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terça-feira, 30 de junho de 2020

Escolhe, pois, a vida


“Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.” Jo 19;15

Na farsa do julgamento de Jesus, uma amostra da “claque” que incitava o povo; “os principais dos sacerdotes”. Não foi a ignorância que entregou O Salvador à morte, mas a rejeição voluntária de gente esclarecida. Lideranças de então, que manipularam aos ignorantes para que o anseio dessa “elite” prevalecesse. Crucifica-o!!

Embora, quando chamou ao arrependimento Pedro fez uma concessão à ignorância, mais pela manifestação da misericórdia, que da verdade; “... eu sei que o fizestes por ignorância, como também vossos príncipes.” Atos 3;17

Esses sabiam o que estavam defendendo; chegaram ao suprassumo do cinismo de fingir gostar de quem detestavam; “Não temos outro rei, senão César”. Desgraçadamente o ódio consegue unir pessoas mais que o amor.

Grupos rivais, como Fariseus, Saduceus e Herodianos se uniram contra o Amor personificado, Jesus Cristo. “Porque verdadeiramente contra Teu Santo Filho Jesus, que Tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel;” Atos 4;27

O Salmo segundo também versou sobre a rejeição ao Ungido, mais para Seu Governo e Doutrina em nossos dias, que então; “Os reis da terra se levantam os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas. (Seu ensino, doutrina; rejeitados pelo ecumenismo que valida tudo menos A Palavra como é) Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Vs 2 a 4

Se, todo mundo fala bem do amor, por quê se unem tão facilmente contra Ele? Porque O Amor de Deus traz junto algumas características que assustam. “A sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade, nem hipocrisia.” Tg 3;17

Simplificando; o Amor de Deus, além da Sabedoria traz junto o ódio ao pecado, à iniquidade; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7 Aí aquele que ama ao pecado necessariamente fugirá desse amor. Não se pode servir a dois senhores.

A Misericórdia Divina que trouxe Seu Amor ao nosso encontro não veio sozinha; mais que ela em si, seus companheiros de missão é que assustam pecadores. “Misericórdia e verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

Embora, tenhamos facilidade em darmos boas vindas à misericórdia e à paz, não somos os mesmos anfitriões, em se tratando de justiça e verdade. Foi pela manifestação cabal dessas, que Jesus se fez tão “odiável” ante as pretensiosas lideranças de então.

“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Se, como ensinou Isaías, “O Efeito da justiça será a paz” Cap 32;17 Não dá para termos o efeito sem termos antes, a causa. Como nossas justiças se equiparam às vestes do imundo, segundo o mesmo profeta, O Eterno enviou Cristo, O Senhor Justiça Nossa, para que por Ele, fosse refeita a paz com Deus.

Então diferente do que devaneiam incautos por ai, O Evangelho de Cristo não é um guia de autoajuda para gananciosos prosperarem; tampouco, a proposição sistêmica de “um mundo melhor”.

Antes, é a rejeição cabal de todos os simulacros religiosos de humana ou, diabólica feitura; “... ninguém vem ao Pai senão por Mim”; a denúncia urgente de juízo iminente contra um mundo condenado que jaz no maligno; e o apelo instante para que eventuais ouvintes de boa índole para com a verdade ainda se arrependam em tempo e busquem reconciliação.

“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Se pensas que o dilema de Pilatos desafiado a condenar o amor e justificar o ódio foi um fato pontual, inerente a ele apenas, te enganas.

Cada vez que a mensagem de Cristo te é apresentada, deves fazer a mesma pergunta que ele; “O que farei de Jesus chamado o Cristo?”

O que farás Dele no fundo significa o que farás de você mesmo, sua eternidade; como disse alguém, primeiro fazemos escolhas, depois, as escolhas nos fazem.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

O Banho de Luz


“... Saulo, irmão, recobra a vista. Naquela mesma hora o vi.” Atos 22;13

Paulo que ficara cego ofuscado pela Luz de Cristo, a quem perseguia; agora à palavra de Ananias, enviado do Senhor, recobrava a visão. Não que a palavra em si tenha poder; Deus o tem. Quando envia Sua Palavra vela pela mesma para que se cumpra.

