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domingo, 20 de novembro de 2016

Visível vida escondida

“Porque, se em vós houver, abundarem estas coisas, não sereis ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” II Ped 1;8

Depois de alistar certas virtudes necessárias aos cristãos, Pedro concluiu que, sem elas ficariam ociosos, estéreis no conhecimento de Jesus.

Logo, esse conhecimento, além de dar trabalho enseja a geração de filhos para Deus. Não basta que leiamos Sua história, simpatizemos com Seus ensinos, falemos bem Dele, até; se requer de quem O segue que seja imitador dos Seus passos. “Aquele que diz que está nele, deve andar como ele andou.” I Jo 2;6

Não que devamos exibir poder semelhante ao Seu, mas, integridade, empatia atuante para com o sofrimento alheio, comunhão com o Pai... O “motor” que nos impulsionaria, segundo Pedro, seria certo constrangimento amoroso, ao lembrarmos nossas maldades pretéritas purificadas pelo Salvador. Isso ensejaria gratidão, que, por sua vez, instigaria à prática das Suas Palavras. “Pois, aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.” V;9 Assim, cegueira espiritual atinge a memória, não, as retinas.

Se, uma vez perdoados nossos pecados, deles, Deus não mais se lembra, isto é, não nos imputa mais suas penalidades, nós os lembrarmos realça a grandeza do Amor Divino, que, mesmo nos vendo dignos de morte, chamou para a vida mediante Jesus Cristo.

A Função da Lei era precisamente essa: colocar nossas maldades no pódio, para que o destaque mensurasse devidamente, quanto carecemos do Salvador. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;” Rom 5;20

Por não ter uma função salvadora, antes, condenatória, Paulo a chamou de “Ministério da Condenação”; porém, O Amor de Deus, invés de usar a Lei para punir, propôs, em Cristo, nova relação. “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

Então, voltando, que qualidades são essas, às quais o apóstolo se referia? Vejamos: “Vós também, pondo nisto mesmo toda diligência, acrescentai à vossa fé, virtude, à virtude, ciência, à ciência, temperança, à temperança, paciência, à paciência, piedade, à piedade, amor fraternal, e ao amor fraternal, caridade.” Vs 5 a 7

Logo, se, por um lado a negligência levaria ao esquecimento da grande misericórdia recebida, por outro, a diligência na prática das Virtudes de Cristo, ensejaria à ampliação do “caminho estreito” pelo qual entramos na conversão. “Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” V 11

Entretanto, virtudes como, amor fraternal, caridade, vão de encontro aos “valores” de uma geração egoísta, onde o indivíduo é o centro; busca seus próprios anseios a ponto de que, ser famoso, rico, parece o objetivo comum. É ensinada em muitas “igrejas” essa doença autofágica como alvo do cristianismo.

Tais pregadores lançam mão das sagas de Abraão, Isaque, Jacó, José... homens que foram prósperos, como “parâmetros” aos incautos que lhes dão ouvidos. Ora, o contexto de então, era a conquista da Terra Prometida; no Novo Testamento somos chamados ao Reino dos Céus. Tanto que, o jovem rico que se aproximou do Mestre cheio de justiça próprio ouviu que lhe faltava algo ainda; “Um tesouro no céu.”

Esse “Tesouro” se adquire na prática das virtudes aquelas, alistadas por Pedro, não, no triunfo de anseios egoístas, materiais. Nosso parâmetro é distinto: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas, por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas, cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” Fp 2;3 a 5

Se, amor fraterno e caridade são traços de nossa preocupação com o próximo, nosso cristianismo prático, devemos ter diligência no aprendizado também, para não sermos ociosos no conhecimento teórico, pois, como poderemos praticar a Vontade de Deus, se, a desconhecemos? 

Por isso, Deus constituiu ministros, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;12 e 13

Ele, se contentou com bem pouco na Terra, o suficiente para Ser Perfeito no Céu. “Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da Terra; porque já estais mortos, e vossa vida, escondida com Cristo em Deus.” Col 3;2 e 3 

Se, nossa vida está escondida com Cristo, o inimigo não acha, tampouco, acharão, os ensinos torpes de seus agentes transfigurados em ministros de justiça.