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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Nudismo


“Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto.” Augusto Branco

O mundo segue óbvio e obviamente seguimos doentes. Cheios de sapiências a compartir e tão pobres de experiências ao viver.

As pessoas são o que são, dão do que têm. “Dos ímpios procede a impiedade;” da Bíblia; “de onde nada se espera é que nada vem mesmo”, Barão de Itararé.

Contudo, muitas vezes esperamos que urubus sejam pavões, que reles tico-ticos tenham a exuberância dos colibris. Nos machucamos sempre em nossa ingenuidade e persistimos em nos machucar. As pessoas são piores do que parecem em ampla maioria; daí que, surpreender é a exceção, enquanto decepcionar é a regra.

Agora podemos jogar pedras virtuais em todo o planeta; partilhar nossas ofensas e malcriações “Urbi et Orbe” (à cidade e ao mundo) e não perdemos a chance, óbvio, de tão largas pedradas.

Certo; há quem partilhe também coisas boas, uma vez que o “bem” virtual não tem custo, quase. Coisas que têm seu valor se, devidamente absorvidas.

Entretanto o dia a dia com pessoas de carne e osso ainda mostra os que furam filas, no mercado e no trânsito; os que mentem pela comodidade ignorando os efeitos colaterais; os que brincam com sentimentos coisificando e usando pessoas; os que negam o que devem e exibem seus tours e suas festas como se a bunda de fora moral ficasse bem vestida com a ostentação virtual. Gente dissoluta e sem vergonha!

Não fosse o deserto moral em nos movemos e muitas coisas que colhem aplausos seriam banidas por obscenas. Mas, no campo de nudismo de valores que grassa, errado é quem está vestido; o que ele pensa que é? “Abaixo Sérgio Moro! Fora Lava Jato! Lula Livre”!

Não se limitam a expor a nudez no âmbito interpessoal; precisam mais; a pimenta das blasfêmias para ofender Às Dignidades Santas.

Daí, um ano “Jesus” sai numa “Comissão de frente” no carnaval apanhando do Diabo; noutro num festival LGBT é chamado de travesti; não satisfeita a sanha blasfema, um grupelho de maconheiros disfarçados de artistas encena uma peça colocando uma vez mais O Senhor como se, vivendo no nível da ralé apodrecida dos próprios “atores”.

Sempre tem vozes de gente famosa e “esclarecida” em defesa da “arte” e da “liberdade de expressão”, até no STF. Alguns espirituosos indignados estão produzindo memes que expõem Vossas Excelências ao ridículo, vão protestar contra a arte e a liberdade de expressão agora? Com a medida que medires...

Ainda, um “documentário” sobre “O Golpe” sofrido por Dilma é cotado ao Oscar! “Democracia em Vertigem” o pomposo nome dado pelos facínoras corruptos que, apoiam toda sorte de ditaduras pelo planeta, desde que, os ditadores sejam vermelhos; o poder noutras mão é “golpe”; canalhice ao cubo concorrendo a prêmios mundiais; logo a Dilma concorrerá ao Nobel de Literatura.

Levaremos mais de duas décadas para descobrir e purgar toda a roubalheira do PT no governo, e mesmo assim, Lula é “Inocente” apesar dos filhos vagabundos milionários; a Dilma “Injustiçada” não obstantes as maquiagens fiscais fora-da-lei, e toda sorte de corrupção que patrocinou, mormente, na Petrobrás e nos fundos de pensão.

E pensar que tive que excluir gente vermelha do meu Face por, na falta de argumentos para defender seus heróis, partirem para ofensas pessoais. Que vergonha alheia!

A “moral” esquerdista é sem vergonha, seletiva, diabólica; Trump, numa atitude preventiva, mandou matar ao chefe do terrorismo iraniano e milhares de vozes canhotas protestaram pelo mundo; os iranianos derrubaram um avião ucraniano com mais de 170 inocentes e estrondoso silêncio. Vida a ser defendida é só se for de canhotos militantes, senão é apenas uma coisa descartável; que gente que não vale um prego! Que ofensa a espécie humana! Que patifes!!

Não podemos fechar os olhos para a verdade; a globalização buscada pelo Capeta, implementada mediante os idiotas úteis da esquerda será alcançada; a igreja ecumênica mundial com um milhão de religiões no mesmo barco e sem Deus, pela qual trabalha o Papa Francisco também estenderá suas asas sobre o planeta; quem não dançar conforme a música, então, será perseguido e morto até.

