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domingo, 7 de janeiro de 2018

Salvação, contra a torcida

“Eis que chegou um homem de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; prostrando-se aos pés de Jesus rogava-lhe que entrasse em sua casa; Porque tinha uma filha única, quase de doze anos que estava à morte...” Luc 8;41 e 42

Toda oposição que O Senhor enfrentou tinha direta, ou, indiretamente as digitais dos religiosos. Se, eram o romanos que o assediavam, eventualmente, o faziam acossados pelos Saduceus, ou, Fariseus.

Tanto, o Senhor era “persona non grata” aos olhos deles que, Nicodemos, um membro do Sinédrio quando desejou entrevistar-se com Jesus o fez de noite, para, se possível, não ser visto por seus pares.

Entretanto, acima, encontramos Jairo, o príncipe de uma sinagoga prostrado aos pés de Jesus rogando sua Graça. Se, os demais Fariseus soubessem tinha tudo para perder seu posto de principal; quiçá, seria até expulso da sinagoga como era ameaça corrente.

Infelizmente, assim como Jairo a maioria das pessoas pauta-se por certa ambigüidade; uma escala de valores, um tipo de postura para as horas de calmaria; outro, para momentos de abalos emocionais. Todas as suas conveniências sociais e religiosas perderam importância; de repente, ante o risco de perder sua filha jogou no lixo as convenções o prostrou-se aos pés de quem o poderia ajudar. Sua ousadia foi recompensada, pois, sua filha já falecida foi restaurada à vida pelo Senhor.

Há um ditado que diz: “É na tempestade que se pensa no abrigo”; Porém, não se pensa num inexistente, antes, um que foi planejado e feito prevendo intempéries. E, como disse John Kennedy, “Devemos reparar o telhado quando o sol está brilhando.” De outra forma: Se, quando a Terra treme até ateus gritam: “Meu Deus”! Ou, se para momentos de dor, perdas, catástrofes, Deus nos parece um socorro necessário, por que, nas horas de calmaria O ignoramos?

Uma cena bem didática é observar a plateia num auto fúnebre, quando, o ministro tem o que dizer, da parte de Deus; mesmo os que dizem não acreditar, os que acreditam e não obedecem, todos bebem com sofreguidão cada palavra; mostram em suas retinas umedecidas, quanto carecem ter esperança, sobretudo, em horas assim.

Que adiantaria darmos voz ao ateísmo? Nada teria a dizer; pelo menos, nada que atenuasse a dor, que ensejasse algum alento. Nas horas de calmaria destruíram o possível abrigo; chegou o vendaval da morte e ficaram expostos.

Tendemos a ser muito naturais, malgrado, tenhamos espírito. O Mestre falou do Novo Nascimento ao príncipe Nicodemos; ele cogitou voltar ao ventre materno; viu as coisas do espírito com olhos da carne; igualmente o carcereiro de Filipos que, quando um terremoto abalou a cadeia onde Paulo e Silas injustamente presos cantavam louvores, ao ouvir de Paulo que estavam todos ali, ninguém tinha fugido, perguntou: “O que eu faço para me salvar”?

Embora pareça que ele fez uma pergunta espiritual, não foi o caso. A salvação que tinha em mente era da vida natural que corria risco de execução, se, os presos fugissem. Porém, Paulo bancou o desentendido e apresentou algo mais valioso que mera salvação natural; “Crê no Senhor Jesus e serás salvo; tu e tua casa”.

É lógico pensarmos que ninguém deixará um lugar onde se sente seguro, exceto, se, algum tipo de abalo o forçar a isso. Por essa razão Deus enviou Sua Palavra, que, menciona mais vezes o inferno que o Céu; a ideia é abalar mesmo; fazer pó de nosso enganoso refúgio da justiça própria, ou, heresias várias e deixar patente que, ou, recebemos Jesus como Salvador e Senhor, ou, eterna perdição nos aguarda.

Nas filas da “Mega da Virada” se podia ver muitos sexagenários fazendo sua fezinha, como dizem, querendo “ficar ricos”. A maioria deles tem já patrimônio sobejo para os poucos dias que lhe resta nessa terra, mas, sonham aumentar a bagagem que será deixada na viagem final.

Nuances da cegueira de quem passou a vida todinha alheio a Deus; mesmo se aproximando a hora de prestar contas a Ele, gasta as últimas porções do fôlego de vida correndo atrás de pó.

Quem chega a idade avançada nesse vale de lágrimas, por certo, passa por muitos abalos emocionais. Entretanto, chegando a ela sem ter restabelecido relacionamento com Deus, tende a petrificar o coração e partir assim.

Talvez por isso, Salomão via nos ambientes fúnebres mais proveito que nos oba-obas festivos e inúteis; “Melhor é ir à casa onde há luto, que, ir à casa onde há banquete; porque naquela está o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

Foi o medo de perder uma vida cara que forçou Jairo a ignorar a torcida e se prostrar ante Jesus; quanto vale sua vida pra você?