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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

O "Espírito do Natal"


“... Descerá sobre ti o Espírito Santo; a virtude do Altíssimo te cobrirá com Sua Sombra; por isso também O Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” Luc 1;35

Muito se fala nessa época no tal de Espírito do Natal que estaria solto por aí fazendo até corações endurecidos pousarem de amorosos. Que espírito seria esse?

A Bíblia não menciona a data do nascimento de Jesus, portanto, qualquer que tenha sido o dia, 25 de Dezembro é uma escolha humana, arbitrária; desprovida de fundamento.

Se, por Natal entendemos o Nascimento físico de Cristo, como vimos acima, o Espírito coautor do Feito foi O Espírito Santo que atuou para que Maria concebesse sem auxílio humano. Mas, será que esses todos que enviam seus votos, decoram habitats com árvores e luzes, o fazem movidos pelo Espírito Santo?

Primeiro que a luz espiritual é uma figura de linguagem que fala de discernimento, entendimento correto das coisas espirituais. Essas luzes “made in China” estão para a Luz, como um ídolo qualquer para O Todo Poderoso.

Há duas coisas nesse Bendito “Espírito do Natal” que o separam de muito do que se vê por aí; um substantivo: Espírito; que o distancia de tudo o que é origem carnal; e um adjetivo; Santo, que o faz separado de tudo o que é profano.

Entretanto, o tal do espírito agora atuante é muito vulgar e “inclusivo” de modo a não fazer distinção nenhuma de cunho moral ou espiritual; até em zonas de meretrício as “profissionais” seminuas estarão ostentando uma toquinha vermelha que simbolizaria ao dito; pessoas que passam o ano de costas, quando não, em oposição a Deus e Sua Palavra, agora sobem em carros abertos vestidos de palhaços e espalham migalhas às crianças pobres abrindo caminho ao som de buzinas. Hipócritas!!

Alguém adúltero, corrupto, ladrão, assassino até, facilmente comprará um cartão com belas falas que não lhe dizem respeito em nada no seu modo de agir e enviará a outrem para “entrar no espírito”.

Por essas e outras que, qualquer que tenha olhos pode ver, e que não seja hipócrita há de admitir, eu passo dessa febre toda e ouso sem temor afirmar que isso não advém do Espírito Santo. É o velho e traiçoeiro espírito do mundo, onde, as pessoas são massificadas e induzidas a fazer o mesmo, sob o peso das datas que o mundo estabelece.

É Dia do pais? Todos dirão: “Feliz dia dos pais”; de igual modo no das mães, namorados, crianças, páscoa, etc. como agora, todos dizem o insosso “Feliz Natal”. O que todo mundo está fazendo é o que se programa para que todos façam.

Se, A Palavra de Deus ocultou a data e prescreveu que se comemorasse a morte de Jesus, não o nascimento é porque é isso o relevante diante de Deus. Essa falsa intimidade com “O Menino Jesus” é só uma máscara onde muitos tentam ocultar sua aversão aos Ensinos do Senhor Jesus, que servem para todos os dias do ano, não para um período específico apenas.

O “Aniversariante” é convenientemente escondido; um fantoche usurpador é posto em Seu Lugar; se fosse mesmo Ele a ser celebrado, Ele deveria receber presentes, não nós darmos os mesmos uns aos outros.

Quando nasceu recebeu ouro incenso e mirra dos sábios do oriente que O visitaram.

A felicidade, tanto quanto possível, aqui na terra, não é um “produto” manufaturado que se compra acabado; ela permite-se ser encontrada em algumas nuances nas sementes santas que são semeadas, e devidamente germinadas trarão promessas de ventura eterna nos que, os corações podem ser figurados como a “boa terra”. Nos demais a Semente perde-se.

Todo ministro que se faz semeador em submissão ao Divino Agricultor, do seu modo, espalha convites para as pessoas serem felizes um dia; o faz isso “full time”, não em uma data específica que todos encenam fazer.

Portanto, assim como recuso cobrir minha fachada de luzes e um arbusto qualquer de artifícios, também, embora respeitando boas intenções dos que enviam seus votos, recuso-me a retribuir, por uma questão de honestidade intelectual e moral; uma demanda da consciência no Espírito que me conduz, tanto quanto obedeço, pelos caminhos da Bendita Palavra de Deus.

Quem é habitado pelo Espírito Santo, por certo se identificará, ao menos em parte, com essas palavras; contudo, quem leu desconfortável, contrariado, tem em si mesmo o testemunho que é só o espírito do mundo que o anima.

Deprimente ver tantos evangélicos que deveriam ser “A Luz do Mundo” misturados sem nenhum pudor às falsas e enganosas luzes do mundo. Dá vergonha alheia. 