Entretanto, os que possuem a mensagem salvífica para estar ensinando, edificando pessoas, a dar-lhes “munição” para a peleja em tempo oportuno, ou, que deveriam ter, uma vez que mencionam à Palavra do Senhor, estão de costas para O Santo mercadejando valores eternos em troca de pífios metais.

Quem ousa separar-se um pouco das aves de bando para ver melhor sofre a impotência de ver tantos se perdendo apenas por confundir vidros com diamantes...

“Tão cegos são os homens, que chegam a gloriar-se da própria cegueira!” Santo Agostinho

segunda-feira, 13 de maio de 2019

A Saúde da Fé; ou, Doença

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

A fé nem sempre, corretamente compreendida; muitas vezes vista como uma coisa eficaz em si, como se, bastasse alguém tê-la para possuir uma força operadora de milagres. Interpretação rasa de frases do Salvador que dizia: “A tua fé te salvou”.

É diferente dizer: “A fé te salvou”; e,”A ‘tua fé’ te salvou”. Quando diz a tua fé refere-se a uma fé específica exercida por alguém, não algo genérico sem alvo ou conteúdo. Era como se Ele dissesse: Você confiou em mim; gostei disso, por isso te ajudei.

A incredulidade é blasfema, pois, tendo se revelado como fez, O Eterno, Sua Existência e Vontade não ficaram numa nebulosidade filosófica onde, só os cérebros privilegiados poderiam, quiçá, “descobrir”. A dúvida coloca ao incrédulo em oposição diametral à Palavra, o que implica chamar ao Santo de mentiroso. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I João 5;10

A própria criação se encarrega de gritar a existência do Criador; “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro; uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala onde não se ouça sua voz. A sua linha se estende por toda a terra; suas palavras até ao fim do mundo.” Salm 19;1 a 4 Ou, “As suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20 etc.

Cada um que ouve O Evangelho terá que lidar pessoalmente com o dilema de Pilatos: “O que farei de Jesus chamado O Cristo?”

Aliás, o “problema” que a fé enfrenta em muitos corações é que ela é muito específica, tem conteúdo claro e é muito “negativo” no que tange ao orgulho natural. Declara a todos injustos, nossa pretensão de justiça própria equipara a andrajos de leprosos; “Todos nós somos como o imundo; todas as nossas justiças como trapo da imundícia...” Is 64;6

No dilema entre agradar a Deus e satisfazer a si mesmo, adivinhe quem os incrédulos escolhem! “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Assim, a fé bíblica é muito mais traumática que mera abstração mental, ou, aquiescência intelectual. Requer o enfrentamento do maior e mais difícil adversário, o ego. O “negue a si mesmo,” demanda da fé sadia parece fácil, mas requer ousadia que poucos conhecem, infelizmente. Salomão dissera com propriedade; “Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso; o que controla seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Logo, são só os “melhores” que abraçam à fé; melhores no quesito humildade, por ruins que sejamos ao apreço da escala de valores mundana; aliás, talvez seja essa ruindade que não nos custa assumir, dado que a sociedade já nos exclui por ela, que nos “qualifica” à fé como disse Paulo: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Sendo o alvo da fé, como vimos, agradar a Deus, e Ele “Galardoador dos que O buscam” também isso pode ser torcido por interesses rasos como se, desse para manipular ao Altíssimo fingindo buscá-lO pelas recompensas materiais, uma leitura rasa de “Galardão”. Ouçamos o que O Senhor disse a Abraão: “Não temas, Abrão, Eu Sou Teu Escudo, Teu Grandíssimo Galardão.” Gn 15;1

Desse modo, O Eterno galardoa aos que O buscam de modo sincero deixando-se encontrar. A fé que nos faz agradá-lO faz Nele descansar; esse é seu fim. Circunstâncias favoráveis ou adversas são os meios, apenas. Se, Ele se agradar de nós passará conosco pelas adversidades necessárias; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Fé seletiva que escolhe em quais partes crer não é fé; é só velhacaria orgulhosa de ímpios maquiando-se e enganando a si mesmos. Fé saudável crê que somos tão maus e perdidos quanto A Palavra diz, antes de crer que seremos abençoados como O Senhor promete.

terça-feira, 5 de março de 2019

Os "Gaviões da Fiel"

“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem perecerão na sua corrupção.” II Ped 2;12

Blasfêmia é proferir palavras injuriosas contra Deus, ou, praticar ações que redundem em ofensa à Divindade; em qualquer Uma das Três Pessoas; Pai, Filho ou Espírito Santo.

