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sábado, 9 de maio de 2020

A Fonte Abandonada


“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

Provérbios antitéticos; cotejando duas coisas opostas e seus desdobramentos; no caso, vida e morte. A vida relacionada a uma doutrina, enquanto, a morte, a uma armadilha.

A doutrina, ainda, figurada como uma fonte dada a essência de manancial; a morte não carece figura tão ampla; basta-lhe um acidente pontual como o desarmar de um laço.

No entanto, seria leviano fazer distinção entre um ensino e um laço como se, ambos também formassem uma antítese; pois, uma doutrina falsa é as duas coisas ao mesmo tempo.

Jeremias usou figuras assim, denunciando profetas e sacerdotes dos seus dias; “Porque ímpios se acham entre meu povo; andam espiando, como quem arma laços; põem armadilhas, com que prendem os homens. Como uma gaiola cheia de pássaros, assim suas casas estão cheias de engano; por isso se engrandeceram, enriqueceram;” Jr 5;26 e 27

Portanto, o “Grão de feijão milagroso” de Valdemiro Santiago vendido pela bagatela de mil reais tem ancestrais bem antigos.

Se, em oposição aos laços malignos que espreitam, temos a “doutrina do sábio”, como identificar essa? O mesmo profeta em sua extensa diatribe patenteou que a rejeição da Lei do Senhor priva qualquer um de sabedoria; “Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Cap 8;9

Ocorre-me uma frase do padre Paulo Ricardo; “Quer conhecer a estatura espiritual de alguém? Observe contra quem, ou, o quê, ele está lutando.” Pois, “Não há sabedoria, inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

Embora os desdobramentos disso sejam amplos, amiúde, o pleito se resume numa eternal batalha entre verdade e mentira. Aos olhos Divinos a rejeição da verdade merece como punição, como juízo o império da mentira. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12

Resumindo: os que rejeitaram à Fonte e preferiram o laço, enlaçados serão; “O temor, cova, e laço vêm sobre ti, ó morador da Terra. Será que aquele que fugir da voz de temor cairá na cova, o que subir da cova o laço o prenderá; porque as Janelas do Alto estão abertas, os fundamentos da Terra tremem. De todo está quebrantada a Terra, de todo está rompida a Terra, e de todo é movida a Terra. De todo cambaleará a Terra como o ébrio; será movida e removida como a choça de noite; a sua transgressão se agravará sobre ela; cairá e nunca mais se levantará.” Is 24;17 a 20

Notemos que trata-se de um juízo global, não pontual; toda a Terra. Os laços da mentira espalhando o temor.

Jazendo o mundo no Maligno, sendo esse o Pai da mentira e controlando todos os meios de “informação” os que derivam suas reações das coisas “científicas” que a Agência A, ou B, têm a oferecer pedem peixes a quem usa dar serpentes. Comem da Árvore errada, a da Ciência, invés da outra a da Vida. Ato insano como se orgulhar de não ter orgulho.

Em nosso país pipocam todos os dias atestados de óbito falsos, deixando antever com isso que há algo mais por detrás da orquestra global, que cuidados sanitários. Ainda mais; se, outras moléstias vitimam mais pessoas que essa da moda, por quê, só a dita recebeu uma cobertura de mídia assim? Porque o “maestro” moveu sua “batuta” nesse ritmo; o resto são desdobramentos.

Reitero pela enésima vez: Não se trata de negar a existência nem a letalidade do mal; tampouco, desaconselhar os cuidados básicos necessários.

Mas, de ver algo bem pior por detrás, patrocinando e usando isso para fins muito mais letais.

A Imprensa tornou-se um veloz meio de “in formação;” portanto, se alguém desejar se “atualizar” leia A Palavra do Senhor e busque entendimento.

Sei que é algo bem velho, mas uma Fonte donde mana a vida; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; pois, achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

Se, fisicamente máscaras oferecem certa proteção, no prisma espiritual precisamos rasgar às nossas, para vermos O “Braço de Deus”. “O Senhor desnudou o Seu Santo Braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52;10

domingo, 29 de dezembro de 2019

A Prisão; a Segunda Casa


“Esforça-te Zorobabel, diz o Senhor; esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote; e esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, trabalhai; porque Eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos;” Ag 2;4


Para aqueles que colocam a vida espiritual convenientemente distante da política, como se, a mesma estivesse confinada a um compartimento exclusivo, separado, seria bom uma observada nesse fragmento de Ageu; um cenário de restabelecimento nacional após setenta anos de cativeiro.