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom 8;14

sábado, 13 de maio de 2017

Como Zaqueu

“levantando-se Zaqueu, disse: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; se, nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quadruplicado.” Luc 19;8

Antes do conteúdo dessa declaração, chama atenção a forma. O fez livremente sem nenhuma pressão, coação, nada. Constrangido pelo Amor de Cristo que o aceitava apesar de injusto, começava a mover-se em direção à justiça, correspondendo ao amor do Senhor.

Algo, de grande importância, que, legalistas, ritualistas, letristas, precisam aprender sobre conversão; acontece de dentro para fora, é Obra do Espírito Santo; decisões forçadas, repetições mecânicas extraídas para forjar adesões onde não houve arrependimento gera hipócritas; não, ovelhas.

Muitas vezes vi “conversões” baseadas em certo texto mal interpretado. “Se, com tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que, com o coração se crê para justiça, e com a boca se faz confissão para salvação.” Rom 10;9 e 10 O primeiro verso parece abonar a primazia da confissão oral, porém, o segundo acena a uma justiça assentada no coração, como origem da confissão. A pessoa creu, por isso, confessou; não se torna crente se confessar para agradar.

Antevendo o Ministério do Espírito Santo O Senhor disse que Ele, vindo, convenceria do pecado, da justiça e do juízo. Ora, alguém intimamente convencido de pecado, há de ser constrangido a arrepender-se; da justiça das demandas Divinas, será desafiado a ser justo, dali em diante; convencido do juízo sobre os desobedientes, necessariamente, desejará a salvação. Nenhum pregador, por eloquente que seja, consegue isso. Os idôneos, usados por Deus, com o sem eloquência, são como o jumentinho emprestado no qual Jesus entrou em Jerusalém; meros e rústicos meios, nos quais, Jesus se move, rumo a outros pecadores que ama.

Aí, quando vejo certos “Stars” góspeis disputando grandeza, proeminência, sinto vergonha alheia, ao constatar quão pequenos são nossos “grandes”.

A igreja não foi comissionada para salvar, mas, pregar. “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.” Onde isso estivar sendo feito, como poucas, quiçá, sem adesões, ainda assim, a Obra do Senhor estará sendo realizada. Se, em determinados casos, corações humanos são refratários ao Amor Divino, de modo que nem o Espírito Santo os pode convencer, como o faríamos, nós?

O Senhor, Onisciente, Presciente, enviou um pregador a uma “missão impossível”; pregar onde não daria frutos. “...Filho do homem, vai, entra na casa de Israel, dize-lhe minhas palavras... a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não querem dar ouvidos a mim; pois, toda a ela é de fronte obstinada, dura de coração. Mas, quando eu falar contigo, abrirei tua boca, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Quem ouvir ouça, quem deixar de ouvir, deixe; porque eles são casa rebelde.” Ez 3;4, 7, e 27

O pregador profeta anunciou da parte do Senhor, uma série de exortações e juízos; o máximo que logrou foi bajulação hipócrita dos que exaltavam seu ministério, e ignoravam o conteúdo, a essência do mesmo. O Senhor o Iluminou: “Eles vêm a ti, como o povo costumava vir, se assentam diante de ti, como meu povo; ouvem tuas palavras, mas, não põem por obra; pois, lisonjeiam com a boca, mas, o seu coração segue sua avareza. Eis que tu és para eles como canção de amores, de quem tem voz suave, que bem tange; porque ouvem tuas palavras, mas, não as põem por obra. Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33;31 a 33

Assim, vemos quão dependentes do Espírito Santo são as conversões; se um homem da envergadura de Ezequiel lançou palavras ao vento, como, frágeis pecadores como nós, faríamos melhor?

Além das carnais disputas por grandezas são deprimentes também, as tolices periféricas, rótulos evocados como méritos, quando, na maioria dos casos não passam de equívocos. Tipo: Sou pentecostal, tradicional, calvinista, arminiano, renovado, etc. Paulo, maior expoente humano da história da Igreja, falando de si mesmo, considerou-se o “principal”, dos pecadores.

Quem puder, como ele, mensurar corretamente a grandeza dos males do próprio pecado, uma vez salvo, verá dimensão suprema na Graça de Deus, não em carnais, insanas pretensões de grandeza. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça,” dirá.

Nossa tarefa, pois, vivermos, anunciarmos o Amor do Senhor com verdade, idoneidade, e deixar que Ele, constranja injustos, como Zaqueu, a mudarem de atitudes por Si.