Se, o Decálogo vetava que se tomasse O Nome de Deus em vão, e O Verbo Encarnado, Jesus Cristo flexibilizou um pouco; dado que, ensinou a orar, curar e exorcizar em Seu Nome, isso não significa que seja vulgar. Sendo Ele Deus, a seriedade deve permear nosso relacionamento. “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Repercute a “Comissão de frente” da Escola de Samba “Gaviões da Fiel” que encenou Jesus sendo humilhado pelo Diabo e um séquito de seis demônios. Uns tentaram desconversar dizendo ser certo “Santo Antão”. Mas, depois assumiram que queriam “chocar” mesmo; a figura usada lembrava o “Jesus” do cinema.

Óbvio que causou revolta, protestos! A ponto de, cristãos que torciam para o Corinthians queimarem bandeiras prometendo não torcer mais.

Vou tentar focar a coisa por três ângulos distintos. O ponto de vista deles, que fizeram; de Deus e o nosso, dos que afirmam servi-lo.

Nunca foi boa ideia blasfemar do Altíssimo. Só o fazem, aliás, por causa da mansidão dos cristãos e da longanimidade Divina. Digam-lhes para que façam algo semelhante com a figura de Maomé, por exemplo; esses bravos “artistas” invés de blasfemarem para “chocar” como fizeram cagarão nas calças em choque por medo que um homem-bomba lhes “ensine” o respeito pela fé alheia.

Portanto, obra de patifes, covardes e insanos; acaso o homem seria mais temível que O Todo Poderoso? “De quanto maior castigo, cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o sangue da aliança... fizer agravo ao Espírito da graça? Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, Eu darei a recompensa, diz o Senhor.” Heb 10;29 e 30

Do ponto de vista Divino soa ridículo que meros vermes se atrevam a desafiá-lO. “... Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4 O Intento Divino não é, nem, jamais Foi destruir algo tão frágil como nós; “...Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que ele se 
converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis...” Ez 33;11 

O Santo retarda Sua Ira para que os errados de espírito reconsiderem e se arrependam. Caso não, ao Seu Tempo O Eterno julgará.

Porém, visto por nós, pretensos cristãos, a coisa é um pouco mais séria que apenas escrevermos ou falarmos diatribes contra os blasfemos. Se, nos irrita uma cena em que o Capeta vence Jesus, por que, em nossas vidas, muitas vezes permitimos que vença? Uma coisa é O Senhor Jesus Cristo; outra, o “Jesus” que muitos apresentam em seus pífios e raquíticos testemunhos.

O raquitismo é tal que já há “igrejas” que estão promovendo “carnaval Gospel”; O “Jesus” desses não passa de um fracote pisoteado pelo canhoto como se encenou. “Ecce homo” que fazeis parecer com vosso ridículo mundanismo mal camuflado em que viveis!!

Irônico, mas apropriado que a escola que tenha feito essa nojeira se chame “Gaviões da Fiel”; Fiel é um epíteto da torcida do Corinthians. A Igreja que é tida como Noiva do Cordeiro necessariamente há de ser fiel, caso, não pretenda ser esquecida entre as virgens néscias.

Infelizmente, invés do dócil pombo, símbolo do Espírito Santo, há muitos gaviões, comedores de carne imiscuídos nos redis da fiel. É exatamente isso que fazem esses famigerados “gaviões da fiel”; apresentam um “Jesus” ridículo que mais envergonha do que reluz em seus testemunhos frouxos dum mundanismo acanhado que precisa de rótulos cristãos; mas, o produto é o mesmo que a serpente sempre vendeu; mentira e engano.

Claro que a coisa é asquerosa, repulsiva, ofensiva! Mas, O Todo Poderoso não carece que O defendamos em Sua Força, Poder; embora, o zelo dos fiéis há de fazer isso no tocante à Sua Honra e Santidade.

Contextualizar a mensagem é torná-la compreensível em nosso ambiente; isso, nem de longe autoriza adotarmos o modo de vida dos ímpios. Antes, Deus requer separação. “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo e Eu vos receberei;” II Cor 6;17

“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade.” Ayn Rand

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Existe blasfêmia boa?

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Cr 18;29

Por que alguém entraria num combate disfarçado? A batalha não é lugar para identificação de quem morre; mata-se o que vier pela frente pela própria natureza da coisa. No entanto, Acabe instou que Jeosafá pelejasse em trajes reais enquanto ele, o faria como um reles soldado, mesmo sendo também, rei.

