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segunda-feira, 13 de maio de 2019

A Saúde da Fé; ou, Doença

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

A fé nem sempre, corretamente compreendida; muitas vezes vista como uma coisa eficaz em si, como se, bastasse alguém tê-la para possuir uma força operadora de milagres. Interpretação rasa de frases do Salvador que dizia: “A tua fé te salvou”.

É diferente dizer: “A fé te salvou”; e,”A ‘tua fé’ te salvou”. Quando diz a tua fé refere-se a uma fé específica exercida por alguém, não algo genérico sem alvo ou conteúdo. Era como se Ele dissesse: Você confiou em mim; gostei disso, por isso te ajudei.

A incredulidade é blasfema, pois, tendo se revelado como fez, O Eterno, Sua Existência e Vontade não ficaram numa nebulosidade filosófica onde, só os cérebros privilegiados poderiam, quiçá, “descobrir”. A dúvida coloca ao incrédulo em oposição diametral à Palavra, o que implica chamar ao Santo de mentiroso. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I João 5;10

A própria criação se encarrega de gritar a existência do Criador; “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro; uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala onde não se ouça sua voz. A sua linha se estende por toda a terra; suas palavras até ao fim do mundo.” Salm 19;1 a 4 Ou, “As suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20 etc.

Cada um que ouve O Evangelho terá que lidar pessoalmente com o dilema de Pilatos: “O que farei de Jesus chamado O Cristo?”

Aliás, o “problema” que a fé enfrenta em muitos corações é que ela é muito específica, tem conteúdo claro e é muito “negativo” no que tange ao orgulho natural. Declara a todos injustos, nossa pretensão de justiça própria equipara a andrajos de leprosos; “Todos nós somos como o imundo; todas as nossas justiças como trapo da imundícia...” Is 64;6

No dilema entre agradar a Deus e satisfazer a si mesmo, adivinhe quem os incrédulos escolhem! “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Assim, a fé bíblica é muito mais traumática que mera abstração mental, ou, aquiescência intelectual. Requer o enfrentamento do maior e mais difícil adversário, o ego. O “negue a si mesmo,” demanda da fé sadia parece fácil, mas requer ousadia que poucos conhecem, infelizmente. Salomão dissera com propriedade; “Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso; o que controla seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32

Logo, são só os “melhores” que abraçam à fé; melhores no quesito humildade, por ruins que sejamos ao apreço da escala de valores mundana; aliás, talvez seja essa ruindade que não nos custa assumir, dado que a sociedade já nos exclui por ela, que nos “qualifica” à fé como disse Paulo: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Sendo o alvo da fé, como vimos, agradar a Deus, e Ele “Galardoador dos que O buscam” também isso pode ser torcido por interesses rasos como se, desse para manipular ao Altíssimo fingindo buscá-lO pelas recompensas materiais, uma leitura rasa de “Galardão”. Ouçamos o que O Senhor disse a Abraão: “Não temas, Abrão, Eu Sou Teu Escudo, Teu Grandíssimo Galardão.” Gn 15;1

Desse modo, O Eterno galardoa aos que O buscam de modo sincero deixando-se encontrar. A fé que nos faz agradá-lO faz Nele descansar; esse é seu fim. Circunstâncias favoráveis ou adversas são os meios, apenas. Se, Ele se agradar de nós passará conosco pelas adversidades necessárias; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Fé seletiva que escolhe em quais partes crer não é fé; é só velhacaria orgulhosa de ímpios maquiando-se e enganando a si mesmos. Fé saudável crê que somos tão maus e perdidos quanto A Palavra diz, antes de crer que seremos abençoados como O Senhor promete.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Eleitores Mercenários

“Ora, o mercenário foge, porque é mercenário...” Jo 10;13

O que é um mercenário? Normalmente um soldado que luta apenas pelo soldo, sem compromisso de fidelidade com ideais, com um estado, ou, nação.

Qualquer um que empreende algo que envolve outros valores, mas, o faz estritamente por fins monetários. Como, pregar o Evangelho apenas por dinheiro; ou, fazer política rasteira migrando de um partido a outro, sem compromisso com promessas de campanha, ideais, eleitores; nada, exceto, a carreira, por exemplo. Cheia está Brasília de exemplares assim, bem como, os púlpitos das igrejas também.