Claro que, para isso precisam ver Cristo em nós; Sua Luz, mais que, de nossas palavras, deve luzir por nossos atos. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16

sábado, 27 de setembro de 2014

Dilma me envergonhou



“Quem enfraquece que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza que eu me não abrase?” II Cor 11; 29  

Cotejando sua trajetória com a de certos “apóstolos” que desfilaram em Corinto na sua ausência, Paulo, expõe parte de sua biografia pós conversão, eivada de toda sorte de sofrimentos. 

Além de privações várias, castigos físicos, acrescentou algo, que, hoje, chamamos de “vergonha alheia.” “Quem se escandaliza que eu não me abrase”? Perguntou. Óbvio que, escândalos que o atingiam, necessariamente, eram vertidos no seio da igreja, reduto dos salvos. 

Outro dia, uma pessoa de minha relação tentando justificar ações de má fama usou um jargão comum. “Ninguém paga minhas contas.” Noutras palavras: Faço o que me aprouver; ninguém tem nada com isso. Essa “filosofia”, aliás, é cantada em prosa e verso. Há uma canção que me ocorre agora, cujo refrão é: “E se eu bebo, é problema meu.” 

Embora, grosso modo pareça muito libertária a postura, no fundo, é imbecil. Todo o verdadeiro servo de Deus sabe que, quando algo escandaloso tem origem na professa igreja, invariavelmente a coisa nos envergonha, por distante que tenha se dado.

Respondi objetando a aludida pessoa que, também eu não pago as contas de ninguém, contudo, se outrem praticar coisas escandalosas diante de meus olhos, provavelmente acabarei comentado com outros, e, eventualmente, usando como exemplo negativo quando couber. 

Outro dia nossa Presidente discursou na ONU; entre outras coisas que seriam muito mais para consumo interno que aquela tribuna, condenou o ataque aos terroristas do dito “Estado Islâmico” que degola  reféns e posta os vídeos na NET, além de fuzilamentos em massa, dos concidadãos dissidentes de sua “fé”. 

Disse que a ONU deveria dialogar com os tais. Experimente sugerir a um de seus Ministros para que vá lá começar o “diálogo”!  Ora, aquela gente só conhece o “argumento” da violência, infelizmente. 

Aliás, os que advogam que o Islamismo é uma religião de paz deveriam ler com atenção o Corão antes de sair afirmando isso. A prescrição de matar “infiéis” se acha em várias passagens, de modo que, os que isso fazem são os mais ortodoxos. 

Mas, voltando ao fio da meada, dado que ela é Presidente do Brasil, me envergonhei por causa do que disse, também, “em meu nome”. 

Se a abrangência social de uma postura, comportamento, não importa, é cada um por si, o próprio conceito de sociedade perde o sentido. 

Ciente que os atos têm incidência horizontal no teatro social, o Salvador nos exortou a agirmos de modo que esses reflexos sejam bons, edificantes. “Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5; 15 e 16  

Assim, os direitos individuais em privado não são, necessariamente os mesmos em âmbito público. O que posso fazer sem pudor algum entre quatro paredes, por exemplo, se  fizer em aberto pode acarretar a prisão, sob acusação de atos obscenos. 

Então, projetar hábitos individuais sobre o tecido social pode ensejar rejeições, uma vez que o mosaico social é composto de uma gama diversa de indivíduos.  Desse modo, a massificação sempre tolherá uns e promoverá a outros de modo injusto. Pois, regras e convenções sociais pressupõem universalidade, coerência; individualidades têm seu âmbito de expressão mais restrito. 

Isso vale para opção sexual, modo de falar, vestir, crer,... cada contexto pressupõe um jeito de ser e agir.  Posso crer em Alá, como os islâmicos, mas, matar a quem não crê não é  exercício de minha fé; antes, meu suposto direito de punir a descrença alheia.

Igualmente, qualquer um pode ser homossexual se desejar; agora, exigir leis específicas que lhe garantem privilégios é impor ao todo uma superioridade que sua postura não possui.

Pois, se é pacífica a aceitação do modo de agir assim e ter mantidos seus direitos de cidadão; propriedade, vida, liberdade, ir e vir, etc. Também é que, tão ou mais representativa parcela da sociedade tem um modo diverso de ver a vida e o comportamento.

Nem religiosos podem impor sua fé aos gays, nem esses seu agir àqueles. Esse truque canalha de chamar divergência de intolerância não cola. 

Tolerância é coexistência pacífica; divergência é reflexo de mera crítica. Até Deus se expõe à crítica, quando, ordena que se fiscalize o cumprimento de Suas palavras. “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará...” Is 34; 16 

Em suma, se alguém pensa que pode fazer o que quiser publicamente por que ninguém “paga suas contas”, tal, nos força a pagar por sua falta de vergonha, envergonhando-nos.