Havia uma mensagem entregue pelo profeta Micaías, de que o rei de Israel seria morto no combate. Na sua obstinação cega pensou que, talvez Deus permitisse a troca da vítima; do rei de Israel pelo de Judá.

Ele desprezava Micaías; o trancafiou a pão e água prometendo voltar vitorioso. Ademais, havia centenas de falsos profetas que apontavam nessa direção.

Se, desprezava ao mensageiro Divino a ponto de prendê-lo e, confiava nos seus mercenários por que, na hora do vamos ver, não quis ser visto?

No fundo, sabia ser uma fraude o vaticínio dos seus profetas, e real, a voz de Deus nos lábios do profeta. Porém, sendo a verdade contra ele decidiu refugiar-se na mentira. Achou que poderia evadir-se à sina disfarçando-se no campo de batalha. Cria ser possível enganar a Deus.

Como, “um abismo chama outro abismo;” a rebeldia enseja desobediência; essa dá azo à cegueira. As coisas que o homem sabe “no fundo” (no espírito “morto”, impotente) são abafadas pelas paixões superficiais da alma comandante indigna e insensata dos alienados do Eterno.

Essa ambiguidade é a matéria-prima para hipocrisia e insensatez. A virtude clamando na consciência frágil e o vício comandando as atitudes suicidas.

O disfarce de Acabe inda é mui usado em nossos dias, quando, cientes da Divina demanda damos à virtude o assento das palavras, da aparência; ao vício o trono da vontade, das ações.

Não nos enganemos; ninguém passará por inocente se pleitear no juízo que A Palavra de Deus lhe parecia demais inverossímil, estava submersa muito “no fundo;” e, o sujeito achou que “fazendo o bem” à sua maneira estaria agindo certo. O “bom” hipócrita tem capacidade de trair e enganar a si mesmo.

Deus não apenas revela-se na Palavra como o faz de modo eloquente nas Suas Obras. Deu-nos intelectos capazes de ler essas coisas; de modo que, os que as vendo ainda se dizem ateus, são indesculpáveis perante Ele. “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;18 a 20

As “boas obras” de um que não crê nem se submete não passam do “disfarce de Acabe” atualizado, remasterizado e usado por quem morre de medo de morrer; a cruz.

Claro que, como naquele contexto, são imensamente mais os “profetas” do vamo que vamo é isso aí, que algum mensageiro saudável que tenha voltado à arena dos fatos depois de assistir ao “Concilio dos Céus” como fizera Micaías.

A “esperteza” de Acabe, invés de livramento revelou-se apenas uma testemunha a mais contra ele no tocante à sua aversão pela Palavra de Deus. Sua sentença foi cumprida de modo cabal.

Diverso da sabedoria natural que é uma conquista contra a ignorância, a espiritual é um dom de Deus; Ele reserva como incentivo à retidão, ao caráter submisso, à obediência; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

Que o mundo “canonize” os ateus bons; perante Deus todo o que descrê se faz blasfemo por, indiretamente chamar ao Santo de mentiroso. “Se recebemos o testemunho dos homens, o de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;9 e 10

Boas obras do descrente não são más; apenas, espiritualmente mortas como seu agente.

A suma é simples: Deus Todo Poderoso É O Senhor; diz como as coisas devem ser na Sua Palavra; ou, “vós mesmos sabereis bem e mal”. Num caso andamos na Luz, no outro em trevas; pois, “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O que a fé pode?

“Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre seus parentes, na sua casa. E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Estava admirado da incredulidade deles...” Mc 6;4-6

Não poucas vezes deparei com análises imprecisas sobre a fé; alguns atribuem-na a condição de um poder; e, interpretando superficialmente textos como esse, onde Jesus “não pode” operar maravilhas por causa da incredulidade circunstante, “confirmam” suas teses.

Em momento algum O Senhor sentiu-se enfraquecido; apenas, desonrado. “Não há profeta sem honra senão, na sua pátria.” Disse.

O problema colateral à incredulidade é a blasfêmia; ao duvidar Daquele que É A Verdade, implicitamente o chama de mentiroso. “Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;9 e 10

Então, quando O Santo “não pode” operar em ambientes de incredulidade, a restrição deriva de Sua ojeriza à desonra, não, de eventual barreira ao Seu Poder. Isso Ele ensina desde tempos idos; “... porque aos que me honram honrarei, porém, os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30; “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6 etc.