Vemos a exortação Divina ao esforço, ao trabalho; primeiro a Zorobabel, governante civil; depois a Josué, líder espiritual; enfim, a todo o povo, com a promessa da Divina Presença abençoando ao trabalho.

Muitos pilantras defensores das coisas mais abjetas como aborto, descriminação das drogas, casamento gay, incesto, pedofilia, zoofilia, quando confrontados por argumentos de base espiritual, presto se escudam em seu biombo favorito; “O Estado é Laico”.

Laico no sentido de que não criará leis religiosas, como que forçando a crença nessa ou naquela doutrina, nem perseguindo e matando “infiéis,” como fazem os radicais islâmicos.

Entretanto, estando composto em absoluta maioria por professos cristãos, sendo o sistema democrático presumivelmente o império da vontade majoritária, natural que, ao criar leis, os valores derivados da fé dos legisladores e representados estejam presentes.

O Estado é laico, não necessariamente dissoluto, nem profano.

Aliás, o Estado tem sido ateísta, quando, em seu sistema educacional segue ensinando como verossímil a Teoria da Evolução que foi pulverizada pelas bases com a descoberta do DNA e consequente fixismo biológico, que, reduz os seres vivos a uma reprodução mecânica “conforme suas espécies”;

a coisa deveria ser descartada desde então, como inverossímil, impossível; e a Criação deveria ser ensinada, tal qual, a Bíblia propõe; ninguém seria forçado a crer; mas sendo a única explicação plausível para a existência de tudo o que há, os ambientes de difusão do conhecimento ensinariam isso.

Há uma convocação Global do Papa Francisco para líderes do mundo todo se reunirem à partir de 14 de maio de 2020 no Vaticano e estabelecerem conjuntamente as bases da nova educação planetária. Será que, enfim, vão rever isso e ensinar à criação nos colégios primários, secundários e nas Universidades? Duvido!

As “regras” de Satanás são bem simples: Ou Deus não existe, ou, é vulgar, comum, aceita tudo.

O recente “Sínodo da Amazônia” deixou no ar a amostra do pano que virá; o famigerado ecumenismo, onde uma diversidade de bichos semelhante à da Arca de Noé num passe de mágica serão reputados todos como ovelhas, em nome da inclusão e tolerância religiosa; a glamourização dos comportamentos dissolutos como válidos, afinal, “Deus é amor”; por fim, o estabelecimento do Império do Anticristo, sonho do falso profeta que já apregoa seu alvo: “Viva la globalización!”

Assim, o Estado é “Laico”, se for para propor leis escudadas nas “Veredas Antigas” reveladas na Palavra de Deus. Agora se for para validar todo um mosaico de credos antagônicos, controversos, alguns ridículos até, aí o Estado pretende deixar patente seu poder de legislar;

o sistema trabalha via ilusionismo e manipulação de idiotas úteis; alarga muito o pátio do “banho de sol” para que os encarcerados de Satã gostem dele e pelejem pela manutenção da sua “liberdade”.

Deus não propõe liberdade ilimitada; antes, chama-nos a servi-lo. Liberdade absoluta nem Ele possui, uma vez que É “Refém” da Própria Integridade, e “vela pela Sua Palavra para cumprir”. O amor veraz, de certa forma serve a quem ama.

A liberdade possível é sermos Nele o que fomos criados para ser. Espelhos para reflexo da Sua Glória. Não há felicidade particular; mas, coletiva de um rebanho e UM Pastor.

O Pai da Mentira escraviza prometendo facilidades que não possui; os desajustes vários na ecologia, economia, valores morais e outras mazelas que vemos, e incautos atribuem a Deus, são fruto do seu “Governo” pois, desde que Adão fraquejou e obedeceu-o, o “mundo jaz no Maligno”.

