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sábado, 6 de janeiro de 2018

Religião ou comunhão?

“... Não foram dez os limpos? Onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão, este estrangeiro?” Luc 17;17 e 18

Jesus curara dez leprosos; não usou “água ungida”, “sabonete ungido” sal grosso, nada. Apenas disse: “...Ide, mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.” V 14

Um leproso só seria declarado limpo após supervisão dos sacerdotes. Havia certo ritual de purificação; duas aves limpas; uma seria sacrificada, outra, molhada com água da purificação misturada ao sangue do sacrifício, então seria solta; “Sobre aquele que há de purificar-se da lepra espargirá sete vezes; então o declarará por limpo, e soltará a ave viva sobre a face do campo.” Lev 14;7

Há um tipo profético nisso; o sangue de uma ave misturado com água aspergindo uma ave viva como sinal de purificação e retorno ao convívio social. Isso aponta para Cristo, a “Ave limpa” que deu Seu sangue misturado com água, (Sua Palavra) para que, sendo aspergidos sobre nós fôssemos purificados da lepra do pecado e voltássemos ao convívio com os santos.

No incidente acima Ele curou dez leprosos; o texto diz que apenas um, que era samaritano voltou para agradecer e glorificar a Deus. Talvez os judeus, conhecedores dos rituais de purificação se preocuparam mais com isso, que, mostrar gratidão. Seu zelo para com deveres religiosos era maior que o amor; o samaritano, não; seus passos após a cura foram em busca do Senhor para honrá-lO.

Os judeus curados comportaram-se como se Deus lhes devesse aquilo; como se não tivesse feito mais que uma obrigação; enquanto, o estrangeiro sentira-se abençoado grandemente.

Há muitos que se comportam assim em nossos dias; ser curados de sua lepra não os sensibiliza a ponto de manifestarem gratidão ao Salvador; antes, saem “declarando, decretando” isso ou aquilo, como se, a salvação fosse mero ingresso a um Reino onde se fazem co-regentes e começam controlar as coisas como desejam.

No caso dos judeus foi-lhes dada uma série de preceitos justos e sábios, que, cumprindo-os seriam um “Reino sacerdotal e nação santa” para abençoar em Nome do Senhor aos demais povos que se chegassem. Como o siro Naamã, certa vez. Não cumpriram quase nada do que lhes fora ordenado, contudo, sentiam-se santos; mais por decreto que, por observar modo de vida que Deus prescrevera-lhes.
Os leprosos atuais, uma vez curados cometem o mesmo erro; sentem-se numa posição privilegiada ante os demais como se, por decreto, não, pelo novo modo de vida.

O mesmo que Paulo disse dos judeus em Roma, bem se pode dizer a muitos crentes atuais: “Tu que tens por sobrenome judeu, (crente) repousas na lei, te glorias em Deus; sabes Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei; confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei; tu, pois, que ensinas a outro, não ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?” Rom 2;17 a 23

Como aqueles se ocuparam mais em rituais religiosos que com Cristo, muitos ainda perdem-se no mesmo erro como se, religião fosse mais relevante que comunhão.

Aí fazem seus “cultos da vitória”, campanhas de “derrubada de muralhas” como se, estar em Cristo já não fosse nossa vitória, ou, a queda de eventuais obstáculos dependesse de nossa iniciativa, não, da Soberania do Senhor.

Mas, foi O Senhor que os mandou ir e se apresentar aos sacerdotes; foi. Contudo, o mesmo Senhor disse, noutra parte: “Quando fizerdes apenas o que vos for mandado dizei: Somos inúteis”. Ele espera iniciativa, sobretudo, em direção ao amor, à gratidão.

Não somos servos por decreto; há certo pragmatismo que demonstra isso, ou, não. “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19, ou, “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis, que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Os samaritanos, os centuriões romanos, um anônimo, e Cornélio, estrangeiros que se avantajaram aos “santos” no conhecimento de Deus. Não que, conhecimento da Palavra não seja vital; mas, muitos perdem-se em teorias quando deveriam se achar num sadio relacionamento.

Salvação é muito mais que merecemos; motivo pra sermos eternamente gratos; se vier mais, será graça excedente, fruto do amor do Pai, pois, Ele não nos deve nada; e, amor não se reivindica; se vive, corresponde.