Mediante Isaías mostrou expressamente o que “enfraquece” Seu Braço; “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem, agravado seu ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Então, quando Tiago diz que a “oração de um justo pode muito nos seus efeitos”, não alude ao poder estrito da oração, antes, ao caráter do suplicante, que, torna sua petição aceitável diante Daquele que tem todo poder. Não existem “orações poderosas” como circula por aí; antes, as que Deus aceita, e as que não.

Os amigos de Jó tinham muita língua, poucos frutos; O Senhor recusou ouvi-los; porém, o leproso e infeliz patriarca era aceito, graças à sua integridade. “... oferecei holocaustos por vós; meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que não vos trate conforme vossa loucura...” Jó 42;8

Infelizmente, homens justos, dos quais, Deus aceita a intercessão estão em falta; são mui raros, digo. O clamor de um assim pode valer a uma cidade, uma nação. “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém, não achei. Por isso eu derramei sobre eles minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi; fiz que o seu caminho recaísse sobre sua cabeça, diz o Senhor Deus.” Ez 22;30 e 31

Estar na brecha equivale e zelar pela verdade e justiça onde essas são vilipendiadas; mas, isso nos faz “radicais, chatos, enxeridos” etc. A onda é ser politicamente correto, legal, para ganhar “likes”.

As profundezas de Deus só são acessíveis aos que mergulham pela fé em Sua Palavra e, submissos pautam seu viver segundo ela. As demais “orações poderosas” crenças alternativas, não passam de brechas, de lapsos, justo, onde pretendem ser fortes.

Então, quando Paulo diz que, “a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;25 Entre outras coisas ensina que, o “não poder” certas coisas é porque Pode muito mais. Pode saber nossos passos pretéritos, bem como, sondar os motivos dos nossos corações.

Ora a incredulidade está na base de todas as dores, violência, mortes, enfermidades que campeiam pela Terra desde a queda; pois, foi ela, o combustível do degredo, a razão da alienação do Eterno e servidão ao inimigo.

Reverter isso é papel da fé; volver ao ponto de partida; homem, Deus e Sua Palavra. E, ciente que foi mal, não mais duvidarmos Dele, antes, nos arrependermos pelos tempos de cegueira, ou, dúvida. Não sem motivo, pois, o canto dos anjos ao nascimento do Salvador começou com, “Glória a Deus nas alturas...” Luc 2;14

Uma reparação necessária da espécie que blasfemou no coração aceitando que O Altíssimo seria injusto, mentiroso.

Assim, a fé não tem em si mesma, poder nenhum. Mas, é o ingresso precioso aos Domínios Daquele que é O Todo Poderoso. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, que é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6

domingo, 15 de outubro de 2017

A Palavra ou, os Gurus?

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Crôn 18;29

Acossado pelos profetas de Baal Acabe fora à peleja; mas, Jeosafá que temia ao Senhor solicitou que se ouvisse um profeta Dele; Micaías o desafeto fora chamado e vaticinara que o rei morreria na peleja. Foi ferido, preso, e seguiu o baile; foram adiante mesmo assim.

Porém, Acabe pensou usar o bom coração, ingênuo, até, do rei de Judá, a seu favor. Se, a profecia dizia que o rei seria morto no combate, ele iria vestido como soldado; Jeosafá envergaria vestes reais; se, um rei deveria ser morto, que fosse ele.

Quem tem intimidade com Deus jamais pretende enganá-lO; primeiro, porque sabe que é impossível; depois, por ter aprendido amar à justiça e aborrecer à iniquidade; assim, prefere assumir suas injustiças a cauterizar a saudável voz da consciência enganando-se.

Os ímpios desacostumados ao contato com a santidade sentem-se bons, mesmo, sob a capa da hipocrisia e da arrogância. Ontem deparei com uma frase atribuída a certo Rimpoche que dizia mais ou menos assim: “Se você precisa de religião para ser bom, você não é bom de fato; apenas um cão domesticado”.

Essa “bondade” que muitos aplaudem traz em si além de outras coisas uma blasfêmia: Faz de Cristo mentiroso, pois, Ele disse: “...Ninguém há bom senão um, que é Deus.” Mc 10;18

O Salvador dissera: “Por que me chamas bom?” Ao ensinar que apenas Deus é Bom O Senhor não estava dizendo que Ele não era; mas, ao perguntar: Por que me chamas assim? Significa: Reconheces que Sou Deus?