Os mais “livres” que o “príncipe do Mundo” consegue conceber ainda são escravos da corrupção, alienados da Fonte que Santifica e regenera.

Não só humanos, mas toda criação sofre consequências desse desastrado governo; do seu jeito “ora” pela necessária mudança. “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda criação geme; está juntamente com dores de parto até agora.” Rom 8;20 a 22

O Trabalho que O Eterno abençoava nos dias de Zorobabel era de reconstrução após o juízo; nosso juízo foi sofrido por Cristo; Nele podemos ser reconstruídos, para que, “a glória da segunda casa seja maior que a da primeira”.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

A Escalada

"O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas..." Apoc 21;5

Há diferença entre fazer algo novo, e fazê-lo de novo; nesse caso significa recriar; naquele, regenerar. Quando Deus promete fazer novas todas as coisas, às quais, após criadas, contemplara e vira que era muito bom, é porque aos Seus Olhos, as mesmas envelheceram. Não prometeu recriar, mas restaurar.

"A terra pranteia, murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores..." Is 24;4 e 5

Tendemos a ver o incremento dos meios, a cada dia mais refinados, como novidades; O Eterno que atenta aos fins deprecia essas "velharias" que nos hipnotizam na morte; nos chama à vida.

Aprimoramos a cada dia o "como", enquanto não ousamos adentrar no "porquê". "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? O produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?" Is 55;2

Desse mirante o sábio olhou quando disse: "Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós." Ecl 1;10

Então incrementos cada vez mais high techs que saltitam a cada dia e soam como novidades não passam de testemunhas da nossa imperfeição.

Suponhamos que um bravo alpinista tenha escalado ao Everest e ainda esteja no topo. Caso deseje e possa ali permanecer terá uma situação estável; Dali não pode elevar-se mais; só poderá movimentar-se para baixo. Assim se dá com as coisas perfeitas. Nelas se pode permanecer; não, alterar sua essência, senão, rumando à decrepitude, à imperfeição.

Então, tudo o que pode subir, só o pode por estar numa situação inferior. A cada invento mais moderno que supera a outro, mais um reltório da humana imperfeição é escrito.

Deus não retoca Sua Palavra; tampouco, melhora o Sacrifício de Cristo; dado que, são coisas perfeitas. Qualquer mexida nisso, ainda que pareça algo novo, será sempre um movimento para baixo. Por isso, o ensino para que nos mantenhamos nas "veredas antigas". Modernismo nenhum cria alternativa à água quando a sede palpita.

Nenhum de nós, por melhor que seja sua caminhada em Cristo atingiu a perfeição; longe disso! O desafio nos insta a prosseguir na escalada; "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra;" Col 3;1 e 2

Porém, "virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas." I Tim 4;3 e 4 Advertiu Paulo.

O "Topo do Monte" deve ser o nosso alvo; devemos "escalar" "Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo" Ef 4;13

Quando O Salvador põe a necessidade de "nascer de novo" não tenciona criar o homem outra vez, estritamente; antes, regenerar aquilo que nele estava morto; o espírito, por estar alienado de Deus.

Todo nosso "modus vivendi" antes de Cristo em nós, não importa quão requintados meios dispunhamos, era apenas uma caminhada "Walking Dead" do "velho homem".

O processo de santificação ao que são desafiados todos os que renascem Nele pressupõe abandono disso; "Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade." Ef 4;22 a 24

As novidades que O Criador busca em oposição às nossas velharias atinam a justiça e santidade, totalmente na contramão do mundo que corre por tecnologia, modernidade.

Quando O Santo disse que faria novas todas as coisas foi num contexto pós juízo, onde muitas coisas velhas tinham sido detruídas; então, restauraria "todas" as que restaram, após as catástrofes apocalipticas.

Ás pessoas chama há mais de dois milênios já para que ouçam Suas Boas Novas que regeneram; como nos fez arbitrários Ele não nos salvará à revelia de nossa vontade; "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha Voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele comigo." Apoc 3;20

Será com tecnologia de ponta que Satã contolará a marcará aos seus, como gado; é com a boa e velha Palavra da Vida, que O Eterno conduz Seu rebanho aos verdes pastos, e às águas tranquilas.