“O Bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas;” o mercenário, ao vislumbrar um perigo qualquer foge. “O mercenário foge porque é mercenário...”

Quer dizer que, o patife vende-se eventualmente para fazer algo, mas, se, a empresa revelar alguma dificuldade, o tipo foge? É. Lembro certa gaiatice de outrora quando alguém dizia: “Seu escravo para serviços leves.” O mercenário diria: “Seu empregado para trabalhos sem dificuldades”. Quem contrataria um tipo assim?

Notemos que o mercenário não é o que é pelo que faz; antes, faz o que faz pelo que é. “O mercenário foge porque é mercenário...” Seu ser “patrocina” o agir.

De Jacó a Bíblia conta que Labão seu sogro requeria eventuais ovelhas perdidas; ainda que, o ganho derivasse do seu trabalho, era um pastor, que, precisava fazer aquilo como dote para se casar com Raquel, a quem amava. Então, se, num primeiro plano parecia o lucro apenas o motivo, no fundo, era o amor que o movia. Tinha uma recompensa melhor que dinheiro pela diligência em seu labor.

Davi enfrentou um leão e um urso em defesa das ovelhas de seu pai; de certa forma, como seu Descendente mais Ilustre, deu sua vida pelas ovelhas, digo, arriscou-a.

Então, não que o interesse seja em si, um mal; antes, há interesses vis, imediatos, como os do mercenário, outros, que serão atingidos em tempo ulterior, como o de Jacó; aqueles visam moedas; esses, valores eternos.

Quando diz: “Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”, essa meta sublime é nosso interesse futuro; porém, só será atingida se, o amor a Deus nos impulsionar; Pois, ninguém terá purificado, deveras, seu coração, sem a “Lavagem da regeneração pela Palavra”; e, auxílio do Bendito Espírito Santo, tanto, para entender, quanto, praticar à mesma.

A fé saudável, invés de ser um conjunto de velas a empurrar nossos barcos rumo a conquistas, como tantos pilantras ensinam, ocupa-se de sanear nossas atitudes e consciências de modo que, nosso viver, enfim agrade a Deus. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6

É inevitável se envergonhar por terceiros, quando, vislumbro “cristãos” que por migalhas de dinheiro roubado apoiam políticos corruptos, com planos de governo incluindo aborto, descriminação das drogas, leniência com pedófilos, menores infratores, etc. Que droga de fé é essa que se vende por uns trocados e passa a apoiar agendas diabólicas sem medir as desastrosas consequências?

Pensar que no início da era da Igreja com I maiúsculo, os Cristãos, sem aspas, davam suas vidas lançados aos leões no Coliseu Romano, ou, eram queimados vivos sem negar a fé. Os “herdeiros” daqueles, por cem reais vendem a Cristo, Sua Doutrina, Seus Valores, Seus Ensinos... Que gente sem vergonha!!

Uns porcarias desses inda são capazes de falar mal de Judas que vendeu ao Senhor por mais ou menos um mês de salário da época. A diferença é que Judas era um tiquinho mais caro que eles, no demais, os mesmos valores, a mesma falta de caráter, os mesmos vendilhões!

Spurgeon dizia com muita propriedade: “Você não é obrigado a se declarar um cristão; mas, se o fizer, diga e se garanta.” Comporte-se como um dos tais; acrescento.

Não quero um presidente que dê dinheiro aos pobres; se, fizer isso com a índole vadia majoritária como é o país quebrará de vez. Assistencialismo só para casos extremos; no mais, Estado enxuto, economia aquecida e peito n’água.

O Governo não existe para gerar empregos, mas, deixar fluir, atrapalhar o mínimo àqueles que geram; a livre iniciativa.

Porém, o viés econômico é o último em minha escala de Cristão. Se, apoiar valores anticristãos, o postulante poderá ser um ás na economia e de probidade plena; ainda assim não terá meu voto; pois, as coisas que valem mais que dinheiro, para mim não são só frases bonitas, são princípios de vida.

Existem muitas formas de fugir; no caso de Cristo, basta abrigar-se à sombra de quem o trai. Muitos desses traíras, malgrado digam enfrentar leões, na real, sucumbem a uma reles garoupa.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

O pão, A Palavra

“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso, esqueceram de mim.” Os 13;5 e 6

Não obstante, vermos as coisas mudarem várias vezes, tendemos a ser circunstanciais; isto é: Influenciados pelas coisas que nos cercam, mais, que pelas convicções internas. Acima temos O Senhor lembrando Sua fidelidade a Israel, em pleno deserto, onde Ele proveu água e pão. Porém, entrando na Terra da Promessa, encontraram fartura; fartos esqueceram de Deus.

