Mostrando postagens com marcador bom é o sal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bom é o sal. Mostrar todas as postagens

domingo, 4 de setembro de 2016

Sal, sem sal

Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar?” Luc 14;34

Não carecemos esforço para perceber que, o “sal” em questão que, não deveria degenerar era o caráter dos discípulos, dos quais, dissera: “Vós sois o sal da Terra.” Por, degenerar, entendemos, a dissolução paulatina das propriedades originais de algo, ou, alguém. Assim, cada vez menor a pureza, tanto quanto, maior for a degeneração.

Entretanto, os discípulos viviam de modo natural até conhecerem ao Salvador e Nele crerem. Feito isso, foram chamados de discípulos, isto é, aprendizes; dos tais, se requer uma postura de aperfeiçoamento lento mediante a sã doutrina iluminada pelo Espírito Santo. Pois, depois da queda todos carecemos regeneração, não, manutenção da geração natural.

Assim, se careciam antes de tudo serem regenerados, isto é, gerados de novo, como poderiam degenerar estando ainda em fase de geração? O “conflito” se estabelece se, ignorarmos a questão da dupla natureza dos salvos. “O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3;6

Os convertidos, apenas eles, possuem natureza espiritual, o “novo nascimento”, de uma geração perfeita, habitando num “templo” corruptível, “tesouro em vaso de barro” inclinado ao mal, opositor do Santo. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser.” Rom 8;7

A manutenção da ordem perfeita na nova natureza se dá, na exata medida que negamos as inclinações da velha, caída, corrupta e corruptível. Pois, antes de advertir sobre a degeneração do sal, O Salvador dissera: “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Luc 14;33

Aqui entra a “abstinência” voluntária que conhecemos como, cruz. À medida que, mortificamos as más inclinações, “crucificamos nossa natureza”, deixamos Cristo viver em nós, somo reputados inocentes, livres; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Entretanto, se nossas ações, invés de oriundas da Luz de Cristo, vierem de outra fonte, degeneraremos espiritualmente, e preservaremos a impureza, da qual, a Virtude de Cristo nos quer livrar. “Esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I Jo 1;5 a 7

A degeneração tanto pode ser, nas ações, quanto, na doutrina, na crença, e ensinos. Por isso, as muitas exortações para a preservação da pureza de Cristo, contra o concurso de fontes espúrias. “...todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7  “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23 “Dá-me, filho meu, o teu coração, os teus olhos observem os meus caminhos.” Prov 23;26

Claro que, o degenerado ministerial que ensina coisas estranhas à Palavra, ou, perverte a hígida interpretação, é também um degenerado moral, pois, ousa alterar, em sua perversão, ao que O Eterno disse ser inalterável. “O céu e a terra passarão, mas, as minhas palavras não hão de passar.” Mat 24;35

Como toda a semente gera conforme sua espécie, ministérios cujos líderes são sal degenerado, não podem produzir o sabor de santidade que tanto apraz ao Divino Paladar.

Ademais, até suas “bênçãos” trazem a extensão funcional de seus nefastos caracteres, uma vez que, O Eterno abomina a quem O desonra. “Se não ouvirdes e não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; também já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Ml 2;2

Afinal, um produto que só serve ao monturo, para ser pisado pelos homens pecadores, serviria àquele que é “Tão puro de olhos que não consegue contemplar o mal”? Hc 1;13


Vivemos dias difíceis de uma superficialidade fugaz, onde, as pessoas saltam de uma arrogância a outra na velocidade virtual. Todos falam de Deus, ninguém consegue ouvir o que Ele fala. 

Afinal, que melhor maneira de se esconder a degeneração que a capa da espiritualidade? Faz essas coisas o incauto traidor de si mesmo que, importa-se mais com aprovação humana que, Divina. Porém, quanto vale a aprovação dos humanos, se, no juízo serão apenas réus?