O Salmista inspirado andou pela mesma senda: “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento; buscasse a Deus. Desviaram-se todos, juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, sequer, um.” Sal 14;2 e 3

Isaías ironizou as doentias pretensões de justiça dos ímpios: “Todos nós somos como o imundo, todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.” Is 64;6

Paulo em seus escritos ecoou o mesmo: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.” Rom 3;10 e 11

Incautos que medem a si mesmos por seus próprios parâmetros de bondade; abominam certos erros grosseiros, mas, são cheios de malícias, maledicências, desonestidades, sobre as quais, passam por alto, quando, em si; embora, as vejam de longe se estiverem em outro.

Esses presunçosos devaneiam que não têm pecados; mas, segundo A Palavra de Deus estamos todos mortos em delitos e pecados. Por isso, não estou esposando que precisamos religião; um morto nunca será bom nem ruim, para efeito do que conta é apenas um morto.

Portanto, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3 O Senhor não é um adestrador de cães; É Pastor de Ovelhas, animais dóceis, que são facilmente conduzidos pelo Pastor. “Quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, elas o seguem, porque conhecem a sua voz.” Jo 10;4

Muitos vivem a insana ambigüidade de Acabe; ele cercava-se de falsos profetas conforme suas predileções; mas, na hora do vamos ver, tentava evadir-se ao Juízo Divino, pois, no fundo o temia. Seu ardil não deu certo, morreu mesmo vestido de soldado; Deus não estava julgando vestes, mas, caráter.

Os de hoje também amontoam para si gurus conforme suas comichões; gente que formula bem; embala em celofane ou seda, “verdades” que não passam de rótulos bonitos em potes de veneno. Deus adverte que somos maus e carecemos regeneração mediante a cruz de Cristo; eles dizem que já somos bons, não precisamos ser “domesticados”. Óbvio que eles tendem a ser ouvidos, mais que os servos do Senhor.

Na hora do juízo todos os gurus serão apenas réus; nenhum foi posto por mediador senão, Cristo; “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5 e O Mediador disse que o Juízo será segundo Sua Palavra, nada mais: “Quem me rejeitar e não receber minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48
Uma vez mais, vestes não contarão para desviar a sentença. Nossa presunção é um frágil cristal que a primeira prova mais séria despedaça.

“Que Deus me dê sucessos bastantes para não perder o entusiasmo; e os fracassos necessários para não perder a humildade.” Ivo Nesralla

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Trabalho de Deus

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem se percebeu, ou, se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.” Is 64;4

Malgrado, Ele seja Senhor, a revelação de Isaías dá o que pensar... Deus trabalha para aquele que Nele espera. Um tanto assustador, irônico, O Senhor trabalhando para o servo. Cheias estão as Escrituras de exemplos assim. Deus trabalhou; abriu caminho no mar, alimentou no deserto, pelejou pelos servos Seus.

Na verdade, tenciona relação mais estreita que Senhor e servo; quando instado a ensinar orar Jesus disse aos discípulos que deveriam orar: “Pai Nosso...” Mediante Cristo recebemos adoção de filhos; passamos a um relacionamento de família espiritual com O Senhor. Quanto à provisão, pois, “...não devem os filhos entesourar para os pais, mas, os pais para os filhos.” II Cor 12;14

Assim, Ele diz: “... buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta cada dia o seu mal.” Mat 6;33 e 34

Contudo, Ele nos dá bens requerendo cooperação, trabalho. Que pai há que não deseje identificar traços seus nos filhos? Assim, se Ele trabalha, nos abençoa a medida que trabalhamos também. Muitos sonham com milagre das provisões sobrenaturais e desprezam a beleza do milagre do relacionamento, apesar de sermos tão falhos, indignos.

Ora, fez chover Maná no deserto porque era absolutamente impossível retirar alimento de uma terra como aquela; entretanto, inseridos em Canaã, a benção não era mais necessária, era hora do trabalho. “Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. No outro dia depois da páscoa comeram do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. Cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos de Canaã.” Js 5;10 a 12

Alguns incautos vociferam: “Somos filhos de Rei, merecemos o bom e o melhor”; após observações como essa, “determinam, decretam” o que desejam para si, ou, para incautos que se sujeitam às maldições de suas orações.

Como assim? Nem toda oração carreia bênção. Gente presunçosa, sem noção que desonra O Eterno atrai maldição. “Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se, não ouvirdes e não propuserdes, no coração, dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, amaldiçoarei vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Mal 2;1 e 2

Quer a relação seja de Filho, quer, servo, ambas demandam reverência, humildade; “...O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se Sou Pai, onde está minha honra? Se Sou Senhor, onde está meu temor? diz o Senhor dos Exércitos...” Cap 1;6

Que os salvos são filhos de Rei é verdadeiro; na mesma oração que mandou chamarmos ao Senhor de Pai, disse: “Venha Teu Reino...” Ele é Rei dos Reis. Contudo, disse mais: “Meu reino não é desse mundo.” Assim sendo, estamos no “exterior” somos embaixadores num reino adverso; não usufruímos cá a plenitude do Reino.