Quantas vezes, algo assim acontece conosco. Se, estamos em momentos de privações materiais, de saúde, emocionais, etc. somos fervorosos em buscar ao Senhor, orar; mas, saciadas essas carências, tendemos ao comodismo indiferente, a infidelidade.

No fundo, se buscamos Deus quando nossas necessidades são mais intensas, não é a Ele, estritamente, que buscamos, antes, Nele, a satisfação egoísta de nossas próprias vontades. Inda que eventualmente, por Sua Graça, O Eterno supra, petições de infiéis, Seu Galardão, Sua bênção se reservam aos que buscam a Ele, não, ao que Ele dá. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e, é galardoador dos que o buscam” Heb 11;6

Embora sejam palpáveis, visíveis, tanto, as fartas, quanto, de privações, circunstâncias são, como o nome sugere, coisas que nos circundam, estão ao redor de nós; Deus, de quem O ama, está dentro. Se dependesse apenas do que o cercava, o primeiro casal não teria pecado, pois, estava num jardim de delícias, fartura, mas, o inimigo achou uma brecha interna, negligência para com a Palavra de Deus; nesse lapso, a semente do orgulho lançada, deu azo ao surgimento do ego, um deus caído que separou a humanidade do Criador.

Orações que querem coisas, não, relacionamento, inda são traços do ego no comando, donde vem o termo, egoísta. Se, Deus faz concessões nesses casos, isso deriva de Sua graça geral, Seu amor pelo mundo que faz sol e chuva descerem sobre justos e injustos. Porém, anseia mais que isso; deseja regenerar filhos espirituais mediante Jesus Cristo; não, meramente, alimentar, criaturas.

Esses, que recebem a ventura de voltar ao relacionamento com Ele, são testados no deserto, nas privações, para, não cometerem o mesmo erro de nossos antepassados, menosprezar à Palavra da Vida. “Te humilhou, te deixou ter fome, te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas, de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.” Deut 8;3

Se, vivemos mediante A Palavra, coisas devem ocupar lugar secundário, enquanto, a Justiça do Reino deve ser prioridade, segundo ensinou O Salvador. "Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si. Basta a cada dia seu mal.” Mat 6;33 e 34

Aliás, Ele, Jesus Cristo, “O Segundo Adão”, não esteve num paraíso como aquele, antes, lutou contra o inimigo e venceu, em pleno deserto; onde, após jejum prolongado, foi tentado a verter pedras em pães. Justo aquele trecho da Palavra foi Sua arma de defesa: “Nem só de pão viverá o homem, mas, de toda a palavra que procede da boca de Deus.”

Claro que é lícito pedirmos coisas que nos faltam; porém, seja nossa prioridade o relacionamento sadio com O Pai, pois, logrado isso, Ele, que É Fiel, com Sua Sabedoria e Bondade, cuidará de nós. Ele ensina que quem é fiel no pouco, o será igualmente, no muito. Então, carência ou fartura são coisas circunstanciais; fidelidade é ponto, o valor que deve nortear nossos passos; estejamos, com muito, ou, pouco.

A vida abundante que O Senhor prometeu tem sido convenientemente pervertida por mercenários para que o texto pareça dizer vida farta. Abundância de vida num cenário de morte espiritual, como o que O Senhor encontrou, atina à conversão, nascimento de muitas vidas; e à eternidade legada aos renascidos, abundância de dias.

Fartura e privação de bens não têm peso espiritual, em alguns casos, como vimos, carência serve para ensinar a dependermos da Palavra.

Para O Senhor, multiplicar o pão é mui fácil; contudo, a vida depende de nossa participação; espiritualmente não existe o ingrato: “Não pedi para nascer”. Precisamos desejar isso, nos arrependermos de ter errado o alvo, para que sejamos, enfim, regenerados por Cristo.

Com Deus, mesmo o deserto se faz habitável; Ele verte água da rocha, faz cair o pão do céu; sem Ele, até um faustoso jardim, é lugar de queda, do triunfo da serpente traidora.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Objetivo da fé

Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, a figueira, que amaldiçoaste, secou. Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus.” Mc 11;21 e 22

Embora a maioria dos que leem essa passagem aplicam sua ênfase em, remover montes, o ensino que deveria saltar aos olhos é que Deus remove o que lhe desagrada; assim fez, com a figueira sem frutos, secando-a.

