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quarta-feira, 22 de março de 2017

De volta pra casa

“Fez Deus as feras da terra conforme sua espécie, gado conforme sua espécie, todo réptil da terra conforme sua espécie; e viu Deus que era bom. Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança;...” Gên 1;25 e 26

Vemos o divórcio entre criacionistas e evolucionistas. A Bíblia insiste em ser categórica na exposição da Criação. Invés de apresentar a natureza evoluindo; a põe como obra acabada, “presa” ao determinismo biológico, onde, cada ser criado está fadado reproduzir-se, não, evoluir.

A sentença, “conforme sua espécie” limita-os ao que são, invés de se transformarem. Afinal, como foram criados, “Viu Deus que era bom.”

Entretanto, do ser humano foi dito: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança...” Diferente dos demais seres, acabados em si, o homem foi feito “espelho” para reflexo de Deus.

Nos soa normal, natural, vermos as demais espécies da criação, comportando-se segundo suas características próprias. Estranharíamos se fosse de outro modo. Como seria se de repente os porcos voassem? Aves se comportarem como roedores, peixes saíssem da água, etc.? Seria mui estranho, impensável, uma vez que, exibiriam qualidades alheias à espécie.

Entretanto, o homem, após a queda que o privou da comunhão com Deus, tem agido completamente alheio ao propósito original, e, pior, nem se dá conta, na maioria das vezes, que está fora do lugar.

Muitos engenhos da tecnologia podem ser adaptados para funcionarem em coisas diversas do propósito primeiro, para o qual foram criados. Porém, tais adaptações serão meras “gambiarras” de funcionamento inferior, durabilidade, também.

De igual modo, o homem, despido da Imagem Divina, ainda “funciona” por breve tempo, porém, com escala de valores muito inferior; o produto do seu agir muito aquém das possibilidades do “Modelo Original” forjado pelo Criador.

Embora, a morte espiritual não equivalha à não existência, para Deus, a perfeição que criara à Sua Imagem, deixou de existir desde a queda. Ao longo do tempo, os melhores homens que viveram, ainda foram distantes de beleza espiritual e moral legada pelo Senhor. Quando viu alguns de nobre caráter, como Samuel, Jó, por exemplo, O Criador poderia pensar: Parece um pouco, com o filho que criei, mas, está longe de exibir a face do Pai.

A nostalgia Divina em ver o filho amado na pureza que formou, durou uns quatro milênios, até que, Ele mesmo, que criara com Suas Mãos e soprara O Espírito, serviu-se do molde de barro que seguiu reproduzindo conforme a espécie, soprou outra vez Seu Espírito, para regeneração da vida perdida, e ao ver o resultado da Nova Criação, matou, enfim, a saudade. “Sendo Jesus batizado, saiu logo da água, eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E, uma voz dos céus dizia: Este é O Meu Filho Amado, em quem me comprazo.” Mat 3;16 e 17

Foi como se dissesse: Os melhores homens que viveram até agora, são meros simulacros do que criei; arremedos pobres que não fazem jus à Minha Obra; Esse sim, é Meu Filho. Paulo O chamou de Segundo Adão, atentando ao Seu aspecto funcional, não, O querendo reduzir a mera criatura, pois, disse: “Porque, assim como todos morrem em Adão, também, todos serão vivificados em Cristo.” I Cor 15;22

Esse “todos” porém, é condicional, todos que O receberem como Senhor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que, todo aquele que nele crê não pereça, mas, tenha a vida eterna.”Jo 3;16

Assim, a “nova criação” precisa se dar com cada um, individualmente, pois, foi a vontade humana que separou Adão do Criador; a mesma vontade, é desafiada agora, a escolher O Salvador como Senhor, não mais certa cobra profeta, para, mediante novo nascimento, recebermos junto, novo espírito, e por ele, sermos transformados paulatinamente, à Imagem que O Senhor deseja. “...aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jo 3;3

Na Cruz de Cristo é desfeita a gambiarra do inimigo, e cada um que se converte volta a funcionar pouco a pouco, segundo o “Manual do Fabricante”.

Óbvio que, pelo hábito, estamos treinados nas coisas do mundo, e precisamos reaprender as de Deus, mortificando nossa natureza, para vivermos em Espírito, e refletirmos outra vez, o Caráter do Criador. “...apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12; 1 e 2

Quem faz isso, não evolui, mas, como o pródigo, sai do lixo e retorna ao Pai.