucionista que apregoa mutações “ad infinitum” das espécies, a Bíblia as apresenta como obra acabada, restritas ao determinismo mecânico reprodutivo. Conforme, significa, análogo, semelhante, igual na forma...

O conflito se estabelece pelos evolucionistas descrerem do relato, e, nos acusarem de primitivismo mitológico, anticientífico, por acreditarmos na Palavra como, ela é. Nós a temos como “Obra acabada”, igual à Criação. Para eles, a “ciência” deve evoluir concomitante ao evoluir das criaturas (?) digo, seres, pois, criaturas remeteria ao Criador, heresia aos seus científicos olhos. Certo que a ciência veraz evolui no domínio da tecnologia, mas, no que tange à vida, é incapaz de gerar uma folha de grama usando seus próprios meios, apenas.

Dado ser um tanto irônico, encontramos raízes do evolucionismo na Bíblia. Ela ensina que a proposta do “profeta” do Éden, foi a independência cognitiva em lugar de crer na Revelação: “Vós sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”, disse. Assim, pretendem ser, todos que a renegam.

O saber, refém de uma vontade rebelde, torna-se inócuo, pois, não possui força assaz persuasiva para fazer agir ao seu lume. Amiúde, ocorre como em muitos casos nos quais desaconselhamos alguém quando se dispõe a uma empresa temerária; invés de nos ouvir, revida: “Não quero nem saber!” O “quero” no caso, não quero, o rebento da vontade precede ao conhecimento, e, o ignora, ao sabor das conveniências.

Algo assim inquietava Paulo: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero, faço. Ora, se faço o que não quero, já não faço eu, mas, o pecado que habita em mim.” Rom 7;18 a 20

Interessante figura que personifica o pecado como intruso habitante dentro de nós. Tiago falou da gênese: “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tg 1;14 e 15

A grande “vantagem” evolucionista é que, palavras negativas como “pecado” desaparecem. Apenas a seleção natural “pune” aos de má qualidade, no mais, bola pra frente.

Entretanto, olhando o cenário planetário com honestidade, o que vemos corrobora a evolução, ou, a Revelação? Digo, rumamos à decrepitude como vaticina A Palavra, ou, a um patamar superior da espécie “sapiens”? A célere decadência dos meios naturais tem dado azo ao surgimento de partidos ecologistas, temendo que, evoluamos para a desertificação, o que minaria o potencial de vida no planeta. Espécies são extintas velozmente; invés de deixarem a “seleção natural” fazer seu trabalho, estão alarmados, engajados na preservação. Contraditório, para quem se ufana de ter ciência.

A Bíblia anteviu esses dias: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. Não só ela, mas, nós, que, temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” Rom 8;22 e 23 O corpo dos salvos será redimido, banindo-se de vez o intruso aquele, que faz a vontade inclinar-se contra Deus, o pecado. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

Redimir equivale a pagar resgate pela libertação; Cristo fez. Regenerar, gerar de novo como era originalmente, isso, O Espírito Santo Faz. Afinal, se todos os seres criados tendem à reprodução conforme suas espécies, por que o homem, imagem de Deus, feito para presidir a Criação, poderia degenerar, reproduzir-se de qualquer modo?

A Parábola do Semeador ensina que a maioria das sementes se perderia no plantio, assim, a humanidade. Imensa maioria avessa à disciplina, virtude, obediência, Ao Criador. Mas, pelas poucas sementes que cairia em boa Terra, suportaria a perda das demais, ensinou. Deus está condenado à liberdade, assim como nós. Da nossa, não raro, fazemos prisões; Ele, da Sua, não pode evitar dolorosas decepções.


“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e abertura de prisão aos presos;” A porta está aberta desde que o Libertador bradou: Está consumado! Mas, a imensa maioria morre de medo de ser livre...

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Papa Francisco e a relativização



“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30; 5 e 6 

Provérbios é definido mais como literatura sapiencial que profética. A exortação sobre o valor Absoluto da Palavra de Deus poderia ser mera concepção humana, de Agur, que escreveu. E, como o conhecimento humano evolui ao curso do tempo, bem poderia estar superado esse conceito. 

Entretanto, o Senhor ressuscitado foi além de um conceito de sabedoria. No Apocalipse deixou a preservação da integridade como mandamento sob séria ameaça: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, da cidade santa e das coisas que estão escritas neste livro.” Apoc 22; 18 e 19 

Desse modo, qualquer que incidir na relativização, seja por acréscimo, omissão, ou mesmo, interpretação adulterada, insurge-se não apenas contra a Sabedoria; mas, contra o mandamento do Senhor.  

Dado que, Deus respeita ao arbítrio humano, ninguém é, nem será forçado a crer. Todavia, se afirmar fazê-lo, que o faça na íntegra; pois, se é livre para crer, não o é para alterar. 

Porções convenientes, até satanás usa; como fez quando tentou ao Salvador. “Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem, que te sustenham nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus.” Luc 4; 10 a 12 

Assim, aquele citou uma fração que parecia autorizar a temeridade; O Senhor socorreu-se de outra que vetava. Desse modo, ou temos A Palavra por inteiro, ou, não temos nada.

Alguns se apressam em dissipar uma bruma que ela não contém. Tentam “flexibilizar” coisas espirituais, como se tomássemos tudo ao pé da letra, ou, por outra, como se a Bíblia fosse um tratado mitológico que a ciência desmistifica. 

Embora não seja um compêndio científico, seus postulados devidamente entendidos em nada contrariam à verdade. Chega a vaticinar o progresso da ciência nos últimos dias. “...muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Dn 12; 4

Todavia, adverte contra os simulacros que em nome da ciência profanam a Deus negando Sua Palavra. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé...” I Tim 6; 20 e 21   

Então, quando vejo o Papa Francisco querendo ser legal com a “ciência” tentando acomodar Deus e Darwin no mesmo assento preciso parafrasear a Lei da Física; Se, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, dois espíritos excludentes não cohabitam na cabana do saber. 