As vestes invertidas do novo e do velho não ludibriam mais a quem recebe a Luz do Espírito Santo.

terça-feira, 30 de julho de 2019

Os Piores Cegos

“Será que a vara do homem que Eu tiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós.” Nm 17;5

Moisés acusado de nepotismo; de escolher aos seus para o sacerdócio e atribuir a escolha a Deus. O próprio Senhor que ordenara todos os feitos do Seu escolhido estava prestes a “assinar” que a opção fora Sua. Doze varas mortas seriam colocadas perante Ele; uma floresceria.

Vergonhoso que, depois dos sinais operados no Egito para livrá-los da servidão, da abertura do Mar Vermelho, de sanar às águas de Mara, etc. tudo usando Moisés como Seu instrumento, ainda restassem dúvidas que Deus falava e agia mediante ele.

Muitos devaneiam com fartura prometendo que, de posse dela serão fiéis; terão todo tempo para servir a Deus. Mentem para si mesmos traídos pela estupidez que envergam. Fidelidade é mais encontrável na carência do que na fartura.

Séculos de escravidão no Egito, onde, tinham apenas a ração diária e trabalho duro sob o chicote dos feitores de Faraó. Muitos deles certamente oravam por libertação fiados no relacionamento pretérito do Eterno com Abraão, Isaque e Jacó.

Não tendo tempo nem espaço para nada mais além de trabalhar e orar, de certa forma eram fiéis. Então, “alforriados” miraculosamente, com tempo, liberdade e espaço, amplos, isso já lhes não bastava. Precisavam devanear com poder também.

Invés de olharem para trás para ver como era boa a nova posição, olhavam para um porvir imaginário que fazia o bom parecer ruim.

A imensa maioria dos “problemas” humanos deriva de um olhar indevido, foco deslocado da realidade que, invés do sólido alicerce dos fatos pisa nas areias movediças da cobiça. “Melhor é a vista dos olhos que o vaguear da cobiça; também isto é vaidade e aflição de espírito.” Ecl 6;9

Se, esses fruíssem sozinhos, às aflições oriundas das suas concupiscências, “vá bene”! Mas, desgraçadamente projetam-nas sobre terceiros que não têm nada a ver com seus desarranjos de alma; no caso em apreço, sobre Aarão e Moisés. A “boa” e velha inveja que costuma ter olhos sagazes para ver frutos, posição, privilégios, sempre é míope para ver o preço, as dores, o trabalho de quem é seu alvo.

Não sem razão, pois, sua origem latina, “invídia” significa não querer ver. O dito que o pior cego é o que não quer ver, num sentido mais amplo significa que o pior cego é o invejoso.

Desses O Salvador também falou: “Se, porém, teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Portanto, se, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Aos romanos que estavam em luta com suas carnalidades resilientes, ao que parece pela exortação de Paulo, ele desafiou que olhassem para trás, para a esbórnia suicida em que viveram e a comparassem com o dom recebido em Cristo. “Porque, quando éreis servos do pecado estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21 Se, o passado era motivo de vergonha e o presente os tinha no dom da vida, estavam muito melhor.

Se, é pra frente que se anda como falam, há uma bagagem pretérita de experiências, dores, aprendizado que deve andar conosco para que as lições dos passos idos não sejam desperdiçadas.

Por Jeremias o Próprio Deus aconselhou o povo a olhar um tiquinho para trás; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16 Nesse caso, gente que andara bem, e se desviara.

O que muitos chamam de seguir em frente não passa se fuga da sombra de correr sem alvo, foco. Onde querem chegar? Daniel anteviu o progresso da ciência nos últimos dias, e a corrida insana também; “... muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Dn 12;4

Lembrei uma antiga canção que dizia: “A vida é de quem corre menos em busca de mais...”

Quando O Salvador acenou com “vida com abundância” estava falando de vida eterna, não de fartura terrena, facilidades. Advertiu das aflições.

Nele (como a de Aarão) somos varas mortas que recebem o dom da vida.