Restaurar-nos a visão pela Palavra é alvo da encarnação do Verbo. “... Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam e os que veem sejam cegos.” Jo 9;39

Palavras do Salvador; além de curar aos cegos Ele cegaria aos sãos? Bem, agora a cegueira em apreço é a espiritual.

Os religiosos pensavam ver, em sua religiosidade oca, indiferente e presunçosa, agindo diverso do mandado Divino; “... Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como dizeis: Vemos; por isso vosso pecado permanece.” Jo 9;40 e 41

Notemos que a cegueira deles era a presunção; como O Salvador não faria o menor esforço para concordar estava gerada uma rivalidade, uma indisposição que os recrudesceria ainda mais na escuridão; malgrado, estarem diante Daquele que É A Luz do Mundo.

Quando nossa “luz” invés de iluminar como convém, falsifica à verdade torna-se trevas; “Se a luz que há em ti forem trevas, quão grandes serão tais trevas.”

Iluminação espiritual é gradual; requer inicialmente obediência, a despeito de entendimento; nos faz servos de uma Pessoa, Cristo; não, confiantes em nosso frágil intelecto; “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria...” aos que O temem O Senhor perdoa e justifica; a esses, O Santo acresce luz a cada dia, até que cheguem ao pleno discernimento espiritual; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Diferente de muitos ensinos, o bom andamento na vereda da fé nos adestra na Palavra e dá discernimento, invés de enriquecer; “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na Palavra da justiça; é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;12 a 14

Quando O Senhor afirmou ter vindo cegar aos que “viam” não estava deixando patente um desejo Seu; antes, expondo as consequências do advento da Verdade diante dos humildes que a amariam, e dos presunçosos que prefeririam seguir na maldade à se converter; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz... Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Como diz uma canção: “Verdade traz confusão”; ela desnuda hipócritas; por isso não é bem vinda na maioria dos ambientes.

Então, o que cegava não era a Ação nem a Vontade do Senhor; mas, o Próprio Ser, que ao desnudar a hipocrisia ensejava ódio.

Entretanto, ter olhos abertos pela Palavra nem de longe é anseio corrente; por um lado grassa o famigerado ecumenismo com a pretensão diabólica de validar todos os credos a despeito do quê, ensinem; por outro, produziram a “Bíblia Inclusiva” da qual removeram textos onde “Deus errou”.

Essa “errata” pode parecer mui “politicamente correta” aos olhos do sistema anticristão; ante O Eterno é trabalho vão fruto de ímpia rejeição; “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios; a Lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram à Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9

O Salvador misturou saliva com pó e fez lodo para com isso curar um cego; poderia curá-lo d’outro modo, se quisesse; mas preferiu assim. Aquela rústica “pomada” figura quem somos, os mensageiros que se mantêm fiéis. O que saiu da Boca do Senhor, misturado ao pó da terra, nós, aplicado sobre os olhos dos cegos que, indo se lavar, (obedecendo) veem. “... untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, lavei-me, e vi.” Jo 9;11

Fora disso, não importa quão inclusivo, humanista, religioso seja determinado ajuntamento; A Palavra de Cristo segue incólume a dizer: “Se Eu não te lavar não tens parte comigo.” Jo 13;8

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Os salvos; fora de si


“Rodearam-no os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, diga-o abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vos tenho dito, e não credes. As obras que faço, em nome de Meu Pai, essas testificam de mim.” Jo 10;24 e 25


O velho vício da transferência de culpa para se justificar. Não estavam crendo, não porque fossem incrédulos; antes, era O Senhor que fazia suspense.

Ele realçou a incredulidade deles e ainda evocou o testemunho das obras. Portanto, tinham o aval da Palavra do Senhor e dos feitos miraculosos Dele; se ainda assim não conseguiam crer, a causa deveria ser outra.