Em momento algum  ciência e fé rivalizam. Atuam em campos diversos, ainda que, ambas podem testificar de Deus. Acima, temos Paulo denunciando a opção pela falsa ciência como desvio da fé. 

Afinal, se Deus apresenta-se à fé via revelação; faz o mesmo para a ciência via criação; leiamos: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder, quanto sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1; 20 

Longe, pois, de ser uma oposição à existência de Deus, a verdadeira ciência é também revelação que deixa seus alvos sem desculpa para não crerem. A propósito, ocorre-me uma definição ácida se Spurgeon: “ Aquele que, contemplando os céus estrelados, o sol em seu esplendor e todas maravilhas da criação- disse- ainda se declara ateu, juntamente declara-se imbecil e mentiroso.” 

Que me perdoem eventuais leitores se acham que ofendi o Francisco, mas, Paulo ensina: “Nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” Arranjos políticos são coisas desse mundo; O Salvador afiançou que, Seu Reino não é daqui. 

Verdadeiros servos de Deus se atêm à higidez da mensagem para devida sanidade do rebanho, não em aumentar o número, simplesmente. 

E nem se apressem a me apontar erros dos “protestantes” como se defendê-los a todo custo fosse meu alvo. Quem lê o que escrevo sabe que não defendo o indefensável, antes, sou mais severo com  tais, que com os que professam outra fé. 

Meu negócio é A Palavra, interpretada de modo limpo, honesto, não, eventual aplauso humano. Afinal, se Deus não conta, para quê igreja? Se, conta, como alteraríamos o que Ele disse, se nem nós, falhos, aceitamos que se ponha palavras em nossa boca???

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A escalada inversa



“Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade.” I Ped 1; 12 

Pedro na introdução de sua epístola meio que justifica-se por estar “chovendo no molhado”. Disse que não deixaria de exortar seus leitores sobre coisas que eles sabiam e nas quais, estavam firmados. 

É, temos uma tendência a nos enfadarmos das repetições e andarmos sôfregos por novidades. Naqueles dias era assim. “Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade”. Atos 17; 21 Isso,  até saudável no prisma humano, científico, por exemplo, no campo espiritual pode ser nefasto. Por quê? Porque é natural que seres imperfeitos laborem em busca de melhoramentos; também, que os consigam a medida que novo saber se agrega. 

Entretanto, naquilo que é perfeito, qualquer mudança será necessariamente “para baixo”, rumo à imperfeição. Quem galgou o topo do Everest só pode descer, a menos que aprenda a voar. 

A ciência humana anda célere como nunca; compramos uma engenhoca hightec hoje, em meses, está obsoleta, superada por outra mais moderna. Desse modo, tanto a sede de novidades quanto a busca de conforto confluem na veloz corredeira tecnológica. O conceito que determinado invento é “de ponta” agrega valor;  faz desejado. 

Nesse contexto impregna-se automaticamente no inconsciente coletivo a ideia que o novo é  bom; o demais, ultrapassado. Assim, basta a pecha que algo é “jurássico” para justificar sua rejeição. Desgraçadamente, quanto mais dominamos à tecnologia, menos logramos ascender em domínio próprio. Ampliamos meios de extravasarmos nossa própria maldade.

Daniel anteviu esses dias de progresso científico acelerado, associado à ignorância espiritual. “...muitos correrão de uma parte para outra, o conhecimento se multiplicará. ... nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão.” Dn 12; 4 e 10 

Mas, citar isso não é muito antigo, portanto, ultrapassado? Aqui chegamos ao xis da questão. Se, nas coisas humanas, quanto mais moderno melhor, nas Divinas, a excelência não reside em inovar, mas, permanecer. “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30; 5 e 6 

Isso no Antigo Testamento; na conclusão do Novo, preservar, vai além duma reflexão sapiencial; vira mandamento. “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele, as pragas que estão escritas neste livro;  se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, da cidade santa e das coisas que estão escritas neste livro.” Apoc 22; 18 e 19 

O conceito bíblico de sabedoria nada tem a ver com domínio tecnológico, conhecimento filosófico; antes, com escolhas certas no prisma espiritual. Notemos que Daniel não opõe aos sábios, os ignorantes, como deveria ser; antes, ímpios. “Nenhum dos ímpios entenderá, mas, os sábios entenderão.” Falando de nossos dias. 

O mais sábio entre os homens, Salomão, também pôs vestes espirituais na sabedoria. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” Prov 1; 7 Se Daniel deu um componente moral àquela, chamando de ímpios os opostos, Salomão põe como questão de sanidade psicológica, dado que, os avessos são loucos.

Escrevendo instruções para seu filho, o rei deixou coisas muito úteis para nós. Desaconselhou mudanças se, o fito fosse insurreição contra o governo humano, ou, Divino. “Teme ao Senhor, filho meu, ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças,  porque de repente se levantará a sua destruição, a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24; 21 e 22 

As correntes religiosa influentes, mas, descomprometidas com Deus, como não podem rejeitar A Palavra de Deus, tentam “modernizá-la” flexibilizando-a. A mesma Bíblia tem uma má notícia para eles. “Jesus Cristo é o mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13; 8 

Aliás, Salomão dissera também algo semelhante. “Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante dele.” Ecl 3; 14 

Não que o Eterno tenha algo contra o novo, contra mudanças. Ele preceitua e deseja desde que não seja para baixo. “...quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou... não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5; 24 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17 

Quem sabe onde está, facilmente identificará se carece de coisas novas ou velhas.