Se, Deus trabalha por aquele que Nele espera, duas coisas apenas se requer dos beneficiários do Labor do Santo: Uma: que estejam Nele; outra: que esperem. Alguns pensam que estar Nele é sinônimo de estar na igreja, mesmo que, alimentando os mesmos anseios insanos e pecaminosos de antes, não! Paulo foi categórico: “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17
Portanto, se inda são as “coisas velhas” o motor de minha busca e o combustível das minhas orações, tenho fortes razões para duvidar que eu esteja mesmo, “Nele.”

Depois, esperar com fé não é traçar um limite de tempo, ou, circunstâncias, até aqui; como a mulher de Jó; se, achar que a coisa foi longe demais, “amaldiçoa Deus e morre”; antes, como disse o mesmo Jô um tanto depois: “Ainda que me mate, Nele esperarei”; Sendo Ele Deus, Senhor, Criador, a vida está em Suas mãos; bem pode ressuscitar mortos.

Desse modo, se para a doida da esposa, a dor extrema justificaria uma blasfêmia suicida, para o fiel Jó, nem mesmo as garras da morte poderiam estrangular sua fé.

Em suma, a fé não faz acontecer; antes, espera confiante Naquele que tudo Pode; inclusive, saber a melhor hora de mudar nosso pranto em alegria. A mesma fé que sabe que a alegria vem de manhã confia que é o Eterno que determina o tamanho da noite.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Deus está nu e a gente não se envergonha

“Levanta-te, Senhor, ao teu repouso, tu e a arca da tua força. Vistam-se teus sacerdotes de justiça, alegrem-se os teus santos.” Sal 132; 8 e 9

No contexto o salmista faz menção da Arca que fora “encontrada no campo”, período que esteve entre os Filisteus, coisa que se deu durante o omisso e iníquo sacerdócio de Eli. Daí, associado ao “levantar” Divino há um clamor por melhores sacerdotes; “vistam-se os teus sacerdotes de justiça...”

A metáfora de ilustrar o caráter como vestes é recorrente nas Escrituras. Isaías, patenteando a inutilidade das obras humanas, raça caída, ante um Deus Excelso, radicalizou: “Mas todos nós somos como o imundo; todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64; 6

Sim, o que confia em justiça própria, por melhor que pareça, não passa de um arrogante, presunçoso, blasfemo. Se, Deus diz que estamos privados de Sua graça, mortos, e, não podemos retornar a Ele sem Cristo, qualquer oposição implica chamá-lo de mentiroso, crassa blasfêmia. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5; 10

Então, como não é comum vestir roupas novas sobre velhas, carecemos nos despir das nossas, para nos vestirmos de Cristo, a Justiça Divina. As vestes não são nosso ser, antes, uma proteção da nudez; assim, a salvação não deriva de nossos méritos, mas, do amor protetor do Pai, que nos perdoa, purifica e reveste. 

Afinal, dadas as nossas múltiplas culpas, precisamos vestes alheias para parecermos justos; Deus, O Santíssimo, precisa se desnudar para que vejamos a beleza da Sua Santidade. “Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém; porque o Senhor consolou o seu povo, remiu a Jerusalém. O Senhor desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52; 9 e 10

O contexto não deixa dúvidas que esse “Desnudar o Braço Santo” refere-se ao advento de Cristo. Na verdade teve que descer de Sua Glória para “levantar” sobre a Terra em resposta à oração do Salmista.

Quanto a vestir os Sacerdotes de justiça, Malaquias ilustrou de modo magistral: “Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão oferta em justiça. A oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos primeiros anos.” Mal 3; 3 e 4

Esse “então” é o xis da questão. Isto é, apenas depois de purificado de suas imundícias, alguém está em condições de exercer o sacerdócio aprovado diante do Senhor.

Evangelho não é marketing, mas, esse apela a certos aspectos lógicos que fazem sentido em qualquer parte. Por exemplo, um propagandista experiente jamais usaria um calvo para anunciar um produto que combate à queda de cabelo. Isso traria uma “mensagem” paralela que seria a negação da mensagem falada.