Porém, caso reste alguma dúvida sobre o alvo da fé, recorramos a uma testemunha mais: “Sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e, é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6 Se, a meta da fé é agradar a Deus, não suponhamos que, de posse dela, venhamos a remover montes que Deus não quer que sejam removidos. Sua Obra como Criador, “viu que era muito bom”. Portanto, deixemos os montes em seus lugares.

Quem é O Criador tem direito de desejar que Sua criação o agrade. Por exemplo: Quando escrevo poemas, no universo da arte, sou criador também. Sem consultar ninguém, ao meu gosto, removo palavras que me desagradam estrofes, segundo meu apreço. Se, outros vão gostar, concordar, ou não, é irrelevante, uma vez que, a criação é minha.

Os antigos mestres ensinavam que a fé é feita de três coisas: Conhecimento; concordância e confiança. Ora, a necessidade de conhecimento é óbvia; “... como crerão naquele de quem não ouviram? ...” Rom 10; 14 Contudo, isso requer aprofundamento, essência; mais que decorar textos, recitar palavras. Os que rejeitaram ao Salvador o fizeram “com base” nas Escrituras que O anunciavam, tal, a superficialidade de seu “conhecimento”. “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas, vida eterna, e, são elas que de mim testificam;” Jo 5;39

Igualmente, hoje, deparamos com textos bíblicos nos lábios de quem desconhece Deus, Sua Palavra. Textos cuidadosamente escolhidos lançam promessas fáceis, incondicionais, entregam chaves, vitórias, a gente alienada, descompromissada, consumidora de drogas psíquicas, vítimas de autoenganos.

Entre outras maravilhas que emergem do mundo virtual está a ilusão que se pode matar elefantes com bodoque; digo, alcançar salvação sem cruz, apenas ingerindo algumas “drágeas” ao gosto de cada um. Falta de conhecimento das Escrituras não é mero lapso cultural, antes, erro fatal, custa vidas. “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4;6
Depois de conhecer, se requer que concordemos com Deus. Isso de questionar os caminhos Dele se dá por orgulho. “Farás tu, vão, meu juízo, para justificar-te?” Questionou a Jó. Sim, quem discorda o faz porque sente-se atingido, em parte, e, falta humildade para assumir, então, questiona a autenticidade da Bíblia, validade de determinados textos, atribui a ela, imprecisões, contradições, etc. 

Quem se converte deveras, quando não entende algo, pensa que o erro está em si, jamais, em Deus, como disse Paulo: “Seja Deus verdadeiro, e mentiroso todo homem.” O Senhor Onisciente não precisa ensaiar, aprender, nada. O Velho Testamento, que foi substituído pelo Novo, não era um rascunho que foi melhorado, antes, cumpriu cabalmente o alvo de mostrar a pecaminosidade da raça caída, fazendo todos condenáveis, para que reconhecessem a necessidade do Salvador. A Lei serviu de “Aio para nos conduzir a Cristo”; era seu fim.

Entretanto, conhecer e concordar não basta; precisamos confiar em Deus, no que diz Sua Palavra. Ele diz que a salvação é pela fé, independe das obras, então, assim é; porém, que a fé sem obras é morta, portanto, devemos atuar em conformidade com o que cremos; uma fé viva confia, e confiança moldam o agir dos servos. Mediante Isaías O Senhor denunciou aos que O “honravam” de lábios, com o coração distante; Jesus reiterou o dito.

Enfim, se o alvo da fé é que agrademos a Deus, devemos produzir o que Ele espera, frutos de justiça. Pois, assim como, no exemplo da figueira, extinguiu a planta sem frutos, no nosso caso, figura-nos como varas enxertadas em Cristo, para o mesmo fim. “Eu sou a videira verdadeira, meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” Jo 15;1 e 2

Todavia, a “fé” moderna tenciona colher o que não plantou, invés de frutificar de modo a agradar a Deus. Claro que O Santo não é egoísta, antes, nos ama; portanto, se O agradarmos em nosso modo de vida, também nos agradará concedendo-nos Suas bênção. “Agrada-te do Senhor, Ele te concederá os desejos do teu coração.” Sal 37;4

De novo, a mesma ordem: “Galardoador dos que O buscam...” não, dos que buscam coisas... Afinal, os que se agradam de Deus, não acalentarão no coração, desejos de coisas avessas ao Seu caráter Santo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Fé x macumba virtual

“Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse.” Is 28; 16  

Sendo a fé um elo entre dimensões distintas, efêmera e eterna; e, o vetor dessa distinção, o tempo, natural que seus pacientes deparem com certas “discrepâncias”.  Simplificando: As mesmas coisas se fazem mui diferentes em face ao ponto de vista. 

