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sábado, 24 de dezembro de 2016

O Senhor do Natal

“Toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles; porque estavam possuídos de grande temor. Entrando ele no barco, voltou.” Luc 8;37

O temor do Senhor é preceito bíblico, mas, o que pede que Ele se afaste é medo, apenas. Se, Jesus menino é bem vindo em todas as casas, como indica a comemoração generalizada do Natal, parece que, Cristo homem, O Senhor, não é tão bem vindo, assim.

Existe duas formas distintas de dar; uma, tendo minhas conveniências como alvo, a egoísta; outra, que tem as necessidades alheias como motor, a amorosa, altruísta. O Senhor jamais priorizou quantidade, antes, qualidade da doação, do sentimento que a moveu; deixou isso patente, quando afirmou que uma viúva pobre, que dera duas moedas, dera mais, que os ricaços que despejavam suas sobras.

Por isso, disse que seus opositores deveriam aprender o real significado do “Misericórdia quero, não, sacrifício.” Na misericórdia, busco o bem alheio; no sacrifício, recompensa própria. Assim, dar tudo que tenho, mesmo que sejam duas moedas, pode ser mais que centenas de moedas, se, o fim da primeira ação foi ajudar quem precisa, da segunda, ostentar a própria “bondade”.

Deus sempre foi cioso de tempos, datas, no que tange à Sua Obra, tanto que, O Messias só veio, “cumprida a plenitude do tempo” como ensinou Paulo. Vejamos um exemplo mais: “...todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações.” Mat 1;17

Assim, se, O Santo quisesse que comemorássemos o Natal, teria deixado registrada sua data precisa, que, certamente, não é dezembro, pois, nesse tempo, cai pesadas nevascas em Israel, auge do inverno, o que faz impossível a presença de pastores no Campo, e, duro a uma grávida, a peregrinação de Nazaré a Belém, como se deu, então.

Sua morte ordenou que fosse rememorada, “fazei isso, em memória de mim.” Deus É Eterno, e, a vida que propõe aos Seus, igualmente; desse modo, pouco contam efemérides, numa dimensão que, de certa forma, o tempo não passa.


O problema que faz infinitamente mais fácil comemorarmos o Natal, que a morte, é que, naquele caso, basta enchermos nossos átrios de luzinhas pisca-pisca, alguns penduricalhos numa árvore, ao som do mantra: “Feliz natal”!

No caso da morte Dele, convém, a quem rememora, uma identificação, e nova vida: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

O batismo na morte Dele é figura da renúncia que espera dos Seus, em prol da Divina Vontade, que, A Palavra chama de cruz; dado esse passo, pós arrependimento, lega Seu Bendito Espírito Santo, evento que chamou, “Novo Nascimento”, sem o qual, disse, ninguém pode entrar, sequer, ver, O Reino de Deus.

Se, o juízo começa por nós, como disse mediante Ezequiel, e reiterou por Pedro, os que celebram Sua morte, na Santa Ceia, são exortados a um autojulgamento segundo a “mente de Cristo”, Sua Palavra: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, assim, coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
Por causa disto há entre vós muitos fracos, doentes, e muitos que dormem. Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” I Cor 11;28 a 32


Discernir o Corpo de Cristo, não tem a ver com o pão que comemos, como ensinam alguns; antes, O Corpo de Cristo é a igreja, da qual, somos células, então, ao participar do Santo Ritual, encenamos ser, “um dos tais”; sejamos e participemos, senão, melhor evitar, pois, profanaria ao Santo.

João Batista, o “amigo do Noivo” disse: “Convém que Ele cresça, e eu, diminua.” “Papai Noel”, o fantoche espetaculoso cresce tanto, que atrai todos os holofotes para si, e ofusca ao Senhor.

Se, por um lado somos todos iguais, em direitos, dignidade, todos somos alvos do Amor Divino, nossas ações no que tange a Ele, nos diferenciam. Se, posso e devo abençoar a todos, Ele, “reserva a verdadeira sabedoria para os retos...” Prov 2;7

E enquanto o mundo envia seu “Feliz Natal” a toda sorte de corruptos, ladrões, promíscuos, adúlteros, etc. O Senhor do Natal é mais seletivo em Seus votos: “Felizes os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” at 5;8