De igual modo, cantar alguém, as glórias das Vestes de Cristo estando nu. Assim, qualquer mensageiro por eloquente que seja, não obstante aglomerar multidões ao redor de si, se, o cerne de sua mensagem aponta para tesouros da Terra, não passa de um mercenário travestido, longe de ser um sacerdote justo envergando as vestes de Cristo.

Paulo ensina: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não, nas que são da terra;” Col 3; 1 e 2 Na verdade, a reiteração do que dissera o Senhor: “Não ajunteis tesouros na Terra...”

Quem conhece o que aconteceu nos dias de Eli, o sacerdote ímpio, bem pode mensurar os estragos que um desses faz, mesmo, em nossos dias.

As coisas espirituais demandam profundidade; essa, requer tempo, renúncia, feridas, experiências... mas, a celeridade desses tempos de informática faz presumirmos que se pode semear e ceifar no mesmo dia.

Pior ainda que, uma súcia de “Sacerdotes” pré-fabricados é a doença de uma geração indolente que, por preguiça de ler a Palavra, orar, e pensar por si mesma, delega a esses “ungidos” o direito de pilotarem os rumos de suas vidas. Condutores cegos levando ao precipício uma multidão de incautos que lhes dá ouvidos e segue sonolenta.

Paulo precisa bater o martelo uma vez mais: “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus.” Ef 5; 14 a 16

domingo, 7 de setembro de 2014

Excelsa dignidade



“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” Apoc 5; 1

Após seu arrebatamento em espírito, João se depara no céu com um segredo “a sete chaves”, natural que desejasse conhecer seu teor. Uma vasta busca foi feita, em demanda de um que fosse digno de abrir tal livro, e nada. 

Mas, o que é dignidade? “s.f. Característica ou particularidade de quem é digno; atributo moral que incita respeito; autoridade. Maneira de se comportar que incita respeito; majestade. Atributo do que é grande; nobre.
Ofício, trabalho ou cargo de alta graduação: dignidade de juiz. Ação de respeitar os próprios valores; amor-próprio ou decência.”
Ensina o dicionário.

“E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler; nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.” V 3 – 5

 Diferente dos governos da terra, onde são “dignos” os que falam melhor, triunfam em debates, manipulam, a autoridade espiritual se firma sobre atos. “…Digno és de tomar o livro e abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;” V 9  ( Não que eu advogue a salvação pelas obras, mas a necessidade das obras da salvação )

Mas, espere aí, um chegado indicar alguém como digno, se verifica muito entre nós também. Certo. Mas, depois desse “chegado” Ele foi aprovado por uma elite; “…quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és…” V 8 e 9

Contudo, a aprovação pelo “partido” também é comum entre nós; essa dignidade ainda pode ser contestada. Bem, o exame moral do postulante foi mais amplo: “…E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder,…” V 11 e 12 

Mas os eleitores de classes menores também se congratulam com seus eleitos e os acham dignos… É, mas, o Rei dos Reis, foi examinado mais profundamente; “E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” V 13

Agora sim, contrário ao Usurpador-mor, recebeu aprovação universal, antes de tomar diretrizes universais; de abrir a “escritura” do planeta que Ele redimiu com Seu sangue.

Não nos enganemos, abstraído o açodo das paixões, e, rasgado o véu das ilusões, em pleno domínio do Espírito, mesmo ateus, demônios, hão de reconhecer a dignidade de Nosso Rei. Os demônios já o fazem, aliás; “…Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?” Mc 5; 7

Por enquanto parece chique ser ativista nu, ativista gay, ateu engajado, blasfemar do Santo e atacar aos Seus, cada qual se acha digno, rei de suas idiossincrasias no universo da presunção; mas, como vimos, antes de se dar posse ao Digno Vencedor, foi feito uma busca na terra; candidatem-se, pois, os que se habilitarão para tal momento.

Aliás, Paulo, já lançou o pleito faz tempo; “…Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século?” I Cor 1; 20

O rasgar a máscara presunçosa de seus coevos custou a Jesus Cristo, Sua própria vida; o rasgar as nossas por ocasião de Seu Governo custará a eternidade a muitos, infelizmente; mas, em tempo, Deus fará isso de novo, como vaticinou Isaías: “E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.” Is 25; 7

Fácil é rejeitar ao Salvador; impossível será deter o Rei dos Reis. Enquanto a beleza de Cristo não nos atrair a ponto de nos transformar, seremos indignos de Sua amizade, e infiéis ao seu amor…

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.”  Sócrates