Por exemplo: No texto supra entregue a Isaías mais de sete séculos antes de Cristo, Seu advento é dado como cumprido; “Eis que assentei em Sião uma pedra...” Depois, falando aos tributários do tempo, nós, desafia-nos à confiança, não, à pressa. “Aquele que crer não se apresse.”  

Afinal, Deus chama as coisas que não são como se já fossem; vê através do tempo. Insta aos que Nele confiam a um “upgrade” excelso, onde, passariam a ver, em parte, como Ele. Essa “viagem no tempo” mediante a fé só é possível nos parâmetros da Sua palavra, fora disso não passa de fantasia enfermiça.

Entretanto, a “fé” que tem desfilado por aí, não raro, é desprovida de essência; mera confiança otimista que as coisas passarão a “dar certo” em atenção a certas asseverações “bíblicas.” Uma espécie de macumba virtual que forçaria ao Eterno a atuar no nosso tempo; de acordo com nossos anseios rasteiros. 

A fé Bíblica tem objetos definidos: “Crede em Deus, crede também em mim”; desafiou Cristo. Mais; além do alvo hígido se requer que o fim pela qual foi legada também seja bíblico. “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.” Ensinava Spurgeon.  

E o lugar da fé em nossas vidas é propiciar o renascimento espiritual, a edificação, de modo que, um ser, antes, inimigo do Eterno, mediante a fé em Cristo receba adoção de filho, capacitação do Espírito Santo, para atingir um modo de vida que agrade a Deus; o alvo Bendito a ser buscado na senda da fé. Ouçamos: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” Heb 11; 6

Notemos que, o galardão, ( recompensa ) deriva de buscarmos Deus; atingirmos um padrão de vida, valores, que nos façam agradáveis a Ele; o que só é possível em Cristo. 

Assim, as bênçãos verazes são o “efeito colateral” de uma relação refeita e sadia como o Criador. As petições egoístas e imediatistas que muitos confundem com as digitais da fé não passam de um “pedir mal”, que não será atendido; pelo menos, por Deus; como adverte Tiago: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” Tg 4; 3 

A fé correta, pois, não pretende burlar ao tempo em sua marcha; antes, amoldar-se confiante Àquele que preside sobre ele; O Pai da Eternidade. Os simulacros podem dizer, após suas “profecias” convenientes: “Quem crê compartilha”; a fé bíblica diz diverso: “Quem crer não se apresse.” 

Afinal, depois de assentar em Sião Sua “Pedra Preciosa”, como vaticinou Isaías, as consequências tinham a ver com santidade, justiça, invés de prosperidade como devaneiam alguns. Disse: “E regrarei o juízo pela linha e a justiça pelo prumo; a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo. A vossa aliança com a morte se anulará; o vosso acordo com o inferno não subsistirá;  quando o dilúvio do açoite passar, então sereis por ele pisados.” Vs 17 e 18 

Um alvo horizontal: “Juízo pela linha.” O que semearmos ceifaremos; o que fizermos aos nossos semelhantes farão de novo a nós. Outro, vertical; justiça pelo prumo; ou seja, segundo o padrão celeste. 

Alguns imaginam que Deus depende de nossa fé para atuar; jamais. Apenas se agrada de abençoar a quem crê e obedece. O Eterno mesmo disse algo assim ao relapso sacerdote Eli: “...aos que me honram honrarei, porém, os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2; 30

Isso excede  muito ao recitar mecânico de belas palavras. Ainda, Isaías: “...este povo se aproxima de mim com  sua boca; com os seus lábios me honra, mas, o seu coração se afasta para longe de mim...” Is 29; 13 

Em suma, aquele que, graças a uma fé sadia consegue ver o que lhe cabe como Deus vê, não se inquieta tanto com coisas, antes, com valores do alto. “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima... Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra;” Col 3; 1 e 2 

Invés de vãs promessas fáceis, que tal compartilharmos uma fé sadia? Aquele que crer não se apresse. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Para quê serve a fé?