O Salvador pontuara a má vontade para com a Sua Mensagem como a razão; daí o consequente endurecimento do coração, e o fechamento às demais bênçãos. “Porque o coração deste povo está endurecido; ouviram de mau grado; fecharam seus olhos para que não vejam nem ouçam e compreendam com o coração, se convertam e Eu os cure.” Mat 13;15

A Ação do Espírito Santo de convencer e persuadir pecadores ao arrependimento foi figurada como um transplante de órgãos, dada a dureza resultante de uma vida em pecado. “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas vossas imundícias e dos vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo; porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito; farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36;25 a 27

O processo de regeneração começa com tratamento “externo”; espalharei Água Pura “sobre” vós; sendo a água uma figura da Palavra; espalhar sobre relembra a parábola do Semeador que lançava a semente indiscriminadamente sobre todo tipo de solo; assim A Palavra é pregada “sobre” qualquer tipo de ouvintes; os que creem e frutificam, os ambíguos que mesclam com as coisas do mundo, e os incrédulos. Concomitante temos um tratamento “dentro” dos que serão purificados; espírito novo, coração novo, bênção exclusiva aos que dão crédito e se deixam moldar pela Palavra.

Como O Espírito Santo pode ser resistido, aqueles que, convencidos se fazem de desentendidos e desconversam justificando-se patenteiam sua escolha, que, prioriza ao “si mesmo” o qual deveria ser negado, invés do Salvador, do qual devemos aprender a ser mansos e humildes de coração.

Não se trata de não entender a mensagem, antes de entendê-la muito bem e compreender sua demanda estando afeitos demais às obras do escuro para aceitar as implicações da luz; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Culpar a Deus por minhas escolhas lembra uma pergunta Dele a Jó: “Porventura também tornarás tu vão o meu juízo, ou tu me condenarás, para te justificares?” Cap 40;8

No meio do direito humano existe uma máxima latina que reza: “In dúbio pró reo”; (Em caso de dúvida decida-se à favor do réu) no espiritual a coisa é mais complexa. A dúvida não é filha da sabedoria, antes, da ignorância; então se em nossas vicissitudes espirituais alguma dúvida honesta resultar, de interpretação, entendimento de algo, Paulo criou o “in dúbio, pró Dio”; “De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.” Rom 3;4

Diferente da pecha gratuita que a fé é cega, Deus não requer que creiamos sem entender; antes, explica minúcias do contrato, com seu custo em perseguições, rejeição, calúnias, aflições, para que ninguém tome sua cruz enganado.

Nisto, em compreender e praticar a necessária mortificação dos apetites insanos é que reside, precisamente, a racionalidade da fé; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12;1

Se, a mensagem de Cristo acena com privações aqui em troca de venturas eternas, e os que ouvem querem venturas aqui invés de privações, por religiosos que se suponham, seguem à “Bíbliado Capeta com um versículo só que promete: “Vós sereis como Deus sabendo o bem e o mal”. Natural que tais “seguidores” aproximem-se de Jesus para culpá-lo invés de aprender.

A Parábola do Semeador apresenta sementes que são comidas por aves assim que caem; há corações endurecidos demais para que elas germinem. Com esses aconselha-se a nem perder muito tempo; “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” Tt 3;10 e 11

Por isso Cristo requer a negação do “si mesmo”; porque nele estão os condenados; Ele veio salvar.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O incômodo de saber

“Eles voluntariamente ignoram isto...” II Ped 3;5

Normalmente temos a ignorância como consequência necessária às vidas que não dispuseram de meios para o acesso ao conhecimento. Há nessa ignorância certa “inocência”, não no sentido de ausência de culpa, mas, ausência de noção mesmo.

Num cenário assim, falando em Atenas, malgrado, parte de sua audiência fosse de filósofos eram ignorantes no que tange às coisas Divinas; em complacência para com essa “inocência” Paulo disse que, “Deus, não toma em conta os tempos da ignorância...” Porém, como isso não os eximia de culpa, “...anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam.” Atos 17;30 Eis o aguilhão do saber! Ele nos desafia a agir.