O agricultor não planta para o deleite das plantas, mas, para obter frutos; assim espera que frutifiquemos invés de devanearmos com coisas que não nos pertencem. “Eu sou a videira verdadeira; meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim, que não dá fruto tira; e limpa aquela que dá fruto, para que dê ainda mais.” Jo 15;1 e 2

sábado, 6 de julho de 2019

O Velho de Roupas Novas

... Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte dos bens que me pertence...” Luc 15;11 e 12

Inúmeras vezes discorremos ou, ouvimos, sobre a saga do filho pródigo. Seu desejo por irresponsáveis aventuras; confiança ingênua em “amigos” da fartura; desperdício quase suicida dos bens amealhados com esforço; por fim, as consequência nefastas das errôneas escolhas lançando-o na lama.

O texto inicia informando-nos que dentre dois irmãos, essa iniciativa fora do mais moço. A juventude voando lépida nas asas dos devaneios supondo que a vida seja um imenso salão de festas; ele o convidado principal.

Os desejos da mocidade são uma chama quase irresistível ao redor da qual, a alma, qual mariposa encantada pela luz voeja em círculos cada vez mais perto, até que, num descuido fatal queima as asas.

A sede por “novidades” inda que, velhas, é um mal humano. Mesmo os gregos adeptos das reflexões filosóficas por seus mestres, tinham entre o populacho esse vício tão encontrável entre nós. “Todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão, de dizer e ouvir alguma novidade.” Atos 17;21

Não que as coisas novas sejam um mal, necessariamente; muitas trazem avanços quando se trata de inventos que buscam minimizar distâncias, esforços, tempo, para se fazer ou conseguir algo.

O problema mais encontrável nas “novidades” é quando rompem cercas confiáveis de ensinos, autoridades, bons hábitos, prudência, ética; conselhos são quebrados como se, em nome do “novo” tudo aquilo que sempre fora sóbrio, respeitável deixasse de sê-lo. Contra esse tipo de novidades Salomão advertiu: “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará sua destruição; a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24;21 e 22
Se, a exortação realça o temor devido ao Senhor e ao Rei por Ele constituído, natural inferir que as mudanças em foco atentavam contra Esses Poderes. Em se tratando de valores, autoridade, doutrina, bens espirituais, nenhuma mudança é necessária, pois, sendo Deus Perfeito e Eterno, nem Seus Ensinos, nem Sua Obras carecem aperfeiçoamento. Tampouco poderiam ser reparadas por seres imperfeitos como nós.

Mediante Jeremias O Senhor advertiu: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16

Tanto derivamos em “novidades” que afastam do Santo, que o retorno paulatino ao centro da Sua vontade nos coloca na contramão do mundo vivendo novidades espirituais todos os dias, mesmo na rotina costumeira da vida. “... como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

Esse renovo atinge a totalidade do ser, não enseja algumas novidades pontuais; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Quando, diverso da sua Irmã, Marta, que se ocupava das lidas domésticas, Maria assentou-se aos pés do Mestre para ouvi-lo, Ele disse que ela encolhera a boa parte. Primeiramente, claro! Porque era Ele O Mestre em questão.

Mas, quem invés do açodo inconsequente das novidades assenta-se e dá ouvidos aos mais experientes na estrada da vida igualmente faz a mesma escolha. “Coroa de honra são as cãs, quando estão no caminho da justiça.” Prov 16;31

Entretanto, muitos em nossa geração, depois de berços cristãos onde deveriam ter aprendido os fundamentos sadios da fé, acossados pelas novidades de outros ambientes e desejos de ficar bem com a “galera” desperdiçam inconsequentemente, como o pródigo, as riquezas de uma vida, renegando o aprendido em casa e na igreja pelas tiradas engraçadas e moderninhas de professores ateus que, com espírito de porco trabalham para a oposição que lhes governa.

Tais eram jovens cristãos, depois de dois ou três anos de faculdade tornam-se rebeldes, contestadores, citadores do “doutor humanista” tal, cujo único feito foi escrever um tratado desfazendo de Deus. Como a sina final do pródigo, esses esbanjam seus bens de modo dissoluto e jazem infelizes entre porcos.

“Novidades” que afastam de Deus têm a idade da humanidade. Mais do mesmo oferecido pela serpente, a velha mentira de roupas novas.