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Heb 11; 6 
 
Se há um assunto que foge à compreensão de muitos, mesmo dos crentes, é o papel da fé. A maioria equaciona com um poder metafísico que faz as coisas acontecerem no plano espiritual e refletirem no material. Entretanto, no texto supra extraído da epístola aos Hebreus ( que dedica um capítulo todo ao tema ) encontramos um fim diverso para a fé; agradar a Deus.
  
Muitos, porém, “provarão” o poder da fé usando palavras de Jesus, que, mais de uma vez disse a certos abençoados: “A tua fé te salvou.”  Embora tal afirmação pareça mesmo endossar o poder da fé como tencionam, há algo mais a considerar. 

A origem de todo o drama humano ensejando a queda foi justo a antítese da fé; o inimigo lançou a dúvida no primeiro casal ( mais precisamente em Eva ) e recebeu crédito. A implicação necessária de aceitar como vera a opção “B” é que  “A” seria falsa. Na origem da dúvida temos o diabo aceito como verdadeiro e Deus blasfemado como mentiroso.
 
Porém, é mais que uma implicação que um teólogo qualquer poderia inferir está expresso na Palavra mediante João: “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5; 10
 
Quando Mateus narra que, “... não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles.” Mat 13; 58 Não está apresentando a incredulidade como obstáculo ao Poder de Jesus, antes, uma inibidora da vontade, como disse o mesmo Deus a Eli: “...aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2; 30

A Palavra ensina que a fé é dom de Deus; mas, não se trata de algo seletivo dado a uns e sonegado a outros, antes, um bem disponível a todos. Mesmo ateus que tencionam explicar tudo pelo prisma da ciência recorrem a teorias inverossímeis para a origem da vida, dos planetas, das espécies. Não conseguem demonstrar cientificamente o que afirmam, pois não é ciência, apenas fé. Tais fizeram mau uso do dom de Deus, a fé, porque reféns de uma vontade rebelde. Ademais, crer que toda a ordem e perfeição do que está criado foi obra do acaso requer uma fé maior que crer num projetista poderoso e sábio. Fazem mais força que o necessário para um fim pífio. Assim, não lhes falta fé, apenas, submissão.

Então, a incredulidade vai além de desagradar a Deus; blasfema. E contra uma vontade rebelde temos a indiferença de um Deus irado. “Com o benigno, te mostras benigno; com o homem íntegro te mostras perfeito. Com o puro te mostras puro; mas com o perverso te mostras inflexível.” II Sam 22; 26 e 27
 
Quando Jesus ensina: “Tudo é possível ao que crê”, pois, invés de estar ensinando eventual poder da fé está pondo-a como elo na comunhão com Deus; obtido isso, tudo nos é possível, “Porque para Deus nada é impossível.” Luc 1; 37

Quem imagina que o poder de Deus será restringido em si mesmo se não tivermos fé carece repensar o que supõe saber. De que fé precisou Jesus para ressuscitar Lázaro morto havia quatro dias? Por que nasceu João Batista se Zacarias, o pai, duvidou quando foi lhe anunciado? “E eis que ficarás mudo, e não poderás falar até ao dia em que estas coisas aconteçam; porquanto não creste nas minhas palavras, que a seu tempo se hão de cumprir.” Luc 1; 20 Mesmo com Sara foi assim, quando do anúncio da vinda de Isaque.

Em suma, nossa fé “não infrói nem diminói” o Poder de Deus. Apenas, a falta dela demonstra uma vontade rebelde, a qual, Deus não se agrada de encorajar nos abençoando mesmo assim. Afinal, premiar o erro, por melhor que pareça num primeiro momento, no fim, se revelará danoso. Então, quando Deus retém Sua bênção aos incrédulos, no fundo, é apenas um reflexo do Seu amor que não permite embelezar a vereda da morte.

Convém não passarmos por alto, também, certa palavrinha; “possível”.  O fato de algo ser possível não significa que será feito necessariamente. 

Aliás, a fé sadia descansa na Sabedoria e providência Divinas, e trabalha pelo que falta nos domínios humanos, como ensinou o Mestre. “... De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6; 32 e 33