Embora alguns usem a palavra, ignorante, como sinônimo de grosseiro, não é estritamente esse, o significado. Literalmente significa sem “gnose” a palavra grega para conhecimento. Então, o que ignoro, não sei. Mesmo um homem culto, letrado, pode ser ignorante acerca de muitos temas, bem como, um tosco, rudimentar pode ser sábio em determinada área.

Entretanto, Pedro mencionou a “ignorância voluntária”, ou seja: Não que as pessoas alvo de sua acusação não sabiam, mas, não queriam saber. Em nosso tempo usa-se o termo, desonestidade intelectual para definir aos que agem assim. Suas inteligências podem ver claramente o que está em jogo, mas, suas vontades rebeldes recusam; não raro cobrem-se de sofismas para fazer parecer que têm uma dúvida legítima, quando, a rigor não têm vontade de obedecer, apenas.

Quando do anúncio do nascimento do Salvador, sábios vieram de longe guiados por uma estrela; anunciando em Jerusalém entre os religiosos que o Messias nascera, eles informaram que era Belém o lugar predito para tal; contudo, não foram conferir. Estrangeiros vindos de longe buscaram o menino; compatriotas morando perto ignoraram; mesmo sabendo da promessa e do endereço do seu cumprimento. Eis, mais um caso de ignorância voluntária!

Cristo mencionou algo assim sobre a resiliência rebelde dos Fariseus; “Aqueles dos fariseus que estavam com ele, ouvindo isto disseram-lhe: Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas, como agora dizeis: Vemos; por isso, vosso pecado permanece.” Jo 9;40 e 41

A condenação dos ímpios não resulta da incapacidade de ver, mas, de amar as coisas justas que Deus os faz ver; “A condenação é esta: A luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20
Sabem que suas obras, uma vez manifestas, seriam reprovadas; portanto, não lhes falta conhecimento, porém, caráter. Muitos desses deuses caídos quando deparam com textos que os corrige constroem suas cabanas de palha sob as quais pretendem estar seguros. Postam seus “argumentos”: “Terás direito de dar palpite na mina vida quando pagares minhas contas”. Ora, quem apresenta A Palavra de Deus como aferidora de comportamento não dá palpites na vida de ninguém. É apenas instrumento mediante o qual, Deus Fala.

As contas necessárias à manutenção da vida Ele tem pago todas, fazendo chuva e o sol descerem sobre justos e injustos; a impagável dívida espiritual de nossas transgressões O Salvador quitou com Seu Sangue em nosso lugar, portanto, não será nenhum intrometido se ousar alguns “palpites” sobre como escapar da perdição.

Outra feita os religiosos questionaram a fonte da Autoridade de Jesus; Ele redargüiu: “O batismo de João era do céu ou, dos homens”? “... pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, Ele nos dirá: Então por que não crestes? Se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta. Respondendo a Jesus disseram: Não sabemos...” Mat 21; 25 e 26

Notemos que eles sabiam as respostas possíveis e as consequências de ambas; como nenhuma era favorável fingiram não saber. Mais um caso clássico de ignorância voluntária, desonestidade intelectual.

A esperteza acaba usurpando lugar que deveria ser da sabedoria; tais “espertos” se evadem a um constrangimento pontual mesmo indo ao encontro de vergonha eterna, como disse Cristo, “coam um mosquito e engolem um camelo.”

Sabedoria não é uma dama elitista ao alcance dos que muito estudam; antes, até um analfabeto pode atuar como sábio, se, corresponder devidamente ao que o Espírito do Senhor lhe revela.

Sabedoria espiritual não tem laços com inteligência, antes, com caráter, uma vez que é um Dom Divino; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;7

“Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.” Maquiavel

terça-feira, 21 de março de 2017

A ameaçadora verdade

“Muitos iam ter com ele, e diziam: Na verdade João não fez sinal algum, mas, tudo quanto disse, deste, era verdade.” Jo 10;41

Se tivermos que escolher entre o milagreiro e o verdadeiro, o último perderá extraviado, infelizmente. Mesmo a Bíblia alertando contra os “Prodígios da mentira” fartos nos últimos dias, as pessoas tendem a render-se ao sobrenatural, mentiroso, invés da hígida verdade, natural.