Quem opta em ficam bem com a “turma” sacrificando de novo a Cristo, com quem contará nas coisas que só Cristo socorre?

A vereda sóbria pode não ser tão atraente quanto aventuras; mas, preserva a vida. São essas “velharias” nas quais perseveramos que garantirão tudo novo. “O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas... Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Apoc 21;5

domingo, 25 de março de 2018

Por trás da fumaça

“Dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem. Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.” Atos 14;18 e 19

Duas situações opostas num curto espaço de tempo. Primeiro, pela cura de um coxo efetuada pela sua intercessão queriam tratar Paulo como um deus oferecendo sacrifícios; depois, as mesmas pessoas convencidas pelos desafetos do apóstolo o apedrejaram.

Poucos minutos entre a glória e a ignomínia, ambas, imerecidas. Não merecia glória pela cura, pois, fora Obra de Deus; tampouco, ser apedrejado; era inocente do que o acusavam.

Duas dificuldades humanas; resistir ao imediatismo que atua ao sabor dos instintos, e, identificar corretamente o mérito de uma questão. Dizemos que as aparências enganam; porém, quando, açodados por elas negligenciamos o discernimento é a nossa precipitação, a julgar o mar por uma onda, que se torna feitora dos nossos enganos.

A razão nos faz diversos dos animais e permite excursões ao passado na nave da memória, ou, mesmo, viagens ao futuro, nas asas da esperança e fé. Assim, agir apenas ao sabor do instante nos castra dessa preciosa prerrogativa e nivela por baixo, aos instintivos animais.

Em política, sobretudo, se diz que o povo tem memória curta; assim, os mesmos que causaram os problemas de uma nação podem se apresentar em seguida como solução; não raro, usufruírem apoio para isso.

Nas questões espirituais, porém, o exercício da memória é vital, uma vez que as diretrizes não mudam, tampouco, sucumbem aos modernismos do mundo. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

Não que mudanças sejam necessariamente más; porém, quando nos incitam à rebelião contra princípios da vida, aí, se nos tornam mortíferas. “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará sua destruição; a ruína deles, quem o sabe?” Prov 24;21 e 22

O discernimento é jóia preciosa que vai além das aparências vendo as coisas como são. Durante a crucificação do Senhor, ao Seu lado crucificaram também a dois ladrões. As aparências sugeriam a punição severa de três malfeitores; porém, conhecedor dos fatos, um dos ladrões disse que ele e seu igual mereciam tal sentença, mas, “Esse ( Jesus ) nada fez”, disse. A aparência não o enganou.

Quando alguém postula um emprego leva um currículo, uma folha corrida de suas capacitações e das ocupações pretéritas; embora, como se apresenta no momento possa contar uns pontinhos, são as informações desse as determinantes para sua admissão, ou, não. Assim, um homem espiritual com folha corrida de probidade diante da igreja e do Senhor, se, pego em eventual mau passo, não deve ser apedrejado, como, não deveria ser glorificado quando andou bem.

Infelizmente, a imensa maioria de nós é leniente com nossas falhas, e, severa com as alheias; porém, a Palavra do Senhor adverte: “Com a mesma medida que medires medirão a vós.” Pedro negou a Cristo; Tomé duvidou; Tiago e João queriam queimar aos samaritanos; Paulo foi cúmplice na morte de Estevão. Todos foram perdoados e usados pelo Senhor. Um mau passo é um fraquejar pontual; um mau caminho é uma escolha, um andar habitual.

Aos Olhos Divinos, até o que falamos faz parte de nossos currículos: “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram freqüentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o Senhor, os que se lembraram do seu nome.” Mal 3;16 Porém, é o que fazemos, como agimos, o corpo de testemunhas que nos segue mesmo, depois dessa vida; “...Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; suas obras os seguem.” Apoc 14;13

O Senhor exortou Seus ouvintes a não julgarem pela aparência, mas, “segundo a reta justiça;” a muitos chamou de hipócritas, sepulcros caiados, por serem zelosos na pose para suas “selfies” e omissos no caráter.

Muitos buscam para si a glorificação por pretensas curas, mas, seus maus caracteres visíveis bem que mereceriam pedradas. O Senhor julgará.

Discernimento de vida a própria experiência lega aos exercitados nela; porém, o espiritual é acessível apenas aos homens espirituais. “Não recebemos o espírito do mundo, mas, o que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Ele.” I Cor 2;12

Na dimensão da fé, as aparências não aparecem; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"A Fé é Cega;" Só Que Não

“Temos mui firme a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” II Ped 1;19

Interessantes figuras usadas pelo inculto Pedro! A Palavra como Luz, os corações como “olhos” capazes de perceber tal lume.

Nossas respostas à Palavra, sejam positivas, ou, negativas, sempre tiveram um componente afetivo, moral, antes que, intelectual. Simplificando: As pessoas creem porque amam, mesmo entendendo parcialmente, ou, até, nem entendendo; ou, ignoram descrêem, mesmo que seus entendimentos alcancem plenamente as implicações da fé.

Não significa que, porque a Luz lhes revela algo, disso se apossarão; podem evitar exatamente porque viram, entenderam e recusaram as consequências de assentir. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo; os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Segundo O Salvador as pessoas ficavam à distância justamente por entender que a conversão demandava uma mudança de vida que recusavam para si; seus corações, pois, não, seus olhos estavam refratários à luz.

“Quem pratica a verdade vem para a Luz”, disse; não, quem não tem pecados. A Luz revela os pecados e a reprovação do Eterno no tocante a eles; os que são feridos pela Palavra do Senhor entristecem-se por ter ficado aquém do esperado, confessam, arrependem-se; praticam a verdade e são perdoados, reputados justos; passam a receber, cada dia, mais luz, entendimento. “a vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Assim, falando para fora, numa diatribe aos opositores Paulo chamou à fé de loucura, pelo seu componente emotivo inicial; “Como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21

Depois, embainhou a espada da ironia e situou seu pensamento; “Pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus quanto gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, Sabedoria de Deus.” VS 23 e 24

Noutra parte, escrevendo estritamente aos “loucos”, desafiou-os à razão; “...apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.” Rom 12;1

Quem jamais ouviu a assertiva que a fé é cega? Acho que ninguém. Ouvimos isso desde sempre. Para muitos a “lógica” de Goebbels que, “uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade” tem funcionado. Aí, saem dizendo isso; seria até cômico, se, não fosse trágico.

Como no Mito da Caverna de Platão, os homens acostumados ao escuro viam na luz uma grave ameaça, assim, os cegos espirituais aquilatam à Palavra e toda a Luz que encerra. Não veem, pois, foram impedidos pela má escolha que fizeram e acusam aos que veem de cegueira.

A Palavra de Deus é categórica: “Se, ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

Não só a fé não é cega, como, pode ver numa dimensão exclusiva; “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem... Pela fé (Moisés) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” Heb 11;1 e 27

Sendo a Luz, A Palavra, e os “olhos” o coração, só quem crê sem reservas e submete-se de coração vê, deveras. Os demais, por polidos, luminosos que pareçam estão em trevas.

Assim, se dá na sina de cada crente, como o profeta vaticinou de Jerusalém: “Porque as trevas cobriram a terra, a escuridão os povos; mas, sobre ti o Senhor virá surgindo; sua glória se verá sobre ti.” Is 60;2

Andar na Luz, enfim, nos força a evitarmos as escuras e poluídas sendas dos modernismos, escolhendo, antes, as “veredas antigas” da Palavra; pois, “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos; não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;6 e 7

domingo, 16 de julho de 2017

Homens atrás do seu tempo

“Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, vede; perguntai pelas veredas antigas, qual o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

O dito: “É pra frente é que se anda”; embora pareça dizer apenas o óbvio, traz algumas variáveis a considerar.

Normalmente temos o novo, o moderno, como símbolo de excelência; quem não tiver o aparato de ponta, de última geração, sente-se defasado, inda que possua algo bom, funcional. A corrida insana do “progresso” derivada da “Árvore da Ciência”, que, de mãos dadas com o positivismo filosófico amoral pergunta apenas, como? Jamais, por quê?