No fundo, um sintoma de nosso doentio comodismo. Afinal, o milagre seria um esforço “de Deus” para aparecer ante nós; verdade, requereria um desnudar nosso, para que aparecêssemos como somos; cientes de nossa feiura espiritual, não queremos.

Nos meandros da política, sobretudo, a mentira tem sido mais pujante. Determinado delator assume que doou por interesses escusos, alguns milhões a certa agremiação; presto, um dirigente da mesma publica uma nota onde afirma que tudo o que o partido recebeu foi estritamente dentro da Lei, devidamente declarado. Concomitante, aquele e os demais partidos esforçam-se em conjunto, pela anistia do caixa dois, o que é uma confissão coletiva, de que, todos são mentirosos.

O Fato de parecer, eventualmente, que a verdade nos prejudica, ou, que dela não carecemos, nos leva a avaliarmos como de pouca, ou, nenhuma importância, mas, é vital.

Suponhamos que, alguém esteja preso graças a uma acusação infundada; embora certos indícios pareçam apontar um crime relacionado ao tal, ele é inocente. Está preso de forma indevida, malgrado, não possa demonstrar. O que daria alguém assim, pela luz da verdade? Agora, a verdade seria devidamente aquilatada, pois, ao obrar livramento, salvação, perceberiam, enfim, o quão medicinal, é.

Ao considerarmos a vida meramente no teatro do humano, o verossímil basta; digo, parecermos verdadeiros soa suficiente. Entretanto, mesmo ao optarem pelo milagreiro em detrimento do verdadeiro, como afirmei acima, até dessa forma doentia, antropocêntrica, demonstram crer na existência de Deus. Isso não equivale, infelizmente, a crer em Sua Palavra, obedecer.

Num cenário de mentiras, enganos, a verdade soa como intrusa, a “Kriptonita” do espaço que pode matar ao “Super-homem”. Tanto é assim, que O Salvador denunciou: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

A ética utilitarista a serviço da vida ímpia. Amaram mais as trevas porque suas obras eram más. Ou seja: Amaram a si mesmo, ao comodismo de se manterem no escuro. A insistência de Cristo em acender a Luz, O fez indesejável, pois, o que Ele é, necessariamente revela o que somos. Da samaritana revelou sua promiscuidade; ela disse: “Vejo que és profeta.”

Assim, a verdade incomoda, pois, ao recebermos a mesma, vasculha nossas casas, expõe trastes que tínhamos escondidos. Porém, como um médico que nos toma o pulso, ausculta, examina demais sintomas, diagnostica nosso mal, prescreve a cura.

Cada vez que deparamos com um feixe dessa luz, somos desafiados a uma escolha simples entre o conforto de morrermos como estamos, e o confronto de mudarmos para sermos salvos. Infelizmente, a imensa maioria de nossa geração padece a “Síndrome de Estocolmo”, onde, os sequestrados desenvolvem simpatia pelo sequestrador. Os que estão aprisionados pela mentira, defendem-na, malgrado, essa seja obreira de seu cárcere, e no final, condenará à morte.

É fácil até, citarmos o clássico: “A verdade vos libertará”; mas, o vos, foi dito pelo Senhor. Devemos dizer, antes, “nos libertará”. Pois, se não reconhecermos nossa prisão em seus domínios, nunca apelaremos ao Senhor que liberta.

Por fim, os que preferem prodígios invés da verdade, os terão em fartura, como o juízo dos que pediram carne desprezando ao Maná. Recusam sistematicamente a verdade, aliada de Deus, receberão então, o enviado do pai da mentira. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

A mais de dois milênios a Verdade tem sido pregada, a custo de sangue, mortes, perseguições; chegará a hora, breve vem, que a Santa Paciência Divina esgotará, e dará aos homens o produto de suas escolhas.

Afinal, se, traz certo desconforto à natureza, o advento da verdade, uma vez que rasga-nos as vestes. Mas, aos convertidos que a confessam, O Eterno reveste de Cristo. Os que se contentam com engano, infelizmente associam sua sorte à do enganador, pois, “...de fora ficarão os mentirosos...”