Muitos visionários que se anteciparam em algum aspecto à marcha humana foram tidos como homens à frente de seu tempo. Malgrado, seja duvidoso que a busca de conforto e comodismo a todo custo seja o alvo certo, pois, isso tem descartado o humano em prol do robótico, (e o humano ocioso tende ao vício, não à virtude) não obstante essa dúvida, digo, a coisa parece inevitável. Não sabemos o que há do outro lado da ponte, mas, investimos sobre ela a toda velocidade.

Em tempos mais remotos quem sobressaía por algum talento na arte, escrita, esportes era uma singularidade. Tocar acordeom, por exemplo, no Rio Grande do Sul admirava-se Mary Teresinha e Jeanete. Hoje, basta olharmos no Youtube a vastidão de jovens talentosas mandando ver. Atrevo-me a pensar que os dons sempre estiveram latentes, mas, os meios, não. Agora ambos se encontraram. Isso em todos os aspectos.

Assim, por um lado temos um tsunami de talentos; por outro, um deserto moral. Isso, porque demos corda sistemática ao relógio da ciência, enquanto relegamos ao ferro-velho, os “mecanismos” da filosofia, e do Espírito. Fomentamos o carisma, ignoramos o caráter.

Não existe progresso possível naquilo que já é perfeito. Se houver nisso algum movimento será rumo à degeneração, decadência. Como quem escala o Everest; a partir do topo só pode descer. O progresso espiritual existente e necessário atina à nossa inserção e caminhada na senda Daquele que é perfeito e labora por nos aperfeiçoar. Nele, Sua Palavra, Sua Obra, não há “mudança nem sombra de variação.” É o Topo.

Portanto, nesse caminho, os melhores ministros não são homens à frente de seu tempo, antes, que preservam valores; tanto doutrinários, quanto, comportamentais. Por isso, mediante Jeremias O Eterno falou do retrovisor; “Perguntai pelas veredas antigas qual é o bom caminho e andai por ele.”

Quando Lutero promoveu a Reforma não trouxe novidade alguma; a degeneração adquirira intensidade tal, que o desafio pro retorno às “veredas antigas” soou como, intempestivo, revolucionário.

Óbvio que a ideia do novo está ligada ao Evangelho! É a aglutinação aportuguesada das “Boas Novas”. Temos nele o Novo Nascimento, novidade de vida, tudo se faz novo, etc. Porém, o que é novo ao nascituro é rotina ao experiente.

Entretanto, mesmo carecendo urgentemente uma nova Reforma, isso não é mais possível, dada a dissolução doutrinária, a multifacetada besta das heresias, com suas lideranças de origem obscura e fins, igualmente.

Não ecoa mais um brado acusando que determinado meio está errado para servir a Deus, em ouvidos que tencionam servir-se. Deus é pretexto. Quando a Estátua de Daniel estava nas duas pernas se podia optar num cenário dual; hoje estamos nos dedos, mistura de barro e ferro.

Assim, os partidários da ciência correm até que em dado momento consigam romper a fita em que a máquina descartará o homem; os “de Deus” em sua imensa maioria estão mui adiante do seu tempo, já descartaram O Santo por “Obsoleto”, malgrado, preservem o “Rótulo” que tem certa utilidade.

Ora, na senda espiritual, os caminhantes que põem a mão no arado não devem olhar para trás, como a tola mulher de Ló; antes, fixar seus alvos no novo; entretanto, os que os ensinam, dicipulam, não têm permissão para inovar no conteúdo, inda que possam nos métodos; devem fazê-lo segundo as “Veredas antigas.” “...Por isso, todo escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Mat 13;52

Não que a ciência em si seja um mal; mas, ponderarmos os porquês dessa competitividade doentia não nos faria dano. Muitas vezes no afã de buscarmos o que não precisamos acabamos perdendo o que é vital. A desertificação moral tem aguçado nossa sede de valores, mormente nos cenários político e eclesiástico.

Entretanto, não joguemos a toalha, apesar das dificuldades, pois, como disse o pequeno Príncipe, “O que dá beleza ao deserto é que esconde uma fonte em qualquer parte.” E por enquanto, como cantou Raul Seixas, a “Água Viva ainda está na fonte”. “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.